Cai a proposta de cobrar no SUS. Se levada adiante, haveria um SUS para os que podem pagar e outro, dos indigentes, denuncia Ana Costa

Tempo de leitura: 6 min

renan e ana costa

por Conceição Lemes

Nessa segunda-feira 10, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), encaminhou ao Planalto a chamada Agenda Brasil.

São 28 medidas para enfrentar e superar a atual crise econômica. Entre elas, “avaliar possibilidade de  cobrança  diferenciada  de  procedimentos  do SUS  por  faixa  de  renda.  Considerar  as  faixas  de  renda  do  IRPF [Imposto de Renda de Pessoa Física]”.

“Essa proposta do Renan submete o direito à saúde ao capital e ao mercado”, denuncia a médica Ana Maria Costa, em entrevista exclusiva ao Viomundo. “Se levada adiante, é o fim do SUS.”

Ana Maria Costa é presidente do Centro de Estudos em Saúde (Cebes),  professora da Escola Superior de Ciências da Saúde-ESCS/DF e coordenadora geral da Alames (Associação Latino-americana de Medicina Social).

Confira a íntegra da nossa entrevista (veja o PS do Viomundo, ao final).

Viomundo —  Passava pela cabeça da senhora que, entre as medidas para reverter a atual crise econômica do País, fosse proposto o pagamento da assistência no SUS?

Ana Costa — A pauta liberal está sobre a mesa e a crise é cenário para seu protagonismo, tal como estamos assistindo. O ajuste econômico proposto pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e assumido pelo governo federal, evidencia isso.

A tentativa de amortecer o golpe político pressiona o governo a adotar medidas antipopulares que só interessam aos atores golpistas. Isso se refere tanto ao  pagamento de assistência no SUS como às demais propostas no pacote de propostas do Senado Federal,  todas elas lesivas aos direitos sociais, distantes dos interesses do povo e favoráveis ao agronegócio, ao mercado e ao capital.

Na verdade, já não sabemos mais o que esperar. O certo — e isto deve ser denunciado e alertado ao governo federal — é que o direito à saúde está sendo dilapidado continuamente. Isso, a curto prazo, terá consequências gravíssimas na sociedade e na economia.

Viomundo — Que consequências?

Ana Costa —  Nossa condição demográfica e epidemiológica exige melhorias  e ampliação do SUS e não o seu desmonte. Traduzindo. Com o envelhecimento progressivo da população, o povo brasileiro, cada vez mais, precisará do SUS para cuidar das condições crônicas de saúde, que, inclusive, não interessam ao mercado privado de saúde.

E as coisas não andam bem. De um lado, por meio de subsídios, renúncia fiscal e  autorização para a ação do capital estrangeiro, o país expande a mercantilização da saúde e a financeirização do setor.  Do outro, o conjunto de medidas adotadas no último ano agrava ainda mais o persistente subfinanciamento do SUS e compromete a sua sobrevivência.

Enquanto isso, propostas como a taxação das grandes fortunas — adotada pelos países capitalistas centrais! — não ganham espaço político. Nem passam por aqui, onde os donos do capital não querem perder nem serem solidários com a sociedade. A voracidade acumulativa dessa parcela da sociedade é compatível com a barbárie em termos civilizatórios.

O pagamento à assistência no SUS representa a segmentação dentro do sistema público de saúde, que foi criado para ser universal e integral.

Viomundo – Segmentação significaria ter um SUS de primeira, segunda e terceira classes…

Ana Costa –  O SUS foi concebido sob os valores coletivos de solidariedade e igualdade, próprios do modelo de proteção social criado pela Constituição de 88. Valendo-se do financiamento de cada cidadão, por meio de impostos, de acordo com sua capacidade contributiva, todos têm o direito de usar igualmente o sistema, conforme suas necessidades de saúde e nunca mediante o critério de sua capacidade de pagar.

Segmentar é deixar de ser inteiro, único, ser partido, fraturado. Um SUS para os que pagam e outro, para os que não podem pagar. Um SUS diferente do outro, naturalmente. Insisto: esse caminho cria vícios e privilégios na rede de serviços e nos modos de atender e ser atendido… Rompe com os princípios da universalidade e integralidade sob os quais o SUS foi concebido.

São perdas de direitos.O Brasil perde muito de um sistema que tem melhorado a saúde no país, apesar de todas as suas dificuldades.

Viomundo – A dupla porta nos serviços públicos de saúde começou no Estado de São Paulo e hoje lamentavelmente está disseminada pelo País. Ou seja, eles atendem o público e o privado, seja por meio dos planos de saúde, seja particular, mesmo. A proposta do Renan significa a dupla porta dentro dos serviços que atendem os próprios pacientes do SUS?

Ana Costa – Lamentavelmente, sim… A dupla porta é uma estratégia perversa e movida pela introdução de uma ética privada no processo de atenção e de cuidado à saúde. Ela decompõe o caráter da relevância publica que a saúde assume na Constituição de 1988.

A dupla porta opera exatamente assim: uma, de baixa qualidade, mais precária, para os que não podem pagar. E outra, melhor – com mais segurança, tecnologia e qualidade – aos que pagam. O que fica ainda mais patente é que as forças, que querem ampliar o mercado da saúde, se omitem quanto ao debate consequente  sobre o financiamento adequado do SUS.

Se já é crítica a situação da segmentação setorial na saúde hoje presente na perversa condição de convivência entre setor público e privado, essa proposta do pacote do Renan institui o pagamento no SUS “aos que podem pagar”. Logo, piora ainda mais a vida da população.

Viomundo – Em termos práticos, o “piora ainda mais” vai representar o quê?

Ana Costa — Piora ainda mais, porque segmenta o SUS. Separa um SUS com melhores serviços e maior segurança e garantias aos que podem pagar e outro, aos indigentes, não  pagantes. Esses vícios nos serviços e no sistema são a pá de cal no projeto constitucional para a saúde.

Essa proposta do Renan deixa claro de qual lado estão os seus proponentes, que seguramente não é o dos interesses públicos e coletivos.

Viomundo — Essa proposta significa o fim do SUS, como estabelecido na Constituição de 1988? 

Ana Costa – Objetivamente, sim. Ao longo das quase três décadas de implantação do SUS têm ocorrido muitos problemas e sabotagem à sua consolidação. Entretanto, uma  multidão de gestores, conselheiros, trabalhadores, usuários e movimentos sociais tem impedido mais retrocessos.

O pagamento não apenas exclui, mas cria segmentos de classe de usuários do SUS. Isso gera, como você bem já observou antes, tipos diferentes de de atendimentos diferentes…Atendimento de primeira categoria, de segunda…

Pagar o SUS é medida que ainda impulsiona o setor de planos de saúde por, pelo menos, duas vias.

Primeiro, o usuário do SUS perguntará: por que usar e pagar o SUS se na sua avaliação seria melhor pagar um plano?

Segundo, seria a situação que comentamos acima: o do uso do SUS como solução de atendimento aos casos que não dão lucro aos planos privados de saúde. Por exemplo, os idosos com problemas crônicos de saúde.

Viomundo – Doutora, curiosamente, na agenda do Renan não há nenhuma proposta para fazer com que os planos de saúde ressarçam ao SUS pelos atendimentos nos serviços públicos.

Ana Costa – Bingo! Embora o governo diga que quer cobrar devidamente os serviços que o SUS presta a clientes de planos de saúde, esse processo tem sido muito lento e custoso. Por isso, o ressarcimento dos planos de saúde aos cofres públicos ainda é irrisório…

Além disso,  o governo ainda perdoa dívidas das operadoras de planos de saúde. Os eleitos com apoio das empresas de seguro privado de saúde têm sido bastante corretos no cumprimento dos compromissos assumidos perante elas. Não se sentem nenhum pouco culpados ao preterir os interesses públicos.

É esquecimento da agenda do Renan não haver nenhuma proposta para fazer com que os planos de saúde ressarçam ao SUS pelos atendimentos nos serviços públicos?  Ou vale a lógica de proteger o capital, no caso os donos das empresas de planos de saúde?

O setor privado dos planos cresce sempre acima da economia do país e as operadoras ainda reclamam dos lucros. Até quando o setor não vai ser devidamente regulado?O governo federal precisa decidir também e estabelecer até quando e quanto deve crescer o mercado de planos privados de saúde. Já está enorme, com quase 60 milhões de pessoas.

Viomundo — A partir de agora o que fará o Cebes em relação a essa proposta indecente, que mais uma vez privilegia o capital, os mais ricos, e ferra os mais pobres?

Ana Costa –– Estamos mobilizando forças, ampliando alianças, discutindo e apostando na mobilização da sociedade e no bom senso do governo Dilma para ele não entrar para a história como o governo que retrocedeu os direitos sociais e trabalhistas ao período pré-Constituição 1988, a Constituição cidadã.

As instituições e a legislação conquistadas não podem servir apenas para estruturar o sistema de saúde, mas também para proteger o direito à saúde de qualquer ameaça.

Assim, aproveito esta entrevista, para conclamar gestores do SUS, Ministro e secretários de Saúde, Conselhos de Saúde, profissionais de saúde, trabalhadores, usuários e movimentos sociais a se manifestarem contra o pagamento da assistência no SUS.

É hora de defendermos o SUS e, ao mesmo tempo, avançarmos na solução de seus crônicos problemas, particularmente os relativos ao financiamento estável, portanto vinculado e suficiente.

PS do Viomundo: Após ter recebido muitas críticas, inclusive de setores do próprio governo, a proposta do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) de cobrar  pelo uso de serviços do SUS foi retirada da lista de medidas  da Agenda Brasil, na noite desta quarta-feira, 12 de agosto. Ontem, terça-feira, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, já havia afirmado que ela não era viável.

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Comentários

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João

Não conheço muito bem a proposta, mas acho que em tese poderia se cobrar de quem pode e manter o serviço igual. Por exemplo, alunos de universidades federais pertencentes a famílias que podem deveriam pagar ao menos em parte e em função dessa renda. Também, poderia o Estado melhorar a qualidade do ensino fundamental e médio de modo que mais famílias o utilizem e cobrar das que podem, sem fazer distinções do serviço oferecido. O que ocorre na prática é que em nome de não implementar políticas neoliberais, a classe média e os ricos no Brasil estudam nas melhores universidades, comparáveis às melhores do mundo, e acabam tendo acesso privilegiado aos melhores colégios públicos e ao próprio SUS, via planos de saúde privados e a própria “panelinha” dos médicos. O mesmo vale para Infra e segurança, quem tem dinheiro mora em ruas pavimentadas, limpas e iluminadas, com certa segurança que não existe na vila, e anda com seus carros em estradas razoáveis ao menos. Deixa seu dinheiro aplicado no banco com altos rendimentos. Tudo isso custa dinheiro de impostos, talvez a maior parte dos recursos.

Valmir

Se o SUS cobra-se dos planos de saúde o atendimento e todos procedimentos efetuados aa pessoas que tem plano de saúde, já seria reforço de quantos milhões ao caixa SUS.

Nivardo

Ora, quem procura o SUS é porque não tem outra opção ou seja, não pode pagar. Assim, cobrar de quem não pode pagar é uma insensatez ou pior, é uma perversidade!

Murilo Costa

Cara Conceição Lemes,

É possível estabelecer uma cobrança diferenciada, com base na renda, para o SUS, sim: pela mudança da estrutura tributária brasileira, aumentando a sua progressividade. Assim, os impostos arrecadados, proporcionalmente à renda dos contribuintes, fortaleceriam o financimento do SUS.

Um bom ponto de partida é a proposta do DIEESE, IPEA e Sindifisco Nacional: https://www.sindifisconacional.org.br/mod_download.php?id=aHR0cDovL3d3dy5zaW5kaWZpc2NvbmFjaW9uYWwub3JnLmJyL2ltYWdlcy9lc3R1ZG9zL3Npc3RlbWFfdHJpYnV0YXJpby9DYXJ0aWxoYV9Qcm9ncmVzc2l2aWRhZGVfZGFfVHJpYnV0YWNhby5wZGZ8MA==

FrancoAtirador

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Vídeo Educativo
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As Sete Lições para os Muares não Pagarem Mico
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na Hora de Zurrar na Rua que ‘A Culpa é da Dilma!’
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(https://youtu.be/SnkC-uKwd1M)
(http://www.revistaforum.com.br/mariafro/2015/08/11/sete-licoes-para-voce-nao-pagar-mico-na-hora-de-reclamar-da-dilma)
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Cláudio

:
.:. 04:13
… .
Ouvindo As Vozes do Bra♥S♥il e postando: Ainda bem que já caiu, antes de alguma presepada.
.:.
Valeu a pena ! ! ! ! Dá gosto ser o cantor do seu povo ! ! ! !
… .
* 1 * 2 * 13 * 4
*************
… .
Uns poemas (acrósticos) de autoria de Cláudio Carvalho Fernandes (poeta anarcoexistencialista) para Dilma Rousseff, a depenadora de tucanus, e Lula, o comedor de tucanus :
.:.
D uas vezes contra o espectro atro
I nscreveu já seu nome na história
L utando contra mídia venal & Cia e seu teatro
M ulher forte de mais uma vitória
A deixar tucanus na ó-posição de quatro ! ! ! ! de quatro ! ! ! ! de quatro ! ! ! ! DE QUATRO ! ! ! !
.:.
D ilma, coração valente,
I magem de todo o bem em que se sente
L ivre o amor maior pela brasileira gente
M uito humana e inteligente
A PresidentA do nosso Lula 2018 de novo Presidente
.:.
D ignidade
I ntegridade
L iberdade
M aturidade
A mabilidade
.:.

D ilma, de uma nação vitoriosa
I lustre brasileira lutadora
L uz de dedicação esplendorosa
M otivando a pátria gloriosa
A uma luta digna, vencedora.
::
L uz do povo brasileiro
U m digno e fiel lutador
L astreando com real valor
A honra do Brasil inteiro.
.:.
D ilma, os conscientes te agradecem
I nfinitamente por tua digna história
L utando por todos que reconhecem
M ais a vida no bem comum de fazer na glória
A grande pátria-nação que os brasileiros merecem
.:.
D ilma, coração valente,
I sso que a gente sente
L ibertar o ser plenamente
M antendo sempre presente
A humanidade inteligente
.:.
D ilma deu mais uma surra na ó-posição
I gual ao que Lula também já fez
L ivrando o povo brasileiro da infelicitação
M ostrando que o Brasil tem voz e vez
A o mundo todo dignificando sua população
.:.
L ula livrou 40 milhões da pobreza
U m feito memorável sem precedentes
L utando contra a mídia venal, teve a certeza
A bsoluta de estar ao lado dos brasileiros conscientes
.:.
D ilmais deu mais uma surra na ó-posição
I nstalada na grande mídia venal
L ula teve a sua participação
M andando o pig & Cia ao
A bismo na quarta eleição
.:.
D oar-se a seu povo é exemplo dignificante
I luminando a vida de outros seres lhanos
L ouve-se quem bem merece que se cante
M aravilhas de se acreditar nos humanos
A promover em cada ser o mais do ser em ser interessante
.:.
L ivrando da pobreza absoluta 40 milhões de brasileiros
U m feito sem igual que por si só já bastaria
L ula segue sendo no mundo um dos primeiros
A fazer de seu povo a eterna rima rica de sua poesia
… .
♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥
Ley de Medios Já ! ! ! ! Lula 2018 ! ! ! !
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Valeu a pena ! ! ! ! Dá gosto ser o cantor do seu povo ! ! ! !

FrancoAtirador

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Deputados do Premiê Edu Cão aprovaram na Câmara
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a Corrupção de Políticos por Empresários Corruptores.
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(http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/POLITICA/493743-PLENARIO-APROVA-EM-2-TURNO-DOACAO-DE-EMPRESAS-A-PARTIDOS.html)
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Tio Osvaldo

Bizarro, as instituições em completo descompasso com o projeto de governo das urnas. Estes senhores governam suas ilhotas e se esquecem do país.
Tá ficando insustentável a politica brasileira de tantos ataques a CF. Agora é o ataque ao sistema universal de saúde garantido na Constituição.
O Congresso está tão ruim que precisa melhorar muito para ficar razoável.
Quem sabe talvez uma boa chacoalhada no dia 20/8 não ajudava a funcionar.

    dinarte

    E pensar que o TIRIRICA dizia antes das eleições PIOR DO QUE ESTÁ NÃO FICA, eu acho que ele errou feio.

Fabio

Se as propostas dele passarem, as mineradoras arrasarão as terras dos povos indígenas. Uma parte da esquerda precisa ser menos seletiva com a indignação contra a opressão de povos política-econômica-militarmente vulneráveis.

Não há dúvida de que os palestinos, por exemplo, merecem nossa solidariedade e apoio incondicional. Mas fico de estômago revirado com o racismo mal-escondido de alguns amigos (também de esquerda!) quando se referem aos povos indígenas.

Nelson

“Embora o governo diga que quer cobrar devidamente os serviços que o SUS presta a clientes de planos de saúde, esse processo tem sido muito lento e custoso. Por isso, o ressarcimento dos planos de saúde aos cofres públicos ainda é irrisório…
Além disso, o governo ainda perdoa dívidas das operadoras de planos de saúde”.

Alguém duvida de que os donos desses planos de saúde (saúde dos lucros deles, é claro) que mama à vontade na tetas públicas, sejam, todos eles, acérrimos defensores do livre mercado, da não intervenção estatal na economia, do Estado mínimo?

A única intervenção estatal que eles aceitam é a que venha para garantir seus lucros ou mesmo para aumentá-los.

Nelson

“A voracidade acumulativa dessa parcela da sociedade é compatível com a barbárie em termos civilizatórios”.

Simplesmente, não dá para acreditar que a ganância de pessoas já altamente abonadas, ricas, chegue a tanto, seja assim tão grande.

Mas, como já alertava Renato Russo, “Esse é o nosso mundo e o que é demais nunca é o bastante”.

Deprimente. Nossa elite parece querer superar a dos EUA em sovinice.

Urbano

Se a cabeça pensante e séria deste Governo do PT for a dos opositores ao Brasil, aí é melhor fechar a bodega e entregar a chave pra eles. Só que o Brasil não aguenta mais a especialização mental deles.

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