Wladimir Pomar: O bode expiatório

Tempo de leitura: 6 min

por Wladimir Pomar, Brasil de Fato

Notícias do Estadão, apresentadas como vindas do Palácio do Planalto, apontam para divergências com a China. Semanas atrás, o Ministro do Desenvolvimento pareceu apontar na mesma direção, ao tomar as dores dos fabricantes de calçados e ameaçar a adoção de medidas protecionistas contra os sapatos chineses. Outras notícias, ainda relacionadas a sapatos e têxteis, falavam da desconfiança de que a China, para escapar das cotas estabelecidas pelo governo, estaria exportando seus produtos baratos através de triangulação com o Vietnã, Camboja e Malásia.

O Estadão também informou que o atual debate estratégico no governo Dilma, no sentido de elevar a competitividade nacional, na verdade estaria centrado em “conter a enxurrada de importações” chinesas. Ainda segundo tais informações, o governo Dilma estaria tendendo a adotar “tarifas dirigidas para produtos industrializados” da China, “uma fiscalização mais rígida nas alfândegas”, “mais processos antidumping” e “novas regras para mineradoras estrangeiras”, de modo a evitar que a China consolide “seu controle sobre as riquezas minerais brasileiras”.

O Estadão também deu espaço para Maurício Cárdenas, diretor do programa latino-americano da Brookings Institution, de Washington, segundo o qual o novo governo brasileiro estaria “buscando grandes mudanças” no rumo dos Estados Unidos, como parceiro mais confiável, o que teria “consequências para toda a América Latina, já que muitos outros países, experimentando os mesmos problemas” com a China, “devem seguir o exemplo do Brasil”.

Para não dizerem que o jornal deixou de ouvir o “outro lado”, o Estadão transcreveu opiniões alertando que “redefinir a relação com a China é algo mais fácil na retórica do que na prática”. Simples: o comércio bilateral, de cerca de 2 bilhões de dólares, em 2000, se elevou para 56,2 bilhões de dólares, em 2010. Em outras palavras, “a China superou os EUA como maior parceiro comercial do Brasil” e, em 2010, foi a principal origem de “investimentos estrangeiros diretos, com cerca de 17 bilhões de dólares”. Isso teria ajudado a economia brasileira a alcançar o “crescimento mais expressivo em duas décadas”, incluindo aí um superávit comercial com a China de 5 bilhões de dólares.

Paralelamente, ministros do governo Dilma se reuniram, em São Paulo, com lideranças empresariais. Na prática, ouviram a pauta já cantada pelo Estadão. Porém, como era de esperar, explicaram que não é fácil adotar medidas protecionistas, nem acusar a China de dumping, sem levar em conta os dados globais do comércio bilateral, ou desprezar as regras estabelecidas pela OMC. Ainda paralelamente, o secretário do Tesouro e o presidente dos Estados Unidos anunciaram visitas ao Brasil, com alguns jornalistas insinuando que ambos gostariam de tratar com a presidenta Dilma de como enfrentar a China.

Bem vistas as coisas, Washington, empresários brasileiros descontentes e até FHC, que declarou o governo “ingênuo” nas relações com a China, formaram um coro para transformar a China no grande bode expiatório dos problemas do Brasil no mercado internacional. É verdade que a política de diversificação implementada pelo governo Lula ajudou a reduzir a dependência do Brasil aos Estados Unidos e Europa. Mas os Estados Unidos perderam a posição de maior parceiro comercial do Brasil por seus próprios problemas. Querer reverter a situação criando intrigas não é um bom caminho.

Em termos concretos, não há dúvida de que as relações entre o Brasil e a China, apesar das vantagens globais que têm trazido para o Brasil, estão realmente desniveladas. Mais de 80% das exportações do Brasil para a China são de minério de ferro, soja e algumas outras commodities minerais e agrícolas. No entanto, ao contrário do que insinua o Estadão, as exportações de minério não são realizadas por mineradoras chinesas no Brasil, mas fundamentalmente pela Vale.

É fato, também, que muitas indústrias brasileiras ficaram de fora do “boom” econômico do ano passado, e que elas estão culpando os chineses pelo risco da “desindustrialização”. Para examinar isso, vamos deixar de lado o fato de que muitos dos empresários, que hoje brandem o perigo chinês, não soltaram sequer um “ai” quando a política neoliberal de Collor-Itamar-FHC realizou a mais intensa “desindustrialização” que o Brasil já conheceu. Vamos apenas nos limitar a lembrar como esses empresários enfrentaram, nos últimos 15 anos, a emergência da China.

Ainda no final dos anos 1990, o governo FHC e boa parte dos empresários brasileiros continuavam aferrados à idéia de que o crescimento chinês era uma bolha sem futuro. O governo FHC chegou mesmo a iniciar medidas para fechar o consulado brasileiro e o escritório do Banco do Brasil em Shanghai. E a maior parte dos empresários brasileiros, ao invés de se capitalizarem através de investimentos e negócios com a China, sequer se mexeu, mesmo quando já eram evidentes a aceleração industrial chinesa e a ampliação de seu mercado interno, Alguns só começaram a acordar quando o presidente Lula, em sua visita presidencial à China, carregou atrás de si cerca de 500 empresários.

Apesar disso, as principais iniciativas empresariais para aproveitar as oportunidades oferecidas pelo crescimento chinês continuaram sendo as do governo brasileiro e, em parte, das empresas chinesas, que vinham ao Brasil para comprar produtos ou para se instalar aqui. Conta-se nos dedos o número dos empresários brasileiros que foram à China pesquisar oportunidades. A maior parte ficou esperando a vida levar e ver o que ia acontecer. Nem se deu conta de que, a partir de 2006, cresceu substancialmente o número de empresas chinesas dispostas a investir em plantas de fabricação no Brasil e, portanto, participar não de um processo de “desindustrialização”, mas sim de industrialização.

Algumas das principais dificuldades para os investimentos diretos chineses no Brasil são a ausência de projetos privados e, em certa medida, também governamentais, a desconfiança com que boa parte dos empresários encara os investidores chineses, e o emaranhado de leis, decretos e regulamentos que “protegem” certos ramos industriais, dominados por corporações estrangeiras, contra a entrada de outros concorrentes.

Uma avaliação mais fria das relações do Brasil com a China aponta que uma parte do empresariado brasileiro quer responsabilizar esse país por sua própria incapacidade de investir em inovação, ganhar competitividade e enfrentar os problemas da crise econômica gerada pelos Estados Unidos e demais países desenvolvidos. É essa crise que tem reflexos diretos sobre o câmbio e a exportação de manufaturados, mas esses empresários preferem desviar a atenção para a China e, pior, apresentar como saída, além do desgastado protecionismo, uma nova aliança com os Estados Unidos, como teria insinuado, segundo a matéria do Estadão, “uma autoridade próxima a Dilma”.

Ou seja, eles querem resolver os desequilíbrios existentes, que envolvem não só os chineses, através do uso do tacape contra a China. No entanto, nas relações com a China, uma tentativa dessas não passará de estupidez. Primeiro porque a postura do governo Dilma, como foi a do governo Lula, é a de desenvolver a indústria no Brasil. O que demanda, além do adensamento das cadeias produtivas industriais, destruídas durante o predomínio neoliberal de Collor-Itamar-FHC, a gigantesca modernização do verdadeiro custo Brasil, isto é, da infra-estrutura energética, de transportes e telecomunicações, além da infra-estrutura urbana e da ciência e tecnologia.  Esse é o caminho certo para dar nova musculatura econômica e comercial ao Brasil e torná-lo um player internacional em igualdade de condições com os demais.

Segundo, porque se esse é o caminho, a China não pode ser tomada como inimiga. Ao contrário, a China é hoje o país que melhores condições  oferece para o Brasil contar com capitais de investimento direto, que podem ser investidos para tirarmos o atraso da alquebrada infra-estrutura nacional e para adensar as cadeias produtivas industriais. Além disso, a China possui, a preços mais competitivos, grande parte das máquinas, equipamentos e tecnologias que o Brasil  ainda precisa importar para seu processo de industrialização. Negociar para que essa participação chinesa seja win-win depende da capacidade de negociação dos brasileiros, não dos chineses.

Terceiro, porque o pedido feito por Soraya Rosar, especialista em comércio da CNI, para o governo brasileiro “pressionar para um maior acesso ao mercado chinês”, só teria sentido se os empresários se dispusessem realmente em acessar tal mercado. Como pressionar a China a abrir ainda mais seu mercado se boa parte dos empresários brasileiros não faz, nem quer fazer, pesquisas de mercado, nem quer investir para conquistar nichos daquele crescente mercado?

Se a atitude dessa parte dos empresários brasileiros continuar sendo a de deixar a vida levar e o governo resolver seus problemas, e a presidenta Dilma quiser acelerar ainda mais o crescimento, atraindo mais capitais externos para investimentos diretos, em algum momento ela terá que intensificar a criação de estatais que respondam mais rapidamente aos desafios que esses empresários se negam a enfrentar. Com isso, talvez consiga não só equilibrar as relações com a China, mas também dar um salto na indústria brasileira.


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Comentários

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Alex_SRT

"Uma avaliação mais fria das relações do Brasil com a China aponta que uma parte do empresariado brasileiro quer responsabilizar esse país por sua própria incapacidade de investir em inovação, ganhar competitividade e enfrentar os problemas da crise econômica gerada pelos Estados Unidos e demais países desenvolvidos.". essa passagem do texto de Pomar ilustra inequivocadamente aspectos relevantes da grita empresarial e de sua histórica dependência do estado brasileiro. Naquele tripé da industrialização brasileira Estado-multinacionais-burguesia nacional sem sombra de dpuvida os últimos são…os últimos!, sempre interesseiros, com relações promíscuas, fisiológicas e clientelistas com o estado, os verdaderios pais de sarneys e outros tantos na vida pública brasileira…afffe!!!

Orellano Paz

O caso em questão trata de "exploradores do sistema", e não de empresários. Sou um empresário, de empresa de pequeno porte, nacionalista, gerador de empregos com carteira assinada e distribuidor de renda. Nós os pequenos empresários garantimos a maior parcela dos empregos deste país. Não aceito ser confundido com "exploradores do sistema". Quero que a pequena empresa, que enraiza a economia local, seja prioridade na economia Brasileira. Também entendo que temos que ter um plano nacional de elevação da renda do trabalhador. Enquanto estas duas questões não forem equacionadas, não teremos mercado interno forte. Sem mercado interno forte, não existe economia saudável. Trabalhei pela eleição de Lula e Dilma. Acredito no projeto, mas continuo aguardando um plano de fortalecimento da economia via fortalecimento da renda e da pequena empresa. Nós reinvestimos localmente todo o lucro de nossas operações. Não enviamos $$$ para o exterior, nem aplicamos na bolsa. Eu não tomo uisquinho na beira da piscina com os grandes tubarões da economia. Na lógica deles, tipo Walmart/Big/Nacional, minha pequena empresa tem que ser eliminada, fazemos parte de sua cadeia alimentar. E por incrível que pareça eles crescem com subsídios municipais pelo Brasil afora, "ganhando" infra-estrutura e isenções de impostos para seus projetos, financiados pelo BNDES com dinheiro do FAT. Por favor, xinguemos os "exploradores do sistema" e não todos os empresários juntos. Queremos uma economia que sirva a sociedade. O inimigo é o "explorador do sistema" que quer uma economia que se serve da sociedade. Grande abraço e boa luta!

    ZePovinho

    Eu estou com você,Orellano.Penso assim.

    Alex

    Apoiado!

    ebrantino

    Até que enfim um saiu do armário. Os verdadeiros EMPRESARIOS NACIONAIS, (nem precisam ser brasileiros, basta que morem aquí, tenham sua familia e seus interesses e futuro aquí, e sintam-se brasileiros – Podem ser árabes, israelitas, japoneses, chineses, coreanos (conheço um ótimo) americanos, bolivianos, hermanos, franceses ou italianos, ou até brasileiros pelo duro, pois não) tem de deixar de fazer eco e servir de claque para as multinacionais e o capital a elas associado, botar a cara a mostra, colocar o bloco na rua, e fazer o que é sua obrigapção primeira – qual é essa obrigação? DEFENDER OS SEUS INTERESSES COMO NAC IONAIS E COMO EMPRESÁRIOS, tal como todos os outros segmentos – Necessitam urgente, tomar consciência da sua condição de empresários nacionais, parar de cultuar a ideologia do capital financeiro, e dos interesses multinacionais, deixar de tomar suas ideias no Pig, e mandar brasa. O Orellano tem razão, eles mantem a maior parte do emprego, são mais intensivos em mao de obra, etc. (Alo, alo, Dilma, onde está o Ministério da Pequena e Média Empresa.?) Organizem-se gente, que as multi estão aí para engolir voces. Terão o apoio dos brasileiros esclarecidos.
    Ebrantino

José Vitor

Empresário adora uma tetinha, seja na forma de incentivo fiscal, empréstimo do BNDES, anistia fiscal, etc, etc, etc. Agora, dinheiro diretamente para as pessoas (Bolsa Família aí ?) não pode, é assistencialismo, é negócio eleitoreiro, "tem que ensinar a pescar, não dar o peixe", etc…

joe

O que me imptessiona é como a pauta vai sendo construída aos poucos em diversos veículos. a um mês esse assunto tá na """pauta"""…

ZePovinho

Exemplo típico de "empresário" que vive na tetinha do Estado brasileiro.Depois é o Lulinha que é corrupto:
http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com/2011

Empresa que Jorge Bornhausen foi vice-presidente, acusada de rombo de R$ 50 milhões na Infraero

ZePovinho

Esqueci de dizer outra coisa:o "empresário" brasileiro quer que os assalariados paguem os impostos que ele sonega.

    Marcos

    Exatamente.

José Maia

Quem não lembra de Mario Amato e paulo Skaff a bradar na televisão, fazendo côro na derrubada do governo, a dizer que o empresariado brasileiro quer apenas que o governo não atrapalhe !!!! E sempre o governo tendo que salvá-los em prejuíso da população.

Esse choro é simples de entender: a concorrência do importado não está deixando as maquininhas de remarcação de preços funcionarem. Tudo o que eles querem é poder remarcar os preços e depois culpar a Dilma. Segura Dilma ou a turma lhe derruba. Simples assim.

    Elton

    Concordo! Essa é a versão "tupiniquim" do capitalismo "liberal" que todos esses empresários dizem defender. Lembro-me do tempo em que a inflação era descontrolada. Quantos faliram naquela época? Dos grandes, nenhum que eu me lembre…….as remarcações eram SEMPRE maiores que as taxas oficiais de inflação, que eram a base dos reajustes slariais!

ebrantino

O Pomar, como sempre só acerta. Já alguns comentaristas apressados, nem tanto.
a) – Não há, isso de empresariado nacional, "expressando seus justos anseios" através dos isentos, democraticos, transparentes patrióticos meios (Globo, Band, Folha, Veja e que tais). O que é empresariado nacional ? A filial da Ford? a filial da GM? A filial da Honda? O Carrefour? O Macdonalds? A Filial da Krupp? A Cargill? A Bunge? A Nestle? A Telefônica? A filial da IBM? Ora, deixemos de ingenuidade. Esses "empresários nacionais", estão muito mais para Stars and Strips, (azul e vermelho, é logico) do que para verde amarelo.
Nada a ver com o que restou ou foi refundado, em termos de verdadeiras empresas controladas po capital nacional, depois da hecatombe desnacionalizante do período Collor/FHC.
b) – Isto posto, é claro que devemos pontualmente preservar o que temos de industrias e atividades empresariais diversas aquí, visando especialmente, a preservar empregos e a balança comercial. Um bom começo seria revisar as regras sobre a remessa de lucros, e, especialmente as regras de pagamento de royalties e direitos, pois é certo que estamos pagando muita coisa em dieitos industriais e marcas, etc, já de dominio público, Que tal uma auditoria no assunto, para o governo saber realmente a quanto vai essa sangria? E será que isso não influe no tal "custo Brasil"?
Ebrantino

    Elton

    Realmente os empresários aqui sediados, tenham a nacionalidade que tiverem, só vêem um modelo a ser seguido: o estadounidense. Lucro maximizado, custos minimizados sob qualquer circunstância. E os de nacionalidade brasileira são totalmente colonizados.

dukrai

seria um bom começo despachar o Agnelli da Vale e botar siderúrgicas pra exportar produtos com valor agregado em vez de exportar minério de ferro em estado bruto.

    edv

    E vc acha que eles privatizaram pra complicar a vida dos "fregueses", ô Duka?
    Hehe

    Mário SF Alves

    Perfeito, Edv. O FHC & Cia tinham razões que a própria razão (faz que) desconhece.

    dukrai

    desculpe o atraso. privatizaram mas os fundos de pensão tem peso pra mudar o rumo, resta saber se a Dilminha vai botar quente, e eu acho que vai.

ZePovinho

O "empresário" brasileiro só quer duas coisas:mamar no governo e proteção desse mesmo governo contra a concorrência.
Ah!!Ainda tem mais uma coisa:o governo deve financiar a mídia amiga do empresariado na tarefa de dizer que o governo não presta.

    Alex

    incluiria uma 3a, Zé: sempre reclamar do Custo Brasil, dos encargos trabalhistas, para que "seus" deputados oxalá um dia acabem com os poucos (e tão desrespeitados) direitos dos trabalhadores…

assalariado.

A ganância do capital faz com que nenhum de nós sejamos amigos/companheiros,de fato,visto que,sua base ideológica enquanto economia esta enraizada até os dentes –(no olho por olho,dente por dente)—-(salve-se,quem puder)–. Esta forma de relação social sempre busca um culpado pelo desafetos entre os humanos,porém, esta ideologia é o próprio desafeto,ou melhor,o pscológico egoista/individualista do capital encrustado dentro do instinto humano de luta pela sobrevivencia,que por tabela faz,a nós todos,inimigos em potencial sejam empresas,nações ou pessoas.

Os serviços tidos como direitos universais(saúde,educação,transportes,…) que demoram para dar retorno(lucros),geralmente estes parasitas deixam a cargo do Estado que,por sua vez,depois de implantados e organizados nacionalmente,são oferecidos aos bandidos das privatizações alheias,por isso,o capital esta sempre a reboque do Estado,onde o lucro vem facil as elites não querem o Estado como concorrente e, onde o lucros levam anos para acontecer,ai sim,eles põe o dinheiro publico e do povo para bancar, para depois dar de mãos beijadas(privatizar), para a burguesia capitalista.

luiz claudio

O velho e atrasado empresariado brasileiro,sanguessugas da nação e mamadores das tetas do estado,esses caras não tomam tento,só querem as coisas de mão-beijada,esperem ai,cadê os investimentos em C&T,tudo o governo tem que fazer(existem exceções ),até o investimento em cultura(investimento?) que eles fazem é a custa de isenções fiscais,ou seja,eles descontam nos impostos,ou seja,quem investe é o governo,o Brasil não pode deixar de passar esta oportunidade impar que ele está tendo,devemos começar já investir pesado em infra-estrutura,educação e ciências ,senão seremos eternos fornecedores de produtos básicos ,sem domínio de conhecimento nenhum país é grande.

Carlos Cruz

O artigo nos leva ao tal "capitalismo" brasileiro, sem riscos e apenas com dinheiro estatal.. O empresariado brasileiro sempre esperou o Estado iniciar, investir, desenvolver, para só então entrar no negócio, e reclamando do Estado por estar presente no que ele, Estado, iniciou, investiu e desenvolveu. Assim foram a Cias de energia elétrica, ferrovias, telecomunicações, bancárias, portos, etc. O comercio mundial não funciona assegurando lucros. Vence e continua existindo quem é mais ágil e preparado, diferente do tal "capitalismo" brasileiro.

gilberto

BOa…. muito boa …os caras ficam sentado esperando a vez….levantem e andem….kkkk

Chauke Stephan Filho

Muito interessante o texto de Wladimir Pomar (O bode expiatório) sobre as relações do Brasil com a China.

Zilda

A velha, arcaica e escravocrata mentalidade das elites brasileiras é imutável. Acostumados ao "capitalismo sem riscos" – que só aqui poderia existir – não se mexem e ficam esperando o governo, ou melhor, o dinheiro público para dar alento a seus negócios. Êta camarilha de sangue-sugas!

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