‘Movimento UFRJ Não Está à Venda’ ocupa nesta tarde o Campinho da Praia Vermelha; Glauber Braga e Silvio Tendler convidam; vídeos

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Vista aérea do histórico campus da UFRJ na Praia Vermelha, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Sua concessão à iniciativa privada significará, entre outras coisas, dar adeus à bela área preservada ambientalmente na cidade maravilhosa. Fotos: acervo Coordcom/UFRJ e Movimento UFRJ Não Está à Venda

“Movimento UFRJ Não Está à Venda” convida para ato contra a privatização da universidade

Ocupação política-cultural ocorre nesta sexta (18), das 14h às 17h, no Campinho da Praia Vermelha

O “Movimento UFRJ Não Está à Venda” realizará um ato político-cultural na próxima sexta-feira, dia 18 de agosto, das 14h às 17h, no campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro na Praia Vermelha.

O objetivo do grupo – constituído por alguns docentes, estudantes e técnicos da instituição, com amparo de artistas, ambientalistas, parlamentares e ativistas de movimentos sociais – é resistir à privatização do patrimônio da universidade para a construção de uma casa de shows privada.

A Aduff-SSind, o Andes-SN e a Fasubra apoiam a manifestação, que também é construída pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) e pelo Sintufrj, o Sindicato dos Técnicos-Administrativos da UFRJ.

Segundo representantes do Movimento, o “Projeto de Valorização do Patrimônio da UFRJ”, foi encaminhado pela administração central da Universidade sem promover a discussão sobre o assunto ou um plebiscito envolvendo a comunidade acadêmica.

A proposta foi aprovada ao final de 2020, de forma considerada controversa, numa sessão do Conselho Universitário ainda presidida pela antiga reitora, Denise Pires de Carvalho – hoje atual Secretária da SeSu (Secretaria de Educação Superior) do Ministério da Educação.

“Tal projeto é uma forma de privatização do patrimônio da UFRJ, que cede 15 (quinze) mil m² do Campus da Praia Vermelha para a construção de uma casa de shows privada, por um período de no mínimo 30 (trinta) anos”, afirma o “Movimento UFRJ Não Está à Venda” na convocação para o ato dessa sexta-feira.

O projeto, que é uma reformulação do antigo “Viva UFRJ”, prevê a venda ou cessão de espaços da UFRJ em troca da entrada da iniciativa privada na universidade, com a construção de alguns equipamentos: um novo prédio e um novo bandejão na Praia Vermelha.

Tais obras, entretanto, somente seriam iniciadas depois da construção e funcionamento, com lucro assegurado, da casa de shows gerida por empresários do setor.

O “Movimento UFRJ Não Está à Venda” adverte que não há garantia de conclusão das contrapartidas para a universidade.

Denuncia prejuízo aos projetos de extensão e o impacto ambiental na área em que se pretende construir a casa de espetáculos.

“Somente a recomposição orçamentária nas Instituições de Ensino Superior Públicas e a luta pelo investimento na educação e saúde públicas poderão evitar que nossa UFRJ seja vendida à interesses do capital”, defende o manifesto do “Movimento UFRJ Não Está à Venda”.

Da Redação da Aduff

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