Maria Fernanda Arruda: Desta vez, Gilmar não estava lá para protegê-los

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Todos impunes…

EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO

por Maria Fernanda Arruda, no Facebook

A 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal, presidida pelo ministro Luis Roberto Barroso, derrubou no último dia 15 o arquivamento de 2 ações de reparação de danos por improbidade administrativa contra os ex-ministros Pedro Malan (Fazenda), José Serra (Planejamento) e Pedro Parente (Casa Civil), entre outros integrantes do governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).

O arquivamento havia sido determinado em abril de 2008, pelo ministro Gilmar Mendes.

Essa decisão, enquanto estiver de pé, determina o prosseguimento das ações, que tramitam na 20ª e 22ª varas federais do Distrito Federal.

Contrariando pela segunda vez a decisão de Gilmar Mendes, não envolve apenas os três ministros citados, o que virá à tona, caso se faça investigação de verdade.

É que a atividade criminosa dos três, remete-nos à vida criminosa de Daniel Dantas. Lembremos que este, é devedor de favores do mesmo: G.M., sempre que necessário, o livrou das grades.

Podemos lembrar também que, antes de se fazer banqueiro bem sucedido,chegou a esboçar uma carreira acadêmica, à sombra do professor Pedro Malan.

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Tornou-se, mais adiante, amigo de Luis Eduardo Magalhães e dai, consolidou estreita relação com Antônio Carlos Magalhães, tornando-se seu afilhado político e principal conselheiro financeiro.

Foi encarregado por ACM de negociar uma solução para o Banco Econômico com Pedro Malan e Gustavo Loyola, então presidente do Banco Central.

Para participar da privatização de empresas de telefonia, Daniel Dantas montou um esquema bastante sofisticado.

E como coordenador dessas operações,contou com Pérsio Arida (ex-presidente do Banco Central no governo FHC) associando-se ao Opportunity.

Arida facilitaria o acesso de Dantas aos então homens-chave na privatização: o ministro das Comunicações de FHC, Luiz Carlos Mendonça de Barros, e André Lara Resende, então presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.

O Opportunity contratou ainda a então namorada de Arida, economista Elena Landau, que comandara, na qualidade de diretora de desestatização do BNDES, as primeiras privatizações ocorridas no início do governo FHC.

A “equipe” de FHC atuou sempre como uma quadrilha organizada. Todos estão envolvidos em todos os crimes então cometidos, sob seu próprio comando.

O que se pode desejar: que a decisão do STF tenha marcado o início de uma grande operação para recuperar o tempo perdido.

É a oportunidade para se detalhar minunciosamente a herança maldita do “Príncipe”, que Lula soube denunciar, mas não soube descrever.

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