Lungaretti: Em tempos difíceis para o jornalismo, vale tudo

Tempo de leitura: 4 min

“OBJETIVO” VENDE GATO POR LEBRE, COM AVAL DA “FOLHA”

Celso Lungaretti (*)

Comecei a estudar no Cursinho do Grêmio em 1968, mas a participação nos movimentos contestatórios acabou prevalecendo sobre os projetos de conquistar um lugar ao sol na sociedade capitalista.

Decidi que queria mesmo era meu lugar ao sol num Brasil solidário e justo, que o capitalismo jamais propiciaria.

Fiquei, entretanto, tempo suficiente naquela instituição — cujos proprietários e professores eram estudantes da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP — para constatar que sua prioridade era formar cidadãos conscientes e dotados de espírito crítico, capazes de vencer os desafios da vida e não apenas de transpor a barreira do vestibular.

Finda minha sofrida passagem pela luta armada, quando juntava os cacos para seguir vivendo após meus sonhos maiores terem sido postergados por décadas, sem que sequer se vislumbrasse a luz no fim do túnel, fui buscar no Equipe Vestibulares o necessário para ingressar numa faculdade de Jornalismo.

Cisão do Cursinho do Grêmio, também o Equipe incutia nos alunos o interesse em irem muito além do estritamente necessário para o vestibular. Não era só o como que importava, havia uma infinidade de porquês sendo colocados, discutidos, aprofundados.

Contra essa visão do ensino como instrumental para a compreensão do mundo e participação crítica na sociedade, vicejou uma outra, utilitária, mesquinha, castradora: a linha de montagem de robozinhos chamada Curso Objetivo.

Usando e abusando de recursos da nascente informática, o Objetivo sistematizou o levantamento do que já havia caído em vestibulares e a projeção do que provavelmente cairia no seguinte, martelando na cabeça dos alunos esses retalhos de conhecimento por meio de shows-aulas, com os recursos audiovisuais e as performances canastrônicas dos professores servindos para tornar menos intragável a chatice. Decoreba modernizada, enfim.

Esta didática que desvirtuava a Educação foi alavancada pela redução do vestibular a um mero exercício de fincar cruzinhas em questões de múltipla escolha.

A ditadura sabia a quem lhe convinha facilitar o ingresso no curso superior: as chances dos c.d.f., dos esforçados mas não brilhantes, eram maximizadas por esses exames grotescos, em detrimento da capacidade de raciocínio e da criatividade — as quais, não por acaso, eram características marcantes dos insatisfeitos com o regime.

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E, como o Objetivo tinha bons resultados quantitativos para trombetear, sua metodologia Frankenstein ocupou espaços cada vez maiores no mercado, aplicada por si e pelos outros cursinhos que a copiaram.

Depois de alguns anos, entretanto, o ensino superior começou a despertar desse pesadelo, reintroduzindo questões dissertativas no vestibular, para preencher suas salas de aula com algo mais do que laranjas mecânicas.

O tempo passou, o país se redemocratizou, vivemos uma nova realidade, mas o leopardo não perde as pintas, nem o Objetivo deixa de corporificar a pior mentalidade capitalista aplicada ao ensino.

Assim é que, em anúncios de página inteira veiculados nos jornalões, crava: Objetivo cria escola só para bons alunos.

E, em letras garrafais, reproduz citações de uma matéria que, à primeira vista, até me pareceu uma daquelas peças louvaminhas que são contratadas e detalhadas nos Departamentos Comerciais da grande imprensa, chegando às redações como tarefas a serem cumprida seguindo as especificações da bula:

“O Objetivo criou uma escola apenas para bons alunos. O Colégio Integrado Objetivo tem o mesmo endereço da tradicional unidade Paulista (avenida Paulista, 900) (…)

“A mensalidade (cerca de R$ 1.600) e a carga horária não mudam. A diferença é que no Colégio Integrado, criado em 2008, só entra aluno com nota alta. Além disso, ele oferece aulas extras para os alunos no período da tarde e os professores são ‘especiais’.”

O ridículo, no anuncio, chegou ao ponto de serem apresentadas como verdades irrefutáveis as alegações do Objetivo sobre os motivos de tão prodigioso colégio, que se propõe a isolar os geniozinhos para melhor moldá-los como raça superior, não figurar bem no Enem.

‘AUTOFAGIA PERIGOSA’

No entanto, a coluna de Suzana Singer, ombudsman da Folha, no último domingo (1º), Um texto, dois objetivos, esclareceu que não se tratava de uma armação comercial imposta à redação, mas sim de um texto jornalístico que foi desfigurado para adequar-se à imagem que o Objetivo queria projetar:

“O que era uma reportagem crítica virou, em cinco dias, peça publicitária. Em 20 de julho, a Folha relatava, com chamada na primeira página, que a rede Objetivo criou uma escola apenas para bons alunos, que ganham aulas extras à tarde, ministradas por professores considerados ‘especiais’.

“Esse grupo teria obtido no último Enem, o Exame Nacional de Ensino Médio, uma nota suficiente para aparecer como segundo colocado no ranking nacional.

“Nas entrelinhas, o que se deduzia era que não se tratava de fato de uma escola nova, mas de um artifício: separam-se os mais estudiosos, eles obtêm boas notas no Enem e o nome do colégio aparece no alto do ranking das escolas.

“Nos dois primeiros parágrafos, o texto dizia que o Colégio Integrado Objetivo, criado em 2008, não tem um prédio próprio, cobra a mesma mensalidade e tem carga horária obrigatória idêntica às demais unidades da rede.

“Era para ser uma denúncia, mas a reportagem deve ter sido comemorada na avenida Paulista, 900, onde fica a sede do Objetivo. O texto virou anúncio de página inteira, publicado quatro vezes na Folha e em outros jornais.

“O colégio reproduziu o título da reportagem, destacou várias partes e assinalou em letras grandes: ‘Parabéns alunos e professores do Colégio Integrado Objetivo pelo êxito no Enem’. Deixou, no alto, o logotipo da Folha para dar credibilidade.

“O anúncio, porém, omitiu vários trechos importantes. Um deles dizia que ‘as demais unidades do Objetivo, que não selecionam os alunos, não vão tão bem assim no ranking do Enem’.

“Outro afirmava que a escola premia com iPhone e notebooks os que se destacam nos simulados.

“Dois parágrafos subtraídos tinham declarações de uma educadora criticando a prática de selecionar alunos”.

Ou seja, o Objetivo pegou um texto jornalístico que tinha prós e contras, suprimiu todos os contras e trombeteou os prós. Será que, nesse seu colégio-chamariz, também são ministradas aulas de ética?

A ombudsman revela que, depois de produzir o anúncio com o texto expurgado e maquilado, a agência de publicidade do Objetivo entrou em negociações comerciais com a Folha, que, mediante pagamento pelo uso do seu material, concordou com o abuso.

Suzana interpelou a Secretaria de Redação, que defendeu a distorção cometida:

“A avaliação foi a de que a essência da reportagem não foi adulterada”.

Mas, cumprindo conscenciosamente sua função, a ombudsman sustenta que o procedimento foi aberrante:

“Se fosse isso mesmo, a reportagem original teria algo bem errado, já que seria praticamente um press realese. Mas não era. Foi retalhada e usada como peça de marketing.

“Para os leitores, expostos mais vezes ao anúncio do que à reportagem, fica a impressão de que a Redação da Folha prestou um serviço ao Objetivo. O jornal permitiu uma autofagia perigosa”.

*  Jornalista e escritor, tem um blog aqui.

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Comentários

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Mauro A. Silva

Finalmente apareceu um dos reais interesses em se criar um ranking fajuto a partir das notas das escolas no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).
O Colégio Objetivo, escola particular de SP, comprou uma reportagem do jornal Folha de SP e usou como anúncio e progaganda 4 vezes na Folha e também em outros jornais ("UM TEXTO, DOIS OBJETIVOS", coluna da Ombudsman, Folha de São Paulo, 01/08/2010).

O artigo da ombudsman da Folha seria de se eleogiar se ela não tivesse omitido que a Folha promoveu uma grande mentira também em 2009, ao papaguear que a Escola Estadual Lúcia de Castro Bueno era a melhor escola de SP. (Diretor da melhor escola estadual de SP diz que vai "contra modismos" de secretários, Folha Online de 04/05/2009).

Enem e o ranking dos espertalhões
[youtube FPk9vMT30Fw http://www.youtube.com/watch?v=FPk9vMT30Fw youtube]

"Geniozinho"

Sou aluno dessa turma especial que o nosso caro Celso Lungaretti comentou. Em primeiro lugar, gostaria de deixar claro que não apoio a atitude do Colégio Objetivo em realizar tal anúncio publicitário. Também não sou a favor da divisão feita pela instituição entre alunos "bons" e "ruins". Entretanto essa divisão é algo que, se olhado do ponto de vista do aluno do terceiro ano do colégio, torna-se necessária. Como o jornalista mesmo disse, "O tempo passou, o país se redemocratizou, vivemos uma nova realidade (…)", sim!, vivemos uma nova realidade. Realidade esta em que os melhores alunos, vistos por grande parte dos estudantes, é aquele que se dá bem na escola (normalmente se dar bem é equivalente a passar de ano) e não sentar uma única vez para estudar. Como meu próprio professor de História uma vez nos contou "O adolescente de hoje não tem como sua maior referência os seus pais ou os seus professores, mas sim outros adolescentes ditos "descolados" que quebram as regras e saem impunes, zombam dos outros que julgam 'inferiores' e que são considerados 'pops' pela mídia".

Ora, seria possível então reunir tantas divergências em uma classe?
O ano de vestibular é algo no mínimos estranho para nós. Você acaba passando mais tempo com seus colegas de classe, professores do que com sua própria família. É natural que você compartilhe desejos, frustrações, medos durante o ano. Uma classe homogeneizada possui um desempenho muito superior. Não digo apenas pelo comportamento em sala de aula. Os integrantes desse grupo têm objetivos muito parecidos ou até mesmo iguais. Tal fato faz com que uns ajudem aos outros, não só tirando dúvidas ou quebrando a cabeça em conjunto para resolver algum exercício, mas sim para dar força, não deixar o outro desistir no meio do caminho.

Em relação aos professores e a crítica "[os professores]martelando na cabeça dos alunos esses retalhos de conhecimento por meio de shows-aulas, com os recursos audiovisuais e as performances canastrônicas dos professores servindos para tornar menos intragável a chatice. Decoreba modernizada, enfim.", queria comentar que posso até concordar que as aulas são engraçadas (ás vezes perdem o rumo), são ensinadas técnicas de memorização e que muitas vezes são dados apenas "retalhos de informações" (compreensível pela abrangência do vestibular das universidades públicas). Entretanto, discordo totalmente desse desprezo pelas "shows-aulas". Presenceei muitos alunos que gostaram tanto da maneira como a matéria foi explicada que houve um nascimento de um fascínio pela matéria. E, desse modo, estes mesmo alunos estudaram por fora o assunto e aprenderam várias outras coisas que nem são cobradas no vestibular. A conclusão que cheguei é que, pelo menos no ensino médio, cabe ao professor não só dar os "retalhos de informações", mas também fazer com que seus alunos os terminem de costurar.

Por fim, ao redator (gostaria de fazer mais comentários, uma vez que senti que a crítica da reportagem não foi dirigida apenas à Instituição Colégio Objetivo, mas sinto que já escrevi demais), se possível, da próxima vez que se referir aos alunos que possuem talvez uma maior capacidade intelectual ou uma maior esforço em seus estudos, não os chamarem de "geniozinhos", especialmente do uso do diminutivo, e o senhor sabe o porquê. O Objetivo me deu muita coisa em troca dos meus estudos e sou muito grato a isso. Sem eles não estaria na faculdade em que sempre quis cursar. O senhor tem toda a razão de criticar os métodos do colégio para se sobressair no ENEM, mas não critique professores ou alunos que apenas estão tentando fazer de suas vidas algo melhor.

    Diana

    Di Geniozinho,
    Você é aluno dessas turmas especiais? Então sua capacidade de argumentação truncada, sua inabilidade nas concordâncias e a má qualidade geral do seu texto, além da ingenuidade das suas visões sobre o mundo, a educação e a política, só reforçam a crítica correta feita pelo autor à superficialidade absoluta do que o Objetivo quer vender disfarçado de "educação".

    "Geniozinho"

    Desculpe-me se sou ingênuo e um péssimo redator e argumentador. É uma pena que você acredite que preciso ter um nível muito superior a este tipo de redação para um aluno que acabou de sair do terceiro ano e não está cursando uma faculdade que é preciso uma excelente escrita. Posso ter a minha maneira de ver essa situação, algo que você nunca poderia enxergar, porque não estava nem um pouco envolvida no assunto; apenas não deixe sua arrogância acreditar que seus pensamentos são uma verdade absoluta. Em relação "à superficialidade absoluta do[de] que o Objetivo quer vender disfarçado de "educação", gostaria de saber se existem colégios que educam os adolescentes de uma maneira completamente diferente o adolescente. Bandeirantes, Vértice, Santa Cruz, Arqui, Miguel de Cervantes, Porto Seguro, Poliedro, Anglo, Etapa, Pueri Domus, Magno? Quais as diferenças essenciais que existem entre eles?

Ed.

Lembro-me de uma boa história (para mim): Ganhei uma bolsa integral num cursinho de ponta, "vencedor".
Três colegas não tiveram a mesma sorte. Então propus ao curso a possibilidade de dividir minha bolsa integral por quatro. Eles se sensibilizaram e nos deram quatro bolsas integrais! No final das contas, todos passamos bem… e dos quatro, eu fui o último, hehe.

Ed.

Muito natural, é jornalismo "profissional"…
(rimou!)

Fernando

Sou Professor do Objetivo e indiquei a todos meus alunos a leitura dos blogs do Nassif, Azenha, Amorim, Carta Maior. Então, parabéns, vocês também estão colaborando para os "robozinhos".

    Rafael O Silva

    Fernando…e vcs acham que eles vão ler???/
    Alguns por interrese talvez, mas depois do vestibular, a maioria não vai ler!

    E ssó or duvida, que aula vc dá? Tenho certeza que nem todos querem fazer alunos seus robozinhos e vc, ao promover que os mesmos leiam esse blogs, está fazendo deles mentes criticas e abertas!
    Se faz isso con tra uma lógica de discurssão, de ´promover debates, meu parabens..mas vc é um passarinho num ninho de jacares!

Jairo_Beraldo

Aproveitando a deixa…vender gato por lebre:

"Na soma dos sete meses do ano, a Fiat lidera com 23,11% do mercado brasileiro, com 411.550 unidades vendidas." (talvez seja este o motivo de dar título da categoria F1 ao Alonso)

"Para Brawn, Schumacher foi pego de surpreso com a manobra do brasileiro. Brawn também afirma que a disputa não se tornou ainda mais intensa pelo fato de Barrichello e Schumacher serem desafetos desde que deixaram de correr juntos pela Ferrari." (Depois dizem que o criador do Schumi, o Briatore é que é mau caráter)

"Mídia internacional condena manobra antidesportiva de Schumi na Hungria.Jornais são unânimes sobre o alemão, que jogou Rubens Barrichello no muro." (não devemos esquecer que a Ferrari/FIAT, sempre previlegiou este "piloto", o maior pilantra da F1. Claro que sempre nos damos com nossos pares)

Carlos Castro

Essa Ouvidora da Folha está com os dias contados.

@leumasocsalev

O Objetivo tá lançado no mercado, com práticas de mercado e funciona. Assim como os outros cursinhos. E a classe média gosta, porque enfia seus filhos na universidade pública. É um serviço pragmático, aprovado e carimbado por quem paga. Quem ainda se ilude achando que aquilo é educação?

Cabe lembrar que existem tantos outros serviços parecidos para passar o exame da OAB, e também para concursos públicos em geral…

Como já disse aqui, estudei em escola pública a vida toda e precisei apelar pra 4 meses de cursinho (com bolsa, pagando 180/mês) e os resultados foram: 1º lugar em Jornalismo na Universidade Estadual de Ponta Grossa, 3º lugar em Ciências Sociais na Unicamp, 52º lugar em Ciências Sociais na USP e 26º lugar num concurso público com 200 candidatos/vaga.

O cursinho me formou? Não. Só que a decoreba me fez eficiente o suficiente pra passar por essa fraude que a classe média adotou como legítima chamada vestibular.

Ah, o Celso criticou o modelo de questões de alternativas e deu a entender que as questões discursivas selecionam candidatos mais aptos… o vestibular da Unicamp tá aí pra mostrar que isso é uma falácia. Não seleciona ninguém diferenciado, na verdade. O nível dos estudantes é até menor do que na Estadual de Ponta Grossa, que tem um vestibular composto por questões de assertivas (somatória). Falar de vestibular melhor ou mais justo é compactuar com o regime de exclusão educacional neste país, quem é marxista ao pé da letra tem que lutar pra tirar a universidade das mãos de um corpo administrativo conservador, viciado em privilégios e estruturalmente excludente: excludente não só no campo da educação, mas também no ambiente de trabalho. A universidade é tão meio de produção quanto uma fábrica e precisa de uma virada de mesa também. Uma proposta séria de democratização passa pela abolição do vestibular e medidas para dificultar o acesso dos ricos. Educação para todos? Alguém diz 'meios de produção para todos'? A fábrica para os proletários, a universidade pública para os oriundos de escola pública!

    Marcia Costa

    Excelente comentário: penso no mesmo caminho….

    José Carlos Medida

    Concordo plenamente. Era isso que se esperava com um governo do PT que não precisasse de acordos espúrios para garantir a tal governabilidade. O que esperamos da eventual continuidade de um governo do PT, é o aprofundamento de reformas sociais e econômicas que nos aproxime dos ideais democráticos populares. Chega de negociatas com a "base de apoio do governo".

    rafael

    Dificultar acesso dos ricos? Porque? Eles também são tributados, tem tanto direito quanto aos demais cidadãos.

Carlos

E a exigência do diploma para o exercício do jornalismo,. Celso?

IV Avatar

Fiquemos de olho nos ataques do PCC que, pelo jeito, romperam o acordo com os tucanos-demos e voltaram a atacar.
A velha e surrada tática que os tucanos-demos usam de espelhar o medo para se eternizar no poder, claro que há um acordo entre as duas partes (pcc e gov sp) para isso, afinal de contas quando dos ataques de 2006 o PCC só parou de atacar quando o governo de SP fez um acordo com a bandidagem, no dia seguinte os ataques cessaram, só buscar no google, postei uns artigos sobre o tal acordo no blog do Nassif, por sinal publicados na insuspeita Folha
Aqui o link http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/o-fantas

Antonio Beraldo

Essa prática do Objetivo é antiga, muito mesmo !

Lembro-me que em 1979, cursava o 3 ano colegial na unidade de Brasília, SCS 714, e meu irmão mais velho, o Colégio Bandeirantes – Paraíso – em São Paulo, e na metade do ano, tanto o Curso Anglo Latino, da rua Tamandaré, quanto seu maior concorrente, Colégio Objetivo, ofereceram bolsas de estudo GRATUITAS para meu mano, visto o Bandeirantes ter um altíssimo índice de aprovação, à época, nos vestibulares pela qualidade da eduçação formal transmitida !

Quer dizer, a massa dos estudantes do Objetivo pagava essas bolsas gratuitas para alunos que nem frequentavam as aulas normais, mas que ao serem aprovados em alguns cursos difíceis, inflavam de maneira artificial e fraudulenta, o tal índice de aproveitamento em vestibulares. Realmente, Antonio Carlos Di Gênio desde aquela época, tem se mostrado muito esperto, mas muito pouco ligado à valores cujo preço é intangível.

Fiquei sabendo desse detalhe, pois meu irmão me contou terem oferecido a ele tais bolsas, e que por trás do tal oferecimento, vinham obrigações de ceder seu nome para constar nas listas de aprovação do cursinho da Paulista !

Não é, desde aqueles tempos, o fim da picada ?

Marat

Essa coisa de querer imitar tudo dos EEUU (que tem poucas coisas boas e muitas ruins) é deletério ao Brasil. Precisamos de jornalistas focados na verdade e em nosso desenvolvimento. Chega de macaquices. Se for para imitar, por que não as coisas boas???

Jairo_Beraldo

A vontade de lesar existente na imprensa brasileira é uma coisa assustadora. Desrespeito ao cidadão e uma atitude de quem pouco se lixa para aquele, que em última instância, paga seu salário, chega a ser folclórica. Naturalmente é de se pensar em quais motivos levam o brasileiro médio ainda a procurar alguma informação na chamada imprensa tradicional.

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