Dilma aos ex-moradores do Pinheirinho: “Essa casa vem da luta de vocês”

Tempo de leitura: 11 min

Dilma assina ordem de serviço para início das obras do Residencial Pinheirinho dos Palmares. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

Luana Lourenço – Repórter da Agência Brasil Edição: Talita Cavalcante

Ao assinar hoje (25) a ordem de serviço que autoriza a construção de 1.461 unidades habitacionais para famílias despejadas da comunidade de Pinheirinho, em 2012, a presidenta Dilma Rousseff disse que as novas residências são resultado da luta dos moradores. “Em 2012, tivemos esse terrível episódio que é um marco na luta de vocês. Mas hoje, apesar de aquele dia estar gravado na memória e no coração de vocês, tenho certeza de que hoje vai estar gravado como o dia em que a luta de vocês chegou ao bom resultado, que está em cada tijolo, em cada telha, no cimento, em cada pedaço da casa de vocês”, disse Dilma, em São José dos Campos, no interior de São Paulo.

Os residenciais Pinheirinho dos Palmares 1e 2 farão parte do Programa Minha Casa, Minha Vida e terão, no total, 1,7 mil unidades habitacionais. A desocupação de Pinheirinho pela Polícia Militar e a posterior destruição de todas as casas erguidas no local ocorreu no dia 22 de janeiro de 2012 e atendeu a uma ordem de reintegração de posse da Justiça em benefício da massa falida da empresa Selecta Comércio e Indústria S/A. Cerca de 6 mil pessoas ficaram sem moradia. O caso foi levado à Organização das Nações Unidas (ONU) e à Organização dos Estados Americanos (OEA) por denúncias de violação de direitos humanos durante a desocupação.

“Na vida, quando a gente luta pelos direitos da gente, mesmo quando os acontecimentos são violentos, e liquidam, como alguém disse aqui, com uma caixinha de lembranças, a dignidade está na postura que a gente tem. E vocês foram capazes de mostrar uma força, de mostrar caráter, de mostrar dignidade diante de umas das maiores violências que podem acontecer com uma família, que é perder o seu lar”, acrescentou. Antes de discursar, Dilma se emocionou ao ouvir representantes de moradores do antigo Pinheirinho.

A presidenta voltou a defender o Minha Casa, Minha Vida e disse que é justo que as moradias do programa sejam financiadas com a arredação de impostos. “Essa casa vem do dinheiro arrecadado do povo brasileiro e vem também da luta de vocês. Vocês conquistaram essa casa e tem direito a ela, é uma questão de cidadania e é assim que o povo brasileiro tem que ser tratado.”

As obras autorizadas hoje terão investimentos federais de R$130 milhões, somados a R$34 milhões do governo de São Paulo. A prefeitura de São José dos Campos vai investir R$8,4 milhões em obras de infraestrutura de acesso e saneamento básico do terreno onde as casas serão construídas.

Ainda hoje, Dilma participa, em Bauru, da entrega de 944 unidades do programa habitacional do governo.

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 Íntegra do discurso da presidenta Dilma Rousseff na cerimônia de assinatura de ordem de serviço para início da construção de 1.461 unidades habitacionais, do total de 1.700, do Residencial Pinheirinho dos Palmares I e II, do Programa Minha Casa Minha Vida – São José dos Campos/SP

do blog do Planalto, publicado 25/03/2014 13:50, última modificação 25/03/2014 14:57

“Eu queria dirigir uma saudação toda especial a dona Cilene e aos seus cinco filhos. Dona Cilene, eu saúdo a senhora cumprimentando cada mãe, cada esposa, cada uma das mulheres, e também cada um dos homens da comunidade de Pinheirinho.

Eu quero cumprimentar a todos aqui pela dignidade que tiveram, ao lutar pelos seus direitos, porque eu quero dizer para vocês que na vida, quando a gente luta pelos direitos da gente, mesmo quando os acontecimentos são violentos, liquidam, como alguém disse aqui, uma caixinha de lembranças, a dignidade está na postura que a gente tem, e vocês foram capazes de mostrar uma força, de mostrar caráter, de mostrar dignidade diante, talvez, de uma das maiores violências que pode acontecer com uma família, que é perder seu lar, onde ela vive. Por isso, dona Cilene, ao cumprimentar a senhora, seus filhos, toda a sua família, eu estou cumprimentando cada uma das famílias do Pinheirinho.

Queria saudar também o ministro Gilberto Occhi, das Cidades.

Cumprimentar e agradecer a recepção, a parceria e a determinação com que o prefeito de São José dos Campos, Carlinhos Almeida, teve durante todos esses episódios.

Cumprimentar a nossa vereadora, Amélia Naomi, presidente da Câmara dos Vereadores.

E saudar também o prefeito de Pindamonhangaba, Vitor Ardito, presidente do Consórcio Codivap, aqui da região. Ao fazê-lo saúdo todos os prefeitos e as prefeitas aqui presentes.

Queria cumprimentar o senhor Silvio Torres, secretário estadual de habitação, que representa nessa cerimônia o governo de São Paulo, o governador Alckmin.

Cumprimentar os deputados estaduais: o deputado Adriano Diogo, o deputado Antonio Mentor, o deputado Enio Tatto e o deputado Marco Aurélio.

Queira dirigir um cumprimento muito especial aos meus ex-ministros: o meu ministro, o cientista, o dedicado servidor público responsável até o último mês pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, o professor Marco Antônio Raupp, aqui da região.

Queria cumprimentar também meu ex-ministro da Saúde, o médico Alexandre Padilha, que é um dos responsáveis pelo programa Mais Médicos.

Cumprimentar o presidente da Caixa Econômica Federal, o Jorge Hereda.

Queria cumprimentar também duas pessoas: o Paulo e a Márcia, ambos da Secretaria-Geral do Governo. Agradeço o Paulo Maldos e a nossa querida Márcia por tudo o que fez aqui nessa região em busca do acordo, do consenso e da construção de casas.

Queria cumprimentar o vice-prefeito de São José dos Campos, Itamar Coppio.

O secretário municipal de habitação, Miguel Sampaio.

Dirigir um cumprimento especial para Valdir Martins Marrom, presidente da Associação Democrática por Direitos Sociais.

Dirigir outro cumprimento especialíssimo a outro líder, o Toninho Ferreira, representante das entidades apoiadoras da comunidade do Pinheirinho.

Quero cumprimentar todos os prefeitos e prefeitas aqui presentes. O ex-prefeito Emídio, também ali presente.

Quero cumprimentar os senhores fotógrafos, cinegrafistas, e os senhores e as senhoras jornalistas.

É visível, aqui olhando tudo isso e sabendo toda a história, que um novo Pinheirinho está surgindo no horizonte. Esse novo Pinheirinho, que vai ser construído aqui nesse terreno, aliás, esse terreno, o Marrom disse que ele andou por vários terrenos. O Marrom participou da escolha desse terreno, e aí a gente tem de falar que o Marrom tem muito bom gosto, esse terreno aqui é muito bonito, viu Marrom. Eu acho que a gente devia na Caixa contratar o Marrom para escolher terreno para nós.

Bom, aqui nesse terreno, começam a ser erguidas uma parte das 1.700 [unidades]. Já a partir de agora serão 1.461 unidades. Mas nós vamos, agora em abril, essa é a meta que o ministro das Cidades me deu no avião. Em abril, responsabilidade dele e do presidente da Caixa, eles vão providenciar as condições para construir mais 239, de tal forma que as 1.700 acabarão juntas, e portanto, nós teremos essas 1.700 casas regularizadas, com todos os serviços públicos. Casas que vão proporcionar, a cada uma das famílias que virão morar aqui, a oportunidade de recomeçar a vida. Recomeçar a vida com essa dignidade que vocês demonstraram ao lutar pela moradia de cada um de vocês, de recomeçar a vida sem os sobressaltos que por anos marcaram a vida de vocês.

Ao que eu saiba, essa luta começou 10 anos atrás, em 2004. Hoje, então, nós, no dia 22 de janeiro de 2012 nós tivemos aquele terrível episódio, que é um marco na luta de vocês. Mas hoje, apesar daquele dia estar gravado na nossa memória e na de vocês, eu tenho certeza que hoje vai estar gravada na memória e no coração de vocês como o dia em que a luta de vocês chegou a um bom resultado.

O resultado que está em cada tijolo, em cada telha, no cimento, em cada pedaço da casa de vocês. O Marrom vai estar na copa, na cozinha, nos quartos. Vai estar também naquilo que cada um coloca na sua casa que é a sua alma, o seu espírito, porque ali vive com suas famílias, cria seus filhos, recebe  os amigos, toma uma cervejinha, e assiste a televisão. Assiste a Copa, viu Marrom. Duvido que alguém aqui não vai assistir a Copa.

Bom, gente, mas tem uma coisa: nós também devemos saudar o diálogo e as construções de todas as pessoas, das lideranças, das famílias do Pinheirinho, do governo municipal, do governo do estado e do governo federal que juntos, procuramos solucionar esta questão, que era a questão da casa própria. A prefeitura de São José dos Campos se comprometeu com R$ 8,4 milhões, para garantir o acesso, a infraestrutura de água e esgoto, a infraestrutura externa de água e esgoto. O governo do estado de São Paulo também participou, deu sua contribuição, foram R$ 34 milhões, de cada uma das casas, o governo do estado de São Paulo participa com R$ 20 mil. O governo federal coloca o programa Minha Casa, Minha Vida. E o programa Minha Casa, Minha Vida, aqui no Pinheirinho, nós colocamos perto de R$ 130 milhões, e serão R$ 76 mil que nós colocamos em cada moradia.

E aí eu quero dizer para vocês: por que nós estamos fazendo esse programa Minha Casa, Minha Vida? E por que é necessário que se coloque esses recursos? Primeiro, eu quero dizer para vocês, de todos os programas do governo, sem exceção, o que usa mais recursos do orçamento é o Minha Casa, Minha Vida. Aí vocês podiam me perguntar, por quê? Eu vou responder por que. É porque até que o Minha Casa, Minha Vida tivesse surgido, não havia uma solução para a questão da habitação popular, habitação de todas as pessoas que têm direito à moradia nesse país. Por que não havia? Primeiro, porque a conta não fecha, de jeito nenhum se a gente for pensar numa solução exclusiva de mercado. Por que a conta não fecha? Porque é impossível pagar nas condições normais de financiamento, ganhando até R$ 1.600 – dois salários mínimos e meio… e pouco, é impossível pagar um financiamento de R$ 96 mil. A conta não fecha nunca.

Por isso o povo brasileiro morava ou em habitação precária, ou nas diferentes formas de favelização, ou na casa de parentes, ou pagava um aluguel. Nós resolvemos ter um programa de habitação popular. O que é um programa de habitação popular? É um programa em que o governo federal utiliza o dinheiro arrecadado de todo mundo aqui, de cada uma das famílias do Pinheirinho, arrecadado dos senhores prefeitos, arrecadado da presidenta, arrecadado aqui da nossa mesa, para quê? Para fazer uma política que beneficia aqueles que mais precisam no Brasil. E quem são aqueles que mais precisam? Aqueles que não têm casa. Porque para nós, a casa não é um privilégio, a casa própria é um direito de cidadania.

A gente fala, e acho que nós temos de falar, sistematicamente, porque é um problema sério no Brasil a questão da segurança pública. Mas tem uma questão também de segurança que cada uma das famílias, eu sei e cada uma das pessoas aqui sabe, que uma família só tem segurança quando tem a casa própria. Ela pode até não ter toda a segurança que quer, mas sem a casa, aí ela não tem nenhuma, porque ela não tem para onde ir, ela não tem aquela garantia aonde é que eu vou viver, como é que eu crio meus filhos? Então, esse programa Minha Casa, Minha Vida, ele está correto. A casa é uma parte da vida da gente.

Por isso que eu quero dizer para as famílias aqui do Pinheirinho: quando vocês, daqui a um ano, um ano e pouco, entrarem na casa de vocês, vocês entrem de cabeça erguida. Vocês não devem essa casa a ninguém, não devem a mim, não devem ao governo federal, não devem ao governo estadual nem à prefeitura. Essa casa vem, primeiro, do dinheiro arrecadado do povo brasileiro. Segundo, ela vem também da luta de vocês. Vocês conquistaram essa casa. Vocês têm direito a ela, é uma questão de cidadania, e é assim que o povo do Brasil tem de ser tratado.

Olhando para o povo, para cada um, para cada família e reconhecendo o esforço que ela faz para sobreviver, criar seus filhos da melhor forma possível, no dia-a-dia. O governo entra com a sua parte, qual é a parte do governo? É fazer a política correta, a política para dar oportunidade para os 200 milhões de brasileiros. Para não deixar nenhum brasileiro fora das condições fundamentais de vida. E aí, eu quero dizer que eu tenho muito orgulho, sim, do Minha Casa, Minha Vida, é o primeiro e maior programa do governo federal. Para vocês terem uma ideia, nós estamos fazendo – nesse período até 2014 – 2,750 milhões de moradias. No final do governo Lula, a partir de 2009, nós tínhamos contratado 1 milhão de moradias. Então soma 1 milhão da época do presidente Lula com os 2 milhões que nós estamos fazendo, na prática,  nós estamos entregando, desde 2009 até 2014, em 5 anos, 3,750 milhões de moradias. 1,6 milhão já receberam a casa. 1,7 milhão estão em construção. Até o final do ano, e aí Pinheirinho está incluído, nós temos de contratar e deixar prontas, em vários estágios de construção, 450 mil. Aqui em São José dos Campos, 5,8 mil famílias já receberam as chaves da casa própria pelo Minha Casa, Minha Vida. Já temos mais 9,4 mil em construção. Então… Pinheiro está dentro dessas 9,4 mil.

Então, eu quero dizer que eu tenho extremo orgulho desse programa Minha Casa, Minha Vida. Hoje, daqui, eu vou para Bauru entregar a chave das casas, lá em Bauru. Mas para vocês terem uma ideia, em todo o estado todo de São Paulo, em todo o estado de São Paulo, 284,7 mil famílias já têm casa própria graças ao Minha Casa, Minha Vida.

Eu quero repetir uma ideia para vocês: Sem sombra de dúvida, essa casa, e eu vi a maquete dela, e tenho certeza que o Marrom vai ficar fiscalizando, não é, Marrom? Todo dia você vai ficar em cima da Caixa, do nossos construtor, da El Global, vai ficar aqui olhando a casa, vendo se está boa, as paredes, se o azulejo está bem na cozinha e no banheiro. É o que eu vejo, viu, Marrom. Quando eu entro numa casa do Minha Casa, Minha Vida eu olho os azulejos da cozinha, do banheiro, como é que está o rodapé. Porque a casa tem que ser a melhor possível, tá Marrom? Se o chão, se toda a cobertura de cerâmica do chão está boa, enfim, você tem de olhar, se a casa está com ensolação adequada. Eu acho que tem uma coisa, eu estou falando aqui com o Marrom, mas eu não estou brincando. Por quê? Porque nós não podemos tratar essas casas como se elas fossem qualquer coisa. Elas têm de ser a melhor casa possível que nós podemos fazer.

Eu quero dizer, para finalizar, que eu estou muito feliz de estar aqui hoje. Estou muito feliz porque eu tenho uma excelente parceria também com o prefeito da cidade. Nós temos a implantação do BRT, nós temos a pavimentação de várias ruas em parceria, o saneamento aqui também. Temos prevenção de área de riscos, contenção de encostas e drenagens. Temos uma série de obras.

Mas eu quero falar de uma das ações que nós fazemos aqui, e que é o Pronatec. Por que eu quero falar do Pronatec? Porque acho que as famílias do Pinheirinho têm de ter, também, um olhar para a questão da capacitação profissional, para melhorar, cada um, a sua renda. Aqui em São José dos Campos, nós temos 25,3 mil matriculas realizadas. Hoje, o Pronatec no Brasil inteiro já formou 6,2 milhões. Nós temos a meta de chegar a 8 milhões. Portanto, vocês me disseram há pouco que iam formar muitas mulheres do Pinheirinho em azulejista. Eu quero dizer para as mulheres do Pinheirinho uma coisa: saibam vocês que, no Pronatec, mais da metade das pessoas que procuram um curso de formação, são mulheres. Por isso, se vocês resolverem ser azulejistas, vocês podem. Se resolverem ser eletricistas, vocês podem. Tanto o governo federal, através dos institutos federais de educação, como o Sistema S, com o qual nós temos parceria, o Senai, o Senac, o Senat e o Senar, eles em conjunto oferecem cursos de capitação profissional essenciais para manter o Brasil crescendo.

Queria dizer mais uma coisa: a gente tem vários programas, podia falar aqui do Mais Médicos, podia falar aqui de todos os programas educacionais. Mas eu vou encerrar dizendo que há uma coisa essencial, que a gente constata aqui no Pinheirinho: as pessoas que vão à luta são aquelas que têm capacidade de sonhar, de pensar “não, o mundo não pode ser assim, ele tem de ser melhor”. Vocês pensaram isso, vocês foram capazes de sonhar. E eu acho que nós todos temos de saber que o Brasil será do tamanho do sonho de cada um dos brasileiros, e da capacidade de cada um de nós de lutar por eles.

Um abraço a cada uma das mulheres, a cada um dos homens do Pinheirinho. Um abraço a cada um dos prefeitos, das lideranças aqui presentes, dos representantes, dos vereadores e dos prefeitos. Um abraço a cada um dos cidadãos de São José dos Campos. Muito obrigada.”

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Comentários

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Carlos

Moro num conjunto habitacional antigo, conservado porém antigo. Foi construído na década de 50. São cerca de 24 blocos com 300 apartamentos. Nunca mais se construiu nada. Um ex-prefeito construiu 3 bloquinhos. Lula e Dilma praticamente construíram neste bairro, onde moro, 2000 mil imóveis para os mais pobres. Mais de mil já foram entregues. O restante já está pronto. O Rio nunca teve tantas obras nos bairros mais populares. O mais engraçado é que os descarados e inimigos do governo entram na fila de financiamento num banco estatal. São vivaldinos, porque não vão para os bancos privados? Ué, não dizem que são os melhores? Esta espécie sempre quer levar vantagem. Campo Grande é um lugar que está a 50km do centro. É um lugar que tem vida própria. É praticamente um munícipio. Lá você encontra milhares de ofertas de imóveis. É o lugar no Rio que mais cresce e mais oportunidades oferece para os mais pobres terem seu cantinho para morar. São milhares de pessoas dizendo que finalmente conseguiram sua casa própria.

Roger Matos

Deus é amor. O amor é cego. Steve Wonder é cego. Logo, Steve Wonder é Deus…
Um dos mais simples silogismos é o mais utilizado nos comentários desse site.
Ex: Se você é de esquerda, acha que a direita quer tomar o poder novamente. E para você, isso é um retrocesso. Então, se você critica a esquerda, logo você deve ser de direita, logo, você defende o retrocesso.
Mas ainda que você seja defensor da esquerda e ao mesmo tempo não concordar com uma ação da própria esquerda, imediatamente, quem pensa que Steve Wonder é Deus também pensa que você defende o retrocesso.
Outro exemplo: Quem é da esquerda acha que a Veja, por ser de direita, somente irá publicar reportagens a fim de desestabilizar o governo. Logo, qualquer denuncia que sair na imprensa, se for vinculado também na Veja torna-se apenas mais uma tentativa de desestabilizar o governo. Então, para que pensa que Steve Wonder é Deus, toda e qualquer denúncia contra o governo é apenas uma tentativa de desestabilizar o governo. Coisas da Veja…
Ainda que você tenha um histórico de lutas na esquerda brasileira, se você se predispõe a ouvir uma denúncia e não defender imediatamente o governo, então você passou para a direita e é um defensor do retrocesso e quer desestabilizar o governo.
Frases de efeito… mas irracionais.

Luís Carlos

Dilma recupera injustiça e violência cometida contra população do Pinheirinho. Parabéns presidenta.

    Roger Matos

    Época de campanha é assim sempre. Já vimos esse filme com Sarney, Collor, FHC, Lula e agora Dilma.

    Como Lula e Dilma adoram fazer alianças com Maluf, Sarney e Collor… nenhuma surpresa que sigam o mesmo marketing político.

    Basta dar um google e ver dezenas de fotos do Lula com o FHC ou da Dilma com o FHC. Eles parecem tão amigos… E no entanto, os ingênuos acreditam em diferenças entre Tucanos e Petistas, esquerda e direita.

    Eles são todos iguais.

augusto2

é fato.
O brasil todo por ai tambem tem uma fila.
Uma fila que agora começa a ser eliminada. Fora dos padroes do mercado.
Para resolver a fila tem dois jeitos, cara pálida: invadir e ser acusado por caras como voce ou apenas lutar pela vida como todos e entrar na fila de financiamento da Caixa economica.
Ah, e se em 2010 houvesse sido eleito o Ze pedagio, nao haveria essa injustiça. Nem fila alguma.

Fabricio

Bom, eu como morador de SJC vou esclarecer aos desavisados: SJC tem uma lista de espera de moradia de mais de 15 anos e sao de pessoas que nunca invadiram nenhuma propriedade particular. Essa fila de esperar é para moradia que não será “dada”e sim paga! Totalmente injusto para essas pessoas que estao esperando a tanto tempo, isso ai da abertura para invasão de novas propriedades privadas, para depois se conseguir de maneira facil e grátis os bens, que após serem entregues sera vendida por uma boa grana e essas pessoas irao invadir novamente outra propriedade, e assim caminha o Brasil. É mais facil invadir, roubar, receber bolsas que sair para trabalhar ou capacitar para o trabalho! Pq nao protestar contra a fraude da Petrobras? O Mensalao? O Fraude dos Metros de SP? Claro que nao, não irao receber nada de graça em troca! #prontofalei

clodoaldo

LCA, aqueles, alguns, que querem o retrocesso vão dizer que é só por voto, pois eles não se sentem bem quando pobre é assistido pelo governo fedral, se sentem muito mal.

Rafael

Parabéns a presidente. Parabéns aos moradores do Pinheirinho.
Eu concordo plenamente com o que diz Dilma Roussef: Devemos sim usar o dinheiro do contribuinte para ajudar aos mais necessitados, contribuir na redistribuição de renda.

Aqueles coxinhas egoístas que reclamam até do bolsa família sem nem ao menos saber quanto se paga, devem aprender a cidadania, nem que seja na marra.

lamarca73

Aécio antecipa campanha eleitoral…

eis o link:

https://twitter.com/luisk2017/status/448782697809211392/photo/1

RodrigoR

UAI, Cadê os coxinhas que vez ou outra aparecem comentando???? VAI COXINHA, se manifesta.

PADILHANDO POR SP PQ 2014 VAI SER DILMAIS.

    nobrega

    A desocupação do pinheirinho se deu em janeiro de 2012…por que só agora, às vésperas das eleições a dilmentira vem fazer demagogia de anunciar a construção dessas casas?

    João Vargas

    A construção de 1.700 casas não tem nada de demagogia, são tijolos, telhas, ruas e infra-estrutura, tudo muito concreto. a presidenta com este ato corrige parcialmente a tragédia que foi Pinheirinho. eu digo parcialmente porque o abalo emocional que este povo sofreu ninguém vai poder reparar. Parabéns Dilma.

    Fernando

    Infelizmente Sr Nóbrega, a burocracia que antecede a aprovação de qualquer projeto é enorme.São inúmeros ritos que por força de lei devem ser seguidos sob pena de nulidade de todo o processo e condenação das autoridades envolvidas.
    Mas antes de terminar gostaria de lhe perguntar, o Sr ficou igualmente indignado quando o então governador de SP, que a época era candidato a presidência da Republica, José Serra, inaugurou o trecho sul Rodo Anel inacabado e maquete de ponte???

    Luís Carlos

    Nóbrega
    Primeiro precisou mudar de governo municipal. O governo anterior, do despejo dos moradores, foi derrotado na urnas e assumiu novo governo, do PT, escolhido pelo povo local. Esse governo municipal novo apresentou projeto ao governo federal para essa iniciativa acontecer. Alguém acredita que o governo tucano anterior faria esse projeto depois da desapropriação violenta que ocorreu? Dilma está de parabéns, assim como governo municipal. Compromisso social não é para qualquer um. Aliás, estão proibidos projetos sociais que priorizam melhores condições de vida da população em ano eleitoral?

    Roger Matos

    Cadê os coxinhas? talvez tenham sido censurados pelo moderador…

pierre

Chora chorão eleitor do aécio. Dilma 2014/Lula 2018.

Gilberto

Prezada Presidenta Dilma,

Seu discurso me emocionou, pois sei o na pele o viver a situação que essas pessoas do Pinheirinho passaram.

Parabéns Presidenta,

Gilberto/Ceilândia-DF

Bacellar

Marrom ta ficando famoso! Um salve pro povo do Pinheirinho!

http://jbacellar.wordpress.com/2013/11/12/assim-foi-o-pinheirinho/

Lucas Gomes

esperemos que as lutas das pessoas atingidas por remoções efetuadas devido aos megaeventos no Brasil (Copa e Olimpiadas) também tenha muitos frutos!

    AT

    Excelente lembrança! Pensei o mesmo! Que também se olhe por esses prejudicados…E que se responsabilize os governos estaduais e municipais envolvidos.

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