CUT faz semana de luta em Brasília: Contra as MPs 664 e 665 e o PL da terceirização

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mp 664 665

CUT  faz semana de luta em Brasília

Mobilizações são contra as MPs 664 e 665 e contra o PL 4330

da assessoria de imprensa da CUT, via-email

Dirigentes da CUT Nacional, das 26 CUTs Estaduais, da CUT-DF, das confederações, federações e sindicatos filiados estarão em Brasília a partir desta terça-feira (12) para fazer uma série de ações contra as aprovações das Medidas Provisórias 664 e 665 e contra o PL 4330, da terceirização.

DIA 12 DE MAIO

Às 16h, na Câmara dos Deputados, Anexo II: Mobilização para pressionar os deputados a votar contra a MP 664, que está na ordem do dia (pauta) da Câmara.

. Dirigentes, trabalhadores e militantes vão se concentrar na porta da Câmara, uma vez que o acesso dos CUTistas é sempre vetado. Na semana passada, só autorizaram a entrada de 20 dirigentes da CUT.

Observação: devido ao falecimento do Senador Luiz Henrique, o Senado Federal está em luto oficial, de 11/5 (segunda) a 13/5 (quarta), retomando as atividades na quinta-feira, dia 14/5. Portanto, a votação da MP 665 no Senado foi adiada para a próxima semana.

DIA 13 DE MAIO

– Vigília na Câmara dos Deputados, o dia todo, com visitas aos gabinetes e às lideranças partidárias, entre outras ações de pressão sobre os/as parlamentares.

DIA 14 DE MAIO

Às 9h, no Senado, Audiência Pública para discutir a Terceirização (PL 4330/2004; PLC 30/2005), Local: Auditório Petrônio Portela.

DIA 19 DE MAIO

Às 11h, no Senado, Comissão Geral para debater Terceirização. (CONFIRMADA).

Observação: Essa Comissão Geral, que estava confirmada para o dia 14/5, mas foi adiada p/ o dia 19/5.

Às 14h – MP 665 pode ser pautada – início de visitas a gabinetes, a lideranças partidárias e de bancada.

Sobre as MPs

As MPs 664 e 665 fazem parte do pacote de ajuste fiscal elaborado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy e foram anunciadas pelo governo no dia 30 de dezembro do ano passado, sem qualquer debate com a CUT nem com as demais centrais sindicais. As medidas mudam as regras de concessão e dificultam o acesso a benefícios como seguro-desemprego, abono salarial, seguro-defeso, pensão por morte e auxílio-doença.

A MP 665 aumenta o tempo de trabalho para que os/as trabalhadores/as possam solicitar, pela primeira vez, o seguro-desemprego – o governo queria elevar esse período de seis para 18 meses, mas o parlamento reduziu o prazo para 12 meses. Essa MP estabelece também um tempo mínimo de seis meses de trabalho para o/a trabalhadora/a ter acesso ao abono-salarial, que passa a ser proporcional aos meses trabalhados. Antes, todos recebiam um salário mínimo, independentemente do número de meses trabalhado com carteira assinada.

A MP 664 estabelece carências para pensão por morte, tempo de casamento ou de união estável. Para ter acesso à pensão, em caso de morte do marido, a viúva terá que comprovar ter estado casada por pelo menos dois anos, e que seu marido, falecido, contribuiu por pelo menos 24 meses para a Previdência Social. Além disso, o governo quer fazer um cálculo que leva em conta a expectativa de vida do cônjuge e cessa o benefício para o cônjuge ou companheiro em razão de decurso de prazo.

Antes da MP 664/2014, a pensão por morte recebida pelo cônjuge ou companheiro/a do segurado/a era para sempre, ou seja, até que ele/a também morresse. Assim, o/a viúvo/a do/a segurado/a recebia a pensão durante toda a sua vida. A MP 664/2014 acrescentou uma tabela com o tempo máximo de duração da pensão por morte devida ao cônjuge ou companheiro/a do/a segurado/a falecido/a, o que irá variar de acordo com a expectativa de sobrevida do/a viúvo/a no momento do óbito.

A MP também mexe nos valores. O valor da pensão passa a ser de 50% do valor da aposentadoria ou que o segurado tivesse direito ou se aposentado por invalidez fosse, na data de seu falecimento. Em havendo dependentes do segurado, cada um pode receber uma cota individual de 10% até o montante de 5 cotas, perfazendo então os 100%.

 

 

 

 


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Comentários

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Leo V

Engraçada a nota da CUT. Faz parecer que as MPs são do Levy e não da Dilma.

Novamente, os dirigentes sindicais fazem algo para não dizer que não fazem nada. Mobilizar os trabalhadores não está na pauta, pode ser perigoso.

hora

“Quem topa fazer um barulhaço no próximo dia 19, às 19h30? Vale tudo: vuvuzela, apito, sirene. Contra a propaganda nacional do PSDB, a oposição oportunista à Dilma Rousseff”, comentou. Senadora Jandira Feghali.

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