Brasil é escolhido para sediar a Copa Feminina, Ana Moser e Débora Cruz, as homenageadas

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Em 30 de abril de 2023, o presidente Lula ao lado da então ministra dos Esportes, Ana Moser, declarou o apoio para o Brasil sediar a Copa do Mundo Feminin. O anúncio foi feito durante evento no Palácio da Alvorada, para apresentação da taça da Copa do Mundo 2023, que seria realizada na Austrália e na Nova Zelândia, de 20 de julho a 20 de agosto. Foto: @Marcelo Camargo/Agência Brasil

Por Conceição Lemes

O Brasil vai sediar Copa do Mundo Feminina de Futebol de 2027.

A eleição foi nesta sexta-feira, 17/05, na Tailândia.

Por 119 votos a 78, o Brasil bateu a candidatura tríplice de Bélgica, Alemanha e Holanda.

A jornalista Alicia Klein, colunista do UOL, saudou a vitória no artigo A Copa do Mundo feminina é nossa – e isso muda tudo

Em seu texto, Alicia Klein observa:

‘’Em 2027, receberemos mais um Mundial de futebol, mais um mega evento, mais uma chance de mostrar ao planeta nosso potencial.

Não percam uma coisa de vista: isso faz muita diferença. Isso importa demais.

O esporte feminino está crescendo no mundo todo. Nos Estados Unidos, Canadá, Austrália e Nova Zelândia, o impacto da Copa foi imenso. Não só economicamente durante os eventos, mas na sequência, com o fortalecimento das ligas locais.

(…)

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Há uma mudança tectônica em curso. Uma mudança feminina. De mulheres para mulheres. De quem não aguenta mais ser tratada como cidadã de segunda categoria. De quem sabe que pode — e deve — ser protagonista. Abastecida por meninas e meninos sem os nossos preconceitos. Que só querem ver atletas entregando tudo, dentro e fora de campo, independentemente do gênero. Uma geração imensa que não viveu a Copa de 2014 e que vai ter na de 2027 a sua primeira em casa.

Não se enganem. A nossa hora chegou. E não estou falando do Brasil’’.

Alicia termina o artigo com uma bela homenagem a três mulheres:

Um agradecimento imenso a todo o comitê de candidatura, na figura da genial Valesca Araújo, e às pessoas do governo, como a ex-ministra Ana Moser e à brilhante Débora Cruz, sem as quais a FIFA Women’s World Cup Brazil 2027 continuaria sendo apenas um sonho.

Parabéns pela atitude, Alicia.

Homenagem merecidíssima e justa.

Me aterei à jornalista Débora Cruz.

Realmente, é brilhante.

Eu a conheci quando era assessora de imprensa do ex-deputado federal José Genoino (PT).

”Fui a única assessora de imprensa que ele teve em seus mandatos, durante toda a vida”, diz.

Inclusive durante o tempo em que Genoino esteve preso pela injusta condenação do mensalão.

Débora não arredou pé. Por lealdade, solidariedade, companheirismo.

É a melhor assessora de imprensa que já conheci na vida.

Sei de vários colegas que compartilham dessa mesma opinião.

Débora é um ponto fora da curva.

Onde quer que esteja trabalhando, ela chega junto com a gente.

Faz tudo. É repórter, redatora, assessora de imprensa.

Está sempre disposta a ajudar genuinamente os repórteres que a procuram.

Preocupa-se, por exemplo, em traduzir para o leiguês os termos específicos da área em questão, o que é raro.

Débora é corajosa, ousada, fala o que tem que falar, não desiste nunca.

Hoje, no final da manhã,  quando trocamos uma mensagem pelo WhatsApp, ela logo disse:

Hoje tô bem emocionada com a história da Copa Feminina.

Ganhei até homenagem do UOL — contou rindo.

Homenagem merecidíssima e justícissima, como disse acima.

Estou muito feliz por você, Débora Cruz. Parabéns! De coração!

Foi chefe da Assessoria de Comunicação do Ministério do Esporte na gestão Ana Moser (@anabmoser).

Atualmente, é chefe de gabinete da Secretaria de Coordenação e Governança das Estatais do Ministério de Inovação e Gestão, que tem Esther Dwek como ministra.

Leia a mensagem que Débora Cruz enviou aos amigos e amigas

Estou emocionada! Já chorei e já sorri. Recebi muitas mensagens lindas, muitas ligações importantes.

A verdade, é que essa notícia me trouxe uma mistura absurda de sentimentos.

Fui chefe da Assessoria de Comunicação do Ministério do Esporte de janeiro/23 a outubro/23, no período em que a atleta e ministra @anabmoser estava à frente da equipe de ouro que tínhamos.

Começamos a sonhar em trazer a Copa do Mundo de Futebol Feminino para o Brasil em seu gabinete ministerial, passamos pelo Palácio do Planalto, Palácio da Alvorada, depois fomos ao Rio de Janeiro, São Paulo, Paraguai, Austrália, Nova Zelândia e tantos outros lugares do Brasil para apresentarmos nossa proposta ousada.

Foram muitas articulações, notas, matérias, entrevistas, projetos, conversas com instituições mil.

Tivemos momentos de estresse, boicote, aflição, mas vibramos a cada peça desenhada, a cada vitória conquistada por nossa equipe.

Quero agradecer, em especial, aos componentes da minha equipe, na Comunicação do @esportegovbr.

Saímos do Ministério do Esporte em outubro do ano passado, mas hoje acendemos uma chama “estranha” da esperança, que nunca morre…

*Texto atualizado às 10h de 18/05/2024, para acréscimo de informação.

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