Alerta para quem crê na mídia: o que vendem os “especialistas”?

Tempo de leitura: 6 min

“Elite Oculta”: Você sabe a quem interessa a pauta que lhe vendem?

31/1/2010, Janine R. Wedel, Huffington Post

Traduzido por Caia Fittipaldi

Na comunidade de menos de duas mil almas onde fui criada, os famosos seis graus de separação derretem. Em cidades muito pequenas você é obrigado a desempenhar vários papéis: cuidar dos filhos do vizinho, o qual é seu professor e amigo do seu pai, e que é casado com a professora da Escola Dominical. Há aí algum espaço para nepotismo e corrupção? Há. Mas, ao mesmo tempo, todos sabem o que todos estão fazendo, e as agendas e pautas ocultas são quase impossíveis. Em cidades muito pequenas, agendas, pautas, papéis sociais, relacionamentos e apadrinhamentos são bem visíveis.

Ao contrário, entre os operadores do poder, os “flexibilizadores” [1] que operam hoje no mundo – a elite oculta –, o público jamais consegue ver com clareza todas as agendas, pautas, papéis, relacionamentos e apadrinhamentos que os ligam.

Examinamos alguns desses “flexibilizadores” e vimos que mesmo quando são processados por fraudar o fisco, eles continuam dando jeito de garantir seu lugar à mesa, e sempre voltam. Onde antes havia poucos agentes de poder e as afiliações eram mais estáveis, a nova geração de atores – cujos muitos e sempre fluidos relacionamentos refletem a multiplicidades de empresas que vivem hoje muito próximas do Estado – atuam globalmente e são difíceis de rastrear.

Os papéis se sobrepõem e interconectam, podem criar comunidades vibrantes e fortes – e podem ajudar a explicar por que uma pequena comunidade pode ser ao mesmo tempo insular e altamente engajada no mundo. Essa estrutura admite e dá apoio a mobilizações, seja para organizar uma festa ou um movimento de ajuda comunitária. A comunidade onde nasci, que tem raízes na tradição Menonita de serviço social, organizou-se muito rapidamente para ajudar o Haiti. Em boa parte porque lá todos têm informação de primeira mão e há sólida rede de interdependência.

Em pequena escala, a interdependência de papéis e relacionamentos é benéfica. Mas se se aplica à elite oculta, o modelo cria riscos imediatos à democracia. Enquanto, numa pequena comunidade, há instalado um apparatus que impede que se constituam agendas ocultas e ajuda a discernir entre o que interessa aos muitos e o que não interessa – pode-se sempre conhecer e verificar a fonte da informação e os interesses de quem informa –, nada semelhante a isso existe na grande esfera pública, que acaba ocupada por uma elite oculta. (A elite oculpa depende, é claro, da troca de informação de primeira mão, mas esconde atentamente essa informação e a oferece já interpretada.) O grande público é deixado sem meios confiáveis para saber o que os ‘flexibilizadores’ estão interessados em obter com o que fazem – seja porque os papéis se sobrepõem, seja porque os interesses ocultam-se em tramas muito densas de interesses, seja porque jamais se conhecem os padrinhos reais de cada iniciativa. Sem acesso a essa informação básica, a opinião pública fica desarmada para construir opiniões adequadamente embasadas.

Em comunidades pequenas, quando um conhecido se aproxima de você numa reunião social, sob o pretexto de apresentar condolências pela morte de um ente querido e você sabe que o tal seu conhecido vive de vender seguros de vida, você tem meios para adivinhar facilmente a agenda dele e sua pauta de interesses e assuntos. Assim, num segundo, você pode decidir se agradece mais ou menos pessoalmente, ou, mesmo, se lhe dá as costas. Assim, sob sua pessoal responsabilidade, vc pode escolher se se deixa ou não manobrar, e até que ponto. Nada disso é assim, onde opere a elite oculta: ninguém jamais consegue saber como, quando e o quanto está sendo manipulado.

Considere-se, por exemplo, o ex-secretário de Segurança Nacional Michael Chertoff que, desde o Natal fala pelo rádio e televisão, sem parar. Não faz outra coisa além de defender o emprego de scanners de corpo inteiro, como remédio infalível contra todas as inseguranças e riscos e falhas de segurança nos vôos. Depois de ele muito falar, acaba-se descobrindo que o ex-secretário representa agora a única empresa fabricante de scanners já qualificada para vender equipamentos ao governo.

Antes de esse fato vir à tona, como o público poderia saber que estava sendo ativamente induzido a aceitar um ponto de vista (mercantil) interessado? O público não tinha nenhum meio para descobrir a manipulação, porque o público sequer sabia que lhe faltava uma informação básica crucial. E, mesmo depois de a informação crucial afinal se tornar pública, ainda assim o público sempre lembrará mais ‘as vantagens’ de usar-se aquela marca de scanner, do que dos interesses pessoais de Chertoff.

Ou o embaixador Peter Galbraith. Galbraith, veterano defensor da autonomia dos curdos, gastou muita sola de sapato indo e vindo entre o Curdistão Iraquiano e os EUA. Foi secretário-conselheiro para assuntos do Curdistão do governo Bush e ajudou os curdos a preparar a constituição do Iraque. Apresentado como “especialista”, publicou inúmeras análises e opiniões na New York Review of Books, no New York Times, no Washington Post e em muitos outros veículos, sempre defendendo a independência dos curdos e o direito dos curdos sobre o petróleo que abunda na terra deles. E todo o tempo – como só agora se sabe –, trabalhava a favor de seus negócios, que hoje alcançam os 100 milhões de dólares, nos quais negocia o mesmíssimo petróleo. Os parceiros não-comerciais de Galbraith no Iraque talvez não soubessem dos seus negócios. Como disse um ex-diplomata iraquiano e advogado: “A ideia de que uma empresa estrangeira de petróleo esteve na sala na qual se preparava a Constituição do Iraque deixa-me tonto… Todo o processo parece escondido numa nuvem de ilegitimidade.”

Embora os flexibilizadores não sejam necessariamente aéticos ou antiéticos, a opinião pública é induzida a crer no que digam e escrevam, porque os toma por especialistas – de política exterior a segurança nacional, tanto quando de reforma da saúde pública, sistema financeiro e quanto aos melhores modos de aplicar dinheiro. A opinião pública tente a aceitá-los pelo valor de face: são o que dizem ser. Mais ou menos como acontece nas pequenas comunidades. Mas não há como saber que aqueles personagens não são só o que dizem ser e que, portanto, não são imparciais.

Menos ainda as pessoas podem fazer, para não tomar conhecimento das opiniões deles. É impossível não ouvi-los, não vê-los. Não há qualquer mecanismo em tempo real, ou próximo disso, no fluxo de informações que chega à opinião pública, que permita que as pessoas filtrem a informação que os flexibilizadores oferecem abundantemente. De fato, é praticamente impossível detectar todo o âmbito em que agem os flexibilizadores e o alcance de todos os seus atos e feitos.

Uma sociedade democrática procura a imprensa – pilar da transparência – para obter informações que ajude a julgar a ação e a fala dos flexibilizadores. O problema começa, porque pode interessar à própria imprensa – e quase sempre interessa aos veículos da imprensa – manter ocultadas todas, ou algumas, das filiações dos flexibilizadores. “Especialistas” como Chertoff e Galbraith estão constantemente nos jornais, rádios e televisões, sem que se informem à opinião pública todos, nem, que fosse, os principais papéis sociais, relacionamentos e apadrinhamentos ou associações daqueles “especialistas”. Domingo passado, um dos editores do New York Times Clark Hoyt denunciou os dois flexibilizadores citados acima, além de outros dois, por não revelarem atividades e papéis e atividades que comprometeriam a imparcialidade de seus discursos e declarações públicas. Disse que seria tarefa dos repórteres que os entrevistaram recolher esse tipo de informação.

Fato é que esse é remédio para paciente que já morreu. Quando essas ‘denúncias’ vêm à tona, o mal já está feito. A opinião pública já foi manipulada. Por exemplo, as revelações sobre Galbraith vieram tarde demais e não impediram qualquer efeito danoso que a duplicidade de papéis tenha tido ou ainda possa vir a ter. E ajudam a fortalecer a opinião de todos que, Iraquianos ou não, acreditem que os EUA e aliados invadiram o Oriente Médio por cobiça, pelo petróleo.

Para piorar ainda mais o quando, a certeza de que o público confia neles e nos veículos pelos quais distribuem informação interessada estimula as figuras públicas e todos os especialistas a dizer o que mais lhes interesse dizer, a cada momento. Como se desaparecesse a necessidade jornalística de confirmar o que dizem ‘as fontes’.

O exemplo que me ocorre a todo instante, nos últimos tempos, nos EUA, é o mantra “a economia está melhorando.” Não está. De cada seis norte-americanos que procuram emprego de período integral, só um encontra. No mundo em que vivemos, cercados de notícias 24 horas/dia, 7 dias/semana, já praticamente não há jornalismo investigativo. E dissipa-se a lembrança que o público tenha do currículo e das atividades das vozes que lhes falam pela televisão, porque é como se só o aqui e agora interessasse na sociedade da ‘credibilidade’ (se é crível, é fato).

Até que encontremos um meio que nos ofereça sistema que permita verificar a informação que a imprensa oferece, capaz de neutralizar o opinionismo dos flexibilizadores e das redes de flexibilização da opinião pública, esses agentes do poder terão cada vez mais influência, enquanto vai-se criando uma nova geração de flexibilizadores do já flexibilizado, cada vez mais influente frente a uma opinião pública cada vez mais incapaz de avaliar e julgar coisa alguma. Lenta e consistentemente, os flexibilizadores estão flexibilizando todos os marcos que a sociedade criou, ao longo da história e que visavam a garantir que a democracia significasse alguma coisa.

Nota de tradução

[1] “Ao contrário do que o nome parece significar, os “flexibilizadores” [ing. f lexians] – objeto do estimulante trabalho da antropóloga e especialista em políticas públicas Janine Wedel, Shadow Elite [Elite Oculta] – não são alienígenas saídos de algum episódio de Star Trek. São uma constelação de atores sociais, relativamente novos, especificamente terrenos, e que estão remodelando a paisagem da governança global. Emblema da nova era das “flexibilizações”, esses atores da elite constroem a própria influência e o próprio poder indo e vindo entre vários papeis sociais, a maioria dos quais, e suas interrelações, são mantidos ocultados da opinião pública” (Global Integrity Commons).


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Comentários

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Marcos Ordonha

A diversidade de mídias e debates qualitativos são cruciais para educação dos olhos dos "ouvintes, telespectadores e leitores". Um país como o nosso com uma tradicionalidade midiatica que se formou tem na rede mundial de computadores uma boa saída, mas e o uso desta? Em geral perdemos muito tempo e falamos para poucos, sem contar uma discriminação latente do governo com os blogueiros, mas não com o entretenimento desbocado ou escrachado da rede.

Sempre pergunte o por quê de se falar tanto de tal assunto e a procedência de quem fala – Não fique paranóico rs.

Morvan

Falando em "especialistas", nos plúmbeos tempos do mumba-meu-boi, ou, para o PIG, Governo(sic!) FHC, havia dois destes "iluminados" que sempre vinham ao Brasil "ditar" o comportamento do país: o "brasilianista" Skid Row e o "Repórter" Larry Rotter, para os mais íntimos, "Lê Lorota". Com o fim daquele martírio do povo brasileiro, o [des]Governo FHC, o Skid Row "picou a mula", foi cantar em outras paragens; o Larry Rotter (Lê..) até que tentou "PIGAR" o Governo Lula, mas, a bem do país, foi defenestrado. Espero que para sempre. Até porque, de "especialistas" o PIG local está sobejamente servido.

Morvan, Usuário Linux #433640

Gerson Carneiro

Alerta! Não estou encontrando revista Istoé nas bancas.
Desde sábado estou procurando e não encontro. Detalhe: é o Lulão quem está na capa (entrevista exclusiva).

Augusto Cesar

Poder-se-ia dizer que o especialista em generalidades antipetistas Diogo Mainardi é um flexibilizados do Daniel Dantas?

Supertramp68

Leider Lincoln, lembra-se quando, em um comentario, disse que meu chefe havia visto uma imensa mancha de óleo no mar no RJ? Pois é, saiu na Folha. Mas noticias contra o Partidinho só saem no Jornal quando o óleo chega na praia.
Mas a petrobras não tem nada com isso. Deve ser a B&P. Para os que crêem na midia, o que atrapalha (o partido) não sai. Só falta ver os comentarios do "divino" sobre o assunto.

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/780054-man

    joaquim de carvalho

    Você sabia que navios petroleiros lavam seus tanques vazios, lançando os dejetos ao mar?
    Que isto já virou caso de polícia no rio Amazonas?
    é feito por todos os petroleiros mundo a fora para evitar perigo de explosão.

monge scéptico

Alguém crê? PUTZ!! Creio com ressalvas nesta mídia aqui. Claro que verifico tudo que leio.
Não tenho tido muitas decepções.

Maurice Moss

Parece que acharam trabalho escravo na fazenda de um Caiado.

Ed.

Uma das grandes enganações do século, alimentada por especialistas que disseminaram o terror nas empresas do mundo todo, gerando fortunas em despesas duvidosas, e o enorme crescimento da gigante SAP, foi o "bug do milênio".

    Gerson Carneiro

    Lembro que no finalzinho do ano de 1999 teve um Opinião Nacional na TV cultura com "especialistas" da área de informática pra debater o tal "bug do milênio". Eu mandei um email, o Herodoto leu e finalizou o programa com a minha pergunta para eles: Como foi que o pessoal da espaçonave 2001 – Um Odisséia no Espaço – resolveu o problema do bug do milênio?

Gerson Carneiro

Deixa aproveitar e incluir o cinema nesse balaio intitulado “mídia”.

Sábado fui ver “O Bem Amado”, o filme. Saí do cinema apurrinhado, zangado, cuspindo fogo. Tudo estava indo bem, até que no final, última cena, apareceu um mapa mundi com o letreiro grande “SUCUPIRA” aonde fica o Brasil.

Achei de muito mal gosto. Péssimo mesmo. Quer fazer uma crítica construtiva? Perfeito, faça. Agora assumir e rotular para o mundo todo um papel depreciativo é cair naquela de que “todo brasileiro é mal caráter”. Não posso concordar. E saber porquê? Porque quando o Stalone e o Rob Williams falaram mal do Brasil a gente se ofendeu. Então não podemos jamais ser os primeiros a avacalhar. Vamos criticar sim, mas com o intuito de construir, de melhorar.

Vejo o Jorge Amado. Sempre relatou as mazelas da Bahia, mas jamais a desrespeitou, pelo contrário, amou-a incondicionalmente.

Também! Produção de quem? Paulinha, a ex-atual-não-sei-o-quê do Caetano. Não se pode esperar muita coisa.

Messias Macedo

UMA PERGUNTINHA BÁSICA I – estes estropícios pensam que Dilma Rousseff iria se submeter a esta palhaçada: jogar na casa [pântano!] do adversário, numa partida sem juiz, com regras tendenciosas e uma torcida ávida por sangue pró-vampiro tucano?!
UMA PERGUNTINHA BÁSICA II – Dilma ‘fugiu’, ‘né’! ‘Tá bom’! Vamos fazer uma coisinha, então: convocar uma sabatina, reunindo os presidenciáveis no Instituto Barão de Itararé – na sabatina, os presidenciáveis serão inquiridos pelos jornalistas Paulo Henrique Amorim, Luiz Carlos Azenha, Rodrigo Vianna, Leandro Fortes, Altamiro Borges, contando ainda com a participação especial do ínclito escritor mestre Emir Sader – na platéia, sindicalistas, o pessoal do MST, servidores públicos, catadores de lixo… E por aí vai [bem]!…
Sim, a perguntinha básica II: segundo o mesmo Josias “da Folha”, o candidato da DIREITONA, José (S)erra ‘fugiria’ ou a ausência do DEMotucano seria justificada por uma disenteria causada pelo consumo de acarajé preparado pelos carlistas da ‘Boa Terra’?!

ernesto di colla

Excelente e elucidativo artigo! Recomendo sua leitura a todos que queiram compreender o que ocorre aquí em nosso Brasil, com "s"…

Messias Macedo

ENTENDA O ESPECIALISTA FERNANDO MITRE

"Em relação ao debate da Band, eu me surpreendi positivamente com a desenvoltura da dona Dilma. Por outro lado, eu constatei que falta compaixão, o olhar de compaixão, do Serra ao falar sobre os diversos temas. Ou seja, falta carisma ao Serra!" Jornalista Antônio Teles

NUM ÁTIMO, A INTERVENÇÃO PROVIDENCIAL DO MITRE – parcial desde, pelo menos, o tempo da ajuda ao Collor no debate contra o Lula:
"É, o momento mais importante do debate foi quando o Serra chorou… Quer dizer, marejou os olhos! Ali, eu constatei o lado humano do Serra!"

FONTE: programa 'Canal Livre' [TV Bandeirantes], edição da noite de 08/08/10

EM TEMPO: os componentes da mesa do programa anunciaram que no dia 05 de setembro haverá um 'Canal Livre' especial: debate entre os candidatos à vice-presidente.

Messias Franca de Macedo
Feira de Santana, Bahia, República de Nós Bananas

    Ivan Arruda

    Eu ouvi o Mitre falando com júbilo que o Serra chorou. E ele acreditouuuuuuuuu. E o duro é que não se pode atribuir à sua falta de experiência. O que seria então, para acreditar em lágrimas cadavéricas? Quando eu o ouvi falando que Serra havia chorado pensei: No mínimo lhe mostraram os resultados das pesquisas, especialmente da sua queda de 46% para 30% como estima Paulo Henrique Amorim.

    ferrera13

    Ele chorou porque não acredita (ainda) que uma mulher, escolhida por um operário, pode ser a primeira a governar um país como o nosso. Dizem que está na disputa certa, mas na hora errada. Eu digo que ele é um erro em pessoa!

    Morvan

    ferrera13, seria então, "O Eterno Candidato Acidental"?
    Como ele mesmo, o Nosferatu, confidenciou ao Aécio, "esta é sua última oportunidade"…

    Dilma pra cima do PIG.

    Morvan, Usuário Linux #433640

    Rogerio

    Ah.. era tudo que eu queria.. Ver uma raposa cravada nas costa de um curumim…rs.

    Giovanni

    Fernando Mitre é um dos "analistas políticos" mais rasos que se conhecem. O cara não percebe o óbvio, é totalmente sem noção, e tudo o que faz é hipervalorizar o impacto (?) do debate chinfrim que a Bandeirantes promoveu. Agora o pateta anda apregoando que a campanha política vai se pautar no novo marco representado pelo tal microevento.

ferrera13

Nossa!!! Parece um raio X do fórum do millenium e dos arautos da democracia.

Edemilson

Esses constituem uma das piores pragas que afetam a vida do cidadão brasileiro. Com a fachada de "especialistas", se destacam na grande imprensa como donos da verdade e vão defendendo os interesses de grandes corporações que, na maioria das vezes não se confundem com os reais e legítimos interesses da nação. Ex.: logo após a compra do Unibanco pelo Itaú, um desses consultores opinou em um jornal que isto era bom para o consumidor, pois garantia maior competitividade. Onde? Só se for na lua. O mercado bancário se concentrando cada vez mais e o pato do consumidor pagando tarifas e juros escorchantes.

Wilfer9

Vale a pena assistir ao vídeo "How to Save Newspapers", de Scott Blaszak, roteirista que também produziu o inesquecível "Google Earth's Downside", um alerta ao poder discricionário da web.
O filme pode ser visto na sessão de vídeos da revista eletrônica Slate: http://www.slatev.com/video/how-to-save-newspaper….

Bernardete Aguiar

Azenha ,existe algum temor por parte dos jornalistas sobre possível censura à imprensa no programa de governo da Dilma?
Preciso dessa informação por favor para convencer eleitora q mora no exterior

    Jairo_Beraldo

    Se ela mora no exterior, e por lá não consegue visualizar o que acontece aqui, são duas as causas: ou não fala/lê a lingua ou é tapada mesmo!

    Claudia

    Cara mal-educado, a mulher fez uma pergunta que não tinha nada demais. Parece que o PT é uma divindade e você parece uma beata!

    Jairo_Beraldo

    Cláudia, a finesse fica para a massa cheirosa, como a paulista, da qual voce deve fazer parte.

    ferrera13

    Bernadete, que tal sugerir à ela que busque informações nos blogs brasileiros indicando-a os progressistas?

    joaquim de carvalho

    Jornalistas já são censurados há anos por editores de jornais. Pergunte a um jornalista qualquer se nunca teve um artigo que foi parar na gaveta ou que não tivesse sido chamado à regulagem para escrever isto ou aquilo.
    Você não leu o artigo acima? Leia de novo. Não deu, tente outra vez e não se desespere. Lembre-se que como a maioria dos Brasileiros, você pode ser analfabeta funcional.
    Não se pode proteger quem falsamente grita – Fogo – num teatro lotado.
    Liberdade de expressão não é liberdade de imprensa.

O Brasileiro

"Empresas que vivem hoje muito próximas do Estado". Essa frase do texto já nos diz muita coisa!
Lembram do episódio das vacinas contra a gripe suína (H1N1), que custaram centenas de milhões de reais?
E das máscaras? Do álcool em gel?
Muitos "flexibilizadores" ganharam muito dinheiro com a gripe suína!
Um hospital em minha cidade recebeu uma verba bem gorda para "combater a gripe suína".
Não vou nem falar das capas de "revistas" com remédios para impotência e para colesterol e com "artigos" sobre obesidade (eu sei mais do que a maioria de vocês sobre a importância e a gravidade da obesidade, mas raras são as reportagens que vão às causas do problema: propaganda indiscriminada de alimentos inadequados para crianças, brinquedos associados a lanches, má qualidade das refeições em algumas escolas, falta de áreas de lazer, falta de segurança pública, "bullying", etc).
A questão sempre é: o que você vai "comprar" é realmente necessário?

Ed.

As sociedades, desde que livres, sempre encontram, naturalmente, compensações para a concentração orquestrada de poder.
Nesta era onde o poder da informação ganhou enorme relevância sempre teve), os poderosos investem em manipulá-la para seus exagerados e mesquinhos privilégios.
Compram e controlam mídia, contratam profissionais formadores de opinião, escondem informações estratégicas, exaltam informaçoes irrelevantes ou farsescas, exercem lobbies (nada contra) inconfessáveis (tudo contra), etc.
Com todo este fantástico esforço e investimento (que precisa ter custp x benefício), vem uma Internet com simples blogueiros, postadores de You Tubes, Twitters, Googles, Wikipedias, Wikileaks e quetais e compensam todo seu monumental esforço em manter o controle do poder.
Sim, sempre onde há liberdade…

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