Aldemir Bendine, do Banco do Brasil, é o novo presidente da Petrobras
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Aldemir Bendine, do Banco do Brasil, é o novo presidente da Petrobras
NATUZA NERY, da Folha de S. Paulo
DE BRASÍLIA
06/02/2015 10h13 – Atualizado às 10h21
O presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, foi escolhido pela presidente Dilma Rousseff para substituir Graça Foster na presidência da Petrobras.
Bendine esteve à frente do BB desde 8 de abril de 2009, em substituição ao então chefe do banco Antonio Francisco de Lima Neto. Ele foi escolhido para o cargo na gestão do ex-presidente Lula para reduzir os juros banco e o aumentar do volume de crédito.
Na ocasião o mercado não gostou da mudança, e as ações do BB caíram 8,15% num dia em que a Bovespa subiu 0,82%. Investidores viram a troca como uma interferência do governo, que estaria insatisfeito com a demora do BB em reduzir suas taxas para estimular a economia e amenizar a crise de então.
Nesta sexta-feira (6), a indicação de Bendine também não agradou; as ações da Petrobras desabaram mais de 6% após a indicação de Bendine. Ligado ao ex-presidente do PT Ricardo Berzoini, Bendine é funcionário de carreira do BB.
FINANÇAS
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Ivan Monteiro, atual vice-presidente de Finanças do Banco do Brasil, será o novo diretor financeiro da Petrobras, apurou a Folha. O cargo é chave para enfrentar a atual crise pela qual a petroleira passa.
Na quarta (4), Graça Foster e outros cinco conselheiros pediram demissão do cargo.
O Conselho de Administração da companhia está reunida na manhã desta sexta-feira (6) para escolher os novos nomes da diretoria.
O conselho é composto por dez pessoas e é presidido por Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda.
Ele está no conselho por indicação do acionista controlador, ou seja, o Tesouro Nacional – portanto, o governo. Os demais membros são conselheiros.
Graça Foster também participa. Confira os membros e quem elegeu cada um para ocupar o cargo:
- Guido Mantega, eleito pelo acionista controlador
- Maria das Graças Silva Foster, eleita pelo acionista controlador
- Luciano Galvão Coutinho, presidente do BNDES, eleito pelo acionista controlador
- Francisco Roberto de Albuquerque, eleito pelo acionista controlador
- Márcio Pereira Zimmermann, secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, eleito pelo acionista controlador
- Sérgio Franklin Quintella, eleito pelo acionista controlador
- Miriam Aparecida Belchior, ex-ministra do Planejamento, eleita pelo acionista controlador
- José Guimarães Monforte, eleito pelos acionistas preferencialistas
- Mauro Gentile Rodrigues da Cunha, eleito pelos acionistas minoritários
- Sílvio Sinedino Pinheiro, eleito pelos empregados
Bendine, atual presidente da instituição, assumirá nesta sexta-feira como CEO da estatal. Ele terá liberdade para formar equipe.
RENÚNCIA
A renúncia coletiva ocorreu após os diretores não aceitarem o cronograma definido por Dilma Rousseff para a mudança na direção da empresa. Dilma queria que eles ficassem até o fim do mês.
Restou a Graça informar Dilma de que já não tinha condições de controlar os demais colegas de diretoria e que a mudança teria que ser antecipada para esta sexta.
Ao contrário das negativas anteriores, desta vez Dilma concordou com a saída da auxiliar, de quem é amiga.
A posição de Dilma só mudou depois que o Conselho de Administração da empresa divulgou, na semana passada, uma baixa em seus ativos de R$ 88 bilhões, fruto de desvios e ineficiência na execução de projetos.
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