TV perde para DVD e jogos eletrônicos

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Logo mais abaixo você verá como um videogame pode, atualmente, substituir sua TV e criar na sua casa uma verdadeira central de exibição de notícias e vídeos. Mas antes, vamos a alguns números.

O aumento de renda do brasileiro, apontado na última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), foi um dos fatores que ajudaram na mudança de hábito sobre consumo de informação no Brasil. Quanto mais renda para adquirir outros aparelhos, como DVD, video-game ou blue-ray, mais o brasileiro se afasta da imprensa conservadora. Segundo o PNAD, a renda média do brasileiro que tem ao menos um trabalho remunerado cresceu 1,7% em 2008, acima da inflação, atingindo R$ 1.019,00. De 2004 a 2008  a remuneração subiu 17,3%. Aliado a este crescimento de renda está a ampla oferta de crédito por empresas de varejo e bancos privados e públicos. O Banco do Brasil, por exemplo, oferece crédito  no programa PC Conectado de até R$ 1.200,00 para a compra de computador pessoal.

O Ibope registrou que o número de domicílios com TVs sintonizadas em DVDs e games cresceu 125%, desde 2005, na faixa noturna das 18h a 00h00. Ou seja, o brasileiro que alcançou a classe média chega em casa e prefere ver filmes ou interagir, mesmo que seja com um videogame, do que ver telejornais e novelas. Em 2005 a audiência destes aparelhos foi de 1.6 ponto. Em 2009 alcançou 3,6 ou o equivalente a 1,92 milhões de lares. Nos últimos dois anos, segundo o IDC Brasil, entraram nos domicílios brasileiros 22,8 milhões de equipamentos entre desktops, notebooks e netbooks.

A medida que a tecnologia dos equipamentos avança, mais possibilidades de interação surgem com alguns cliques no joystick. O Playstation 3, por exemplo, é um dos responsáveis por este abandono da velha mídia. Além de rodar jogos, o sistema operacional do PS3 permite navegar na rede e integrar toda uma rede doméstica ao equipamento, formando uma central de entretenimento que susbtitui completamente a TV tradicional. Operando o videogame, o usuário acessa seu computador e roda um filme no momento que desejar.

Sistemas parecidos como este poderiam equipar os conversores da TV Digital? Sim. Mas imaginem se as grandes corporações de mídia desejam que, com um clique, o espectador abandone a novela para ver um vídeo no YouTube ou acessar sua conta de e-mail. Evidentemente que não. Sempre que se fala na utilidade da TV Digital, os vendedores da tecnologia citam a possibilidade de compras de produtos enquanto se assiste a TV. Os espectadores querem muito mais, conforme mostram os números acima.

Assista abaixo o vídeo feito especialmente para o Vi o Mundo pelo analista de TI José Pissin, que mostra o poder de entretenimento de um videogame e o sistema operacional embarcado. O preço de um aparelho destes ainda é proibitivo para a população brasileira. Em média, seu custo é de R$ 1.000,00 a RS 1.300,00. Bem que o governo federal poderia pensar em incluir estes equipamentos nas próximas isenções de impostos.


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Comentários

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Mc_SimplesAssim

Esses conglomerados de mídia são uns mortos vivos que se esqueceram de deitar.

Hoje em dia qualquer um pode produzir conteúdo para televisão por um preço reduzido.

Quem ainda precisa da Rede Globo ou da Warner Bros?

Hans Bintje

Azenha disse: "A piada é boa, Klaus. Bolsa Mario Brothers…"

Só que a piada não tem graça.

Vamos ver o caso do episódio seguinte do jogo que Glecio_Tavares está jogando, God of War III (1):

"Em entrevista ao Giant Bomb, John Hight, um dos produtores do título, revelou os altos valores de produção do jogo. 'Nós estamos prensando os discos neste momento, então nós definitivamente encerramos o processo de desenvolvimento. Totalizamos um gasto de U$ 44 milhões para produzir God of War III. Acredite ou não, tudo estava dentro do orçamento.'

Boa parte deste inflamado orçamento foi utilizado para acrescentar artistas e designers à equipe de desenvolvimento do jogo."

É bastante caro produzir um programa de TV – o Azenha que o diga! – e agora os jogos. Não há produção independente que consiga bancar esses custos e o público em geral vai ficar cada vez mais dependente das poucas empresas que possuem dinheiro para fazer isso. O poder financeiro pode impor os programas de TV e os videogames.

Estamos precisando do Roger Corman! Como brinca a Desciclopédia (2), "Roger Corman é um sujeito prolífico e dirigiu perto de 1000 filmes, produziu outros 1000 filmes, escreveu uns 1000 roteiros e revelou 1000 cineastas. Roger Corman é famoso por fazer filmes usando pouco dinheiro, os populares filmes B (B de barato, claro)."

Notas:

(1) http://www.gamerview.com.br/site/2010/03/09/god-o

(2) http://desciclo.pedia.ws/wiki/Roger_Corman

Pedro

Luiz Carlos
Recentemente passei a utilizar um notebook em casa com acesso a internet. Não vejo mais TV, praticamente. A excessão é ver um jogo de futebol, no caso o corinthians. Achei que a internet fosse um efeito momentâneo, mas confesso que tem feito parte da minha rotina. Não sinto falta de ver TV, principalmente o lixo da TV aberta e a manipulação de alguns canais pagos.
Avança Brasil

Glecio_Tavares

Hoje estou jogando God of War II , estou matando uns trolls. hahahahaha

Rogerio

Falando em novas midias,

Quem quiser ouvir radios regionais, radios web e ate mesmo a escuta dos aeroportos (com direito à visão do radar, no caso do aeroporto de Atlanta/USA), aqui vai uma dica fortissima, pois uso sempre:

http://www.radios.com.br

Klaus

Já pediram para abaixar o imposto do video game, pediram jogos progressistas e um video game estatal. Parem, parem , por favor, não aguento mais de rir! Daqui a pouco aparece o "bolsa video game", para os companheiros carentes. Ou a censura aos jogos estudnidenses.Não há nada fora do Estado, nem o video game. Vocês querem controlar tudo, meu Deus.

    Rogerio

    Klaus,
    Respeitosamente discordo de voce, pois nao sou a favor da estatização de tudo, apenas sou a favor que nao fiquemos "na mao" do capital/PIG.
    Mas ri muito com seu comentário, meu Deus, como ri (sem ironia!).
    "Bolsa Videogame"
    "Não há nada fora do Estado, nem o video game."
    "Vocês querem controlar tudo, meu Deus. "

    KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

    Tomás

    Klaus, o texto está sugerindo isenção de impostos para baratear o preço dos videogames e assim permitir que mais gente tenha acesso a essa tecnologia, basicamente. O que há de mal nisso? O Brasil não é o país dos impostos? Não é bom reduzir impostos? Não entendi de onde saiu todo esse raciocínio que vai aparecer um videogame estatal.
    Parece reflexo. Leu "governo" ou "Lula" já associa ao eterno discurso-pronto de governo controlador/censurador/ditador etc. etc. etc.
    Tenha dó.

    ricardo

    Baixar imposto não é controle de acesso. Controle de acesso seria proibição ou dificultação de acesso a algum meio. Baixando impostos estaríamos, pelo contrário, facilitando o acesso à informação.

    Mesmo assim, concordo que baixar imposto de videogame seria uma atitude precipitada já que existem, hoje, outras prioridades. Mas criar jogos progressistas e aumentar o controle do governo sobre os jogos importados, por que não?

    Pessoas como você são constantemente controladas pelo imperialismo norte-americano e não reclamam. Por que reclamariam então do controle estatal?

    Luiz Carlos Azenha

    A piada é boa, Klaus. Bolsa Mario Brothers…

Klaus

Acho que todos aqui, como bons progressistas, leram " Para ler o Pato Donald". Não se espantem, se logo logo, aperecer um livro chamado "Para jogar o Super Mario". Já estão pedindo jogos progressista aqui. Como serão? Super Lula contra a Falange Demo-Tucana? Algum jogo em que ganha quem invadir mais terras ou tem bonus quem fizer a greve mais duradoura? O ridículo não tem fim!

Klaus

O capitalismo não é maravilhoso? Todos estes produtos a nossa disposição. Isto jamais seria possível num mundo comunista. E podem ter certeza,toda esta liberdade seria restrita caso o país fosse como a maiora aqui quer. Filtros, liceças, permissões, controle de mídia… Felizmente, isto nunca acontecerá.

    Rogerio

    Acho que aqui ninguem quer o comunismo, Klaus. Pelo menos, eu não.
    Quero apenas uma sociedade onde a informação seja livre, ninguem tente me manipular, e ninguem fique para tras. Todos tenham acesso a renda, educação, saude, sem que seja olhado de cima, como um numero.
    Um lugar onde nunca mais se ouça a expressão "do alto de suas vassouras", por exemplo (Casoy).
    Apenas isso.

    Leonardo

    Oi Klaus, eu vou te ajudar! Talvez não conheça, mas há um site chamado Wikipedia. Trata-se de uma enciclopédia on-line. Lá você poderá encontrar, entre muitas outras coisas, uma explicação mais condizente ao conceito de comunismo que a que você encontrou no blog do Reinaldo Azevedo. Para que você não se atrapalhe demais, botei aqui o link para o termo comunismo:

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Comunismo

    Espero que sua leitura seja proveitosa e que você nos poupe no futuro da vergonha alheia que seus comentários andam provocando.

    Klaus

    Valeu Leo. Eu ainda tô na Barsa.

    Leonardo

    e perdeu os volumes da letra C?

    Carlos Borborema

    Klaus,

    Em primeiro lugar as novas tecnologias não pertencem ao capitalismo, mas ao desenvolvimento da ciência e do conhecimento. Em segundo lugar, num socialismo ou comunismo de verdade esse potencial tecnológico seria amplificado ou democratizado, coisa que não acontece nessa sociedade capitalista, pois ainda somente uma minoria tem acesso às maravilhas que você se refere. Então, o papel do Estado é diminuir essas desigualdades tecnológicas, permitir que um número maior de pessoas possa fazer uso dessas novas tecnologias. Imagine você se tivessemos jogos conteúdo de história, as aulas nas nossas escolas seriam muito mais divertidas. Isso é o que se chamanos de jogos progressistas. Dias atrás, assistir no Sem Censura, da Leda Nagle, uma entrevista com um jovem empreendedor brasileiro que criou um jogo com a história da capooeira, valorizando a nossa cultura. É disso que estamos falando.

    Carlos Borborema

    Temos um potencial enorme de aproveitamento das novas tecnologias. E isso passa pela questão do conteúdo sim. Pra terminar, se você não sabe, muitos especialista acreditam que a revolução tecnológica em curso representará também grandes mudanças na forma de pensar, dos costumes e da própria economia. Então, meu caro, seu estimado capitalismo pode estar com os dias contados. Quem viver verá…

Aldo Luiz

Caro Azenha, José Pissin e amigos.
Gostei muito da demonstração e da qualidade do trabalho, fantástica tecnologia do prazer e diversão. VIOMUNDO vai se superando… Mas, pra não perder a viagem eu pergunto aos entendidos do assunto se cada vez mais não é maior e mais eficiente a programação de nossos cérebros sem nossa percepção ou permissão? Pergunto também; do que querem nos distrair tanto?
Será de fato um ganho assistirmos interativamente jogos e programas sem fim enquanto estamos sendo (sem nos darmos conta) programados por insuspeitos "sons do silêncio", haarps, elfs e outras invisíveis tecnologias de manipulação da mente? Se podemos ter nosso computador invadido por vírus, cavalos de tróia e outras mensagens e manobras do mal, manipulados a distancia de fora para dentro, imagino como fica cada vez mais fácil manipular virtualmente nossos corpos, corações e mentes com esta tecnologia interativa por nós mesmos entusiasticamente permitida… Espero não estar estragando a aparente inofensiva brincadeira "da rapaziada" com estas questões.
Sinto muito, sou grato.

    Leonardo

    Quanto a isso fique tranquilo. Não existe ainda base neurológica para isso. Ainda estamos longe de produzir uma verdadeira inteligência artificial, sendo que este feito é considerado por neurologistas um dos primeiros passos para a compreensão científica do cérebro. Controle cerebral, por enquanto, é ficção científica.

Emerson Luis e José Pissin: Videogame integrado à TV ameaça a mídia tradicional | Viomundo – O que você não vê na mídia

[…] Vale a pena conferir, aqui. […]

Luiz Carlos Azenha

Émerson, o vídeo não roda! abs

    Fernando

    Azenha, acabei de assistir, aqui o vídeo tá funcionando normalmente. Abraços!

    Luiz Carlos Azenha

    Ok, agora vi! Desculpem a minha falha…

    Robson França

    Sem problemas… Aliás daria até para ver o vídeo no próprio PS3! Depois vou ligá-lo e fazer o teste…

    Abraços e parabéns pelo novo site!

    Rogerio

    Nos, excluidos do PS2, nao poderiamos ter acesso a algo assim?
    Que pena, hein? ;-)
    O preço do PS3 ainda é proibitivo demais!!!

    emerluis

    Azenha, tá rodando perfeitamente. O numero de acessos ao vídeo só cresce.

Marat

Eu até que ansiava por uma notícia assim, não obstante os efeitos deletérios do excesso de jogos eletrônicos. Mesmo assim, o mal será menor do que os produzidos pelos chacais das TVs. Resta ao pessoal progressista, sempre, criar algo em contraponto, como, por exemplo, criar jogos com mensagens progressistas!!!

    Leonardo

    Acho que isso é questão de tempo. Apesar de muitos jogos endossarem a visão imperialista estadunidense, muitos são em ambientes de fantasia e sem correlação econômica/ideológica com a "realidade". Outros já exploram temáticas que colocam preceitos capitalistas em cheque. Dia desses tive a oportunidade de experimentar um jogo que se passava numa cidade submersa regida sobre axiomas liberais – o resultado foi a degeneração total…rs

    Espero por um volume maior desse material descolado da imagem do marine estadunidense.

Rato

Como usuário do PS3 Media Server já há mais de um ano, dou algumas dicas:

– Todo o potencial da solução é vista quando você roda vídeos de alta definição ligando um receiver com áudio 5.1 ou 7.1 no PS3. Um verdadeiro cinema em casa.

– Ouvir música de arquivos FLAC (formato sem perda de compressão) usando esta solução também é muito bom!

– O PS3 Media Server também pode ser usado com XBOX 360, mas acho que perde algumas funcionalidades.

– Para filmes em alta definição, dê preferência para usar uma rede gigabit-ethernet (por cabo CAT6), abaixo disso podem haver travamentos no vídeo.

– Dá também para ouvir rádios e ver vídeos diretamente da Internet. É só dar uma fuçada no Google para ver como usar esta funcionalidade com o PS3 Media Server.

– Já fora do assunto PS3 Media Server, você sabia que existem infindáveis rádios pela Internet e você também pode fazer a sua? Visite http://www.shoutcast.com/ e aprenda como ouvir estas rádios e até fazer a sua! Dá até para ouví-las pelos celulares mais modernos com WiFi.

– Quer testar a solução PS3 Media Server e não tem nenhum vídeo de alta definição? Visite o site http://www.bigbuckbunny.org/index.php/download/ e baixe um filminho em animação gratuitamente.

Se eu depois me lembrar de mais alguma coisa, coloco aqui! :-D

    Fernando

    José Pissin, já inventaram cópia de blu-ray (o tradicional piratão)? Um filme ou um jogo em blu-ray custa uma fortuna, e só roda original pelo que me disseram.

    Rato

    Não sou o José, mas posso te responder. O que acontece é que tem gente que pega o filme em blu-ray e recodifica no poderoso padrão de compressão de vídeo H.264. Daí, o vídeo que tinha 50 GBytes passa para 8 a 12 GBytes, mas perde bem pouco da qualidade (mas perde. O original blu-ray é sempre melhor!). Então, o filme é publicado em trackers de bit torrent (muitos deles restritos) para ser baixado.

    Jose Pissin

    Fernando, não inventaram cópia do blue-ray, mas alguns ativistas fazem o RIP e colocam em altíssima qualidade na internet. É uma alternativa.

Fernando

Ao invés de baixar o imposto do PlayStation 3 o governo Lula poderia criar um videogame estatal, não seria melhor?

    Marat

    É isso ai, Fernando, e o pessoal da criação bem que poderia mudar de lado o bandido né??? O estadunidense sempre é o bonzinho… se fizéssemos jogos mostrando suas iniquidades, o pessoal poderia repensar o mundo…

    Leonardo

    Por que não? Mas acho que os dois caminhos são válidos, desde que a produção de consoles seja em território nacional. Sempre me pareceu uma boa idéia um setup-box com função de videogame integrada.

    RN – Renato

    Acho que precisariamos resolver questões como educação e saúde, para depois pensarmos em algo deste nível.

    Esperemos uns 50 anos para falar sobre isso.

    Sami

    Não.

    Que sugestão mais idiota.

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