Juliana Cardoso: Temos dentro do Brasil um país inteiro passando fome

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Por Juliana Cardoso

A fome que Bolsonaro diz não existir no Brasil governado por ele: Homens pegando restos de comida no lixo no Rio de Janeiro, Campinas (SP) e Juazeiro do Norte (CE). Fotos: Aline Massuca/Metrópoles, Érica Dezonne/AAN e Normando Sóracles/Agência Miséria

“Temos um país dentro do Brasil passando fome”

Por Juliana Cardoso*

A data 16 de outubro é dedicada ao Dia Mundial da Alimentação, mas o Brasil não tem motivos para comemorar.

Ao contrário. É um dia para voltar a chamar a atenção para os graves problemas que enorme parcela da população enfrenta para se alimentar no dia a dia.

Com o desgoverno Bolsonaro, que coleciona maldades sem fim, o País retornou ao mapa da fome. Hoje, são 33 milhões de brasileiros em situação de insegurança alimentar. Seis a cada dez brasileiros estão nessa faixa.

No Estado de São Paulo, vasto território de enormes recursos naturais, são quase 7 milhões de pessoas passando fome, segundo a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar (Rede Penssan).

Para não deixar passar a data em branco, o MST (Movimento Sem Terra) organizou no próprio dia 16 uma série de atividades para debater o tema em profundidade na cidade de São Paulo.

O evento, que contou com oficinas de educação alimentar e hortas urbanas, além de exibições de curtas-metragens, faz parte das lutas em todo o mundo pela Soberania Alimentar e contra o agronegócio.

Como ocorre com outras relevantes políticas públicas, o tema da fome é tratado pelo desgoverno federal com descaso. Bolsonaro, por exemplo, acabou com o PAA (Programa de Aquisição de Alimentos), que comprava alimentos dos produtores rurais.

Atualmente, o PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar) só repassa atualmente R$ 0,36 por refeição aos municípios para alunos do ensino fundamental, e o valor está congelado há cinco anos. O resultado são crianças sendo “alimentadas” com bolachas e sucos de caixinha.

O governo enviou ao Congresso Nacional o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) reduzindo drasticamente em 96% os investimentos em Educação Infantil e corte de R$ 1,096 bilhão no programa “Educação básica de qualidade” em comparação com 2022.

Para além dos cortes orçamentários nos programas sociais, o quadro econômico evidenciado pelo recorde de desempregados, alta do custo de vida com preços dos alimentos e dos produtos básicos em alta, tornam a situação ainda mais dramática.

Mais do que dramática, temos dentro do Brasil o equivalente a população do Peru sem alimentos na mesa para sobreviver e que estão em situação de abandono a própria sorte. E isso é sim motivo para nos envergonharmos.

Sobretudo se lembrarmos que, na nossa história recente, a fome havia sido erradicada no Brasil pelos governos Lula e Dilma.

Por isso, estamos todos e todas juntos (as) próximos de reverter esse atual desgoverno para o Brasil voltar a ser feliz de novo, com empregos, renda e farta comida na mesa.

*Juliana Cardoso é vereadora (PT), vice-presidente da Comissão de Saúde da Câmara Municipal de São Paulo e integra a Comissão de Defesa dos Direitos da Criança. Eleita deputada federal.

Leia também:

Eduardo Matysiak: O Brasil de Bolsonaro

Juliana Cardoso: Miséria provocada pelo desgoverno federal jogou famílias inteiras nas ruas de todo País

Dalva Garcia: Fome de 33 milhões de brasileiros e merenda escolar reduzida a bolacha e suco não comovem ninguém!?

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Juliana Cardoso

Deputada Federal (PT) eleita para o mandato 2023/2026.


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Comentários

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Zé Maria

https://pbs.twimg.com/media/FfcM_1HXoAMiIXk?format=jpg

“TÁ TUDO CARO”
“CULPA DO BOLSONARO”
Sobe aqui 👇
https://twitter.com/tesoureiros/status/1582747103054680064

.
Pra escapar da Carestia,
a Última Esperança é
LULA PRESIDENTE 13

.

Zé Maria

Excerto e Adendo

“Homens pegando restos de comida no lixo
no Rio de Janeiro, Campinas (SP) e
Juazeiro do Norte (CE).” …
[Acrescente-se Porto Alegre (RS)]

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