Em Minas, no 1º de Maio, CUT e sindicatos fizeram atos pelo isolamento social; vídeos

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Fotos: Studium Eficaz e Benedito Maia/Sindieletro MG

Vídeos:  Kadu/Eficaz Produções /CUTMG

Solidariedade por dignidade e pelo isolamento social para salvar vidas

CUT/MG, sindicatos CUTistas, movimentos sociais e lideranças políticas participam de ações no Dia das Trabalhadoras e dos Trabalhadores em BH. Artistas se unem com lives no Primeiro de Maio Solidário

por Rogério Hilário/CUTMG, via Sind-UTE/MG

A Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), juntamente com outras centrais, entidades sindicais, Frente Brasil Popular Minas, movimentos sociais, populares e lideranças políticas, realizou ações do Primeiro de Maio de Solidariedade – Dia da Trabalhadora e do Trabalhador, nesta sexta-feira (1º), em Belo Horizonte.

No Ato, foram distribuídas cestas básicas, vale-gás e refeições na periferia da capital mineira, para atender a população mais carente e que sofre mais os efeitos com a Pandemia do Coronavírus.

Uma catástrofe que se aliou à crise econômica que se instalou no Brasil desde o golpe que derrubou a presidenta Dilma Rousseff em 2016 e foi ampliada logo no primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro.

As ações solidárias aconteceram nas regiões do Barreiro, Venda Nova e na Pedreira Prado Lopes, com a participação de dirigentes e militantes da CUT/MG, do Sindifes, Sindieletro, Sind-UTE/MG, Sindicato dos Metalúrgicos de BH e Região (Sindimet), Sindipetro, Levante Popular da Juventude, Movimento de Trabalhadoras e Trabalhadores por Direitos (MTD), entre outras entidades.

Além das cestas básicas para os moradores das regiões mais carentes, foram distribuídos marmitex para moradores de rua.

As ações de solidariedade, que começaram antes do Primeiro de Maio, continuarão até o fim da Pandemia.

Pela primeira vez, aconteceu uma confraternização virtual e solidária, de luta pela democracia e pelo #ForaBolsonaro, que contou com entrevistas e intervenções artísticas para celebrar as lutas de trabalhadoras e trabalhadores do Brasil e de todo o mundo.

Lives de dezenas de artistas e lideranças políticas foram exibidas em mais de quatro horas e foram assistidas e curtidas em todo o país.

O Primeiro de Maio Solidário teve como tema os ideais “Saúde, Emprego e Renda. Em defesa da Democracia. Um novo mundo é possível”.

Enquanto o processo ultraneoliberal, que se apossou do Brasil, retira direitos da classe trabalhadora, falha nas políticas públicas, propõe privatizações e Estado mínimo – que significam venda e destruição do patrimônio do povo brasileiro e da soberania nacional e, neste momento de pandemia consolidaria um genocídio –, os movimentos sindical e sociais e as lideranças políticas do campo democrático e popular se uniram porque é preciso solidariedade para defender e garantir um pouco de dignidade e a vida de trabalhadoras e trabalhadores e da população.

A CUT/MG, Sindifes, Sind-UTE/MG, Sindieletro-MG, Sindágua, Sintell, Sind-Saúde/MG, Sindicato dos Enfermeiros e Sindicato dos Bancários de BH e Região arrecadaram a verba para a realização das ações de solidariedade.

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que contou com a contribuição do Sindipetro e do Sindieletro, produziu mil marmitas solidárias, que foram distribuídas no Centro de Belo Horizonte, no bairro Taquaril, em Venda Nova, Ribeirão das Neves e Sarzedo.

Na Pedreira Prado Lopes, foram doadas 200 cestas básicas, compradas com dinheiro arrecadado entre sindicatos CUTistas.

Além disso, foram doados 50 vales gás de cozinha pelo Sindipetro para famílias cadastradas pelo MTD. A distribuição das cestas e dos vales foi feita pela Frente Brasil Popular Minas Gerais, Levante Popular da Juventude, MTD e Sindipetro/MG.

A doação do vale gás de cozinha para 50 famílias faz parte da campanha “Petroleiros pela Vida”, que se somou às atividades do Primeiro de Maio Solidário.

A campanha é uma luta pelo isolamento social com dignidade e também é um protesto contra o preço abusivo do gás de cozinha e a ameaça de desabastecimento em meio à Pandemia de Covid-19.

O Sindipetro defende que a Petrobras cumpra a sua função social e ajude o país a sair da crise. Uma das formas de fazer isso seria fornecendo gás de cozinha a preços mais baratos e botijões gratuitos para as populações mais carentes.

Na Região do Barreiro, várias ações foram realizadas.

Coletivos se juntaram, dentre eles o bloco Esperando o Metrô, o Sindicato dos Metalúrgicos de Belo Horizonte e Contagem e Região, o Movimento Hip Hop, o Viaduto das Artes, dentre outros, e fizeram a entrega de mil cestas básicas, máscaras, material para fazer mais máscaras e kits de higiene e limpeza pelas vias, favelas e centros comerciais de todo o Barreiro.

A atividade aconteceu durante a manhã e parte da tarde.

Jairo Nogueira Filho, presidente da CUT/MG, observou:

“O dia de hoje, com ações locais, estaduais, nacionais e com as lives, é de muita importância. Um Primeiro de Maio virtual e de mobilizações solidárias, que são e serão muito importantes para salvar vidas, auxiliando no isolamento social.

É muito difícil para as pessoas, especialmente da periferia, passarem por mais necessidades. Distribuímos cestas básicas, vale gás e marmitex para amenizar o isolamento.

E vamos dar continuidade nas ações de solidariedade depois deste Primeiro de Maio histórico durante todo o isolamento. Atendemos hoje a um número legal de pessoas.

Mais de mil famílias foram atendidas e queremos ajudar mais pessoas, o que não tem sido feito pelos governos estadual e federal, que pregam o fim do isolamento social, o que vai ampliar ainda mais o risco da população.

Têm morrido muitas pessoas na periferia, e isso tende a se agravar se não for mantido o isolamento. As pessoas têm que ficar em casa, usar a máscara.

E, neste dia, parabenizamos a classe trabalhadora e, principalmente, trabalhadoras e trabalhadores da saúde que têm contribuído muito para salvar vidas, apesar das condições precárias de trabalho, com EPIs não ideais ou de baixa qualidade em todos os níveis, seja federal, estadual e municipal”.

Denise de Paula Romano, coordenadora Sind-UTE/MG e diretora da CUT/MG, avaliou:

“CUT Minas, neste Primeiro de Maio de solidariedade, distribuiu 500 cestas básicas e 100 refeições aqui em Venda Nova e regiões mais próximas para socorrer que está passando necessidade, diante da falta de ação, principalmente do governo do Estado, para estabelecer uma política pública que socorra as pessoas.

A CUT marcou um gol muito importante na luta contra a fome e a invisibilidade dos que mais precisam. Foi um dia muito bonito”.

Deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT), que também participou do Ato da CUT/MG.

” Diante da ausência da ação dos governos, é essencial que a gente se una e se ajude”.

“Saúde, emprego e renda. Em defesa da Democracia. Um novo mundo é possível”

Essa foi a pauta defendida pelas entidades que organizaram pela primeira vez a celebração do Dia da Trabalhadora e do Trabalhador online.

A defesa da vida acima do lucro, de um Estado que garanta as vidas, do fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), do direito à segurança, à vida e condições dignas de trabalho e o ‘Fora Bolsonaro’ também estiveram na programação deste 1º Maio unificado, um dia de solidariedade, em que houve também coleta de doações para posterior entrega a quem precisa.

Solidariedade prossegue

O Sindieletro, a CUT/MG, o Sind-UTE/MG, outros sindicatos e a Frente Brasil Popular anteciparam as ações do Primeiro de Maio Solidário.

Na quinta-feira (30), o coordenador-geral do Sindieletro, Jefferson Silva, o presidente da CUT/Minas, Jairo Nogueira Filho, presidente da Central, e a diretora do Sind-UTE, Diliana Márcia de Barros Lisboa, entregaram cestas básicas à população carente e marmitex para moradores de rua, em Belo Horizonte.

A entrega das cestas básicas foi feita na Escola Estadual Professor Alcindo Vieira, no bairro Ermelinda, para redistribuição a famílias carentes.

Jefferson Silva destacou que a campanha é necessária pelo tempo que durar a crise causada pelo Coronavírus para garantir abastecimento a famílias carentes e população de rua, que são os grupos mais vulneráveis.

Ele observa que a fome também bate à porta da classe trabalhadora, sobretudo pelo desemprego e suspensão de contrato de trabalho.

Jairo Nogueira Filho lembrou que o isolamento social é muito difícil para as famílias de baixa renda, porque elas têm necessidade até de comida.

“Como ficar em casa se não tem salário, emprego e com a despensa vazia?”, questiona.

O presidente da CUT/MG ressaltou, como Jefferson Silva, que as doações continuarão durante a pandemia para reforçar o isolamento social. Ele acrescenta que, além das cestas básicas e dos marmitex, a campanha está garantindo a distribuição de vale gás.

Já a diretora do Sind-UTE, Diliana Márcia de Barros, afirmou que a classe trabalhadora merece respeito e ajuda, visto que faz parte do grupo dos mais vulneráveis.

 


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