Denise Romano denuncia situação de auxiliares de serviços da educação básica de MG: Criminoso!; vídeo

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Por Denise Romano

Da Redação* 

Nessa quarta-feira, 26/04, os trabalhadores da Educação de Minas Gerais participaram de várias ações por um mesmo motivo: defesa do piso salarial da categoria.  

Na parte da manhã, houve a audiência da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). 

Ela foi requerida pelas deputadas Beatriz Cerqueira (PT), Macaé Evaristo (PT), Lohanna (PV)  e os deputados Betão (PT) e Professor Cleiton (PV).

Beatriz e Macaé são, respectivamente, presidenta e vice-presidenta. 

“O pagamento do piso salarial da educação reajustado em 14,95% foi o tema central”, informa a professora Denise Romano, coordenadora-geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), que integra a comissão. 

Denise mais uma vez cobrou do governador Romeu Zema (Novo) o pagamento do reajuste de 14,95%,  definido por portaria do Ministério da Educação (MEC), em janeiro deste ano.

Ela detalhou a vergonhosa situação vergonhosa das auxiliares de serviços da educação básica, que ganham menos de um salário mínimo.

“Desde que assumiu, Zema não fez nenhum reajuste nos salários dos profissionais de educação. Estamos esperando há cinco anos o cumprimento da legislação e os reajustes do Piso Salarial que o governo do estado não fez em nenhum ano”.

Sobre reuniões com membros do Executivo, a coordenadora do Sind-UTE/MG é categórica: 

— Reunir sem chegar a nenhum denominador não é uma característica do conceito de negociação. O governador gosta de fazer vídeos lavando o próprio prato, preparando sua comida, mas a profissional que lava o prato na escola, que faz a merenda, limpa a escola, cuida do banheiro recebe menos de um salário mínimo.

— Mais importante do que registrar os vídeos é valorizar os profissionais que cuidam dos serviços gerais.

— Chega a ser criminoso o que o que está acontecendo com as auxiliares de serviços da educação básica, que estão acumulando funções como de portaria.

A deputada Beatriz Cerqueira resgatou a história da luta pelo Piso Salarial da educação iniciada em 2008.

“Desde 2019, o governo judicializou o direito ao piso, tentando alterar a legislação”, observou.

“Quantas greves mais serão necessárias pelo mínimo, que é uma política de reajuste definida nacionalmente?”

Beatriz Cerqueira condenou o salário inferior ao mínimo pago às auxiliares de serviços da educação básica e o desvio de função:

— Elas estão sofrendo uma violência violência nas relações de trabalho por parte do governo de Minas Gerais.

ATO PÚBLICO NA ALMG E PASSEATA ATÉ O CENTRO DE BH

No início da tarde, a categoria reuniu-se no pátio da ALGM para um ato público.

Presentes caravanas de todas as regiões do estado.

Em seguida, liderados pelo Sind-UTE/MG, os profissionais da educação mineiros foram às ruas de BH em defesa do piso salarial da categoria.

Em passeata, eles saíram da ALMG e foram até o centro de BH.

A coordenadora-geral do Sind-UTE/MG criticou duramente a forma como o governador trata a categoria:

— Não podemos admitir que o governador pague menos de um salário para as auxiliares da educação básica e dê um reajuste para si mesmo e seus secretários de quase 300%. Na prática, ele vai receber em um ano o que disse ter doado do salário recebido.

As ações do Sind-UTE/MG dessa quarta-feira fizeram parte da mobilização convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), que aconteceu em todo o país em defesa do piso salarial.

*Com informações do SindUTE/MG

Leia também:

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Denise Romano, sobre o reajuste salarial de Zema e secretários: ‘Deboche extremo com o funcionalismo e a população de MG’

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Denise Romano

Coordenadora-geral do Sind-UTE/MG


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