Vídeo permite identificar PM que cegou Jonas Correia na ponte Duarte Coelho, em Recife

Tempo de leitura: 2 min
Jonas atingido, caído no chão chorando e no hospital

Da Redação

Um vídeo feito do alto, registrando a ação da PM na Ponte Duarte Coelho, em Recife, permite identificar o policial que acertou o olho de Jonas Correia de França, de 29 anos, a poucos metros de distância.

Em tese, os PMs estavam reprimindo a manifestação do #M29 contra Jair Bolsonaro, mas cegaram parcialmente duas pessoas que nem participavam dela.

A esposa de Jonas, Daniela, explicou ao G1 o que aconteceu com o marido: “Há 99% de chances de que ele perca totalmente a visão. Ele saiu do trabalho, passou no Mercado de São José, comprou a carne que eu pedi e estava voltando para casa, de bicicleta. Ele me ligou para dizer que ia demorar, porque estava esperando o protesto passar. Quando desligou o telefone, os policiais fizeram isso com ele. Não deram assistência nem socorreram e queriam impedir que eu e meu cunhado passássemos de carro para levar ele ao hospital”.

As imagens mostram Jonas, de camiseta branca, conduzindo a bicicleta com as mãos.

Ele está olhando para os policiais quando um deles avança, empunha a arma e atira na direção da cabeça de Jonas, sem qualquer motivo.

“O estado fez isso com meu marido e, no hospital, nem remédio tinha para dar para ele. Meu sogro teve que comprar. Meu filho de 9 anos está arrasado. Nós dependemos dele para tudo, porque só ele trabalha e traz o ganha-pão”, afirmou Daniela.

No mesmo dia, a PM pernambucana cegou parcialmente o adesivador de táxis Daniel Campelo da Silva, de 51 anos.

“Ele não estava nem no protesto. Tinha encomendado material para adesivar os táxis, porque, para ele, não tem feriado nem fim de semana. Ele trabalha todos os dias. Tem uma filha recém-nascida e um filho autista que dependem dele. Só tem essa renda, dos táxis, para tudo”, contou ao G1 o filho de Daniel.


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Comentários

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Jossimar

Vi o video na TV e dá para perceber que o militar mirou a atirou no rosto do rapaz propositalmente.
Isto não é policial, é bandido.
Deveria ser demitido e preso.

Marco Vitis

Fascismo em Marcha. Só não vê quem não quer ver.

robertoAP

A família tem que pedir indenização multi milionária ao Estado, e este para se ressarcir, que desconte 50% do salário do PM bandido,desde agora até o fim a aposentadoria, o que seria uma forma didática e inteligente de fazê-lo compreender que o crime não compensa.

    Cacilda Galiotto

    Eu concordo, a época do Nazismo passou a muito tempo.

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