“Vaza, negão!”

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por Alexandre de Sena, no Picumãh, via Ana Paula Siqueira, no Facebook

ouvi um grito: “VAZA NEGÃO!”. olhei para trás e constatei que o brado era comigo. vendo que um dos dois policias se dirigia a mim, levantei para explicar que eu estava aguardando meus amigos. após minha resposta ouvi: “AQUI NÃO É O SEU LUGAR! vaza negão!”. após esta frase levei um TAPA na orelha direita. ouvi um forte estampido e disse: “o que é isso!? você me machucou!”. ele: “sai daqui! aqui não é seu lugar!” ainda me atingindo com SOCOS e CHUTES. continuei dizendo: “está errado. você não pode fazer isto! esta não é a abordagem correta! estou esperando meus amigos que estão na loja de conveniência!”. mesmo assim os socos e chutes continuaram.

de repente, o segundo policial gritou de onde estava, mais afastado: “o que você está fazendo aqui?” e se dirigiu até onde tudo estava acontecendo. inocentemente, acreditei que ele ia reconhecer a ação absurda de seu colega de corporação. inocentemente… eu disse: “estou esperando meus amigos”. o segundo policial: “aqui não é seu lugar, negão! sai fora! vaza!”. ele deu meia volta, foi até a viatura, pegou uma ESCOPETA, se dirigiu a mim e desferiu VÁRIOS GOLPES no peito. eu continuava dizendo que eles estavam errados, que aquela não era a abordagem correta. procurei a identificação dos policiais, aquela que fica no peito, fixada com velcro, do lado do coração. vi que não estava ali e disse: “vocês estão sem identificação! isto está errado!”. talvez isso fez com que a fúria gratuita aumentasse… fui atingido mais e mais. quando percebi que podia ser espancado até a morte ali, de pé, dei as costas e saí ANDANDO, quando a parte posterior do meu corpo se tornou alvo.

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