TSE refuta proposta chavista de Bia Kicis, que quer copiar sistema eleitoral da Venezuela

Tempo de leitura: 2 min
Reprodução

Da Redação

O próprio presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Luís Roberto Barroso, protagoniza a campanha que o TSE está fazendo desde o dia 14 nas redes sociais em defesa das urnas eletrônicas.

No vídeo, Barroso diz que as urnas são submetidas a ataques de hackers e que os resultados são, sim, auditáveis.

Em entrevista ao diário direitista carioca O Globo, Barroso afirmou que “já passou o tempo de golpes, quarteladas, quebras da legalidade constitucional. Ganhou, leva. Perdeu, vai embora. (Donald) Trump, nos Estados Unidos, esperneou muito, mas está na Flórida, não em Washington”.

A referência a Trump não poderia deixar mais claro a quem Barroso está se referindo: Jair Bolsonaro.

O argumento dos que defendem a manutenção do sistema atual argumentam que a eleição de 2022 seria seguida por uma enxurrada de ações para judicializar o resultado e tirar legitimidade do eleito.

O presidente Jair Bolsonaro já mentiu publicamente sobre ter vencido as eleições de 2018 no primeiro turno, obviamente sem apresentar qualquer prova.

Nos Estados Unidos, Donald Trump usou a estratégia de gritar “fraude” para convocar seus seguidores a invadir o Capitólio quando os resultados da eleição do democrata Joe Biden seriam finalmente confirmados.

Trump usou o período entre a eleição e a confirmação final para propagar todo tipo de falsidade nas redes sociais.

Os bolsonaristas fazem campanha pelo voto impresso e vibraram ao receber o apoio de uma parcela do PDT.

A deputada Bia Kicis (PSL-DF) propôs uma solução venezuelana ao que vê como problema: o voto seria impresso e conferido pelo eleitor e depois colocado em uma urna à parte, para possível auditoria.

Na Venezuela, 30% das urnas são auditadas a partir dos votos impressos.

Além disso, o governo de Hugo Chávez criou um poder eleitoral independente, que só cuida da eleição em si.

No Brasil, o mesmo poder que organiza as eleições cuida da apuração e julga os resultados: o Judiciário.

A admissibilidade da proposta de Bia Kicis passou na Comissão de Constituição e Justiça por 33 a 5, em dezembro de 2019.

A relatoria da proposta está com o deputado Filipe Barros (PSL-PR), ligado ao Direita Paraná.

No último dia 27 foi aprovada a convocação de audiência pública para debater o tema.


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Comentários

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Nelson

Há quem afirme que a impressão do voto vai trazer de volta o “voto de cabresto”. Mas, analisando friamente, será que o voto de cabresto algum dia teria sumido?

Andei refletindo sobre a questão e cheguei à conclusão seguinte: se o “voto de cabresto” existia na votação em cédulas, continuou existindo na votação eletrônica e, por mais que melhoremos o sistema de votação, seguirá, lamentavelmente, existindo.

O empresário capitalista fanatizado – e não são poucos os que existem -, o miliciano, o chefão do crime organizado, o pastor, todos eles têm, infelizmente, o poder de se utilizar do voto de cabresto. Basta exigirem da pessoa que a eles se subordina o número da sessão em que ela vota. Então, acontecerá o seguinte:

Antes da eleição, o empresário vai fazer uma reunião com todos os seus empregados e ameaçar. “Eu sei em qual sessão cada um de vocês vota. Encerrada a votação, vou fazer uma varredura. Se o meu candidato não tiver somado votos nessas sessões em quantidade igual ao número de empregados da minha empresa, alguém vai ‘dançar’ aqui, vai ter que procurar outro emprego.

Por conta disso, ao olhar para mais de 14 milhões de desempregados lá fora, precisamos adivinhar em quem cada empregado dessa empresa vai votar?

A seu modo, o pastor, o chefão e o miliciano vão fazer a mesma coisa com as pessoas que estão subordinadas a eles. Assim, o “voto de cabresto” vai persistir. Infelizmente.

Nelson

Dotado de “notório saber”, deveríamos ouvir as palavras do sr Luís Barroso e “muchar nossas oreias” (quando um burro fala ou outro … kkkkkk).

Só que não. Este senhor é o mesmo que teve o peito de ir a um evento em Londres, pasme, e afirmar que o Brasil concentrava, pasme, outra vez, 98% das ações trabalhistas do planeta.

Ele teria lido este dado em um texto de José Pastore, um sociólogo que sempre se mostra ferrenha e fanaticamente contrário a qualquer direito dos trabalhadores. Mas, não checou a veracidade do dado e foi passar vergonha na terra da rainha.

Por conta dessa e de outras “trapalhadas”, de nada adianta o sr Barroso vir dar carteiraço que não vai convencer. Considerar uma urna que não permite recontagem de votos acima de qualquer suspeita? Nos poupe cara-pálida.

Nelson

Dotado de “notório saber”, deveríamos ouvir as palavras do sr Luís Barroso e “muchar nossas oreias” (quando um burro fala ou outro … kkkkkk).

Só que não. Este senhor é o mesmo que teve o peito de ir a um evento em Londres, pasme, e afirmar que o Brasil concentrava, pasme, outra vez, 98% das ações trabalhistas do planeta.

Ele teria lido este dado em um texto de José Pastore, um sociólogo que sempre se mostra ferrenha e fanaticamente contrário a qualquer direito dos trabalhadores. Mas, não checou a veracidade do dado e foi passar vergonha na terra da rainha.

Por conta dessa e de outras “trapalhadas”, de nada adianta o sr Barroso pode vir dar carteiraço que não vai convencer. Considerar uma urna que não permite recontagem de votos acima de qualquer suspeita? Nos poupe cara-pálida.

Carlos

Sempre acompanho seu blog por não seguir o pensamento da mídia hegemônica. Mas é necessário mostrar que o voto IMPRESSO é diferente do voto MANUSCRITO!
Porque em 2009 quando Lula aprovou a lei da impressão que seria executada em 2014 o TSE barrou? Uma lei sancionada pelo presidente!
Porque em 2015 foram a favor como mostra o vídeo (que excluíram semana passada do canal da Justiça Eleitoral) e Dilma vetou?
https://www.youtube.com/watch?v=pD9hjbLIX2Y
Porque agora são contra a auditoria voto a voto.
https://globoplay.globo.com/v/4618877/
E o leitor nem encosta no papel, só ver pelo visor.

PS: Sou militante socialista

Zé Maria

.
“É preciso repetir o Óbvio”

Não há Sistema Invulnerável.
Onde há a Mão do Ser Humano,
há Possibilidade de Corrupção,
qualquer que seja a Tecnologia.
A Fragilidade do Sistema é
por Interferência Humana.
Não é a Máquina que frauda.

Nas Eleições, seria Adequado,
antes, selecionar os Mesários
rigorosamente, para manter
um Mínimo de Neutralidade,
uma vez que, por Norma,
não são Servidores da JE.
Os TREs não são Rigorosos.
.
TSE
Mesários
Perguntas Frequentes

1. Como saber se fui convocado para atuar como mesário ou como obter a lista de convocados da minha cidade?
R1. As listas dos mesários convocados para trabalhar nas eleições são de responsabilidade dos cartórios eleitorais. Para saber se você foi convocado ou para obter a lista dos convocados, faça contato com o cartório eleitoral em que você está inscrito. Consulte o portal da Justiça Eleitoral, para encontrar o site ou o telefone do Tribunal Regional Eleitoral do seu estado. A convocação é válida para os dois turnos das eleições.
2. O que fazer para ser mesário voluntário?
R2. O programa Mesário Voluntário é uma iniciativa de cada Tribunal Regional Eleitoral. Para ser mesário voluntário, entre em contato com o TRE do seu estado, por meio da internet ou pessoalmente, a fim de saber se o programa foi implementado. Mesmo que o TRE não tenha esse programa, você pode entrar em contato com o cartório eleitoral em que está inscrito e colocar-se à disposição para trabalhar como mesário.
[…]
18. Quais são os critérios para a escolha dos mesários?
R18. O Código Eleitoral estabelece, em seu art. 120, § 2º, que os mesários serão nomeados, preferencialmente, entre os eleitores da própria seção e, dentre estes, os que tenham nível de escolaridade superior, os professores e os serventuários da Justiça.

São impedidos de atuarem como mesários:
– os candidatos e os seus parentes, ainda que por afinidade, até o segundo grau, inclusive, bem como o cônjuge ou o companheiro;
– os membros de diretórios de partidos que exerçam função executiva;
– as autoridades e os agentes policiais, bem como os funcionários no desempenho de cargo de confiança no Poder Executivo;
– os que pertencem ao serviço eleitoral;
– os eleitores menores de 18 anos;
– os que exercem cargo comissionado nos municípios, nos estados ou na União.
Não podem ser nomeados para compor a mesa:
– os que tenham entre si parentesco em qualquer grau;
– os servidores de uma mesma repartição pública (desde que trabalhem no mesmo recinto) ou de empresa privada.

(https://www.tse.jus.br/eleitor/mesario/perguntas-frequentes-canal-do-mesario)
.
Os Nazi-Fascistas também deveriam ser
impedidos de compor as Mesas Eleitorais.
.
.

robertoAP

#ABiaÉcomunista

Edivaldo Dias de Oliveira

Ué, mas a Venezuela não é considerada uma ditadura pelo seu Minto, deputada? Isso apesar de possuir o mais confiável sistema de votação e apuração do mundo, segundo especialistas.
Ou é uma ditadura ou não é, as duas coisa não dá.

Nunca ví uma ditadura com sistema de votação inviolável, como a Venezuela.

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