Terras raras: Na última hora, bolsonarista enfiou mineração no ‘PL da Devastação’, revela Hugo Souza
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Terras raras: na última hora, bolsonarista enfiou mineração no ‘PL da Devastação’
Cinco dias após o anúncio por Trump do tarifaço contra o Brasil, em meio à requisição pelos EUA dos minerais estratégicos brasileiros, dois dias antes de o “PL da Devastação” ser aprovado na Câmara.
O relator do chamado “PL da Devastação”, deputado Zé Vitor, do PL de Jair Bolsonaro, incluiu a mineração no texto do projeto cinco dias após o anúncio por Donald Trump do tarifaço contra o Brasil, em meio à requisição pelos EUA dos minerais estratégicos brasileiros e apenas dois dias antes de o “PL da Devastação” ser aprovado pelo plenário da Câmara dos Deputados.
A emenda abrangendo no PL 2159/21 “as atividades ou empreendimentos minerários de grande porte e/ou de alto risco”, oriunda do Senado, foi incorporada pelo bolsonarista Zé Vitor no texto final do projeto no dia 14 de julho. Inicialmente, porém, Zé Vitor havia havia rejeitado a emenda.
“Com essa emenda, as atividades ou empreendimentos minerários mencionados, que ficaram de fora do escopo do projeto aprovado outrora nesta Casa, passariam a ser incorporados à lei, o que optamos por não aprovar neste momento”, decidiu o relator no dia 8 de julho. Seis dias depois, sem justificativa, Zé Vitor mudou de ideia.
Na última quarta-feira, 23, em meio aos ataques do governo Trump ao Brasil, a diretoria do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), porta-voz das companhias mineradoras no país, reuniu-se com o representante oficial da embaixada dos Estados Unidos, Gabriel Escobar.
Na reunião, Escobar “demonstrou interesse” ou, se quisermos falar português, requisitou as terras raras do Brasil, matéria-prima da transição energética e de tecnologias de ponta.
Uma outra reunião entre o Ibram e os EUA, com a mesma pauta, tinha acontecido recentemente, antes do anúncio do tarifaço por Trump. Horas após a reunião desta quarta, a Embaixada dos EUA no Brasil chamou Alexandre de Moraes de “coração pulsante do complexo de perseguição e censura contra Jair Bolsonaro”.
O presidente do Ibram é Raul Jungmann, que foi ministro da Defesa de Michel Temer na vigência do golpe de 2016. O vice-presidente do Ibram é o general Fernando Azevedo e Silva, que foi ministro da Defesa no governo Bolsonaro, na vigência dessa outra catástrofe.
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Sobre uma terceira catástrofe, o “PL da Devastação”, o projeto institucionaliza, às portas da COP30, o atropelo para emissão de licenças ambientais e, de última hora, a toque de caixa, com o império atacando o Brasil e requisitando os minerais estratégicos brasileiros, traficou a mineração para dentro da “flexibilização” da análise dos riscos ecossistêmicos.
Nesta quinta-feira, 24, o presidente Lula garantiu que “ninguém põe a mão” nos minerais estratégicos do Brasil. O “PL da Devastação” está na mesa do presidente da República, para veto ou sanção.




Comentários
Zé Maria
https://www.wikiwand.com/pt/articles/Laramidia#/media/Laramidia|Ficheiro:Dinosaurs_from_the_west_coast_of_Laramidia.png
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/f/f8/Map_of_North_America_with_the_Western_Interior_Seaway_during_the_Campanian_%28Upper_Cretaceous%29.jpg/500px-Map_of_North_America_with_the_Western_Interior_Seaway_during_the_Campanian_%28Upper_Cretaceous%29.jpg
Zé Maria
Essa Emenda ao PL da Devastação não é um Jabuti,
é um Tyrannosaurus mcraeensis, Dinossauro Predador
Originário da América do Norte.
solange da cruz chaves
Informo ao Sr Hugo que em 2016 não houve golpe no Brasil, houve um processo legal, previsto em nossa constituição chamado impichima