“Some like it hot”. Mas, exatamente quem?

Tempo de leitura: 3 min

por Luiz Carlos Azenha

A presidente Dilma Rousseff assumiu o governo em circunstâncias especialmente difíceis.

Herdou uma coalizão fragmentada e voraz. Herdou compromissos políticos assumidos pelo antecessor. Herdou um PT dividido, com alguns integrantes mais comprometidos com o interesse pessoal (vide o verbete “consultoria”) que com o interesse público.

Herdou, nas palavras do jornal britânico Financial Times, uma economia “bicicleta”. Se parar, tomba.

Esta semana, a revista britânica Economist traz um gráfico sobre o países que, segundo ela, correm o risco de superaquecer:

O título que acompanha é “Some Like it Hot”, num trocadilho com o título do filme de Billy Wilder em que a loira brilhou.

A revista, baseada em critérios que definiu, diz que sete economias de mercados emergentes estão pegando fogo: Argentina, Brasil, Hong Kong, India, Indonésia, Turquia e Vietnã.

“Motoristas que ignoram as luzes vermelhas do painel correm um sério risco de quebrar”, diz a conclusão do texto.

Sobre o Brasil, especificamente, a revista diz que a inflação está acima do esperado, que o mercado de trabalho está superaquecido, que o crédito cresceu demais, que a demanda interna está pegando fogo, favorecendo as importações.

A solução genérica da revista, obviamente, é aumentar os juros — onde eles são baixos — e reduzir os gastos públicos. Assim, diria eu, sobra mais dinheiro para pagar juros aos banqueiros.

Seriam “bons problemas”, os apontados pela Economist, se o país não tivesse taxas de juros reais de 6% ao ano, entre as mais altas do mundo. O dinheiro que entra correndo agora, atrás desses juros, pode sair correndo lá na frente, se a situação econômica na Europa e nos Estados Unidos voltar a se deteriorar — do que existem sinais cada vez mais claros.

Esta semana, na CartaCapital, o ex-presidente do BNDES, Carlos Lessa, se junta aos que fazem alertas:

A mim não surpreende que estejam surgindo preocupações com a bolha de crédito. O endividamento das famílias é, no sistema capitalista, um ponto positivo, se levar as empresas a retomarem investimentos produtivos. Se em resposta a qualquer alta taxa de crescimento os juros sobem, o que um empresário inteligente faz? Amplia suas aplicações financeiras. É o chamado voo de galinha.

E mais:

O Brasil está numa situação delicada, porque não tem um projeto nacional, adota a ideia de produto (PIB) potencial em seu modelo de combate à inflação. Pensa sempre na âncora cambial para segurar a inflação, por isso empurra os juros para cima, sacrifica a capacidade pública de investir e endivida as famílias. Uma posição absolutamente perigosa.

Na Carta Maior, Saul Leblon:

A nova agenda do ABC marca um salto na compreensão das interações perversas que subordinam o emprego, o salário e a própria sobrevivência operária à corrosão industrial e ao seu algoz: as taxas de juros praticadas no país. No Brasil, a política monetária — esfera do Estado sob a prerrogativa absoluta dos mercados financeiros — oferece aos capitais especulativos 6% de valorização real ao ano. A média mundial essa taxa oscila entre zero e negativa. No pós-crise, a confluência desse lubrificante com a robustez do mercado nacional, mais a liberdade cambial, transformou-se em armadilha cambial. Contra a produção e o emprego local. A valorização da moeda desloca demanda e vagas para o exterior via importações.

Luís Nassif, em seu blog:

Faria bem a presidente Dilma Rousseff em convocar uma reunião de urgência de sua área econômica e cobrar um plano de contingência para o câmbio. Ontem pipocaram manifestações de centrais sindicais — CUT e Força Sindical, juntas — alertando para a quebradeira generalizada nas pequenas empresas metalúrgicas. O tecido econômica da cadeia produtiva da Abimaq está esgarçado até o limite. As terceirizadoras estão desaparecendo. Por onde se olha, se vê o estrago provocado pelo crescimento desmedido das importações e pelas bolhas provocadas pelo aumento da captação em dólares.

Desatar este nó será o grande desafio do governo Dilma. O resto é figuração, nem sempre à altura de Marylin Monroe.


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Comentários

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Rafael

só entendi uma unica coisa senhor EUNAOSABIA a mesma revista que THE ECONOMIST que vc baseia sua argumentação é mesma revista que em 2008 fez uma avaliação entre os governos Lula e FHC apontando a mudança positiva entre um e outro então em que vc se baseia para apontar que o governo Lula nada fez… acho que todos os seus comentarios se tornaram contraditorios e olha que confesso que estava gostando deles devido a coerencia encontrada, depois parece que o ultimo colocou tudo a perder…abç…

Lousan

errado ou não, melhor começar a guardar dinheiro embaixo do colchão pra evitar problemas no futuro…estamos seguindo os mesmos passos dos outros países que tiveram a sua bolha estourada, tomara que nossos excelentissimos ministros e governantes tenham um plano B

Jorge Nunes

Para essas duas publicações o certo seria fazer o que a Grécia e Portugal fizeram… ou seja população miserável e sem o Estado. Tudo em nome dos bancos.. para.. Aliás para que banco precisa de tanto dinheiro, mas que qualquer setor produtivo da sociedade?

Hoje no mundo há mais dinheiro para bancos do que para um eficiente sistema de educação, saúde e bem estar da humanidade.

Sagarana

"A presidente Dilma Rousseff assumiu o governo em circunstâncias especialmente difíceis."
Uai sô, cadê a herança bendita que o Lula disse ter deixado? Será que alguém surrupiou?

Bruno

A quem interessar, a versão eletrônica da edição, no famoso "Daily Chart" da Economist.com, com descritivos bem profundos das premissas adotadas pela revista:
http://www.economist.com/blogs/dailychart/2011/06

E o artigo "Some like it hot":
http://www.economist.com/node/18895150/print

Moacir Moreira

A Dilma é uma tecnocrata sem carisma que foi inventada pelo Lula com ajuda da mídia, inclusive blogs supostamente democráticos e bem intencionados, para permitir a continuidade das políticas ditadas pelo império.

Desse mato não sai coelho. Pura enganação.

Podemos esperar conflitos semelhantes aos ocorridos no Oriente Médio e Europa.

Preparem as balas de borracha, srs. militares.

Klaus

O país pode quebar, mas Lula conseguiu eleger seu poste. O resto a gente vê depois.

    EUNAOSABIA

    Não esqueça dos índices de popularidade de fazeream inveja a um Sadam….. praticou populismo fiscal de direita, obra mesmo não tem é nada, só pedra fundamental, pingo de solda e placas caídas anunciando em uma beira de estrada qualquer uma obra do tal do PAC…

    Sobre o populismo fiscal, Portugal, Grécia, Espanha e Irlanda, estão no estado em que estão por esse motivo, populismo fiscal de esquerda, houve um tempo que tinham superávit em contas públicas, tinham a opção de pagar parte da dívida, fazer reformas e assim garantir o bem estar das gerações futuras (atuais), ocorre que resolveram ficar bem na foto (assim como Lula fez em oito anos de triste mandato), e optaram por distribuir mimos populescos através de gastos públicos e descontrole fiscal, uma hora a fatura acaba chegando.

    Se nada for feito, o futuro do Brasil será semelhante.

    Mas o que importa mesmo são os 480% de popularidade… não é isso que toda hora eles estufam o peito para bradar aos 4 cantos???

    Valdeci Elias

    É melhor ser comparado a Espanha, Irlanda e Grécia. Do que com a Etiópia, o Haiti e a Costa Rica.

    Bruno

    À última vez que o Brasil foi honestamente comparado com a Etiópia ainda havia escravidão em abundância por aqui.

    Valdeci Elias

    Graças a Lula e a Dilma, finalmente vai acabar a escravidão, aqui.

    Gerson Carneiro

    Sei

    El Gordo

    Quanto pior, melhor (para o Aécio), né?

    Bruno

    O Aécio que vá pro Diabo que o carregue. Quanto pior, pior. É fato, a Dilma mostra pulso ZERO na gestão do País nestes seis meses.

    Sagarana

    Meu caro Klaus, como sabemos bem: pode-se enganar alguns por todo o tempo, pode-se enganar todos por algum tempo… A verdade sempre aparece!

tereza

gostei dessa frase: "Herdou uma coalizão fragmentada e voraz. Herdou compromissos políticos assumidos pelo antecessor. "

Pedro Henrique

A crise é sistêmica:
O Financial Times e a The Economist, são a voz dos financistas. É bom que coloquem a barba de molho:
Grécia, Portugal, Islândia, Irlanda já quebraram,agora chegou a vez da Itália, esta segunda-feira será negra para a Itália colocando mais lenha na fogueira da crise vigorosamente. Depois será a vez da Espanha. E o Reino Unido do Financial e da Economist não está lá muito berm das pernas. Argentina a primeira da lista é o ódio de inglês que travou guerra das Malvinas. Os States estão quebrados, só sobrou a máquina de guerra para os mesmos.

    Bruno

    Sugiro que você leia a The Economist para conhecer sua opinião sobre a crise europeia.

    Quanto à matéria: o sucesso continuado do Brasil passa pela contenção da inflação ao consumidor (pelo aumento da oferta de produtos, não pelo aumento do custo do crédito) e pela redução da taxa de juros como medida de manter o crescimento. Simples, mas desagrada qualquer investidor. Eu mesmo tenho no Tesouro Direto uma opção segura (e, nestes tempos de turbulência na Bolsa, de grande rentabilidade) de investimento e ficarei incomodado com uma eventual queda na taxa de juros. Imagine os banqueiros que ganham MUITO emprestando pro governo?

serginho athayde

Agora estamos acreditando até no Financial Times, do PIG internacional.
Os que estão para quebrar ou já estão quebrados é o EUA e a Europa.
Lembrem-se da marolinha.

EUNAOSABIA

Azenha, faltou mencionar nessa salada toda de problemas econômicos que o Brasil está sujeito, mais uma variável…

Temos o câmbio sub valorizado que arrasa com a indústria (o lado bom é que ajuda a controlar a inflação), temos a maior taxa de juros do mundo, temos uma bolha de crédito, ou seja, o lado nominal da economia está muito maior que o lado real, isso no longo prazo não se sustenta, há uma máxima na ciência econômica que diz… "no longo prazo todas as variáveis são reais""…temos os gastos públicos contratados no governo Lula e que não podem mais ser "descontratados"" como copa do mundo, olímpiada e inchaço da máquina pública…. a esacalada de crescimento da dívida interna é outro agravante, na verdade, todas essas variáveis estão relacionadas, em economia, nada é estanque, as varáveis só são isoladas para estudo em "modelo", no mundo real isso não ocorre…

Mas o que eu queria dizer que faltou mencionar no rol desses problemas é que é muito grave é o seguinte…

O déficit em conta corrente… isso é gravíssimo… com balanço de pagamentos não se brinca…

Quando um país gasta mais do que arrecada, ele gera um déficit em conta corrente, é isso que está ocorrendo no Brasil de hoje… coisas do "momento mágico"""

    Bruno

    Não entendi o que o EUNAOSABIA falou de mentiroso ou incorreto em seu post para merecer tanta avaliação negativa. Parece que tem gente bem preconceituosa frequentando o blog do Azenha.

    Valdeci Elias

    O problema de EUNÂOSABIA, é que ele esta assistindo muita Rede Globo, e lendo muito a Veja.
    É uma perda de tempo, pois tudo se resume a dizer que o governo gasta muito, e que o brasileiro paga muito imposto.

    Bruno

    Ou seja: você também não leu o que ele escreveu, foi lá e negativou só pelo nome ;)

    Valdeci Elias

    ele quem, o economista da veja, ou o da Globo ?

Margem de Erro » Blog Archive » “Motoristas que ignoram as luzes vermelhas do painel correm um sério risco de quebrar”

[…] “Some like it hot”. Mas, exatamente quem? […]

Fabio_Passos

Ótima análise de Paulo Nogueira Batista repercutindo lá no Tijolaço do Brizola Neto:

"Nogueira Batista: Real forte faz fraca nossa economia" http://www.tijolaco.com/nogueira-batista-real-for

Ele defende medidas severas para controle de capitais.

Já passou da hora de fechar o cassino.
Os especuladores estão depenando o Brasil.

    José Silva

    E a nossa Presidenta parece que está vacilando.

    Fabio_Passos

    Sem dúvida.
    O governo está vacilando e nós estamos pagando.

Fabio_Passos

– Quanto dinheiro o governo dá prá 50 mil famílias de ricaços branquicelos?

Juros da dívida interna nos últimos 12 meses: R$ 213 bi
Pega ladrão!!!!!!

– E quanto dinheiro o governo vai investir para a massa fubecada em 2011?

Educação pública brasileira: R$ 65 bi
Saúde pública brasileira: R$ 77 bi
Minha Casa, Minha Vida: R$ 32 bi
Bolsa Família: R$ 17 bi

Total: R$ 191 bi

Está aí a questão capital!

    Bruno

    Fala pra Dilma baixar a taxa de juros pra 6% em três meses e refinanciar toda a dívida, uai.

Fabio_Passos

É preciso fechar o cassino!
Não precisamos deste capital vagabundo.

E precisamos nos proteger da crise que ameaça levar toda a Europa a lona…

    EUNAOSABIA

    E tu acha que o pobre diabo que ganha uma merreca vai comprar a geladeira ou máquina de lavar em 30 prestações nas casas Bahia como??? tu acha que esse crédito nasce no pasto da granja do torto rapaz???

    E os tais das crasses merdias, que compram um carrinho meia boca em 120 meses, que vocês tanto se gabam vão comprar esse carro como??? tu acha que esse crédito vem de onde rapaz???

    Essa turma só compra carro e abre crediário nas Casas Bahia, por conta do… """Capital Vagabundo""…

    Meu Deus…lamentável… procura pelo menos te informar melhor rapaz…..

    Gerson Carneiro

    Sei.

    Vem cá. Quanto tu tá cobrando por uma aula de tuba?

    Tocar a gente já sabe que você toca muito bem.

    Diz também aonde é que eu posso ver os gols de domingo?

operantelivre

Complicado. Quero crer que sabem o que estão fazendo. Mas Técnico de seleção também diz saber.
Tendo a crer que alguma mudança drástica e repentina está por vir, e muito em breve. Não sei qual será, mas como está não ficará.

Perguntas de leigo, que de juros só conhece o de varejo: o que acontece se houver um controle de fluxo de capitais especulativos, eficiente, no Brasil? Para onde os arrematadores de países mandarão a grana? Há lugar seguro hoje, com rentabilidade? O que é necessário para que as empresas brasileiras que estão produzindo na China voltem para cá? O governo chinês subsidia suas empresas e/ou é sócio controlador delas. O que se pode esperar do espírito Mercado se fizermos um controle de câmbio não dependente do mercado? Há alternativas para preservar o câmbio, sem artificializá-lo?

EUNAOSABIA

Os juros no Brasil não são altos por causa da inflação, os juros no Brasil são altos porque o governo gasta muito e gasta mal, os juros no Brasil são altos porque a dívida pública é muito alta e o governo precisa emprestar da sociedade a fim de rolar a dívida, é um ciclo vicioso, mais dívida, mais juros altos que geram cada vez mais dívida.

Cada mês a dívida pública aumenta o equivalente a mais de 3 anos de Bolsa Família, em janeiro foi 42 Bilhões adicionado ao estoque da dívida, em Fevereiro mais 45 Bilhões… e assim por diante… é um ciclo vicioso…

De 600 BI que recebeu de FHC a coisa já está em mais de 2,4 Trilhões…. tem mais uma, tem gente mascarando dívida, contando patrimônio de estatal a fim de abater o valor bruto…isso não é verdade, na verdade o valor já é maior que 2,4 Trillhões…..

    EUNAOSABIA

    Fazer o quê?? uma coisa é o desejo dos senhores, a outra é a realidade nua e crua.

    Solamen trolllssss…

    Gerson Carneiro

    É???

    Posso falar a verdade? Você não vai se chatear?

    Eu acho que num é isso aí, não.

urbano

Levar a serio The Economist é acreditar em Papai Noel ( as avessas) crises e mais crises. Esse tema dos juros, etc, etc, vem sendo falado há bem uns 10 anos e enquanto isso a caravana passa….. O professor Lessa que me desculpe mas seu discurso é repetitivo à exaustão.

    Lousan

    vai ver o The Economist faz parte da facção PIG internacional…

Carlos Mundim

Nada como um dia após o outro, menos de um ano atrás The Economist mostrou o Cristo Redentor como um foguete, em uma alegoria que finalmente o país estava decolando para uma nova era de desenvolvimento, agora a mesma Economist vem nos dizer que o foguete está prestes a cair de tão aquecido que está.

Como um dos pilares da defesa do chamado deus Mercado a revista está apenas cumprindo o que todos esperamos dela alertando, se corretamente ou não, para um fato que não devemos negar, a forma errada que o governo brasileiro está a conduzir a nossa politica economica.

Obviamente neste mundo globalizado e complexo que vivemos não podemos simplesmente desligar a vitrola e parar de dancar a musica tocada pelo Mercado e nos isolar do perigo da desindustriacão e da doenca holandesa. A culpa está no governo com a sua politica cambial e de juros altos, que é alto mesmo sem o dragão da inflacão, e como o Carlos Lessa tão bem colocou, com um dos maiores juros do mundo a sua disposicão, o que faz um empreário inteligente, amplia as suas aplicacões financeiras em vez de se arriscar investindo em producão, simples e mais rentável.

O Lula foi de uma timidez incompreensível no tratando da política economica e mesmo os acertos que livraram o Brasil do tsunami da crise do sub-prime e chegaram nas nossas costas como marolinhas, nao o exime do erro de manter a politica do juros alto herdada da era FHC e que está sendo continuada pela Presidenta Dilma.

Parece que o destino do Brasil é mesmo ser a grande fazenda da China e se hoje pagamos bananas pelas bujigangas chinesas, amanha sem industrias certamente pagaremos ouro, quem viver verá.

    Valdeci Elias

    Quer dizer que FHC usou a politica certa na hora errada, e fez aquele triste governo ? Enquanto Lula usou a politica certa na hora certa, e fez um otimo governo ?

Leonardo Câmara

As soluções para isso todo mundo sabe quais são: entre elas baixar os juros, aumentar o compulsório e controlar a entrada e saída de capitas. A questão agora é política: o governo precisa se convencer que tem que enfrentar os banqueiros. Ponto!

Agora é bater, bater e bater até que o governo se aperceba que não tem alternativa, tem de encarar os bancos. Eles estão mostrando na Europa (Grécia, Portugal, Espanha, Itália, etc.) que não estão pra brincadeira. Somos nós ou eles.

Parabéns Azenha pelo tema do post.

    EUNAOSABIA

    Rapaz, se você aumentar o compulsório você aumenta os juros na hora, dado que um aumento nessa variável diminui a liquidez, outra coisa, a imposição de barreiras a entrada e saída de capitais é outra medida contra producente, isso aumenta o risco, fazendo com que os juros também aumentem.

    Amigo, na ciência econômica não existe espaço para achismos.

    Se fosse tão simples assim já teria sido feito.

    O Brasil cresceu em cima de uma bolha de crédito…. tem muito mais moeda em circulação do que bens produzidos… uma hora vai estourar, há um descompasso entre a economia real e a economia nominal.

    Leonardo Câmara

    Você vai querer ensinar matemática pra mim? Vê se enxerga rapaz.

    EUNAOSABIA

    Te ""enxerga"" tu tocador de tuba… abre a boca pra destilar sandices e agora fica meio ""brabinho""..

    Vai procurar saber o que é empréstimo compulsório e movimentação de capitais internacionais rapaz… falaste uma besteira homérica…

    Não tens a menor noção do que falas mano…. seja pelo menos humilde rapaz…

    E mais, eu cobro e recebo para ensinar amigo…. me pagando eu te ensino velho…

    Gerson Carneiro

    Então me diz quanto tu cobra por uma aula de tuba?
    Você toca direitinho.

    Ah, aonde eu posso ver os gols de domingo?

    Jokerium

    Desde quando economia é uma ciência??
    Economia é receita de bolo: o rico cada vez mais rico.. e povo que se lasque!

    Bruno

    Taí a Suécia que te faz mentir.

    EUNAOSABIA

    Se algum troll de esquerda me provar que o que eu disse acima está errado, eu rasgo meu diploma.

    Aí, sabe aquele diploma que a Dilma diz ter e não tem??? … pois é… deu pra sacar ou não???

    Gerson Carneiro

    Sei.

    O teu diploma é da mesma faculdade do Serra? O diploma virtual de Economia?

    Fala pra mim: aonde é que eu posso ver os gols de domingo?

    Bruno

    O compulsório está ótimo do tamanho que está. Se você baixar os juros (e colocar a Caixa Econômica Federal para "ditar o ritmo" do mercado de juros com taxas mais baixas, puxando os concorrentes privados como BB, Itaú, Bradesco e Santander para baixo) o compulsório de hoje fica sendo suficiente para manter a economia em um patamar seguro.

    cmarinsdasilva

    Negociar companheiro, se o governo bater de frente com o capital especulativo perde, e perde feio. Sabemos que a Grande Mídia com seu PUM são financiadas por esses capitais, a pancada seria diária, veja o que aconteceu na Argentina, ao ponto do enfrentamento contra o PIG atingir sua maior amplitude, devulgado pelo PUM do PIG como censura. O negócio é trabalhar sem levantar desconfiança, aos poucos dominando o dinossauro capitalista, não devemos esquecer que uma mentira repetida feito mantra nos grandes meios de comunicação passa por verdade ao longo do tempo. Sua proposta é boa, mas será que o grande enfrentamento é viável hoje, com nossos os representantes do congresso…Eles não são ainda nossos representantes. Nossos problemas, nossos representantes no congresso…Então trabalhador deveria votar em trabalhador, professores em professor, artistas em artista, jogador em jogadores, militares em militar, e assim por diante. Nossos problemas, nossos representantes. O grande enfrentamento só será possível quando o povo realmente tiver elegido seus verdadeiros representantes no congresso.

Douglas O.i Tôrres

O PT é agora um partido?? com projeto de poder,se distanciou de suas bases,e o que se vê a todo momento é a presidente sempre esticando a mão a direita,com a ortodoxia na politica economica,o afrouxamento de projetos que a sociedade civil organizada ha tanto espera (comissão da verdade.lei de imprensa,fim da propriedade cruzada,e agora mais esta aberração de código florestal,uma politica de enfrentamento na cultura).O que está acontecendo na Europa,pelo andar da carruagem,não tem tido quaisquer influencia nos caminhos do PT e da presidente(acho que cometi um pleonasmo).Mas,a base parece que não quer esperar a"Grecia" chegar aqui.e já começa a se movimentar,talvez quando as urnas começarem a falar o Governo caia do pedestal e tome um "choque de realidade".

Marco

"The PIG" ataca. E tem gente que acredita, mesmo no blog do Azenha. São demotucanatos que bisbilhotam por aqui, raivosos e invejosos.

JREO

Esse é um nó difícil de desatar…a taxa de juros já está alta, existe grande necessidade de aumento dos gastos públicos (estradas, portos, aeroportos tem carências imediatas e necessárias, por exemplo…secundariamente, existe a demanda criada pela copa e olimpíadas, que me causam calafrios).
O governo precisa de uma solução urgente para o problema do cambio, o real está sobrevalorizado e essa situação não vai se manter eternamente.
O pior é que ano que vem tem eleições municipais e acho que ninguém vai querer dar a cara pra bater e tomar medidas impopulares…

    Bruno

    JREO, já pensou que os países desenvolvidos financiam estas grandes obras que você citou com taxas de juros 5, 10 vezes menores que as nossas? Existem interessados em emprestar por menos juros, o Brasil que, por alguma razão mística-corrupta, não baixa os juros.

Coimbra

Quem manda no Brasil são os bancos, alguém já viu banqueiro perder? A solução só vem quando a galinha dos ovos de ouro estiver quase morrendo, e o remédio é caro, vide Plano Real.

João Grillo

E lá vem os urubuzinhos Léos de plantão, loucos por notícias ruins que parem as pás de lama que os afundam a cada dia mais no esgoto do Tietê. Tucanos, isso é irreversível. Vida longa para o povo trabalhador, nos próximos 50 anos! Estamos discutindo bons problemas de país sério e respeitado no mundo inteiro. Xôô, vampiros!!!

Carlos Cruz

Projeto de país, é a resposta. Soberania, é o verso da moeda. A Sra. Dilma recebeu o país com problemas, mas menores do que o do seu antecessor. Problemas sempre existirão. Eles são uma grande chance de se mudar uma realidade, como o cambio e a repatriação de capitais especulativos. Primeiro deve ser encontrado o equilibrio entre demanda interna por INVESTIMENTOS e o valor do dolar que não prejudique a industria produtiva nacional, que gera empregos, riqueza e divisas. Concomitantemente devemos aproveitar o momento para, primeira vez sem o perigo de golpe de estado, efetuar o controle de entrada e saida de capital. A centralização do cambio é necessaria e urgente. Teriamos a solução de perigos no futuro, controle de nossas divisas, do valor do dolar, proteção dos empregos internos e de nossas industrias. Uma unanimidade sua implantação. Tambem o Estado voltar a utilizar suas empresas para o bem comum e não apenas para superavite. Deixará as mãos livres para coisas mais importantes. Há de aproveitar o momento e se ter iniciativas, ousar, ou o tempo agirá contra.

mac

Como se vê ,não precisa entrar de forma ilegal pelas fronteiras

turismo sexual internacional na amazônia

empresa americana fornece turismo sexual na amazônia
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/941498-emp

Campineiro

Herança maldita de um governo populista, que usava as bravatas do tipo marolinha, associações futebolísticas, e outras sandices para definir as políticas internas e externas.
Quem sabe quando tudo for pro saco, alguém acorda e começa a trabalhar.

    edv

    A coisa foi pro saco antes, no governo FHC.
    De lá pra cá, melhorou em praticamente tudo.
    O primeiro mundo é que foi pro saco.
    E é isto é que nos faz ter que tomar novas atitudes.
    Se fosse no tempos do príncipe, estaríamos quebrados pela quarta vez.

    Bruno

    edv acaba de insinuar que bom era nos tempos de Sarney e Collor. Afinal, a coisa "foi pro saco" no governo FHC.

    Gerson Carneiro

    Se o Brasil estivesse no comando do príncipe até a divisão do Sudão seria uma terrível ameaça.

Marcelo de Matos

“Herdou um PT dividido, com alguns integrantes mais comprometidos com o interesse pessoal (vide o verbete “consultoria”) que com o interesse público”. Não sou advogado de Palocci, que para representá-lo tem contado com brilhantes causídicos, como o Dr. José Roberto Batochio. Não entendo, porém, a ojeriza de alguns blogs, que apoiaram Dilma e o PT até recentemente, com o político que, médico de profissão, tornou-se reconhecido expert em questões econômicas. A única norma legal (portanto, moral) que ele tinha de obedecer era a quarentena. Não me venham com nuances éticas próprias da elite branca. Não vamos recriar a Inquisição. Os ministros da fazenda e presidentes do BC da oposição sequer cumpriram quarentena e ninguém os acusava de usar “a porta giratória entre o público e o privado”. Em Palocci querem vestir o jaleco amarelo com um carimbo nas costas: Setor Público. Não existem barreiras legais ou morais para o exercício de consultoria. Nem sei por que alguns blogs tomaram emprestado esse discurso do PIG.

jaime

Bom, ao Lula sempre se podia dar a desculpa de que não era economista, era um político; à Dilma teremos que dar a desculpa de que é uma economista e não tem visão política.
Já ao Mantega, alguém precisa fazer com que ele leia alguma coisa do que está sendo escrito em todos os espaços (do mundo), imagino que até no espelho de seu banheiro: os juros estão muito altos! a dívida está muito grande! Bom, mas esse não é mesmo político e muito menos economista…

Rasec

Ká, ká, ká…. Um artigo baseado na Revista dos endinheirados. The Economist?!?!? E tomando as asneiras da revista como verdade absoluta…
É demais!
Os jornalistas têm uma ansiedade…
Cadê a reportagem interessante?
Haja paciência!

    Luiz Carlos Azenha

    Grande argumentação! abs

    Carlos Cruz

    Realmente não podemos tomar como verdades tudo que vem do exterior e escrevem. Mas tambem não podemos simplesmente fechar os olhos e dizer que está tudo bem. Quase 50% de tudo que produzimos vai para a rolagem da divida. Eo resto é repartido com o Brasil,faltando dinheiro para produzir riquezas, criar empregos, estradas, portos, aeroportos, etc. Não dá mais para jogar sobre os trabalhadores brasileiros o encargo e a culpa. De alguma maneira, e soberana, devemos mudar a politica dos juros e atual situação de dependencia dos capitais especulativos. Outros paises centralizaram o cambio, criaram travas, e a vida continua…Mas não devemos achar que as criticas devem ser desconsideradas.

    Ronaldo Cananéia

    O contraditório é importante, e a educação também.

    O nível da argumentação e da adjetivação de alguns comentáristas me lembra briga de torcida na geral.

    A leitura ficou um tanto mais desagradável. Só eu acho isto? Não há como preservar a opinião filtrando o desnecessário?

    EUNAOSABIA

    O gente, na boa, o Rasec deve ter se expressado errado.. não vi má fé na parte dele…

    Quanto a troll… rapaz… troll que só entra pra avacalhar e ofender é o que mais tem no site de O Globo e nos seus blogs… pior de tudo… passa tudo, nem moderaçao prévia existe… é isso que alguns chamam de PIG…. o PIG de o Globo é um dos mais democráticos espaços de comentários da internet.

    E pensar que alguns ardorosos defensores da liberdade de imprensa e dos direitos de manifestação estão aqui dia e noite implorando que o Azenha censure quem não comunga com o que eles pensam.

    ..

    Gerson Carneiro

    Sei.

    Francelino

    Azenha, cada vez mais difícil ler o Viomundo e se animar a fazer algum comentário. A quantidade de troll escrevendo lorotas é tão grande que desanima. Compreendo que é preciso dar espaço ao contraditório, pluralidade de opiniões e tudo aquilo que se faz aqui e que nunca teremos na "grande mídia". Mas… conviver com esse monte de trolls, é de lascar. Antes eu vinha ao blog mais de uma vez por dia. Atualmente, to rareando que só me atrevo a vir uma vez por semana, dada a má frequencia de trolls que parece que tão morando nos comentários.

EUNAOSABIA

Lula pirateou o Software do governo Fernando Henrique e o pôs pra rodar, funcionou bem por um tempo.

Acontece que as variáveis econômicas foram mudando e esse software não foi atualizado, o Plano Real foi concebido para uma economia com escassez de dólar – só para ficar nesse exemplo – hoje o mundo tem dólar demais, aí a turma do PT que passou oito anos governando com a mesmo política econômica da ""herança maldita"""… está batendo cabeça e não sabe o que fazer, nunca tiveram idéias próprias, foi tudo na base do palanquismo falacioso, demagógico, e no vamu que vamu, o Brasil maravilha que Lula pregava de cima de seus palanques só existia mesmo na cabeça dele…em seus devaneios …são apenas uns usurpadores de obra alheia, a macro economia é absolutamente a mesma, tudo a mesma coisa, câmbio, metas de inflação, ortodoxia monetária, LRF… tudo……

Ou seja… como não fizeram absolutamente nada em oito anos, o país paga o preço pela incúria e desídia do governo Lula…

Volto depois falando um pouco sobre bolha de crédito…

    claudio rodrigues

    Taxa de desemprego atual – 6%
    Reservas monetárias – 330 Bilhões
    Taxa de inflação anual – 6%
    Taxa de crescimento anual – 4,5% ascendente e por isso controlada pelo juros.
    Aesso à classe média – bens de consumo – 30 milhões de brasileiros
    Estabilidade social, econômica, respeito aos seres humanos – Visão social do Estado como instrumento para toda a coletividade.
    Taxas de investimento direto em infraestrutura – 500 Bilhões
    Petrobrás – 34a maior empresa do mundo
    Indice de aceitação popular (liderança/carisma/respeito) – 80 %
    Um software que produz estes resultados é original. Criação nova.
    Aos que parecem se deseperar com previsões futuristas tenham calma, tudo, é previsão. O governo sinaliza que está atento aos indicadores econômicos e tem adotado medidas para conter demanda/inflação e reduzir a taxa de juros sem artificialismos levando em conta que estamos inseridos em uma economia global.
    Por fim, a dívida de 2,4 trilhões, percentualmente, na comparação com o PIB está na casa dos 50%, a menor entre as grandes economias. Quando vier a dêblace – se vier e for descontrolada, é só regular a saída de capitais e tributar a exportação de comoidities, em especial alimentos que o país suportará o tranco. Portanto amigo, calma. Este discurso de final dos tempos está condenado ào fracasso.

    Bruno

    Azenha, por que as ofensas pessoais deste retardado são publicadas e as minhas não? Att.

    Gerson Carneiro

    "Volto depois falando um pouco sobre bolha de crédito… "

    Sei.

    Dê uma corrida lá no Blog da Cidadania que o Eduardo Guimarães acabou de publicar um post falando sobre isso.

Marcelo de Matos

Quando eu frequentava o blog do Nassif ouvia muitas queixas sobre o câmbio, os juros, etc. José Dirceu também se queixa bastante. O ministro Fernando Pimentel, que está anunciando a desoneração da folha de pagamento como meio de tornar a indústria mais competitiva, partilha dessas idéias. Quem deveria, estar mais preocupada com isso seria a Fiesp, mas, não emite sinais de preocupação. Nem o PIG bate muito nessa tecla; maior preocupação se nota em alguns blogs, até no do ministro Pimentel. Dá para pensar que há insatisfeitos, mas, em compensação, há gente para lá de satisfeita com as coisas como estão. O governo não pode ir contra as instituições que dão suporte à economia: se elas não tomam a iniciativa, o governo tem de ficar em stand by. Lembro-me quando o Mantega começou a baixar os juros: eu estava teclando aqui e ouvi no rádio que as seguradoras, que tinham grandes capitais investidos, achavam que os juros já tinham caído o suficiente. E como naquela velha anedota: senta que o leão é manso!

Marcelo Rodrigues

Especulação é como jogo de baralho, tanto o aventureiro pode ganhar muito como pode perder tudo, por isso não dá para subordinar um país a jogadores compulsivos. Se há narco-estados, deveríamos tomar como normal os azar-estados?

Continuando a metáfora, permitir que a especulação não corra riscos seria como poquer com cartas marcadas – e estas coisas costumam acabar em navalhadas. Cabe ao governo assegurar que não seja do povo o sangue que vai correr.

Vamos ser sinceros, é irresponsabilidade imperdoável um país se sentar numa mesa de jogo.

Léo

Pelo visto a Dilma só vai agir quando o Brasil quebrar. Temos um governinho de quinta categoria.

    Bruno

    Não vai quebrar agora. Mas a situação requer atenção, ao contrário do que insinuam os petistas que aqui abundam.

    Francelino

    Muda pra Miami. Ou vai pra Chuíça (vide blog do PHA)

    Bruno

    Ame-o ou deixe-o (sic). Igualzinho à ditadura.

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