Rudá Ricci: Neste domingo, a esquerda acovardada deu lugar aos jovens da periferia

Tempo de leitura: 4 min
Foto: Ricardo Stuckert

A renovação da esquerda brasileira pode ter iniciado neste domingo

por Rudá Ricci, em perfil de rede social, sugestão de Ana Costa

Bom dia. Prometi que escreveria sobre a possível renovação da esquerda brasileira a partir do que foi ontem.

Começo resumindo o que foi ontem. Ontem tivemos manifestações fortes em muitas capitais do país.

Os manifestantes eram, em sua maioria, jovens negros, trabalhadores da limpeza urbana, do pequeno comércio (farmácias, padarias), moradores das periferias.

Não foi significativo o número dos que portavam bandeiras de partidos (havia as do PSTU, PSOL, UP e PCB, mas também alguns militantes assustados do PCdoB e PT), mas todos foram acolhidos pelos que protestavam.

As falas e palavras de ordem eram novas, mais agressivas.

Colhi vários depoimentos e falas de gente que andava nas ruas.

Convergiam para aquele orgulho meio irônico dos jovens da periferia dos grandes centros urbanos. Sempre que falo para gente da periferia, ouço o mesmo: “somos perifa, aqui não entra qualquer um”.

Pois bem, esse discurso estava nas ruas do domingo. Eles diziam que apanham da polícia toda semana e que não tiveram como se esconder do covid-19 porque pegam ônibus diariamente para poder trabalhar.

Não há como fugir da realidade para esse pessoal. O mais interessante é que ironizavam o que chamavam de “esquerda branca de classe média”.

Muitos diziam que somos covardes ou “preguiçosos” (este adjetivo leva a ironia fina dos negros da periferia, gente que fala com um sorrisinho irônico no canto da boca).

São jovens, saíram às ruas porque saem todos os dias. E continuarão saindo.

Eles enfrentam a PM há tempos, nos seus bairros, no morro, nos jogos de futebol. Conhecem esta violência institucional desde crianças.

Parte deles está chegando na política por esses dias. Começaram a perceber que os ataques ao bolsonarismo não eram discurso despeitado de quem perdeu as eleições. Nem gente que quer a ter uma boquinha. Começaram a perguntar o que é ditadura.

Vários vieram pelo chamado das torcidas organizadas. Que decidiram se unir para enfrentar esse pessoal que conhecem bem: a repressão das polícias militarizadas que perseguem pretos pobres. Já havia visto essa reação dos jovens da periferia em 26 de junho de 2013.

Mas, e a esquerda tradicional? Como agiu? Com covardia extrema.

Trata-se de uma esquerda desconectada do mundo real, focada em valores da época do lulismo.

PT, PCdoB, PSB, PSOL e PDT possuem um quinto dos vereadores e prefeitos do país. É um exército político sem generais.

O PSOL foi à guerra, mas os outros 4 partidos que citei ficaram no muro. Em Belém do Pará, os 5 se uniram para não apoiar as manifestações. Algo raro na última década.

Quais os motivos deste pânico? A leitura parlamentar do jogo político que os engoliu.

A lógica parlamentar é marcada por uma estética da fala: discursos épicos, definitivos, muitas vezes, de confronto.

Porém, a prática é cândida, de longas e permanentes negociações com seus pares no parlamento. Jogam em espaços curtos fazendo jogadas capciosas.

A esquerda tradicional brasileira é dominada por este estilo parlamentar, discursivo, de pouca prática incisiva no mundo real.

Fazem notas públicas, petições online, distribuem números de whatsapp e email de autoridades públicas para serem pressionadas via internet. Esse jogo estético que leva a quase nada.

Pior: desde o impeachment de Dilma, destilam um discurso defensivo e medroso. Vários expoentes desta esquerda de tipo parlamentar – que muito fala e pouco faz – começaram a bradar que o golpe está perto, que não haverá eleição, que o apocalipse é “now”.

Já sugeri que se trata de uma faceta do transtorno do estresse pós-traumático.

O impeachment de Dilma, a prisão de Lula e os absurdos votados pelo Congresso Nacional se somaram às eleições de alguns governadores e um presidente de extrema-direita. Arriaram.

A esquerda acometida por transtorno do estresse pós-traumático teme a extrema-direita.

Acredita que formaram um bloco poderoso, articulado aos interesses dos EUA, fechado no apoio das FFAA e das PMs estaduais, com um núcleo de apoio social estabilizado ao redor de 30%.

Essa leitura enviesada acaba invariavelmente sugerindo que já vivemos uma espécie de ditadura velada.

A construção discursiva é absolutamente subjetiva, sem base na realidade concreta, um rebaixamento conceitual e político que raramente presenciamos na história da esquerda.

O medo e a baixa autoestima começaram a derrotar moralmente esta esquerda de tipo parlamentar.

Anda como siri; corre como siri para dar impressão de movimento, aquele jogo do Dunga para inglês ver.

Não poderia dar em outra: condenaram a saída às ruas. Sair às ruas, disseram, seria dar pretexto para uma intervenção militar.

Não importavam a queda de popularidade de Bolsonaro e seu governo, os rachas no interior do governo, o enfrentamento sóbrio do STF aos desmandos do governo, as reações de jovens nas redes sociais.

Não importaram os dados sobre aumento estratosférico dos índices de desemprego, as ações de solidariedade envolvendo muitas organizações populares, a queda vertiginosa de renda dos pobres, as mortes diárias por covid-19. Para a esquerda parlamentarizada, os dados são adornos.

Enfim, a esquerda parlamentarizada é aquela que não consegue utilizar os dados objetivos da realidade e não conseguem enxergar os sinais da subjetividade popular. Porque está sempre na tribuna. Esta esquerda parece envelhecida precocemente, embebida em formol.

Mas, no confronto com o que ocorreu ontem, esta esquerda deixou estampada a diferença dos ambientes em que ficou paralisada neste domingo e o ambiente para onde foram os jovens negros das periferias. Um apartheid comportamental de grande envergadura.

O discurso de muitos jovens que ontem estavam nas ruas era irônico, forte, de esquerda ou flertando com os valores de esquerda. Nenhum de direita. Todos falavam do enfrentamento de classe. Sim, usavam o termo classe social. Não estavam para brincadeira.

Então, aqui vai minha percepção: ali pode estar a renovação da esquerda brasileira.

A de um novo ciclo, mais pujante, com menos vícios institucionais. Talvez, esteja apontando o começo do ocaso do lulismo. Um bastão repassado em que o corredor de antes já cumpriu seu papel.

Esta possível renovação das esquerdas é mais ousada, mais curtida pela vida, menos classe média, menos branca, menos masculina. Aprenderá a lidar com o jogo de xadrez, mas, agora, prefere boxe. Se puder mesclar os dois tipos de jogo, será mais preparada que a esquerda atual.

Aguardo confirmação.

Sociólogo é preparado para ler tendências. Algumas se realizam, outras minguam no desenrolar dos acontecimentos.

Sociólogo não prevê, mas treina seu olhar para enxergar tendências. Esta é uma: a esquerda acovardada deu lugar aos jovens da periferia.

*Rudá Ricci é sociólogo, mestre em ciências políticas, doutor em ciências sociais e corinthiano.


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Comentários

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Lucas

O PT administra quatro estados da federação. Bahia, Ceará, Rio Grande do Norte e Piauí. População: 30,577 milhões de pessoas. Seria uma extrema bizarrice que Lula, maior liderança do Partido dos Trabalhadores, fosse à internet, via “live”, mandar os seus partidários tomarem as ruas em manifestações. Não sei se as pessoas iriam ou não, nem faço palpite sobre a capacidade aglutinadora do ex-presidente. Apenas aponto que o seu partido tem responsabilidades. Os seus quatro governadores estão às voltas com a epidemia do vírus corona. Sem qualquer respaldo por parte da União, como devemos saber, vez que o presidente é quem é. O PT possui responsabilidades. Age certo ao não insuflar esses protestos. Seria um contrassenso que Lula, nesse ponto, fizesse sua equiparação ao difusor de epidemia que atende por Jair Bolsonaro.

Lucas

É interessante.

Na impossibilidade de fazer com que o penteado do presente se mova um milímetro que seja, alguns comentaristas vêm disparar suas metralhadoras cheias de mágoas contra pessoas que, visivelmente, não são bolsonaristas. É uma pena. Nesse momento, o que precisamos é de abertura de horizontes. Sim, temos que dialogar até mesmo com quem não é esquerda. Quem for disposto a jogar pelas regras da democracia – parlamentar! – já é um bom interlocutor. É o que temos para hoje.

É lindo ver essa galerinha “brigando”, como ocorreu no domingo. Eles estão começando a caminhada. Mas quem temos para resolver é o povo da esquerda parlamentar. Esquerda parlamentar que já ocupou a presidência, ocupa alguns governos de estados, possui mandatos parlamentares. Tem experiência. Errou? Muito. Mas também acertou. E são esses pequenos acertos que devem ser levados em conta nos momentos de tranquilidade. Não há espaço, agora, para mudar o mundo. Precisamos agora fazer o feijão com arroz. Que é salvar o que existe. O único caminho para essa salvação, para a qual é imprescindível a saída das milícias do poder, o fim do bolsonarismo como força nacional, passa pela via “parlamentar”, essa que Rudá Ricci, agora, parece menosprezar.

Sinto muito. Mas o pessoal do domingo não irá salvar o mundo. Estão fazendo a parte deles, e temos que ter respeito por isso – eu tenho. Porém devemos ser conscientes das limitações inerentes a uma movimentação ainda tão embrionários. Ainda precisamos de parlamentares e de lideranças políticas já consolidadas. “Se eu vi mais longe, foi por estar sobre ombros de gigantes.” Gosto dessa frase. Ela lembra que os experimentados são o caminho, inclusive, para o surgimento de novo material humano. Não podemos jogar fora a esquerda já experimentada. Ela pode até não ser a “verdade e a vida”, contudo, com toda certeza pode ajudar a apontar um norte para o futuro.

Idalice Coelho

Sim, a periferia, as torcidas organizadas populares, como era de se esperar, estão em guerra com o governo bozoassassino. A novidade é terem conseguido, a despeito da presença elitista da velha esquerda que nada enxerga, nada ensina e nada age, enxergar no caminho DE ESQUERDA a solução: quem não trai suas bases, quem se atualiza, quem preza mais a verdade e o avanço do que suas antigas crenças em uma esquerda institucional moribunda, enxerga sem dificuldades e com grande empolgação a esquerda da nova geração chegando. Eu, idosa, há alguns meses me preocupava com a inércia de Lula. Eu, idosa, há alguns meses acompanho os discursos de rappers: não me importa mais se Lula existe, quero Mano Brown na presidência do país. Quando lancei a ideia nos grupos de perifa me tornei a vovó querida desses jovens: não temo mais nada! Meu cérebro revolucionário segue vivo em consonância com a realidade. Minha militância tem agora mais sentido que nunca. De quebra, outras vovós de esquerda estão chegando, ninguém é demais na militância antiga! Somos protagonistas nós novos tempos!

Nelson Aguiar

Tivemos nesse domingo um movimento pontual e numericamente inexpressivo se comparado a presenças anteriores da ‘velha esquerda’ nas ruas e o que lemos? “Vejo o mundo mudando.” Torço pra que a esperança por essa tal ‘nova esquerda’ oriunda da mesma periferia que votou maciçamente em bolsonaros, dórias e witzels e que se comoveu com Floyd sem jamais descer os morros do Rio por Marielle se confirme um dia. Mas pra sentar na janela vai ter que comer muito feijão ainda, especialmente na hora do tabuleiro.

Lucas

A tomada das ruas em 2013 começou assim. Resta saber no que acabarão essas jornadas de 2020. As de 2013 foram concluídas com a eleição de Bolsonaro. Infelizmente, essa é a verdade. Gostaria muito que essa novidade pela esquerda estivesse surgindo. Mas não sou otimista. PT e demais “esquerdistas parlamentares” são a melhor esquerda que o Brasil conseguiu produzir até aqui. Podem até não lutar tanto boxe, além de estarem meio enferrujados no xadrez. Mas é o que tempos em termos de experiência efetiva. Novidades são novidades. Fenômenos ainda não testados pela prática do tempo. A conferir. Que as jornadas de 2013 não terminem por se repetir na parte do seu desfecho.

robertoAP

Quem apoiou o golpe de 2016, e desde 2013 boicotava a esquerda no governo, deveria ter coragem agora, ir para a rua em massa, devolver o poder a quem de direito que é a esquerda e o PT, pedir desculpas e prometer nunca mais entrar numa aventura junto com um fascista analfabeto e zoófilo, pois fazer isso é o mesmo que invocar espíritos no Tabuleiro Ouija , porque numa dessas…. aparece um monstro.
Se não fizerem isso, esses sim, são imensos covardes.

Darcy Brasil Rodrigues daSilva

Quer dizer que a avaliação de que ir para as ruas entrava em contradição com o apelo para as pessoas ficarem em casa foi uma desculpa, uma demonstração de covardia da “velha esquerda”? Fazer uma leitura da realidade diferente de um analista da esquerda acadêmica ligada ao Psol, como Ruda, não converte ninguém em “covarde”; o torna apenas portador de uma outra avaliação, a que considerava que o momento oportuno para grandes manifestações ainda não se apresentou, porque a palavra de ordem para o presente é “Fique em casa!”. Ninguém consideraria Marx um covarde por ter tentado impedir o proletariado francês de tomar as ruas de Paris quando se discutia os preparativos da rebelião que resultou na Comuna de Paris. Marx não discordava da necessidade daquele assalto, apenas considerava que as condições objetivas para a sua vitória não haviam sido reunidas. Concedo a Rudá o direito de discordar da avaliação dos que deliberam não ir para as ruas nesse momento, porém classificar como ” covardes” os militantes da esquerda que não fazem a mesma análise que ele, Rudá, me parece ser profundamente arrogante; também penso que ele deveria pesar melhor as palavras, para não correr o risco de ficar parecendo um bravateiro exibicionista, membro de uma nova esquerda briosa, supostamente combativa, em oposição a uma “velha esquerda” covarde, resumindo as motivações das opções politicas em termos de coragem ou de covardia. Por último, é tão velha quanto a “velha esquerda” a esquerda que vive acusando a esquerda tradicional, marxista-leninista, de ser velha.

    Elaine

    Em princípio, te digo o seguinte: na sua explanação nao vi nenhuma palavra que expressasse alguma crítica ou o mais leve desconforto com a ‘coragem’ do presidente ir para as ruas com seu gado na pandemia defender pautas anti-democraticas né.
    Saiba que as ruas não pertencem ao gado do presidente não.
    Esse gado quer reinar absoluto nelas como se representasse toda a população brasileira.

    A propósito, dá para perceber que você escreve muito bem.
    Mas vem cá: você também acredita que a Terra é plana?

    Solange

    Esse espaço é democrático e vocês podem vir com esses discursos veementes que só favorecem a instalação de uma ditadura nazifascista no Brasil. Acontece que nós não vamos arredar os pés um milímetro sequer.
    Podem contar com isso?

Marcos Videira

Penso que a tendência sociológica descrita no artigo seria, na minha juventude, chamada de “porra loka”. E todo “porra loka” era um infantil inconsequente.
Minhas limitações visuais não permitem “ler” essa tendência que o autor vislumbra tão claramente. Aturdido pelas revelações do texto, me pergunto: como se processou essa admirável alquimia social ? Sim, porque a periferia votou maciçamente em Bolsonaro e Dória. De repente, viraram a nova esquerda brasileira. Não é um fenômeno sociologicamente mágico ?
Não sou filiado a qualquer partido, mas justiça seja feita. Os que não aceitaram participar da manifestação não o fizeram por covardia. E também não foi apenas pelo reducionismo feito pelo Ricci: “pretexto pra intervenção militar”. Foi algo muito mais complexo, que talvez fuja à compreensão do sociólogo: enfrentamento da pandemia e processo de erosão política dos fascistas. Os líderes dos partidos não repudiaram as manifestações. Alertaram para a inadequação do momento, para os riscos sanitários e políticos. Pediram aos manifestantes que fossem prudentes.
As ações políticas são, como reconhece o sociólogo, um jogo de xadrez. Exigem estratégia, ações coordenadas, posicionamento tático, momento preciso em que o xeque-mate é inevitável. Esse é o jogo que está sendo jogado neste momento.
Ricci afirma que lê tendências. Mas por que ainda não percebeu o que aconteceu com lulismo ? Penso que não se trata do INÍCIO do ocaso. O lulismo já entrou em declínio e o PT já perdeu o protagonismo no campo da centro-esquerda. Por isso o PT apoiou na sexta-feira a manifestação de domingo, tentando surfar numa onda que o PT não criou. As eleições municipais traduzirão em números esse declínio.
A nova esquerda descoberta por Ricci, “menos branca” (!?), sabe lutar boxe. Mas ainda não sabe jogar xadrez. “Se puder mesclar boxe e xadrez será melhor preparada que a esquerda atual”. Maravilha ! De que modo será realizada esse amálgama tão valioso ? Pena que o sociólogo não revele a tendência desse fenômeno e nem em quanto tempo isso poderá ocorrer. Porém, se nada disso ocorrer, não foi a leitura que estava errada, mas foi o fenômeno que definhou. Ah ! essa realidade teimosa que não se adequa às minhas idéias…
Lendo o texto lembrei-me daqueles revolucionários que afirmavam: “A revolução começará na segunda-feira !!!”. Mas nunca nos diziam em qual ano.

    Elaine

    Minha resposta para você é exatamente a mesma que dei para o Darcy.

    A propósito, o que você acha de atos a la Klux Klu Kan em frente ao STF liderados por uma terrorista treinada na Ucrânia em plena pandemia?

    Pode dar o ar da graça nesse assunto?

Elaine

Então o idiota que governa o Brasil acha que a mobilização em prol da democracia é resultado de doutrinação?
Doutrinação e lavação de mentes foi o que a turma dele comandada por Olavo de Carvalho fizeram com os apoiadores do bolsonarismo, a ponto de convence-los em pleno Sec. XXI que a Terra é plana.
Doutrinação é ganhar eleições com fake news tipo mamadeira de piroca.
Isso é doutrinação.

Dias

O Brasil precisa urgentemente de novas lideranças.
Sinceramente, nem o Lula dá mais.
É hora de jovens democratas aproveitarem para ter a visibilidade que a esquerda congelada no formol jamais daria a eles.
O jogo tradicional da política é todo cheio de cartas marcadas.
É preciso romper esse paredão.

Eduardo

Pois é. A esquerda está lá no Congresso no conforto e ganhando seus altos salários e não querem enfrentar a luta real. Até parece que com a instalação de uma ditadura militar fascista o Congresso vai funcionar. É de uma extrema covardia setores da esquerda chegarem a ponto de conclamar as pessoas a não irem às ruas deixando o campo para as Forças anti-democratas ficarem nas ruas com ou sem pandemia com direito a presidente sobrevoando manifestações de helicóptero acompanhado de ministro da defesa para dar a entender que tem o apoio das forças armadas para instalar uma ditadura militar fascista no Brasil.

Zé Maria

O que os jovens negros trabalhadores da periferia
hoje chamam de “esquerda branca de classe média”
é a que outrora foi apelidada de “esquerda festiva”.

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