Rodrigo Vianna: Chávez, multidão vermelha faz história

Tempo de leitura: 3 min

Rodrigo Vianna, direto de Caracas, no Escrevinhador

A multidão nas ruas nem sempre é boa medida para avaliar um sistema político. Existem as multidões enfurecidas, as multidões conduzidas por ditadores. As multidões amorfas.

Acima, vemos a multidão vermelha (foto) que tomou as ruas de Caracas para se despedir de Chávez. Do alto, imagem que impressiona. Mas é preciso baixar à rua e olhar a história da América Latina para compreender de que multidão se trata.

De táxi, eu tentava me aproximar do Forte Tiúna – sede do comando das Forças Armadas da Venezuela, onde ocorre o velório de Hugo Chávez. O motorista que me conduzia olhava a multidão nas ruas e dizia: “quanto estão pagando a essa gente para vir até aqui?” Ah, os taxistas…

Desci do carro, segui a pé com o cinegrafista Josias Erdei. Multidões desciam dos morros. Mães com crianças de colo, homens jovens de mãos dadas com as mães já alquebradas pelas idade, pais conduzindo famílias inteiras pelas ruas. Tristeza, sim, mas sem desespero. E os gritos: “Chávez vive, la lucha sigue”.

Essa é a multidão da democracia, tantas vezes pisoteada na América Latina. Pisoteada no assassinato de Gaitán na Colômbia em 1948, no suicídio de Vargas em 54, nos golpes militares do Cone Sul dos anos 60 e 70. A multidão vermelha de Caracas é a mesma que baixou dos morros, em 2002, e garantiu o mandato de Chávez. Os golpistas tinham as televisões, os empresários, a classe média. Chávez tinha o povão. Ou seria o contrário: o povão tinha Chávez, e dele não abriu mão.

É preciso lembrar sempre: a multidão precede Chávez na história da Venezuela. Não foi Chávez que inventou a multidão, mas a contrário: a multidão é que inventou Chavez.

1989. O governo neoliberal venezuelano anuncia um aumento geral de tarifas. A multidão, sem líder, sem controle, põe fogo em Caracas. O Caracazo era o sintoma de que a multidão retomava o fio da história que os idiotas neoliberais imaginavam extinto.

A multidão do Caracazo gerou o Chávez de 92: líder de uma rebelião frustrada. Depois, viria a vitória chavista nas urnas em 1998. E um governo sustentado pela multidão. Sempre.

Chávez é filho da multidão, por mais que dezenas de pessoas com as quais conversei nas ruas de Caracas tendam a ver o contrário: “era como um pai para nós”. Ah, a eterna necessidade humana de se proteger à sombra de um pai poderoso e justo. Mas quantas vezes são os filhos que – sem perceber – conduzem os pais!

A multidão vermelha de Caracas tem o fio da história nas mãos. Vejo cenas emocionantes nas ruas: gente que chora ao falar o nome de Chávez. E um bordão que se repete, mas que não se desgasta: “Chávez somos todos nós, Chávez é a multidão”.

Na fila que passa lentamente ao lado do caixão, senhoras desesperadas se debruçam, fazem o sinal da cruz. Soldados fardados batem continência. Mas às vezes tudo se inverte: o soldado chora, e mulheres batem continência ao “comandante”.

O taxista do começo do texto, coitado, faz parte de um outro mundo. Preso à lógica mercantil, acredita que as pessoas só se movem quando são “pagas”. Mas a multidão de Caracas se move por outros caminhos. A multidão de Caracas parece disposta a conduzir o fio da história.

Discursos derramados na TV. E de repente o aviso (chocante para mim, confesso) de que Chávez será “embalsamado”. Que apego à figura do líder! Chávez, preso numa urna de cristal, não pode fazer nada. É apenas uma alegoria – algo fantasmagórica – num país em que a história se escreve pelas multidão: em 89 no Caracazo, em 2002 na reação ao golpe, em tantas e tantas eleições… E agora também na despedida do líder.

Dia seguinte, sexta-feira: a multidão interrompe sua lenta caminhada ao largo do saguão onde ocorrre o velório. Agora são os chefes de Estado que prestam homenagem a Chávez. Simbolicamente, Nicolás Maduro ergue uma réplica da espada de Bolívar. E a deposita sobre o caixão.

Bolívar conduzia a multidão. Chávez foi conduzido por ela. A multidão vermelha de Caracas faz história.

 Leia também:

Lula: “Se a figura pública morre sem deixar ideais, legado chega ao fim”


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Comentários

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Para confundir, comando da campanha de Capriles leva nome de Bolívar « Viomundo – O que você não vê na mídia

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J Tavannes

Passaram no meu facebook, uma foto como essa acima, com os dizeres: A mídia mentiu tanto sobre a Venezuela, que agora fica difícil explicar as imagens que chegam de lá.

Martín Granovsky: Nicolás Maduro, o preferido de Brasil e Argentina « Viomundo – O que você não vê na mídia

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Gilberto Maringoni: Chávez será mito que faz « Viomundo – O que você não vê na mídia

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ccbregamim

la lucha por la independéncia de américa
sigue.

é nossa também.

Nelson

Por que será, meu caro Willian, que não vimos tamanha comoção popular quando das mortes de presidentes como Richard Nixon, Lyndon Johnson, Gerald Ford, Ronald Reagan e outros “perfeitos” democratas?

    Willian

    Deve ser porque só a esquerda precisa de líderes carismáticos, da figura mítica de uma pessoa que parece guiar o país para a felicidade. O ideal é que o presidente seja apenas o mais alto cargo do governo, com responsabilidades e deveres maiores, é verdade, mas apenas um funcionário.

    Devolvo a pergunta: porque só líderes carismáticos de esquerda são embalsamados e exibidos ao público para veneração?

    abolicionista

    Deixe-me pensar, talvez porque a direita já tenha suas múmias ocupando cargos de poder.

    Ronaldo Silva

    A direita não correria o risco de criar mausoleú para ficar abandonado rss , quanta inveja Willian…

    Andrão

    Huum, deixa eu pensar, 1+1=2…sei não, difícil não ser do povo, sofrido, explorado e entender e aceitar o Chavez…acho que desisto, não gosto dele e pronto, muito “popular”, demais…

spin

Essa foto foi tirada de um edifício, não há nenhum tirada de avião? A CIA deve ter…rss

Uma questão de classe essa coisa do Barbosa atacar a imprensa, Jânio Quadros já fez isso, só jogo de cena, dá notícia e poe medo na imprensa, não é mesmo. Muitos jornalistas ficarão acuados com o Sabe com quem tá falando colocado em prática pelo Barbosão, triste Brasil, não se metam. Agora os jornalistas não se meterão a fazer jornalismo investigativo para descobrir as falcatruas do Batman. O pig não é bobo e falando nisso, pensei que que nessa terra brasilis existisse liberdade de expressão, agora vejo que existisse sim, mas paneas para os donos do mundo: O blog do Nassif está praticando sendo cancelado por terroristas virtuais sem que nada possa ser feito em termos de garantir nosso direito a manffestação. Nassif e todo e qualquer blogueiro que não apoia o PSDB está sendo atacado, seu blog tmbm está com problema, as últimas postagens não aparecem, kd Yoani Sachez, aquela que tem toda a liberdade de ter seu blog em Cuba, o que não teria aqui, como estamos constatando. Aqui, liberdade de expressão somente para tucanos etc caterva e nada mais, não esperem blogs como o do Tio Rei e Noblat sofrerem ataques destes bandidos

Nirlando sobre os surtos de Jânio Quadros, ops, Barbosa: Ingnorem os surtos de Barbosa

http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2013/03/08/nirlando-ignore-os-surtos-de-barbosa

Mário SF Alves

Para que se entenda o pobre taxista. Logo de início há que se considerar que a imensa maioria dos que usam o taxi dele deve ser constituída de pessoas que odiavam [ e odeiam] o Chavez. Assim, quantas e quantas vezes, ele, o taxista, não teria ouvido lamentos e impropérios contra o Presidente? Quantas e quantas vezes ele, o pobre taxista, não teria sido agraciado com gorjetas pelo simples fato de assumir-se como papagaio de pirata a repetir o discurso daqueles tais passageiros [da agonia egocêntrica]?

augusto2

Esperemos que voces derrotem os resultados e a consciencia concreta provinda do pensamento e das açoes do mito ora endeusado, willian. A Democracia radical, nas diversas acepçoes da palavra, que recriou e (quase)consolidou.
Entre os anos 80 e 2000 tinha um deus por ai, que se chamava Mercado. endeusado e incensado até o limite do saco alheio… Ai não era vergonha.

João Vargas

E por aqui continuamos a assistir o pessoal do PIG tentando desqualificar esta verdadeira manifestação popular de apreço ao seu grande lider. Tivemos, inclusive, pseudo-comentarista comparando o chavismo ao nazismo. As pessoas que não gostam de povo vão ter pesadelos com estas manifestações.É o mar vermelho que se espalha pela América Latina e os reacionários não terão como contê-lo.

    Mário SF Alves

    Comentarista do PiG fazendo uma comparação dessas é o fim do todo e qualquer parâmetro ético. É deixar todo e qualquer escrúpulo na portaria da redação; é ser catedrático em lixoapelação; é passar atestado de ignorante em História da Civilização.
    ____________________________
    Fosse um ilustre desconhecido, provocador sem argumento, que volta e meia pinta aqui no Blog, ainda vá lá. Afinal, a exposição pública dos piguentos daqui ainda é incomparavelmente menor.

Jane

Impressionante. Nunca falei mal de Chávez, mas não simpatizava com ele. Mas o povo da Venezuela tem razão de amá-lo tanto. Foi o único governate da venezuela que teve compromisso com o povo

Marcelo de Matos

Nos anos 70 trabalhei na empresa que construiu a represa de Guri, na Venezuela, a terceira maior do mundo, depois da chinesa Três Gargantas e da binacional Itaipu. Os colegas que iam trabalhar na Venezuela diziam que Caracas era uma bela cidade, com avenidas sem cruzamento, mas, o interior do país era mais pobre que o nordeste brasileiro daquela época. A situação financeira da população melhorou, mas, parece que o país depende quase exclusivamente do petróleo. Esperamos que a economia venezuelana se diversifique e o povo continue a desfrutar da melhora que conquistou.

    Mário SF Alves

    Um comentário anônimo sobre o Senna:

    “Ayrton Senna foi um piloto completo, era obstinado, dedicado e colocou o brasil nos olhos do mundo com os seus feitos. Eu acirdei muitas vezes de manha para ver F1, e ver o Ayrton correr, ele tinha um jeito diferente de pilotar, os outros pilotos faziam o basico de qualquer piloto, contornavam o traçado e quando tinham a oportunidade faziam a ultrapassagem.Senna não, ele deixava pra frear mais dentro da curva, ele buscava a ultrapassagem, o traçado dele era diferente. Resumindo, quem viu ele pilotar, viu um genio fazer historia!”
    ___________________________
    De acordo. Só acrescentaria que, neste caso, a tentativa de misturar luta política pela transformação da realidade socioeconômica que há séculos atormenta e humilha a vida de todo um povo com o desempenho atlético de um esportista é mais cruel do que o pane et circus romano. Mas, novidade nenhuma em se tratando de Brasil, onde seu único e verdadeiro herói é enforcado e em seguida esquartejado, e esquecido; onde antes de Senna, outros ídolos foram elevados à categoria de semi deuses.

Sandra

Olá, Rodrigo:

Belo texto, que informa, passando pelo coração.

E Francisco (comentarista de sexta, 20:02), por favor, nada de agourar o Lula nesta hora, mesmo que seja com o bom propósito de criticar a mídia conservadora. Eu, heim!

assalariado.

Rodrigo Viana, sua analise sobre esta maré vermelha dos irmão venezuelanos é uma lição para as ditas esquerdas latinas. Devido que você coloca para raciocinar, a nós todos que, esta maré vermelha tem o cheiro de socialismo na medida em que o Chaves, em seus discursos, lembrava a seu povo, a importância de construir a sociedade socialista e, por tabela, matarmos o capitalismo, visto que, socialmente falando, são propostas sociais de sociedade, opostas e excluidoras entre si, no mais amplo sentido das relações entre a humanidade.

Guardadas as devidas proporções e realidade politica no país irmão que, ao meu ver, a sua encruzilhada histórica da luta de classes foi, o golpe de Estado que a burguesia capitalista deu em cima do governo da vez eleito (Chaves), em 2002, com apoio de uma minoria reacionária, entreguista e vendida nas FFAA venezuelana que, acabou, por haver, um racha nas FFAA, e os golpistas de plantão que, se renderam a realidade do povo das ruas.

O embate entre Chaves e a burguesia venezuelana foi, a todo tempo, de confronto de posições, bem claras que, como já nos mostraram, muitas das decisões, inclusive seu mandato, foi colocado a prova. Nada melhor do que passar, acreditar e creditar para o povo, a confiança e a certeza de que o governo da vez está a seu serviço, sem titubear, sem vacilos.

Essa é a diferença entre o socialismo do século 21 e o “socialismo” (Sim, com aspas) do século 19, este, camuflado e com repeteco no século 21, país adentro e planeta afora. Ou seja, a comunicação com as massas foi fundamental para manter o governo Chaves vivo, nos seus ideais socialistas que, por sua vez, percebeu a importância de construir sua (hegemonia) legislativa e popular, dentro do congresso venezuelano. Não deu outra, o povo conquistou sua (HEGEMONIA POLITICA), nas ruas e no congresso.

É o povo e suas FFAA, em defesa da soberania do Estado Bolivariano da Venezuela. Sim, com certeza, isso é resultado de o governo da vez venezuelano, (não disse brasileiro), ter chamado o povo para dançar e acreditar na sua educação politica e, não vai ser um simples embalsamento que atropelará e deixará o povo esquecer que, o que vale são as ideias, não a idolatria, venha de onde vier.

Saudações Socialistas.

Gerson Carneiro

    Marcelo de Matos

    Boa Gerson. Que lucidez do Fidel, hein?

    João Vargas

    Perfeito, não precisa dizer mais nada!

    Edson (BH)

    :~(

    renato

    Eles não estavam lá. Fidel.
    Eles não estavam lá, nem para chorar
    a morte de um Venezuelano..
    Eles não são de lá..São alienigenas,
    não tem pátria.

    adriana sampaio

    Fidel é foda…

    Mário SF Alves

    Então, Cuba deve ou não deve ser considerada Patrimônio da Humanidade?

Paulo Camargo

Rodrigo fez um texto emocionante!, maravilhosa a despedida que o povo venezuelano realizou, o presidente Chávez merece essa honra! Que prossigam nesse caminho elegendo o Maduro nas próximas eleições, avante, Venezuela!

FrancoAtirador

.
.
“O Homem é do tamanho do seu Sonho”

“O valor das coisas
não está no tempo que elas duram,
mas na intensidade com que acontecem.

Por isso existem momentos inesquecíveis,
coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.

(Fernando Pessoa)
.
.
Hay hombres que luchan un día
y son buenos.

Hay otros que luchan un año
y son mejores.

Hay quienes luchan muchos años
y son muy buenos.

Pero hay los que luchan toda la vida:
esos son los imprescindibles….

(Bertold Brecht)
.
.

Rodrigo Falcon

“O taxista do começo do texto, coitado, faz parte de um outro mundo. Preso à lógica mercantil, acredita que as pessoas só se movem quando são “pagas”. Mas a multidão de Caracas se move por outros caminhos. A multidão de Caracas parece disposta a conduzir o fio da história.”

E minha consciência, sábia em seu silêncio ensurdecedor, indaga de mansinho…e a multidão tupiniquim? Se move por que caminhos?

    manoel

    Ele devia estar ouvindo a Radio Globo

Willian

Chega a ser vergonhoso o endeusamento de um presidente. O presidente é apenas o mais graduado funcionário público de uma nação. E agora ainda vão mumificá-lo e desfilar com ele por sete dias. Sorte que não o usarão por 30 dias na campanha eleitoral. Mas devem ter pensado na possibidade de levá-lo aos comícios.

Bem, antes não havia o que fazer em Caracas, agora teremos Tutanc…, quer dizer, Chavez para visitar.

    Luís Carlos

    Nos casos de presidentes sem identidade popular, insípidos, inodoros e incolores, como FHC, por exemplo, se identificam com especuladores e não com a população, de fato, são apenas o mais graduado entre os servidores públicos. Por outro lado, presidentes identificados com sua cultura e povo, com sua nação, são mais, muito mais que o servidor público mais graduado. São líderes, depositários da esperança e anseios populares. Quando suas trajetórias são escritas com a permanente credibilidade e legitimidade popular, passam para história como mitos. Eis a diferença de líderes populares reais e presidentes que traem seus povos. O mito se constrói na legitimidade popular, no forte elemento identitário com seu povo e cultura. Chavez é mito. FHC, página virada da história brasileira e sul-americana.

    Nelson

    A inveja é uma merda!

    Parece que o Sr conhece bem esse ditado.

    Mário SF Alves

    No Brasil com sua democracia PiG-tutelada, sim, Willian. Neste caso, sim, Presidentes da República, legitimamente eleitos, são pouco mais do que um qualquer outro funcionário público. Pode, inclusive, ser injustamente motivo de chacota em programinhas de quinta categoria.

Panino Manino

Deu no JN agora a pouco, dizendo que a multidão só está lá porque o governo está levando deles de ônibus.
True Story.

Lindivaldo

Salve, Grande Hugo Chávez!
Depois de Chávez, as riquezas da Venezuela jamais serão divididas entre os EUA e a elite venezuelana!
Por isto, há homens, como ele, que despertam tanto ódio…

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Enquanto isso, no Brasil, a folha diz que o senador Jarbas Vasconcelos lançou, nesta sexta-feira, a candidatura do Eduardo Campos para 2014, seu antigo rival em PE…
Uma coisa são a traição, a ambição e o oportunismo que movem o Eduardo Campos.
Traição ao avô, à esquerda, ao povo, ao PT, ao Lula que lhe abriu os caminhos…
Outra coisa, muito mais terrível, são o ódio e a inveja que norteiam as ações de pessoas como o Jarbas e o Roberto Freire.
Para essas almas pequenas, ofuscar o brilho do Lula é a razão maior de suas pobres existências.
A essa causa inglória se entregam de corpo e alma.
Ajoelham-se e beijam seus adversáriosSão capazes de se ajoelharem e beijarem seus adversários, submeterem-se às mais humilhantes derrotas eleitorais e até mesmo ao sepultamento de suas medíocres carreiras.

marta

Assisti há pouco o JN só para ver se iam mostrar a multidão, com toda aquela expressividade que costumam fazer sempre, com outras notícias desse tipo. Mas, que nada, só mostraram umas poucas pessoas sem ao menos dar ênfase ao sentimentos deles e falaram mal do vice, Maduro. Deram ênfase foi a questão política, dizendo que a posse de Maduro era uma fraude. Não precisavam ser escancaradamente anti-chavismo,num momento que esse funeral chama atenção do mundo inteiro,só deles que não.

Maria Carvalho

O povo sabe e sente quem é bom para ele (o povo). Não precisa de mídia nenhuma! Fiquei emocionada ao ler seu belo texto. Parabéns, Rodrigo!

Nelson

Texto magnífico.

Ao ler que “Não foi Chávez que inventou a multidão, mas a contrário: a multidão é que inventou Chavez”, lembrei de um comentário que postei, anos atrás, neste mesmo sítio, contrarrestando as afirmações de que Chávez é um ditador porque queria se perpetuar no poder ao propor a supressão de limites à reeleição.

Naquela oportunidade, eu afirmava que Chávez era o instrumento que o povo venezuelano encontrou para mudar o país, melhorar de vida e que no momento em que aquele povo se “enchesse” dele, procuraria outro a quem votar para presidente. Assim, não havia ditadura alguma, pois continuaria cabendo ao povo a última palavra sobre quem seria seu primeiro mandatário.

MTHEREZA

lindo texto, refletindo a linda história de um povo que se ergueu e, parece, não vai querer voltar atrás.
me emocionei.

Francisco

No velório de Lula (que não seja em breve), o locutor da Globo vai narrar assim:

” – De fato vemos várias pessoas nas ruas. Muitos militantes fardados do PT. A maioria trazidos por ônibus pagos em delegações. Muita gente, realmente. Realmente, o Bolsa Familia era distribuido para muitas pessoas. Podemos ver vários militantes históricos do PT daqui. Podemos ver, por exemplo, José Genuino. José Genuino, isso mesmo. Ele agora já pode circular em liberdade por causa das penas do mensalão. É há uma grande comitiva, sim. Vejam agora uma reportagem especial sobre o mensalão e logo após o BBB 514…”.

Não sei como a Globo pode fazer jornalismo se não pode narrar a História.

anac

Meus Deus, marcha de milhões de Chavez.
Mataram o homem e criaram o MITO. Pior para eles…
Só uma bomba atômica agora para acabar com o Chavismo.

    Moacir Moreira

    Guarde suas idéias psicopatas para você mesmo.

lulipe

Agora é só esperar a ressurreição como já previu o pirado lá do Irã…

    abolicionista

    Bush também acredita na ressurreição e no juízo final, talvez por isso tenha feito uma campanha tão intensa contra o ensino da Teoria da Evolução de Darwin nos EUA.

Fabio Passos

Emocionante. Uma belissima e justa homenagem a um dos maiores lideres da historia Latinoamericana.

E quem ainda nao viu precisa assistir o povo da Venezuela colocando os golpistas pra correr em 2002.
Exemplo para todos os povos oprimidos por oligarquias atrasadas…

Horridus Bendegó

Aqui no meu canto ficando pensando se não seria o momento de nossa Grande Marcha libertadora da América do Sul, aproveitando a onda Bolivariana que exorta o povo venezuelano a ir pras ruas!

Revolucionemos a América já!

    Moacir Moreira

    Aqui no Brasil já está tudo revolucionado.

    Nem existem mais pobres.

    Foram todos promovidos a classe média.

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