Richard Duncan: Com China crescendo 3% ao ano, cenário desanimador para o Brasil
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Da Redação
Autor do livro The Dollar Crisis, o economista Richard Duncan acredita que vivemos no “creditismo”, ou seja, no capitalismo financeiro baseado em dívida. Bolhas de dívida eventualmente estouram. Seria o caso presente da China, que atingiu a metade do PIB dos Estados Unidos contando especialmente com grandes superátivs comercias com os norte-americanos, na casa dos 300 bilhões de dólares anuais. Mas, agora, nem a Europa nem os Estados Unidos tem o mesmo apetite para importar produtos chineses.
A indústria chinesa tem capacidade ociosa em todos os setores da economia. Não faz mais sentido crescer com base em investimentos maciços, pois eles dependiam do apetite pelas exportações chinesas. Para crescer a taxas altas, a China dependeria de expandir agora o seu mercado interno, mas o aumento dos salários — e portanto, do poder de compra dos chineses — poderia afugentar os empregos para países como o Vietnã, Filipinas e Indonésia. A solução, diz Duncan, seria a China repetir o que fez o Japão, quando a bolha japonesa estourou: praticar grandes déficits orçamentários, ao custo de uma drástica redução do crescimento econômico.
Na previsão de Duncan, a China crescerá 3% ao ano pelos próximos dez anos. Países mais prejudicados, segundo ele: Brasil, Canadá e Austrália, grandes exportadores de commodities.
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