Ricardo Young explica assinatura em homenagem à Rota

Tempo de leitura: 2 min

Nota enviada pela Assessoria de Comunicação do vereador Ricardo Young (PPS-SP), via e-mail

por Ricardo Young

Em apenas três meses de mandato, já fiquei conhecido pelos assessoristas da Câmara Municipal como “o vereador que lê”. Durante as sessões, eles circulam pelo plenário recolhendo as assinaturas dos vereadores para dar início à tramitação de diversos projetos.

Tenho como princípio a leitura de cada um antes de assinar e geralmente me posiciono contra homenagens, por acreditar que a cidade tem muitos assuntos urgentes para serem debatidos por seus vereadores. O olhar atento é importante porque já chegou às minhas mãos até mesmo projeto de homenagem a empresário de jogos de cartas!

Entretanto , algumas vezes nos são apresentadas pilhas de papeis com dezenas de projetos em meio aos debates das sessões. Inadvertidamente, li apenas as linhas gerais do requerimento para tramitação do projeto que concede salva de prata à Rota e, portanto, assinei-o sem ter conhecimento da sua justificativa. Foi um erro, pois sou contra a homenagem.

Assim que tomei conhecimento da justificativa para a homenagem, referindo-se ao desempenho da Rota no período da Ditadura Militar que tanto nos envergonha, tomei imediatamente a providência de me manifestar em plenário contra a medida, dizendo que “o passado da Rota é muito difícil e todos sabemos que havia muita impunidade na época da Ditadura. Obviamente, houve progressos com relação aos seus procedimentos. Daí para justificar uma homenagem assim, precisamos refletir.” Está disponível o áudio do meu discurso naquela oportunidade: https://soundcloud.com/ricardoyoungvereador-1/sessao_plenaria_2603-wav.

Minha trajetória não deixa dúvidas de que sempre me preocupei com os Direitos Humanos e jamais defendi a Ditadura Militar. No mesmo dia desse discurso em plenário, fui integrado à Comissão Municipal da Verdade, que pediu a apreciação do projeto e certamente irá sugerir seu arquivamento. O público que acompanha minhas ações através do vídeo Direto do Plenário, que gravo após cada sessão, ficou a par dessa articulação no mesmo dia:http://www.youtube.com/watch?v=dDBH0LTFqrM

Por fim, vale esclarecer que as assinaturas dos vereadores significam apenas o apoio à tramitação do projeto, ou seja: a permissão para que a ideia seja debatida pelas comissões e no plenário. As assinaturas não coincidem, portanto, com o voto favorável ao projeto, que passará por votação apenas no final do seu caminho pela Casa.

Os paulistanos elegeram três coroneis reformados da Polícia Militar para representá-los nesta legislatura, portanto, é de cunho democrático que permitamos o debate dessas questões. O mais importante, no entanto, é que a sociedade acompanhe o nosso trabalho atentamente e marque presença, como estão fazendo desta vez. Pois só podemos pensar verdadeiramente nossa cidade quando o interesse público tem vez e voz.

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Comentários

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MariaC

Ou teria assinado contando que os nomes não apareciam na midia?

Em tempo, acabei de assinar petição em Aavaz contra o voto secreto no Congresso.

Os tempos estão mudando embora lentos.

Minha campanha atual: congressista que recebe voto de cidadão e trabalha para empresa > crime hediondo (falta de vergonha na cara)

abolicionista

Desculpa esfarrapada. Nao e so pelas mortes durante a ditadura, e pelas mortes que sao praticadas todos os dias na periferia. Entregue o cargo, vereador! Abaixo a violencia policial!

Hélio Pereira

Pelo menos o Nobre Vereador retirou sua assinatura deste Projeto absurdo e isto já é uma grande coisa,sem duvida,quanto a desculpa,ela é quase igual a que foi dada pelos Vereadores do PT e acho que dispensa comentários.
O Vereador Ricardo Young esta em seu Primeiro mandato,portanto não esta hábituado as manobras de certos Vereadores,que se valem da “Tradição da casa em assinar sem lêr”,para entre outros Projetos,passar um absurdo destes que a principio foi aprovado pela maioria dos senhores Vereadores e só não foi adiante,porque a Imprensa DENUNCIOU.

Sérgio Reis

Não tem desculpa, companheiro. Se traiu o movimento uma vez, trairá sempre. Lembre-se do que aconteceu com Celso Daniel.

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