Reportagem da Time mostra as entranhas do Batalhão Azov, a milícia neonazista da Ucrânia; vídeo legendado em português

Tempo de leitura: 2 min

Nas entranhas do monstro: conhecendo por dentro a milícia neonazista da Ucrânia

Por Jair de Souza*

Com o acirramento do conflito armado na Ucrânia, a população civil de vários lugares da região leste do país está sofrendo as agruras da guerra sem encontrar meios para evadir.

Parece que as forças russas que ingressaram no território ucraniano não estão dispostas a se retirar sem antes exterminar aqueles que elas consideram os principais responsáveis pela perseguição atroz desfechada contra as comunidades de etnia majoritariamente russa daquela região.

Nomeadamente, está mais do que evidente que os russos não pretendem recuar ou entrar em um cessar-fogo sem que as tropas do conhecido Batalhão Azov tenham sido completamente aniquiladas.

O tal Batalhão Azov é considerado o mais importante dos grupos neonazistas formados no bojo do golpe de Estado de 2014, que depôs o presidente eleito e deu início a esta fase de beligerância em que a Ucrânia se vê envolvida.

Os contingentes armados do Batalhão Azov têm exercido um papel chave na tentativa de contenção da população da região conhecida como Donbass, onde a esmagadora maioria é composta por gente de etnia e língua russas.

Como os integrantes do Batalhão Azov sabem que eles são o objetivo central das forças russas, e como também sabem que há um grande nível de identificação entre a população local e os soldados russos que ingressaram naquela parte do país, eles consideram que uma das maneiras de poder escapar do cerco a que estão submetidos é manter junto a si a população civil que eles estavam incumbidos de controlar.

Por isso, está sendo muito difícil concretizar qualquer acordo que permita uma evacuação de civis.

Não há muitas dúvidas de que, sem contar com os civis para funcionar como escudos, o Batalhão Azov seria arrasado em pouco tempo.

E o que sabemos sobre o Batalhão Azov? Alguns dizem que é uma força tipicamente neonazista, outros consideram-no um agrupamento de verdadeiros heróis da nação ucraniana. Na busca de respostas para a pergunta posta, seria sensato procurar amparo em fontes que pudessem ser consideradas isentas para emitir opiniões a este respeito.

Portanto, vamos dedicar atenção ao documentário deste vídeo produzido por um jornalista dos Estados Unidos, um país para nada inimigo da Ucrânia surgida a partir de 2014, para a revista Time, que jamais poderia ser tachada de pró-russa, ou esquerdista.

No final, vamos entender porque a Ucrânia se tornou um referente para as forças neonazistas de todo o mundo, inclusive aqui no Brasil.

Não podemos deixar de levar em conta que a vitória dos Estados Unidos e de sua máquina da morte redundaria numa condenação de nosso povo e de todos os demais povos dos países não hegemônicos a muitos mais anos de sofrimento e espoliação nas garras do imperialismo.

*Jair de Souza é economista formado pela UFRJ; mestre em linguística também pela UFRJ

PS do Viomundo: No verão de 2019, o correspondente da Time, Simon Shuster, viajou para a Ucrânia a a fim de investigar as milícias supremacistas que estavam recrutando pessoas para se juntarem à sua luta.

Em janeiro de 2021, publicou a sua reportagem. Dela fez parte, o vídeo no topo, cujo título original, em inglês, é The Azov Battalion –Inside Ukraine’s White Supremacist Militia.


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Comentários

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Lincoln

Seria bom se pudesse traduzir o vídeo

Henrique martins

Estou notando distorções aleatórias no sinal de TV certamente para prejudicar a Venus Platinada.
Desde que me entendo por gente nunca vi na tv esse tipo de distorção. Aliás, nunca vi nenhum tipo de distorção no sinal de tv.
Pois então. Isso é coisa de extremistas bolsonaristas.
Acontece que notei que está acontecendo a mesma distorção em outra emissora.

Daí eu pergunto:

E aí dona Record, está gostando de ter seu sinal prejudicado para que os seus aliados bolsonaristas prejudiquem a Globo?

A senhora tem vocação para o suicídio dona?

P.S: Como os senhores podem notar estou alienado mais nao estou morto.

Zé Maria

MOSCOU, 13 de março – RIA Novosti.

Os militares americanos, britânicos e canadenses treinaram neonazistas na Ucrânia, que mais tarde tomaram o poder no país.
Isso foi afirmado em uma entrevista com o jornalista George Galloway pelo ex-oficial de inteligência do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA Scott Ritter.

Segundo ele, unidades estrangeiras visitaram a Ucrânia
para criar destacamentos nacionalistas no oeste do país.
Posteriormente, essas pessoas derrubaram o presidente
legítimo e começaram a seguir uma política violenta.
Sua influência se tornou tão séria que os neonazistas
até ameaçaram o ex-chefe de Estado Petro Poroshenko,
que estava pronto para reconhecer o status especial do
Donbass em 2015, observou Ritter.
Um destino semelhante aconteceu com o atual presidente
Volodymyr Zelensky.

“Zelensky se posicionou como um presidente que vai trazer a paz. Ele veio para a linha de demarcação [de Donbass], conversou com o batalhão Azov, disse para eles deporem
as armas, e eles simplesmente o expulsaram, dizendo
‘cale a boca, senão você vai pagar por isso”, disse Ritter.

Íntegra:

https://ria.ru/20220313/ukraina-1777934695.html

Zé Maria

Al Jazeera
1º/3/2022

Perfil:
Quem é o Regimento de extrema-direita Azov da Ucrânia?
O Grupo Neonazista de Extrema Direita se expandiu
para se tornar parte das Forças Armadas da Ucrânia,
uma Milícia de Rua e um Partido Político.

Azov é uma unidade militar de infantaria voluntária de extrema direita
cujos membros – estimados em 900 – são ultranacionalistas
e acusados ​​de abrigar a ideologia supremacista branca neonazista..

A unidade foi inicialmente formada como um grupo voluntário
em maio de 2014 a partir da gangue ultranacionalista Patriota
da Ucrânia e do grupo neonazista da Assembleia Nacional Social (SNA).

Ambos os grupos engajados em ideais xenófobos e neonazistas
agredindo fisicamente imigrantes, a comunidade cigana e
pessoas que se opõem às suas opiniões.

Como batalhão, o grupo lutou na linha de frente contra separatistas
em Donetsk, região leste da Ucrânia.

Poucos meses depois de recapturar a cidade portuária estratégica
de Mariupol dos separatistas apoiados pela Rússia, a unidade Azov
foi oficialmente integrada à Guarda Nacional da Ucrânia em
12 de novembro de 2014 e recebeu grandes elogios do então
presidente ucraniano Petro Poroshenko.

“Esses são nossos melhores guerreiros”,
disse ele em uma cerimônia de premiação em 2014.
“Nossos melhores voluntários”.

A unidade recebeu apoio do ministro do Interior da Ucrânia em 2014,
pois o governo reconheceu que seus próprios militares eram “fracos
demais” para combater os separatistas pró-Rússia e dependia de
forças voluntárias paramilitares.

Essas forças foram financiadas de forma privada por oligarcas –
sendo o mais conhecido Igor Kolomoisky, um bilionário magnata
da energia e então governador da região de Dnipropetrovska.

[Igor Kholomoiski, que vive autoexilado em Israel depois de um escândalo bancário na Ucrânia, é proprietário do Canal de TV ‘ 1+1’,
onde é transmitida a série protagonizada por Zelenski,
e que lhe serviu como minutos de ouro de propaganda eleitoral. Vínculos que o ator ucraniano afirma que são só profissionais.
(https://brasil.elpais.com/brasil/2019/04/21/internacional/1555857997_547314.html)]

[Os Governadores dos Oblasts (Províncias, Estados) na Ucrânia
são indicados e destituídos pelo Presidente do País (https://brasil.elpais.com/brasil/2019/04/21/internacional/1555857997_547314.html)]

Na segunda-feira [28/02], a Guarda Nacional da Ucrânia
twittou um vídeo mostrando combatentes do Azov
cobrindo suas Balas com Gordura de Porco
para serem Usadas supostamente Contra
Muçulmanos Chechenos – aliados da Rússia.

O Regimento Azov também esteve Envolvido
no Treinamento de Civis por meio de Exercícios
Militares no Período que antecedeu a recente
operação militar da Rússia que reconheceu a
independência de duas regiões rebeldes de
Donbas: Lugansk e Donetsk.

Um Relatório de 2016 do Escritório do Alto Comissariado
das Nações Unidas para os Direitos Humanos (OCHA)
acusou o regimento Azov de violar o Direito Internacional
Humanitário.

O relatório detalhou incidentes, durante um período de novembro
de 2015 a fevereiro de 2016, onde o Regimento Azov havia desalojado
e deslocado os moradores, instalando-se em prédios usados por civis, ​​
e incorporado suas armas, após saquear as propriedades.

O Relatório também acusou o Batalhão de Azov de estuprar e torturar
prisioneiro@s capturad@s na região de Donbas.

Em junho de 2015, tanto o Canadá quanto os Estados Unidos
anunciaram que suas próprias Forças não apoiariam ou treinariam
o Regimento Azov, citando suas Conexões Neonazistas.

No ano seguinte, no entanto, os EUA suspenderam a proibição sob pressão do Pentágono.

Em outubro de 2019, 40 membros do Congresso dos EUA liderados pelo deputado Max Rose assinaram uma carta pedindo – sem sucesso – que o Departamento de Estado dos EUA designasse Azov como uma “organização terrorista estrangeira” (FTO).
Em abril do ano passado, a deputada Elissa Slotkin repetiu o pedido – que incluía outros grupos supremacistas brancos – ao governo Biden.

O apoio transnacional para Azov tem sido amplo, e a Ucrânia emergiu como um novo centro para a extrema direita em todo o mundo. Homens de três continentes foram documentados para se juntar às unidades de treinamento Azov para buscar experiência de combate e se engajar em ideologias semelhantes.

Em 2016, o Facebook designou pela primeira vez o regimento Azov como uma “organização perigosa”.

Sob a política de Indivíduos e Organizações Perigosas da empresa, o Azov foi banido de suas plataformas em 2019. O grupo foi colocado sob a designação de Nível 1 do Facebook, que inclui grupos como Ku Klux Klan e ISIL (ISIS). Os usuários envolvidos em elogios, apoio ou representação de grupos de Nível 1 também são banidos.

No entanto, em 24 de fevereiro, o dia em que a Rússia lançou sua invasão, o Facebook reverteu sua proibição, dizendo que permitiria elogios a Azov.

“Por enquanto, estamos fazendo uma exceção estreita para elogios ao regimento Azov estritamente no contexto de defender a Ucrânia, ou em seu papel como parte da guarda nacional da Ucrânia”, disse um porta-voz da empresa controladora do Facebook, Meta, ao Business Interno .

“Mas continuamos a proibir todo discurso de ódio, simbolismo de ódio, elogio à violência, elogio genérico, apoio ou representação do regimento Azov e qualquer outro conteúdo que viole nossos padrões da comunidade”, acrescentou.

A reversão da política será uma imensa dor de cabeça para os moderadores do Facebook , disse o Intercept , um site com sede nos EUA.

“Enquanto os usuários do Facebook podem agora elogiar qualquer ação futura no campo de batalha dos soldados Azov contra a Rússia, a nova política observa que ‘qualquer elogio à violência’ cometido pelo grupo ainda é proibido; não está claro que tipo de guerra não-violenta a empresa prevê”, escreveu o Intercept.

Íntegra:
https://www.aljazeera.com/news/2022/3/1/who-are-the-azov-regiment

Zé Maria

https://www.pragmatismopolitico.com.br/wp-content/uploads/2022/02/batalhao-azov.jpeg

O Cachorrinho da NSA/USA, Mark Zuckerberg [*], Dono da
Mega Corporação Meta/Facebook/Instagram/WhatsApp,
definitivamente resolveu se associar à Russofobia
NeoNazista promovida pela OTAN (USA/UK/EU)e
liberou o “Batalhão de Azov” – Grupo NeoNaziFascista
incorporado à Guarda NaSSional [**] da Ucrânia – para
ameaçar de Morte o Presidente da Rússia na Rede Social.

Quem se surpreendeu é porque não entendeu nada
da História do Mundo neste Século do Terceiro Milênio.

*[O que surpreende mesmo – ou nem tanto – é que ele é Judeu].

**[Logo após o “Golpe Euromaidan” em 2014, o Governo
Provisório da Ucrânia, Pró-OTAN (EUA/RUGB/UE), criou
a Guarda Nacional Ucraniana para incorporar os Grupos
Para-Militares NeoNazistas, inclusive o Batalhão de Azov
que havia tomado a Cidade de Mariupol, na Província
de Donestk, e lá ficou encastelado até os dias de hoje,
controlando a População e combatendo os Rebeldes
de Etnia Russa que declararam a Independência da
República Popular de Donestsk (RPD), reconhecida
agora pela Federação Russa.]

https://www.pragmatismopolitico.com.br/2022/02/pela-primeira-vez-facebook-libera-elogios-a-batalhao-neonazista-ucraniano.html

    Zé Maria

    Em 11 de março, a Meta Platforms, empresa dos EUA proprietária do Facebook e do Instagram,
    anunciou uma mudança de política.
    A carta aos moderadores dos dois sites dizia que em vários países,
    a Meta “permitiria temporariamente que suas redes sociais
    não bloqueassem os apelos dos usuários por violência contra os russos”.

    Assim, a Meta Platforms, após o início de uma operação militar especial da Rússia na Ucrânia, suspendeu temporariamente a proibição de chamadas de violência contra os militares russos nas redes sociais Facebook e Instagram.

    No mesmo dia, a Procuradoria-Geral da Rússia entrou
    com uma ação exigindo que a Meta fosse reconhecida como uma “Organização Extremista” e Banida de suas Atividades na Rússia.

    O Roskomnadzor – Serviço Federal de Supervisão de Comunicações, Tecnologia da Informação e Meios de Comunicação de Massa da Rússia – incluiu oficialmente
    a rede social Instagram no registro de sites proibidos.

    Ao pesquisar o site Instagram.com, o Serviço de Verificação
    de Bloqueio na Rússia exibe uma mensagem informando
    que o acesso à rede social é limitado a pedido do Ministério
    Público de 11 de março de 2022.

    Roskomnadzor começou a bloquear o Instagram na Rússia a partir da meia-noite de 14 de março.

    O Departamento indicou que tal passo está associado
    à disseminação na rede social de chamadas para cometer
    atos violentos contra russos, incluindo militares.
    Os usuários receberam 48 horas para salvar ou mover
    suas postagens para outros sites.

    https://lenta.ru/news/2022/03/14/reestr/
    https://ria.ru/20220314/instagram-1777998761.html

    Zé Maria

    Norte-Americanos pedem a Putin
    que bloqueie Facebook nos EUA

    MOSCOU, 14 de março – RIA Novosti.
    Leitores do portal americano Breitbart comentaram
    as notícias sobre a decisão do Roskomnadzor de
    bloquear o Facebook na Rússia:

    “Quase todos os americanos concordam com Putin
    sobre isso”, disse o ‘Médico’.

    “Gostaria que ele pudesse bloquear o Facebook
    em nosso país também. E o Twitter ao mesmo tempo”, ‘HillaryIsALoser’ expressou sua opinião.

    “Não posso dizer que os condeno.
    Afinal, o Facebook faz parte do aparato de inteligência
    dos EUA”, escreveu ‘Triggerhappy Ranch’.

    https://ria.ru/20220314/facebook-1778022240.html

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