Recompensa de Moro por saqueio do Brasil: R$ 140 mil de salário mensal e mordomias de empresa americana

Tempo de leitura: 3 min
Agência Brasil

Cargo de Moro é prêmio e recompensa pela guerra de ocupação e saqueio do Brasil

Por Jeferson Miola, em seu blog

O cargo de sócio-diretor da empresa estadunidense Alvarez & Marsal dado a Sérgio Moro é prêmio e recompensa pela atuação dele na guerra de ocupação e saqueio do Brasil promovida pelo governo dos EUA e capitais estadunidenses através da farsa da Lava Jato.

Sintomaticamente, logo após as primeiras revelações da Vaza Jato pelo site The Intercept Brasil, Moro fez uma viagem de urgência aos EUA.

Tudo indica que para buscar instruções e montar a estratégia de reação.

Acuado pelas revelações do Intercept, ele improvisou a viagem entre os dias 22 e 26 de junho de 2019, onde manteve agendas secretas em Washington – no Departamento de Estado e no FBI – e em El Paso, fronteira com o México, no Centro de Inteligência do governo dos EUA.

No regresso, para se esquivar de explicações e justificar o abafamento das investigações do escândalo da Lava Jato pela Polícia Federal, Moro trouxe na bagagem a versão fabricada da fantasiosa invasão de telefones celulares de altas autoridades brasileiras por hackers.

Até hoje, incrivelmente, nenhuma das graves e escandalosas provas reveladas pela Vaza Jato que incriminam procuradores/as, juízes/as, delegados/as da PF, e que comprometem de maneira indelével desembargadores do TRF4 e ministros do STF [“Aha, uhu, o Fachin é nosso!; In Fux we trust!; Barroso vale por 100 PGRs”] foram investigadas pela justiça brasileira.

Nada disso, contudo, é estranho.

Afinal, no Brasil, “as instituições funcionam normalmente” para a manutenção e reprodução endógena do regime de Exceção que assegura o mais brutal e devastador processo de destruição da soberania nacional pela oligarquia a serviço de interesses estrangeiros. Por isso o STF se demora tanto em reconhecer a suspeição do Moro e em devolver os direitos civis e políticos do Lula.

Moro ocupou o vértice da cadeia de comando da guerra de ocupação e pilhagem do país. Ele ocupou o topo do poder hierárquico da República de Curitiba; foi o verdadeiro capo di tutti capi, o chefe de todos os chefes daquilo que o ministro do STF Gilmar Mendes um dia classificou como uma organização criminosa.

Para alcançar este desonroso posto, Moro dedicou mais da metade da sua carreira na perseguição a Lula, o seu objeto de obsessivo desejo, finalmente convertido em prisioneiro político por ele mesmo, Moro, para permitir a tomada de poder na marra pela extrema-direita.

Conforme apurei, “Sérgio Moro permaneceu na carreira de juiz federal por 22 anos, de 1996 a novembro de 2018. Desses 22 anos, dedicou mais da metade do tempo na perseguição a Lula. De 2005 até o último dia no cargo de juiz da 13ª Vara de Curitiba – durante, portanto, 13 dos 22 anos de carreira – Moro não se descuidou de nenhum detalhe concernente ao objetivo primordial da sua vida” [levantamento completo aqui].

Na opinião do economista e pesquisador norte-americano Mark Weisbrot, os EUA usaram Moro e a Lava Jato para a geopolítica de destruição da independência latino-americana. Para ele, há evidências claras de que o Departamento de Justiça dos Estados Unidos está envolvido no crime de uso da Lava Jato para fins geopolíticos, inclusive convergindo com os interesses políticos “do seu amigo Sérgio Moro”.

De acordo com Weisbrot, a meta principal dos EUA na América Latina sempre foi a de ter países alinhados à sua política externa. “É com isso que eles mais se preocupam agora”, afirmou ele em entrevista ao GGN [aqui].

Ainda não estão claramente documentadas as conexões do Moro com os comandantes militares que, como hoje se sabe, tiveram uma atuação secreta na conspiração que instalou o regime fascista militar no país por meio da eleição ilegítima de Bolsonaro.

Chama atenção, apesar da falta de comprovações sobre o vínculo de Moro com os militares, que no ato de transmissão do cargo de Comandante do Exército, o tuiteiro e golpista general Eduardo Villas Bôas tenha homenageado Moro, além do Bolsonaro e do general Braga Netto: “2018 foi um ano rico em acontecimentos desafiadores para as instituições e até mesmo para a identidade nacional. Nele, três personalidades destacaram-se para que o ‘Rio da História’ voltasse ao seu curso normal. O Brasil muito lhes deve”, discursou ele, referindo-se “ao ministro Sergio Moro [como] protagonista da cruzada contra a corrupção” [sic].

Muito se questiona, nos terrenos moral e ético, as condutas do Moro. Este tipo de cobrança é absolutamente irrelevante em relação a um patife que corrompeu o sistema de justiça do Brasil e atuou conscientemente a serviço de uma potência estrangeira como um verdadeiro lacaio e mercenário.

Moro apenas está sendo agora premiado e recompensado pelo Império pelos serviços prestados, de destruir a soberania e a economia do Brasil por obediência aos interesses da pátria à qual ele efetivamente serve e na qual pode estar buscando seu exílio preventivo, para fugir da justiça de transição que haverá de alcançá-lo, quando este pesadelo fascista chegar ao fim.

PS do Viomundo: O colunista Lauro Jardim publicou que Moro ganhará R$ 1,7 milhão anuais da empresa americana, fora as mordomias.


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Comentários

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Carlos Alberto Neves Albergaria Barreto

Como Magistrdo que sou sinto-me envergonhado com a postura canalha deste falso brasileiro, Entendo que os Tribunais tambem sao omissos e levam o Judiciario para o buraco da vergonha.

Valdeci Elias

Foi uma morte anunciada. Em 2013 já se dizia que Moro ia prender Lula, pra enquadra-lo na Lei da Fixa limpa, impedindo que concorre-se a ´presidência em 2018. E foi o que ocorreu . Mesmo que pra isso tenha quebrado a construção civil, a industria naval e atacado a Petrobras .

Zé Maria

https://twitter.com/i/status/1334906181521977344

Olha só o Preparo Psicológico
e a Estabilidade Emocional
dos Policiais Militares de SP.
Segundo a PM foi só uma
“desinteligência” entre PMs.

https://twitter.com/LuisAdorno/status/1334906181521977344

Zé Maria

https://www.conjur.com.br/img/b/oficio-marco-aurelio-fux.jpeg

Ministro Marco Aurélio responde crítica de Fux
ao julgamento de prisão após 2ª instância no STF

Em entrevista à revista Veja, o novo presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, criticou a “baixa densidade jurídica” da decisão colegiada que, em novembro de 2019, consolidou o que diz a Constituição ao não obrigar a prisão do réu até que o processo tenha transitado em julgado.

Em entrevista à revista Veja, o novo presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, criticou a “baixa densidade jurídica” da decisão colegiada que, em novembro de 2019, consolidou o que diz a Constituição ao não obrigar a prisão do réu até que o processo tenha transitado em julgado.

Em resposta a essa crítica, o ministro Marco Aurélio, que foi relator das Ações Diretas de Constitucionalidade 43, 44 e 54, encaminhou um ofício à presidência anexando a ementa, o voto proferido e a ata do julgamento. “Faço-o por dever de ofício, porquanto autor do voto condutor”, justificou o ministro (veja acima).

No julgamento do ano passado, a maioria do Plenário seguiu o voto do relator. Chegaram à corte três ações declaratórias de constitucionalidade (ADCs), protocoladas pela OAB e dois partidos políticos.

As ações pediam para rever o entendimento adotado em 2016 e, assim, condicionar o início do cumprimento da pena ao esgotamento de todas as possibilidades de recurso — o trânsito em julgado.

O âmago do voto do relator fincou que não é possível ver culpa além dos limites previstos na Constituição Federal. Seguiram o voto os ministros Celso de Mello, Ricardo Lewandowski, Rosa Weber, Gilmar Mendes e Dias Toffoli.

https://www.conjur.com.br/2020-set-17/marco-aurelio-responde-critica-fux-prisao-instancia

Zé Maria

Página Policial

A Polícia Civil do Rio de Janeiro intimou os apresentadores
do Jornal Nacional, William Bonner e Renata Vasconcellos, a depor
por suposto crime de desobediência a decisão judicial com relação
a publicações que envolvem a investigação das “rachadinhas”
no Gabinete da ALERJ do ex-Deputado Estadual, hoje Senador,
Flávio Bolsonaro, no chamado “Caso Queiroz”.

Reportagem: Gabriel Sabóia e Luís Adorno, do UOL, no RJ e em SP.

Zé Maria

Entrevista: Mark Weisbrot, no Jornal GGN, via Blog do Miola

“EUA usaram Moro e Lava Jato para Geopolítica
de Demolição da Independência Latino-Americana”

Íntegra:

https://jefersonmiola.wordpress.com/2020/02/03/mark-weisbrot-eua-usaram-moro-e-lava-jato-para-geopolitica-de-demolicao-da-independencia-latino-americana/
.
.
Leia também: Entrevista de Mark Weisbrot à Carta Capital, via GGN:

“É importante ressaltar que o Departamento de Justiça dos Estados
Unidos desempenhou um papel importante nas investigações da
Lava Jato e na perseguição política e no golpe contra Dilma Rousseff,
Lula e o Partido dos Trabalhadores.
Integrantes do Congresso dos EUA exigiram que o Departamento
de Justiça ‘explique o escopo de seu envolvimento no caso poluído
e politizado contra o ex-presidente do Brasil Lula da Silva, e a ampla
investigação de corrupção da Lava Jato’.”
“O governo Biden deve responder imediatamente a essas perguntas
e divulgar todas as informações sobre o envolvimento do governo
dos Estados Unidos na investigação, no golpe parlamentar
e em quaisquer outras intervenções políticas contra o PT.”

Íntegra em: https://jornalggn.com.br/politica/governo-biden-deve-revelar-papel-dos-eua-no-impeachment-de-dilma-diz-mark-weisbrot/

robertoAP

Com essa MEGA CORRUPÇÃO, o juiz MEGA CORRUPTO e também auto intitulado CAÇADOR DE CORRUPTOS, assim como o Collor que se auto intitulava CAÇADOR DE MARAJÁS, vai poder comprar 1 triplex por ano, como aquele que atribuía ao ex-presidente que ele condenou sem um fiapo de prova, por 12 anos.
Então se for preso daqui a alguns anos por esse roubo, ele poderá ser condenado por 12 anos x anos em que ganhou esse salário ilegal,imoral,irregular e corrupto.
E o povo estúpido de Brasil vai continuar a eleger qualquer um se auto intitule CAÇADOR DE QUALQUER COISA, basta inventar.

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