Privatômetro: Dos R$ 280,4 bi de ativos vendidos da Petrobrás, 62,4% só no governo Bolsonaro

Tempo de leitura: 2 min
No último trimestre, foram privatizados a Lubnor, os polos Golfinho e Camarupim e campo Alcabora Leste. Fotos: Agência Petrobrás

Privatômetro contabiliza venda de mais de R$ 280 bilhões em ativos da Petrobrás

Por Alessandra Martins*, em Observatório Social do Petróleo

A soma de ativos da Petrobrás vendidos nos últimos sete anos já atinge a marca de R$ 280,4 bilhões.

Desde o início de 2015, com a implementação do programa de desinvestimento, foram negociados 67 ativos da estatal, sendo a maioria (40%) do setor de Exploração e Produção de petróleo (E&P).

A maior parte das vendas foi concretizada no governo Bolsonaro, contabilizando R$ 175 bilhões, representando 62,4% do valor total.

Os dados são do Privatômetro do Observatório Social do Petróleo (OSP) e se baseiam no relatório de desempenho financeiro do segundo trimestre deste ano, divulgado quinta-feira (28/07) pela Petrobrás.

Os valores em reais apresentados já estão deflacionados, considerando o câmbio e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para junho de 2022.

No comparativo com o balanço anterior, a venda de ativos neste 2º trimestre do ano registrou um crescimento de 6,5%, uma diferença de R$ 17,2 bilhões.

Entre abril e junho, a gestão da Petrobrás vendeu o Campo de Albacora Leste, no Rio de Janeiro, por R$ 11,4 bilhões; os Polos Golfinho e Camarupim, na Bacia do Espírito Santo, por R$ 391 milhões; e a Refinaria Lubrificantes e Derivados do Nordeste (Lubnor), no Ceará, por R$ 177 milhões.

Na distribuição percentual por país, de acordo com o Privatômetro, 96,7% dos ativos vendidos neste último trimestre foram adquiridos por empresas brasileiras e 3,2% ficaram com o Reino Unido.

No levantamento geral, o Brasil é o principal comprador de ativos da Petrobrás, respondendo por 22% das negociações, seguido pelo Canadá, com 21,6%.

Na contramão

O Privatômetro mostra ainda uma queda acentuada nos investimentos em energias renováveis. Desde o início do programa de desinvestimento, a Petrobrás já vendeu R$ 2,6 bilhões nesse setor, quase 1% do total privatizado.

“A Petrobrás não só vem reduzindo investimentos para a tão necessária transição energética como está privatizando ativos de usinas eólicas, biocombustíveis e energias renováveis. Uma estratégia que, infelizmente, vai na contramão do restante do planeta”, afirma Tiago Silveira, economista do OSP e do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps).

*Alessandra Martins é jornalista e assessora de imprensa do Observatório Social do Petróleo.


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Comentários

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Zé Maria

https://twitter.com/i/status/1554505031306690560

“Dos R$ 54 Bilhões de Lucro da Petrobrás, acionistas estrangeiros
levarão quase R$ 40 Bilhões.
Transformam a nossa Riqueza, a Riqueza que deveria servir
para o Povo Brasileiro, nesse lucro inaceitável, vergonhoso.
Isso é Intolerável!
E por isso, nos perguntamos:
Foi pra isso que deram o Golpe e rasgaram a nossa Constituição?”
Chega!
É hora do Brasil voltar a ter Dignidade com LULA PRESIDENTE!

Paulo Pimenta (PT/RS)
https://twitter.com/DeputadoFederal/status/1554505031306690560

Nelson

Já faz bastante tempo que afirmo que Fernando Henrique Cardoso foi o mais corrupto, entreguista e deletério governo já imposto ao povo brasileiro. Ultimamente, também tenho afirmado que, se reeleito, Jair Bolsonaro pretende superar FHC nesses quesitos nada nobres.

Zé Maria

Entregando o Petróleo a Preço de Casca de Banana.

    Zé Maria

    E entregaram pelo Regime de Concessão em que
    as Empresas Estrangeiras se apossam do Petróleo.

    Fosse pelo Regime de Partilha, criado nos Governos
    do PT, o Petróleo continuaria sendo do Brasil,
    não seria transferido às Petrolíferas Estrangeiras.

Nelson

“A maior parte das vendas foi concretizada no governo Bolsonaro, contabilizando R$ 175 bilhões, representando 62,4% do valor total.”

É certo que essa turma do Observatório Social do Petróleo está inventando esses dados só para difamar o governo do Bolsonaro, o “mito”.

Como podem fazer uma coisa dessas com um governo cujos lemas principais e mais repetidos são “Brasil acima de tudo” a “Pátria amada Brasil”?

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