Pastoral Carcerária lamenta as mais de 130 mortes no Rio: Ultrapassou Carandiru; nota

Tempo de leitura: 2 min

Por Pastoral Carcerária, em sua rede social

A Pastoral Carcerária Nacional manifesta profundo pesar diante dos acontecimentos recentes na cidade do Rio de Janeiro, nos Complexos da Penha e do Alemão, onde uma megaoperação policial resultou na perda de mais de 130 vidas. Trata-se de uma tragédia que já ultrapassa, em número de vítimas, o Massacre do Carandiru, perpetuando uma dolorosa marca na história de nosso país.

Hoje, o Rio de Janeiro chora por todas as vidas perdidas — moradores, familiares e também policiais — pois toda morte, em qualquer contexto, é uma ferida aberta no tecido social. Que esta dor se converta em reflexão e compromisso coletivo com a justiça, a dignidade e a vida.

A Pastoral Carcerária Nacional reafirma seu compromisso com a defesa incondicional da vida e da dignidade humana, em todos os espaços e circunstâncias.

Estendemos nossa solidariedade e nossas orações às comunidades atingidas e, de modo especial, aos familiares que choram seus entes queridos neste momento de imensa dor — um tempo em que, lamentavelmente, irmãos continuam matando irmãos.

Leia a seguir a íntegra da nota.

“Do Carandiru ao Rio de Janeiro: a dor que se repete

A Pastoral Carcerária Nacional manifesta profundo pesar diante dos acontecimentos recentes na cidade do Rio de Janeiro, nos Complexos da Penha e do Alemão, onde uma megaoperação policial resultou na perda de mais de 130 vidas. Trata-se de uma tragédia que já ultrapassa, em número de vítimas, o Massacre do Carandiru, perpetuando uma dolorosa marca na história de nosso país.

A forma como a força estatal interveio mantém viva uma cultura de violência institucional que, como sociedade, já deveríamos ter superado. A violência jamais pode ser instrumento legítimo de construção da paz.

Hoje, o Rio de Janeiro chora por todas as vidas perdidas — moradores, familiares e também policiais — pois toda morte, em qualquer contexto, é uma ferida aberta no tecido social. Que esta dor se converta em reflexão e compromisso coletivo com a justiça, a dignidade e a vida.

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A Pastoral Carcerária Nacional reafirma seu compromisso com a defesa incondicional da vida e da dignidade humana, em todos os espaços e circunstâncias. Estendemos nossa solidariedade e nossas orações às comunidades atingidas e, de modo especial, aos familiares que choram seus entes queridos neste momento de imensa dor — um tempo em que, lamentavelmente, irmãos continuam matando irmãos.

Que esta tragédia sirva como chamado à conversão social e institucional, para que possamos construir um país com menos armas e mais vida; menos desespero e mais esperança; menos repressão e mais convivência humana, justa e solidária.

‘Felizes os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus.’ (Mt 5,9)

Coordenação Nacional”

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Comentários

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Gerson Carneiro

Na posição de Governo Federal, esse palpiteiro aqui não se juntaria ao genocida Claudio Castro. Deixaria falando sozinho, e faria o funeral de todos os 130 corpos. Reuniria em espaço público os 130 caixões para mostrar a dimensão da carnificina promovida pelo governo do Estado do Rio de Janeiro contra 130 brasileiros.

As familias pobres não arcariam o funeral.
No meu governo seria dever da União vez que se trata de um massacre promovido pelo Estado.

Zé Maria

.

O filósofo africano Achille Mbembe afirma que
quem morre nessas zonas de morte são
grupos étnicos geralmente selecionados com
base no racismo [cor da pele].

Funciona assim:
é apresentado o discurso de que determinados grupos
encarnam um inimigo (por vezes fictício [narcotraficantes, por exemplo].

A resposta é que, com suas mortes, não haverá mais
violência.

Assim, matar as pessoas desse grupo selecionado
pode ser aceito pelos demais como um mecanismo
de ‘segurança’.

[Link Abaixo]

Zé Maria

.

Sabemos que em cada sociedade existem normas
gerais para o povo – homens e mulheres livres e iguais.

A política é o nosso projeto de autonomia por meio de
um acordo coletivo nos diferenciando de um estado de
conflito.

Nesse sentido, Achille Mbembe afirma que cabe ao
Estado estabelecer o limite entre os direitos, a violência
e a morte.

Mas, ao invés disso, os Estados utilizam seu poder
e discurso para criar ‘Zonas de Morte’.

O filósofo camaronês levanta exemplos modernos:
a Palestina e algumas Regiões da África.

Nessas zonas, a morte se torna o último exercício de
dominação.

https://www.politize.com.br/necropolitica-o-que-e/

Zé Maria

.
A Necropolítica se utiliza da
Constante Ameaça de Morte
para Controle da População.

É o caso, por exemplo, de isRéu
que usa o Assassinato de Palestinos
como meio de controlar Gaza.
.

Zé Maria

NECROPOLÍTICA

A “Necropolítica” é um conceito desenvolvido
pelo filósofo camaronês Achille Mbembe,
para se referir ao exercício do poder para decidir
“quem pode viver e quem deve morrer”, tornando
a morte um instrumento de controle político.

Essa forma de gestão da vida, que Mbembe chamou
de “Política da Morte”, vai além do conceito de Biopolítica
de Michel Foucault e se manifesta de várias formas, incluindo a Violência Policial Estatal, o Neoliberalismo
e o Racismo.

https://www.academia.org.br/nossa-lingua/nova-palavra/necropolitica

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