Para deter o ódio bolsonarista, Rocinha lança o comitê ‘Juntos Somos Mais’: Unitário e suprapartidário

Tempo de leitura: 2 min
6 de agosto, lançamento festivo do 1º Comitê Unitário de Lutas da Rocinha: no topo, à esquerda, todo o grupo; abaixo, Letícia, Liah (coordenadora do Comitê) e o vereador Reimont (PT-RJ); no topo, à direita, a fachada do comitê; abaixo, Naustria Fotos: Juntos somos mais

Para Deter o Ciclone do Ódio e da Ansiedade Bolsonaristas

Por Comitê ”Juntos Somos Mais”  (veja PS)

No dia 6 de agosto, lançamos festivamente o comitê ”Juntos Somos Mais”, da Rocinha,  no Rio de Janeiro.

É o 1º Comitê Popular de Lutas da nossa comunidade.

Um comitê unitário e suprapartidário, que atende a uma necessidade imperiosa, que está posta nacionalmente: “o povo organizado, jamais será pisoteado”, máxima lamentavelmente abandonada nos últimos anos no Brasil.

Por isso, com população desorganizada, despolitizada e desunida, foram tão fáceis o golpe contra o governo Dilma, a prisão do maior líder brasileiro e a ascensão do ‘bolsomorismo’.

Para garantir que Lula seja eleito e, uma vez eleito, tome posse e, empossado, governe, não podemos perpetuar o erro capital de manter a classe trabalhadora e o povo desorganizados.

A História não perdoará que nos equivoquemos outra vez. Persistindo no erro, o castigo virá muito provavelmente em escala letal.

A Rocinha é uma comunidade singular no Rio. Trata-se de uma pulsante cidade dentro de outra, com uma população em torno de 100 mil moradores.

Nas últimas 5 eleições presidenciais, votou à esquerda. Em 2021, na primeira de suas presepeiras motociatas no país, Bolsonaro não viu ninguém da Rocinha saudando a sua passagem.

Esperar não é saber, esperançar é. 

O 1º Comitê Unitário de Lutas da Rocinha, o “Juntos Somos Mais”, veio para ficar.

Ele segue a política nacional proposta para formar comitês populares no território, adaptados às particularidades de cada lugar.

Através ou com apoio deles, esperançamos construir múltiplas práxis:

— ações diretas (panfletagens dialogadas, rodas de conversa a céu fechado e aberto)

— convites a palestrantes especiais

— caminhadas

— comícios domiciliares

— saraus de canto e poesia, danças e esquetes, varais e murais, exibição de curtas

— reflexões sobre tais ações para aprimorá-las, discussões políticas, articulações com outros comitês locais, estaduais e em nível nacional etc.

Esperançamos que ajudem a conter o ciclone do ódio e da ansiedade por truculência do bolsonanismo, e a eleger, garantir, empossar e sustentar o terceiro mandato do presidente Lula.

Vida que segue, com luta e afeto!

O viscoso inimigo não passará!

1º Comitê Popular de Lutas da Rocinha “Juntos Somos Mais”.

PS: O Comitê “Juntos Somos Mais” é unitário das forças que apoiam a candidatura de Lula à presidência da República, não pertencendo a nenhum(a) pré-candidato(a) em particular.


Siga-nos no


Comentários

Clique aqui para ler e comentar

Darcy Brasil Rodrigues da Silva

É um comitê “unitário”, porém não tanto. Um comitê verdadeiramente “unitário ” configura todas as forças populares, incluindo as que eventualmente não apóiam a candidatura de Lula no 1° turno, mas que compreendem a necessidade de mobilizar, organizar e conscientizar os trabalhadores e o povo para derrotar Bolsonaro eleitoralmente, pelo menos, no 2° turno, e o bolsonarismo e suas milícias armadas e digitais, política e ideologicamente, durante o tempo que for necessário. A UP, por exemplo, tem candidatura própria. Entretanto, do ponto de vista da luta não institucional, é a corrente política que, em minha opinião, melhor se desempenha, acertando nos métodos e objetivos dessa luta. As Forças Democráticas e Populares brasileiras precisam urgentemente se unir para travar a luta não institucional, independentemente de divergirem das alianças no âmbito da luta institucional. O momento histórico não recomenda as divisões e disputas acirradas que conhecemos no seio das organizações de massa, sindicais, estudantis e dos movimentos sociais. A direita atua no meio do povo, possuindo grande capacidade de exercer influência sobre amplos segmentos sociais que, do ponto de vista de seus interesses de classe, deveriam reconhecer a esquerda como sua representante. É preciso travar a luta em terrenos desconhecidos pela teoria política tradicional que norteia as ações das organizações de esquerda. Comprender, por exemplo, o que atrai o homem comum, do povo, para o interior de uma Igreja neopentecostal, e disputar esses indivíduos com outos tipos de atrações, que podem, inclusive, combinar de forma criativa filosofia com religiosidade. Organizações como essas buscariam oferecer o conforto espiritual e a solidariedade que os seguidores dessas seitas religiosas necessitam encontrar, porém, iluminando-as com a crença na possibilidade de existência de um embrião do paraíso a ser edifado na mãe Terra, pelos homens do povo em comunhão igualitária, democrática e libertária. Temos que fundar novas espécies de “Igrejas” entre o povo, iluminadas pela Filosofia, o que não exclui os princípios basilares do cristianismo e de outras religiões progressistas. Temos que oferecer novos “pastores” para o nosso povo, que se apresentem como tais, que exerçam a função de líderes espirituais dessa nova “Igreja” indispensável à necessidade de fé do homem comum, para ampliar essa fé para além da esperança de existência de um paraíso depois da morte do corpo para a crença na possibilidade de edificação de uma réplica do paraíso para o corpo vivo aqui na Terra.

Deixe seu comentário

Leia também