Os professores e os sacerdotes da privataria

Tempo de leitura: 5 min

Que bom que os Sindicatos de Trabalhadores da Educação preocupam os sacerdotes da privataria e seus braços ideológicos!

sugestão da Angelina Lessa, do Portal da ANDES

por Gaudêncio Frigotto, Zacarias Gama, Eveline Algebaile, Vânia Cardoso da Mota, Hélder Molina*

Vários meios de comunicação utilizam-se de seu poder unilateral para realizar ataques truculentos a quem ousa contrariar seus interesses. O artigo de Gustavo Ioschpe, publicado na edição de 12 de abril de 2011 da Revista Veja (campeã disparada do pensamento ultraconservador no Brasil), não apenas confirma a opção deliberada da Revista em atuar como agência de desinformação – trafegando interesses privados mal
disfarçados de interesse de todos –, como mostra o exercício dessa opção pela sua mais degradada face, cujo nível, deploravelmente baixo, começa pelo título – “hora de peitar os sindicatos”. Com a arrogância que o caracteriza como aprendiz de escriba, desde o início de seu texto, o autor considera patrulha ideológica qualquer discordância em relação às suas parvoíces.

Na década de 1960, Pier Paolo Pasolini escrevia que o fascismo arranhou a Itália, mas o monopólio da mídia a arruinou. Cinquenta anos depois, a história lhe deu inteira razão. O mesmo poderia ser dito a respeito das ditaduras e reiterados golpes que violentaram vidas, saquearam o Brasil, enquanto o monopólio privado da mídia o arruinava e o arruína. Com efeito, os barões da mídia, ao mesmo tempo em que
esbravejam pela liberdade de imprensa, usam todo o seu poder para impedir qualquer medida de regulação que contrarie seus interesses, como no caso exemplar da sua oposição à regulamentação da profissão de jornalista. Os áulicos e acólitos dessa corte fazem-lhe coro.

O que trafega nessa grande mídia, no mais das vezes, são artigos de prepostos da privataria, cheios de clichês adornados de cientificismo para desqualificar, criminalizar e jogar a sociedade contra os movimentos sociais defensores dos direitos que lhes são usurpados, especialmente contra os sindicatos que, num contexto de relações de superexploração e intensificação do trabalho, lutam para resguardar minimamente os interesses dos trabalhadores.

Os artigos do senhor Gustavo Ioschpe costumam ser exemplos constrangedores dessa “vocação”. Os argumentos que utiliza no artigo recentemente publicado impressionam, seja pela tamanha tacanhez e analfabetismo cívico e social, seja pelo descomunal cinismo diante de uma categoria com os maiores índices de doenças provenientes da superintensificação das condições precárias de trabalho às quais se
submete.

Um dos argumentos fundamentais de Ioschpe é explicitado na seguinte afirmação: Cada vez mais a pesquisa demonstra que aquilo que é bom para o aluno na verdade faz com que o professor tenha que trabalhar
mais, passar mais dever de casa, mais testes, ocupar de forma mais criativa o tempo de sala de aula, aprofundar-se no assunto que leciona. E aquilo que é bom para o professor – aulas mais curtas, maior salário, mais férias, maior estabilidade no emprego para montar seu plano de aula e faltar ao trabalho quando for necessário – é irrelevante ou até maléfico aos alunos.

A partir desse raciocínio de lógica formal, feito às canhas, tira duas conclusões bizarras. A primeira refere-se à atribuição do poder dos sindicatos ao seu suposto conflito de interesses com “a sociedade representada por seus filhos/alunos”: “É por haver esse potencial conflito de interesses entre a sociedade representada por seus filhos/alunos e os professores e funcionários da educação que o papel do sindicato vem ganhando importância e que os sindicatos são tão ativos (…)”.

A segunda, linearmente vinculada à anterior, tenta estabelecer a existência de uma nefasta influência dos sindicatos sobre o desempenho dos alunos. Nesse caso, apoia-se em pesquisa do alemão Ludger Wossmann, fazendo um empobrecido recorte das suas conclusões, de modo a lhe permitir afirmar que “naquelas escolas em que os sindicatos têm forte impacto na determinação do currículo os alunos têm desempenho significativamente pior”.

Os signatários deste breve texto analisam, há mais de dois anos, a agenda de trabalho de quarenta e duas entidades sindicais afiladas à Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e acompanham ou atuam como afiliados nas ações do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior – ANDES-SN.

O que extraímos dessas agendas de ação dos sindicatos é, em tudo, contrário às delirantes e deletérias conclusões do articulista.

Em vez de citar pesquisas de segunda mão, para mostrar erudição e cientificidade em seu argumento, deveria apreender o que demanda uma análise efetivamente científica da realidade. Isso implicaria que de fato pesquisasse sobre a ação sindical docente e sobre os processos econômico-sociais e as políticas públicas com os quais se confronta e dialoga e, a partir dos quais, se constitui. Não imaginamos que um filho de banqueiros ignore que os bancos, os industriais, os latifundiários, a grande mídia têm suas federações ou organizações que fazem lobbies para ter as benesses do fundo público.

Um efetivo envolvimento com as pesquisas e com os processos sociais permitiria ao autor perceber onde se situam os verdadeiros antagonismos e “descobrir” que os sindicatos não se criaram puxando-se de um atoleiro pelos cabelos – à moda do Barão de Münchhausen –, autoinventando-se, muito menos confrontando-se com os alunos e seus pais.

As análises que não levam isso em conta, que se inventam puxando-se pelos cabelos a partir dos atoleiros dos próprios interesses, não conseguem apreender minimamente os sentidos dessa realidade e resultam na sequência constrangedora de banalidades e de afirmações levianas como as expostas por Ioschpe.

Uma das mais gritantes é relativa ao entendimento do autor sobre quem representa a sociedade no processo educativo. É forçoso lembrar ao douto analista que os professores, a direção da escola e os sindicatos também pertencem à sociedade e não são filhos de banqueiros nem se locupletam com vantagens provenientes dos donos do poder.

Ademais, valeria ao articulista inscrever-se num curso de história social, política e econômica para aprender uma elementar lição: o sindicato faz parte do que define a legalidade formal de uma sociedade capitalista, mas o ultraconservadorismo da revista na qual escreve e com a qual se identifica já não o reconhece, em tempos de vingança do capital contra os trabalhadores.

Cabe ressaltar que todos os trocadilhos e as afirmações enfáticas produzidos pelo articulista não conseguem encobrir os interesses privados que defende e que afetam destrutivamente o sentido e o direito da população à educação básica pública, universal, gratuita, laica e unitária.

Ao contrário do que afirma a respeito da influência dos sindicatos nos currículos, o que está mediocrizando a educação básica pública é a ingerência de institutos privados, bancos e financistas do agronegócio, que infestam os conteúdos escolares com cartilhas que empobrecem o processo de formação humana, impregnando-o com o discurso único do mercado – o da educação de empreendedores. E que, muitas vezes,
com a anuência de grande parte das administrações públicas, retiram do professor a autoridade e a autonomia sobre o que ensinar e como ensinar dentro do projeto pedagógico que, por direito, eles constroem, coletivamente, a partir de sua realidade.

O que o Sr. Ioschpe não mostra, descaradamente, é que esses institutos privados não buscam a educação pública de qualidade e nem atender o interesse dos pais e alunos, mas lucrar com a venda de pacotes de ensino, de metodologias pasteurizadas e de assessorias.

Por fim, é de um cinismo e desfaçatez vergonhosa a caricatura que o articulista faz da luta docente por condições de trabalho e salário dignos. Caberia perguntar se o douto senhor estaria tranquilo com um salário-base de R$ 1.487,97, por quarenta horas semanais, para lecionar em até 10 turmas de cinquenta jovens. O desafio é: em vez de “peitar os sindicatos”, convide a sua turma para trabalhar 40 horas e acumular essa “fortuna” de salário básico. Ou, se preferir fazer um pouco mais, trabalhar em três turnos e em escolas diferentes. Provavelmente, esse piso para os docentes tem um valor bem menor que o que recebe o articulista para desqualificar e criminalizar, irresponsavelmente, uma instituição social que representa a maior parcela de trabalhadores no mundo.

Mas a preocupação do articulista e da revista que o acolhe pode ir aumentando, porque, quando o cinismo e a desfaçatez vão além da conta, ajudam aqueles que ainda não estão sindicalizados a entender que devem fazê-lo o mais rápido possível.

*Os três primeiros autores são professores do Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Formação Humana da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (PPFH/UERJ); professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro e colaboradora do PPFH/UERJ; educador, assessor sindical e doutorando do PPFH/UERJ.


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Comentários

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Terezinha

Fico contente em ver que mais alguém percebeu o quanto esse Sr Gustavo Ioschpe é arrogante e tenta sempre denegrir a classe dos educadores com o aval da imprensa. Afinal, para uma pessoa que nunca esteve em uma escola pública ( nem como aluno e muito menos como professor ), esse esnobe que nem sequer estudou no Brasil, não pode se intitular um "especialista em educação" e ficar dizendo o que quer. Especialistas somos nós que estamos diariamente em sala de aula, especialistas somos nós que estudamos para lecionar e não para criticar outros profissionais. Precisamos fazer com pessoas como esse Sr Ioschpe entendam de uma vez por todas que nós professores não somos saco de pancadas e que podemos reagir e nos defender mesmo sem ter "costas quentes" como ele. Somos profissionais da educação inteligentes, graduados, pós graduados (em grande parte) e que sabemos sim o que é preciso para melhorar a educação brasileira. E devo dizer que nós não precisamos de pessoas como ele que nada acrescentam e que em nada contribuem para elhorar nossas vidas ou a vidas das nossas crianças.

Terezinha

Meu comentário é que estou contente em ver finalmente alguém mais percebeu como esse Sr Gustavo Iochpe é arrogante. Venho fazendo reclamações e observações sobre ele mas, é claro que alguém inflente, rico, e com "costas quentes" nunca se mostra e é bem protegido contra nós, simples professores. Acontece que ele um dia engolirá tudo o que diz a nosso respeito na mídia ( que lhe dá muito espaço ). Alguém que nunca esteve em uma escola pública

Luiz Henrique

Um excelente texto a respeito do ensino no estado de São Paulo. Mais precisamente no CEETEPS – Principal máquina eleitoreira do PSDB no estado de São Paulo:
http://lennonblogando.blogspot.com/2011/05/renasc

Hell Back™

Se o assunto em pauta saiu na inVeja, não é digno de discussão.

José Manoel

Engraçado, as melhores universidades do país são públicas, enquanto as da iniciativa privada, com algumas exceções, são uma m……..! Fazem do ensino um comércio! O lucro dessa gente está acima de tudo! Quem são esses caras para contestar algo? Não fazem a parte deles e querem aparecer! Coloca uma melancia no pescoço que aparece mais!!!!!!!!!!!

zepgalo

Que resposta! Parabéns!

Essa direita e esses filhinhos de papai podiam pelo menos estudar mais um pouquinho para argumentar melhor na defesa de sua classe.

A decadência da direita é total!

Nelson

Infelizmente, parece que os sacerdotes da privataria estão ganhando a guerra ideológica. Eles estão conseguindo convencer governos, nos quais apostamos para virarem a maré neoliberal, a descambarem para a privatização.
O governo Lula andou privatizando e instituindo as nefastas PPPs; o governo Dilma já está encaminhando os aeroportos para a privatização.

    João Bahia

    Não vamos confundir as coisas: aeroporto tem mais é que ser privatizado mesmo. Banco, concessionária de água e energia elétrica (não confunda com privatizar a água ou a energia elétrica – são coisas diferentes), telefonia, etc. Qual a vantagem para o cidadão termos funcionários públicos exercendo essas funções? O que o governo precisa assumir é educação, saúde e segurança pública. E fazer isso de forma bem feita…

    Nelson

    Bem, meu caro Bahia, à sua pergunta eu começo formulando outra:
    Qual a vantagem que os brasileiros tiveram nas privatizações da telefonia, da energia elétrica?

    Não é difícil nos lembrarmos da avassaladora propaganda em favor das privatizações que grassou notadamente do final da década de 1980 até inícios dos anos 2000. Ela nos prometia o paraíso na terra caso entregássemos tais setores e outros à iniciativa privada; tarifas mais baixas, melhores serviços, mais empregos, etc. E o que tivemos?

    Com a onda privatista implementada por FHC, houve uma enxurrada de demissões: quase 550 mil trabalhadores em empresas públicas/estatais perderam seus empregos. Os trabalhadores que conseguiram permanecer em seus empregos tiveram seus salários arrochados, seus direitos aviltados.
    E aí eu pergunto, meu caro Bahia, qual a vantagem que o cidadão brasileiro teve com isso?

    Os economistas afirmam que, quando se fecha um posto de trabalho, dois ou três outros, em consequência, também são fechados. Então, podemos somar mais 1 milhão ou 1 milhão e meio de empregos aos 550 mil eliminados. Some-se a isso a perda de salários dos que mantiveram seus empregos e poderemos vislumbrar o resultado nefasto na economia, com a contração da massa salarial dos trabalhadores e, por consequinte, do poder de compra. Isto foi bom ou ruim para os micro e pequenos empresários, meu caro Bahia? Micro e pequenos empresários que, como não têm o poder de ditar os preços, dependem diretamente, visceralmente, eu diria, do poder de consumo da população.

    Bem, vamos então falar dos preços. Em dezembro de 1995, a tarifa básica de um telefone residencial custava, aqui no Estado mais ao sul do Brasil, R$ 0,61. Não, não é atochada não. Eu tenho guardada até hoje a fatura daquele mês. Se tu quiseres, Bahia, eu te mando um cópia digitalizada.

    Pois, no mês seguinte, janeiro de 1996, o governador à época, de triste lembrança, Sr Antônio Brito, que já tinha o projeto de privatizar a empresa estatal de telefonia, a CRT, autorizou um aumento dessa tarifa para R$ 3,73. Passados vários meses, essa tafira seria majorada para mais de R$ 8 reais. Quando foi finalmente privatizada a CRT, a mesma tarifa já custava em torno de R$ 13, se não me engano. Dali em diante, veio aumentando mais e mais até chegar hoje a mais de R$ 40. Ou seja, fazendo uma conta simples, a privatização da telefonia nos legou um aumento na tarifa de mais de 6000%, quando nos prometiam preços mais baixos.

    E eu te pergunto ainda, meu caro Bahia. Qual trabalhador teve, em seu salário, qual pequeno empresário ou agricultor teve, em seus ganhos, aumento desse porte em apenas pouco mais de uma década? Nem de uma décima parte disso os trabalhadores conseguiram aumentar sua renda.

    Ainda vou continuar o debate; essa discussão é interessante e importante para nossa nação. Por ora, fico com a minha convicção, já expressa em comentário anterior, relativo a este texto mesmo. Toda vez que se repassa um serviço público para mãos privadas, é inevitável o seu encarecimento, uma vez que os lucros extraídos, segundo a lógica capitalista, terão que crescer, sempre, a cada período. Bom para os grandes empresários privados que assumem o serviço, prejuízos para pequenos empresários e agricultores e os trabalhadores em geral que terão que arcar com tarifas mais caras.

    Bruno

    A luz e o telefone em São Paulo são serviços privatizados de qualidade catastrófica! Simplesmente porque continuou monopólio. No telefone, não mais, após a entrada da Embratel e da NET, mas a Telecômica deteve o monopólio por muito tempo. É de conhecimento geral o prejuízo que essa empresa espanhola causou a SP. A AES Eletropaulo, dos EUA, consegue causar insatisfação até em órgãos públicos por deixar obras importantes sem luz. Em luz e água é difícil haver concorrência, porque tem toda uma infraestrutura montada que não se duplica nem triplica. Daí ficamos à mercê. Então, onde é possível, prefiro que o Estado tenha uma empresa forte concorrendo com as particulares, se possível ditando padrões. Onde não é possível concorrência, melhor monopólio estatal do que particular. Com a radicalização da democracia, a tendência é a sociedade ter cada vez mais poder sobre o Estado. Já com a empresa privada, isso só acontece se acabar o capitalismo. Afinal, a propriedade privada é sagrada.

João Bahia

Discutir a Veja é revirar o lixo… o que eu gostaria de ver na pauta política para a educação nesse país é o processo de democratização do ensino, que na minha humilde opinião passa necessariamente pelo fim, geral e sem exceções, do ensino privado. Suponha que acabou: a partir de amanhã não existem mais escolas privadas, somente públicas. Toda a discussão em pauta cai no vácuo, torna-se inútil. Os professores vão passar a ganhar mais, as escolas terão melhor infra-estrutura, etc., simplesmente porque os ricos não vão deixar seus filhos estudarem no que hoje é chamado de escola. Não precisa muita conversa. O que existe hoje é um apartheid: escola de pobre (pública) foi feita para manter o pobre onde ele está. Existe um exército de idiotas hoje sendo formado nas escolas de São Paulo com base nesse raciocínio. Eu quero ver os filhos e netos do Serra estudando nas escolas que ele criou em São Paulo. Se amanhã só existir escola pública, a sociedade vai dar um jeito de valorizar seus professores. Quem são os vereadores, deputados e senadores favoráveis ao fim do ensino privado? Temos que votar nesses caras. Simples assim.

    Bruno

    Concordo. Educação e saúde têm que ser 100% públicas e estatais. Não dá para submeter hospitais e escolas aos caprichos de sócios e acionistas preocupados apenas com lucro. Aliás, as boas escolas particulares não são necessariamente as mais lucrativas. Basta ver o ensino superior: há universidades péssimas lucrando horrores.

FrancoAtirador

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Dados Biográficos dessa sumidade da Veja

Gustavo Berg Ioschpe (Porto Alegre, 1977) é um economista com duas graduações (em Ciência política e Administração estratégica) pela Wharton School, na Universidade da Pensilvânia, e mestrado em Economia internacional e Desenvolvimento econômico, pela Universidade Yale, nos Estados Unidos da América.

Membro do Conselho de Administração da companhia Iochpe-Maxion S.A., uma holding fabricante de rodas e chassis para veículos comerciais e de vagões de carga e produtos ferroviários do Brasil.

Presidente e fundador do grupo G7 Investimentos, que atua na área de produção de conteúdo.

Membro dos Conselhos do Instituto Ayrton Senna, Instituto Ecofuturo (SUZANO PAPEL E CELULOSE),
e Fundação Padre Anchieta, mantenedora da TV Cultura.

Membro do Conselho de Administração do Grupo RBS, afiliada da Rede Globo para o Sul do país.

Foi um dos mais jovens colunistas do jornal Folha de São Paulo, entre 1996 e 2000.

Faz bico na revista Veja, desde 2006.
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    Orellano Paz

    Outro Chicago-boy.
    Certamente andou lendo alguma coisa sobre proibição ao sindicato dos funcionários públicos em Madison/Wisconsin/USA.
    Parafraseando o NuncaDantes: “Sinceramente não sei como alguém estuda tanto"… e consegue manifestar tamanha imbecilidade!

    Luís

    "com duas graduações (em Ciência política e Administração estratégica)"

    Traduzindo, formação em nada. Eu só tenho uma graduação, mas foi em curso de verdade (engenharia).

leandro

O PT ta privatizando os aeroportos, detalhe, só os mais lucrativos. O do Acre, Piaui, etc..não….Imagina o que ta rolando de comissão????

    Bruno

    Claro, os menos lucrativos não valem o investimento. O PT aprendeu com o Covas: privatiza as estradas mais importantes e investe dinheiro público nas de menor movimento. Neste ponto, se realmente privatizar os aeroportos, está certíssimo!

    Nelson

    Para os grandes empresários, nacionais e estrangeiros, que vão abocanhar o filão, "está certíssimo", meu caro Bruno. Vão se esbaldar com os lucros que o setor proporciona.
    Para nós, trabalhadores e o povão em geral, restará a conta, salgada, a pagar.
    Lamentavelmente, está acontecendo como eu previa; o governo Dilma está tomando rumo mais à direita do de Lula.
    Ganhos graúdos para o grande capital, prejuízos para os brasileiros.

    Renato Lira

    Concessão não é privatização.

    Seja mais honesto intelectualmente e respeite a inteligênciados outros.

    leandro

    Concessão é uma privatização com prazo, no caso 25 anos, e isso porque no Brasil transporte publico só é exercido por concessão. No fundo é a mesma coisa ou você acha que estourando o prazo (25) e vendo os lucros as empresas não vão prorrogar??? E 25 anos já e tempo pra cacete.

    Nelson

    Ah! Meu caro Renato Lira.
    O que seria dos governos e dos poderosos se não soubessem manejar a linguagem. Pobres deles, caso não existissem os eufemismos. Como fariam para ludibriar inocentes e incautos?

    A troca de uma palavra por outra, que é do que se trata, não muda o caráter da coisa. Sinto te decepcionar, mas é privatização, sim, e perniciosa à nação brasileira. Lamentavelmente, a ser cometida por um governo do qual se esperava outro caminho.

    João Bahia

    Essa discussão é fumaça… o governo tem mais é que privatizar os aeroportos mesmo… o nome é concessão? Não faz diferença… não quiseram privatizar o aeroporto do Piauí, Acre, etc.? Claro que quiseram, só não tem interessados no negócio… que bobagem… O governo precisa assumir a educação… a saúde e a segurança pública… se resolver esses 3 problemas, já é uma grande coisa…

edv

Se bem entendi, os (muitos) professoes e seus sindicatos tem interesses "diversos" aos de seus alunos?
Imagine-se os (poucos) donos de escolas privadas…
Que tem interesses diversos tanto dos alunos quanto dos professores!

Marcelo Fraga

O nome da coluna deste senhor Gustavo Ioschpe na veja é "dubitandum", duvide em latim.
Mais própria impossível.

    FrancoAtirador

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    Discordo.

    Deveria se chamar "DITABUNDUM" (intraduzível)
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Marat

É a ditadura da pena…, mas todos percebem o quanto eles são parvos, e os parvos acreditam que enganam a todos…

Gerson Carneiro

Dentro do tema "Os professores e os sacerdotes da privataria" uma breve aula de interpretação de texto:

José Serra, esse sacerdote da privataria, no twitter, em 27/04/2011, à noite:

"Conta de luz no Brasil é mais cara que em países ricos"
@joseserra_

Podemos inferir:

1 – Ele, em sua prepotência, considera o Brasil um País Pobre;
2 – Ele, em sua prepotência, ignora o fato deque os pedágios das estradas de São Paulo são os mais caros do mundo.

    Nelson

    Pois é, Carneiro. E qual foi o governo que privatizou quase todo o setor elétrico do nosso país? Que governo destruiu um sistema que era orgulho dos brasileiros, dividindo-o em três para abrir espaço para que o grande capital privado pudesse amontoar mais lucros?
    Isso mesmo, o de FHC, do qual o Sr Serra participou como ministro.
    Não há milagre. Se um serviço público se torna privado, ele vai, fatalmente, encarecer, uma vez que terá que atender as necessidades de lucros – que são sempre crescentes – dos empresários privados.

    Gerson Carneiro

    Inclusive, meu caro Nelson, há depoimento do prórpio FHC afirmando que dos seus Ministros o Serra foi o mais privatista. Está aí no youtube para quem quiser recordar.

gilberto

Ioschpe … de onde vem esse cara ? Qual é a origem dele ? Comecem a investigar as origens dos pigonianos como o Ioschpe , e vcs chegarão á uma bem semelhante . Ioschpe , Mainarde , Diego e aqueles da Foia de Sp e estadinho, são tudo de uma determinada facção…procurem saber , não serei eu quem ira dizer….
abçs

Gilberto

Enquanto isso os Professores das Estaduais baianas estão em greve o governo Wagner (PT) se nega a negociar. As reivindicações que deram origem à greve são: retirada da cláusula que congela os salários dos professores até 2015 do acordo salarial 2010 e revogação do Decreto 12.583/11 e da Portaria complementar 001/11. A decisão de entrar em greve foi tomada pelos docentes após a discussão sobre os rumos da campanha salarial do ano passado e a afronta a autonomia das Universidades pelo governo. Ficou explícita a indignação, agora traduzida na luta, com o comportamento desrespeitoso do governo Wagner (PT) com a categoria e com as Universidades estaduais. detalhes http://www.adufs-ba.org.br/exibenoticia.php?idpro
Jacques Wagner e o PT estão esquecendo das eleições para prefeitura de Salvador, a intransigência em negociar com os professores vai levar parte da categoria a fazer opções por mudanças nas próximas eleições. e pensar que Wagner e o PT foram eleitos com a esperança de acabarmos com a truculência do Carlismo… mudou tanto, que tudo ficou como sempre foi

ana db

Ao negar educação e saude de qualidade a um povo a elite pretende que ele seja eterno escravo de seus interesses. Plano maquiavélico. Verdadeira perversão.

ana db

O Estado que tanto o PiG odeia e a direita sabuja dos interesses dos USA quer destruir representa o BRASIL.
Para destruir-lo eles tem que desconstruir seu patrimonio mais importante: os servidores publicos, gestores da riqueza que visam se apoderar. Os ataques aos servidores publicos, não por acaso iniciado por Collor, o caçador dos marajás, faz parte do plano maquiavelico de se apoderar das riquezas do Brasil. O PiG procurou destruir a imagem dos servidores publico perante a população, classe media e pobre, a unica beneficiária de um serviço publico de qualidade. Muitos cairam e continuam caindo na armadilha do PiG.

    leandro

    Hoje o Collor, ladrão da poupança dos brasileiros, é aliado do gover no.

Gilberto

Enquanto isso os Professores das Estaduais baianas estão em greve o governo Wagner (PT) ne nega a negociar. As reivindicações que deram origem à greve são: retirada da cláusula que congela os salários dos professores até 2015 do acordo salarial 2010 e revogação do Decreto 12.583/11 e da Portaria complementar 001/11. A decisão de entrar em greve foi tomada pelos docentes após a discussão sobre os rumos da campanha salarial do ano passado e a afronta a autonomia pelo governo. Ficou explícita a indignação, agora traduzida na luta, com o comportamento desrespeitoso do governo Wagner (PT) com a categoria e com as Universidades estaduais. detalhes http://www.adufs-ba.org.br/exibenoticia.php?idpro
Jacques Wagner e o PT estão esquecendo das eleições para prefeitura de Salvador, a intransigencia em negociar com os professores vai levar parte da categoria a fazer opções por mudanças nas proximas eleições. e pensar que Wagner e o PT foram eleitos com a esperança de acabarmos com a truculencia do Carlismo… mudou tanto que ficou como sempre foi…

Thomas Morus

A Coreia está ficando um país desenvolvido, com indústria e fábricas nacionais. Eles pagam os professores muito bem. São altos salários. Acho que o articulista da inVeja tem que se reciclar.

NELSON NISENBAUM

Excelente artigo. Parabéns aos autores. Divulgarei na minha rede.

Os professores e os sacerdotes da privataria « Papagaio Rouco

[…] Extraído do Vi o Mundo. […]

Elton

É sempre a velha história………Ioschpe odeia professores, crê que "não adianta pagar mais", tem é que "fazer trabalhar"………como se já não trabalhássemos. Boa pergunta: Quanto é que esse sujeito ganha pra escrever as bobagens que tanto agradam os imbecis que têm em VEJA sua bíblia, sua fonte de inspiração.
Ele é "meritocrata". É Anti-estado, é da mesma linha dos "diogos mainardis" e "reinaldos azevedos" que escrevem naquele lixo de revista.
Só encontra "eco" na cabeça dos reaças de classe média.

    Julia

    Peraí, não generaliza.
    Sou classe média e não leio folhada, estadãoão,in- veja, nem passo perto da Tv. Gloebo.

    Quanto ao "reaça"…

    NELSON NISENBAUM

    Desta vez concordamos em tudo, Elton! (sem ritalina!)

José Aucélio Carlos

Que país é esse? que uma revista que vem perdendo assinantes e sem credibilidade ataca os professores. Ao sr. loshpe vai uma sugestão, que tal, durante um mês, lecionar em escola pública da periferia, numa sala com 50 alunos, quente, com quadro de ruim, com alguns alunos envolvidos com drogas…

    Constante

    Pera aí, José!
    Uma sala com 50 alunos, quente, com quadro ruim, com alguns alunos envolvidos em droga, numa escola pública de periferia, e ainda ter que aguentar, durante um mês, uma incompetencia destas, um puxa-saco dos Civita, da mesma lata de lixo onde vivem os Mainardis, os Azevedos, os Augustos Nunes? É desejar muito mal para os pobres alunos.

Lucas Parente

Verdadeiro atentado à inteligência esse artigo do tal Ioschpe. Só podia mesmo estar na Veja. Atestado de desconhecimento do valor do professor e da luta histórica dos sindicatos. Conclusões esdrúxulas nascidas de premissas totalmente equivocadas. Eu queria mesmo é que esse tal Ioschpe explicasse porque um juiz estadual iniciante ganha, aqui no Brasil, aproximadamente R$ 19.000 enquanto um professor ganha cerca de 13 vezes menos – aproximadamente R$ 1.400. E os Juízes nem precisam de sindicato pra lutar por melhores condições de trabalho… Acaso a função do juiz é mais importante que a do professor? Coitados dos professores… não bastasse tanto arrocho, ainda tem os Ioschpes da vida…

Luiz Fortaleza

Vejam o q A VEJA fez com a prefeita do PT Luizianne Lins… um absurdo falar em cartões corporativos, qdo a própria prefeita desmente esta revistinha, dizendo q há 2 anos estão cancelados os cartões, alegando a revista q ela usou pra comprar coisas pra seu filho de onze anos.

joenas

Como pode um agente político" cargo comissionado" , ter salário até 10x maior que o salário base do principal agente de transformação de uma sociedade?

Será nossa eterna vocação a distribuição da miséria?

Luís

Como sempre, resposta muito bem dada para a caixa de esgoto que são os textos do senhor Gustavo "é melhor cursar faculdade ruim do que não cursar nenhuma faculdade" Ioschpe.

Armando S Marangoni

Li todo o artigo mas a impressão que tenho sobre essa luta continua: a briga é outra, mais sutil e menos cirúrgica, mais trabalhosa e pouco rentável, muito pouco aliás.
A educação não é só educação. É também poder.
A força do capital está em tudo e não será com discussões sobre ela que se conseguirá domá-la. Para colocar o capital a serviço do país, será preciso arrancá-lo das mãos dos donos. Ou será que alguém aí acredita que quem tem o poder vai entregá-lo assim, de mão beijada?
Imagino que só com um contraponto de mesma capacidade e determinação se poderá gerar e distribuir melhor riquezas melhores também.
Mas o maior problema de todos é esse: o ser humano é festivo e aplaca seu sofrimento com doses de prazer.
Haja Platão!

    @gusbru

    Entendo que por tras do debate temos duas visoes de mundo e projetos de sociedade (e de poder) muito claros. Discutir projetos de educaçao é discutir política e é discutir poder. Nao entendo porque dizes que a briga é outra, sutil ou pouco rentável. Talvez porque você é reticente com a estratégia dos autores a confrontar abertamente Ioshpe? Acredita que as verdadeiras mudanças deveriam vir no campo da prática educativa? Acho que o discurso é importante sim. Os dados e pesquisas apresentados pelo Ioshpe tem muitíssimo apelo no público da Veja. Sao tao bons que poucos leitores desconfiam que há um projeto de sociedade detras deles. Adorei o Frigotto detonando Ioshpe! Estas discussoes acho que ajudam e legitimam práticas educativas mais críticas e legitimam os sindicatos que, apesar de criticáveis, tem muito a contribuir para qualidade da educaçao.

    Armando S Marangoni

    É simples: o problema é outro, não a educação. Temos excelentes professores de praticamente tudo. Temos escolas para todo lado. Temos condições de oferecer um ensino de qualidade para todo mundo. O Brasil é um país rico de verdade. Não estou falando de pessoas ricas, estou falando de nação rica, pacífica, amiga, auto-suficiente, bela, extensa …
    Falta vontade política porque povo educado não aceita desaforo e, até onde sei, não houve muita mudança na cadeia do poder por aqui desde que os primeiros habitantes foram dizimados. Ou seja, a classe política e a oligarquia são a mesma instituição.
    Artigos de revistas como a Veja são só para divertir. Qualquer minuto gasto com discussões desse tipo é tempo perdido.

josaphat

Repetindo o que já disse aqui antes. Não são somente os interesses privados que patrocinam e se locupletam das sandices desse indivíduo. No penúltimo concurso para professores municipais aqui de Belo Horizonte, o texto principal da prova foi dele. Às vezes é difícil saber onde termina o privado e começa o público.

Edfg.

Os professores não vão se juntar aos protestos dos CEFET's não? A coisa tá feia e nenhum sindicato abre o bico…

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