Marco Aurélio Garcia: Decisão sobre ingresso da Venezuela no Mercosul foi unânime

Tempo de leitura: 2 min

do Blog do Planalto

O assessor especial da Presidência da República para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, afirmou hoje (2) que a entrada da Venezuela no Mercosul foi uma decisão unânime dos presidentes do Brasil, Dilma Rousseff, da Argentina, Cristina Kirchner, e do Uruguai, José Mujica, durante reunião do bloco realizada na última sexta-feira (29) em Mendoza, na Argentina.

“Nós não fizemos pressão sobre nenhum país, até porque não é o estilo da presidenta Dilma Rousseff fazer pressão. A decisão foi tomada pelos três presidentes, foi uma decisão unânime, foi uma decisão que refletiu um consenso político. Portanto, não corresponde a tese de que teríamos algum tipo de pressão sobre qualquer governo”, afirmou o assessor.

Segundo Garcia, a decisão tomada durante a Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul de suspender o Paraguai até abril de 2013, quando ocorrem as eleições presidenciais naquele país, e aprovar o ingresso da Venezuela no bloco foi fortemente amparada por critérios jurídicos. O assessor negou ainda informações de uma suposta pressão do Brasil sobre o Uruguai para permitir a entrada da Venezuela no Mercosul.

“A decisão de incluir a Venezuela a partir do dia 31 de julho foi proposta pelo presidente Mujica. Eu conversei com ele agora há pouco e ele confirmou não só isso, como confirmou que essa será a posição do Uruguai. Então eu queria deixar isso claro. Da nossa parte, não houve imposição ou pressão. Isso não corresponde ao estilo da política externa brasileira e menos ainda da presidenta”, disse Garcia.

Sobre a suspensão do Paraguai do bloco, Garcia afirmou que as sanções serão apenas políticas. Segundo ele, não haverá sanções econômicas ao Paraguai e todos os compromissos no âmbito do bloco serão mantidos, inclusive o de financiamento da construção de uma linha de transmissão de energia entre Itaipu e Assunção, capital do Paraguai. Garcia disse também que o governo brasileiro apreciou a decisão da Venezuela de manter o fornecimento de Petróleo ao Paraguai.

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Comentários

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José X.

Negócio estranho…e o Mujica, não fala nada, não dá uma dura em seu pessoal ?
Ou quem sabe eles estejam tentando se valorizar.

De qualquer maneira, se os uruguaios não estão contentes com a entrada da Venezuela eles podem sair e entrar para aquele grupo do Chile, Peru, Colômbia e México. a Aliança do Pacífico (acho que é esse o nome, e não faz mal que o Uruguai seja um país atlântico).

Sempre achei um absurdo esse negócio do Paraguai bloquear a entrada da Venezuela no Mercosul. Se a Dilma pressionou o Mujica (o que não acredito) então fez muito bem.

Thomaz

Hoje, terça-3, foi o vice-presidente uruguaio Danilo Astori classificando a entrada da Venezuela pela suspensão do Paraguai como uma “ferida histórica” no Mercosul. Entrevista publicada no El Observador.

Jos’e Maria de Medeiros

Pelo que sabemos só faltava o voto favoravel do parlamento do Paraguai, agora tinha que pressionar o Uruguai para a aprovação?,admais a aprovação não é dada pelos parlamentares de cada país?. Êsse uruguaio que acusou a pressão brasileira tem credibilidade? será que êle é correspondente da veja no Uruguai?

Jotace

LEIAM ESTA!

Informações muito interessantes sobre o tema estão na matéria no. 27205‘Cristina y Dilma fuerzan ingreso de Venezuela’ publicada na data de hoje (02. 07.12) pelo jornal uruguaio 180.com.uy . O site dele é http://www.180.com.uy/articulo/27205_Cristina-y-Dilma-fuerzan-ingreso-de-Venezuela .

A matéria é longa, mas desde o primeiro parágrafo diz muita coisa divertida. Vejam só: Las cancillerías de Uruguay y Brasil se oponían al ingreso de Venezuela al Mercosur. Luis Almagro y Antonio Patriota llegaron a Mendoza con la idea firme de suspender a Paraguay y de rechazar el pedido de Argentina de ingreso de Venezuela. Sin embargo, cuando Dilma Rousseff llegó desconoció a su diplomacia y presionó a José Mujica para apoyar ese ingreso, confiaron a No toquen nada fuentes del gobierno. Abraço geral, Jotace

Thomaz

Quem falou haver pressão do Brasil e Argentina foi o chanceler uruguaio Luis Almagro. Disse também que o processo será analisado judicialmente.

    Jotace

    Bom, agora que ele teve o minuto de fama tão desejado não vai querer aparecer como o ‘croinha’ do delegado do Vaticano, o Padre Insulsa, na celebração da cerimônia nupcial, né ? Jotace

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