Leitor detona PT por ter lançado João Paulo candidato

Tempo de leitura: 3 min

por Darcy Rodrigues, em comentário neste blog

Bem, nenhuma surpresa. Estranho mesmo foi o lançamento da candidatura de João Paulo à prefeitura de Osasco. A possibilidade de condenação deste réu sempre me pareceu considerável.

A auto-confiança do pessoal do PT em uma blindagem quase sobrenatural por parte de um “ethos” que existiria na sociedade “fechando o corpo” de seus representantes políticos comprometeu as suas chances de disputar uma importante prefeitura, invertendo a relação partido-militância (sendo o militante, no caso, João Paulo).

Certo que , do ponto de vista jurídico, deveria sempre prevalecer a “presunção da inocência”; porém, do ponto de vista eleitoral, deveria ter prevalecido o critério da “possibilidade de ser condenado”. Além do que, o que esperavam os coordenadores de campanha de João Paulo?

Será que criam que uma inocentação de Cunha compensaria o desgaste político que sua imagem teria (e realmente conheceu) junto à população de Osasco durante o período em que durasse o seu julgamento?

O PT está cada vez mais se tornando um partido de “caciques” o que explica esse apego a um “nome” (fulanização da política) à falta de um outro, mesmo que o suposto carismático local corra o risco de sucumbir condenado em um julgamento transmitido em rede nacional.

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qua, 29/08/2012 – 16:54

Alexandro Rodrigues

29 de agosto de 2012 às 16:54

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Não sei se o mensalão existiu. Isso a Justiça dirá! Vale lembrar que dos atuais 11 membros do Supremo Curral Federal, 8 foram nomeados pelo PT.

Falar em perseguição ao PT é coisa de cordeirinho domesticado, que pensa da forma como o chefe barbudo manda. A única certeza que tenho é que a elite do PT ficou deslumbrada com o poder e com a chave do cofre. Desvios aconteceram, que sejam julgados e paguem pelo que fizeram.

O fim dessa história de mensalão pode ser encarada como uma nova chance ao PT. Uma chance de fazer uma mea culpa e recolocar-se na sua histórica trajetória. O PT foi e ainda é (apesar dos desvios de conduta e práticas políticas que adotou ao chegar ao poder) a maior força política capaz de transformar o país por meio de um projeto de desenvolvimento inclusivo e soberano.

E é por isso, além do fato de não existir nenhum outro partido no momento em que eu enxergue estas características, que continuo votando no PT desde que me tornei um eleitor.

Isso, ao contrário do que os idiotas hipnotizados que volta e meia classificam minhas críticas aqui como sendo de um tucano, de uma viúva do FHC, de um psolista sanguinário, não me deixa cego! Não concordo em tudo que o Lula diz ou faz. Não concordo em tudo que a Dilma diz ou faz. Não concordo em tudo que o PT defende ou faz. Assim é democracia!

Que o PT a partir de agora de revigore, se refunde e retome o seu posto de grande força transformadora criada e apoiada por milhões de brasileiros.

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qua, 29/08/2012 – 17:42

Darcy Brasil Rodrigues da Silva

29 de agosto de 2012 às 17:42

A sua análise é válida ANDRÉ, mas há um equívoco cometido por ela que decorre, a meu ver, da insistência com que se tenta, ora descolar Lula de seu partido, ora opô-lo à Dilma, ora convertê-lo em dono do PT.

Trata-se de visão política deturpada pelo vício de considerar qualquer partido como de fato o foram sempre os partidos burgueses de direita, e mesmo no caso de partidos progressistas existentes no passado, como o PTB de Brizola e Jango.

O que faz Lula se impor sobre o PT é, guardadas as suas proporções, o que faz Fidel se destacar no PCC, ou seja, suas notáveis capacidades de clarevidência política.

Em Lula existe algo que os cientistas políticos designam por capacidade artística de fazer política, que difere da ciências políticas.

Seus “palpites” não são instruções ditatoriais, como a mídia deturpadora sugere, mas pontos-de-vista sempre levados à sério pelos membros do PT ( entre eles muitos intelectuais com formação em Ciências Políticas), pois a experiência comprovou a força de sua intuição política ( lógico que essa “intuição” de 1982 para cá se armou de todo um arcabouço conceitual teórico que, no caso de Lula, foi se acumulando com a experiência política vivenciada em cada caso particular.

Desse modo, ao tempo de sua atuação como dirigente sindical, dada a grande capacidade intelectual de Lula, ele dever ter passado a dominar uma parte substantiva do Direito Trabalhista, valendo-se do conhecimento de seus assessores jurídicos, e por aí vai…

Lula não é um populista, mas um democrata.

O seu partido é que perdeu contato com as suas bases, convertendo-se paulatinamente em um “partido de caciques”. Lula não tem nenhuma divergência com Dilma (a não ser de gostos pessoais que nos diferem cada um do outro). Isso não passa de “intriga da oposição”.

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