Jeferson Miola: Como agirão governo, PGR e judiciário diante da celebração dos 60 anos do golpe pelo Clube Militar?

Tempo de leitura: 2 min

Por Jeferson Miola, em perfil de rede social

No próximo dia 27/3, o Clube Militar programa celebrar os 60 anos do golpe de 31 de março que implantou a ditadura que durou 21 anos.

O almoço de celebração, segundo convite disponível no site do Clube Militar, pretende “relembrar os 60 anos do Movimento Democrático de 31 de março de 1964”. Sim, chamam o golpe de “Movimento Democrático”.

Logo abaixo do cabeçalho do convite, está reproduzida a seguinte frase em forma de ordem e ameaça: “A História que não se Apaga nem se Reescreve!” – escrita com as iniciais em maiúsculas e com ponto de exclamação no final.

Trata-se, evidentemente, de uma atividade ilícita, pois faz apologia de dois crimes cometidos pelos militares no golpe de 1964 que o Clube Militar chama de “Movimento Democrático”: [1] o crime de abolição do Estado de Direito e [2] e o crime de deposição do governo legitimamente eleito do presidente João Goulart, Jango.

O presidente Lula proibiu a realização de qualquer atividade oficial do governo de rememoração dos 60 anos do golpe, o que pode representar um erro histórico.

E agora, como agirão o governo, a PGR e o judiciário diante desta iniciativa ilícita e provocadora do Clube Militar?

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Comentários

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marcio gaúcho

Esse clubeco de pessoas aposentadas, vestindo pijamas verde-oliva, pode comemorar o que quiser, dentro dos limites geográficos da sua sede. O que não pode é ser um covil de reacionários que pregam a desordem, o fascismo e o golpe contra as instituições democráticas e a Constituição do Brasil.

Zé Maria

Golpes Ontem e Hoje

“História da Ditadura: Do Golpe de 1964 ao Bolsonarismo”

Palestra do Historiador CARLOS FICO

https://youtu.be/uczeXwSFBf4?t=277

.

Zé Maria

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Debate

“JANGO – COMO, QUANDO E POR QUE
SE DERRUBA UM PRESIDENTE”

https://youtu.be/VeggiJRw4xM?t=646

Debatedores

Cid Benjamin – é jornalista e escritor e em seu livro “Gracias a La Vida”
conta o sequestro do embaixador norte-americano Burke Elbrick, em 1969,
do qual participou, além de sua prisão, tortura, exílio e volta ao Brasil.
É ainda autor de outros livros e, entre eles, “O Ovo da Serpente:
a Ameaça Neofascista no Brasil de Bolsonaro”.

Silvio Tendler – é cineasta com mais de 300 documentários
em seu currículo e, além de “Jango”, filmou, entre eles, JK,
Tancredo e seu último filme é sobre o SUS durante a pandemia:
A saúde tem cura..
Silvio pertence também à Academia Carioca de Letras e fez
seu depoimento para a posteridade no Museu da Imagem e do Som.

João Vicente Goulart – é político e filósofo e foi um dos fundadores
do Partido Democrático Trabalhista, ao lado do seu tio Leonel Brizola.
É fundador e atual presidente do Instituto João Goulart, que tem objetivo
voltado para a pesquisa histórica e à reflexão sobre o processo político brasileiro em prol da soberania nacional.
Exerceu um mandato de deputado na Assembleia Legislativa do
Rio Grande do Sul, em 1982, pelo PDT e fez oposição quando o governo
do Distrito Federal barrou a construção do Memorial da Liberdade
e Democracia Presidente João Goulart.

Bárbara Goulart – é doutora em Sociologia pela UFRJ e na
École des Hautes Études de Paris, mestre e bacharel em
Ciências Sociais pelo CPDOC da Fundação Getúlio Vargas
e pesquisadora de pós-doutorado no IESP da UERJ.
Sua tese de doutorado “O Passado em Disputa: Memórias
Políticas sobre João Goulart” foi publicada em livro pela
Editora 7 Letras.
Bárbara também foi co-diretora e co-roteirista do documentário
“Terra Revolta: João Pinheiro Neto e a Reforma Agrária” que será
lançado no próximo ano.

Denize Goulart – é historiadora formada pela PUC/RJ e também dirige
o Instituto João Goulart que difunde a memória de Jango, o único
presidente brasileiro a morrer no exílio.
Denize também dirigiu o filme “Dossiê Jango” e produziu “Jango”.

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Zé Maria

Historicamente, os Clubes Militares no Rio
são as Centrais ‘Político-Administrativas’
dos Golpes Militares no braZil. É ali que
as Conspirações são Tramadas e depois
Disseminadas pelas Corporações Ativas.

Zé Maria

https://youtu.be/waU6u593p3Y?t=1540

Zé Maria

“No dia 31 de março e no dia primeiro de abril de 1964,
a posição [da mídia] em geral aqui no Rio
foi de um golpismo descarado.
Rasgaram a fantasia e, com ela, se foram os cuidados”.

“Eu não tive emprego nesse período.
Encabecei uma lista apresentada pelo Juracy Magalhães,
ministro da Justiça, numa REUNIÃO COM DONOS DE JORNAL,
aqui no Rio no Ministério da Justiça.

Dessa LISTA constavam cerca de DEZ ou DOZE JORNALISTAS
que o Juracy informava que NÃO DEVERIAM SER postos
ou mantidos nas redações.

Eram pessoas que os haviam incomodado de alguma maneira
ou tinham posições muito claras [Contra a Ditadura Militar].”

Jornalista JÂNIO DE FREITAS
Tesemunha Viva da História
do Golpe Militar de 1964.
https://youtu.be/waU6u593p3Y?t=661

Zé Maria

Entrevista: Jornalista JÂNIO DE FREITAS.

“Com o golpe de 1964, encabecei a Lista
de Jornalistas impedidos de trabalhar”

No Canal Tutaméia, com Rodolfo e Eleonora:

https://youtu.be/waU6u593p3Y?t=13

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BERNARDO MARTINS DE ALCÂNTARA E SILVA

Penso que o governo nada deve fazer. O Clube Militar é uma agremiação pública de caráter privado e eles homenageiam ou fazem apologia a golpes de estado por terem liberdade de expressão. Também não se deve dar holofote a essa instituição anacrônica e sem sentido. A História, como eles dizem, não se reescreve; de fato o golpe de 1964 foi golpe e ponto. E a data certa foi 01 de abril.

Zé Maria

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“1964-2024: A Mídia e os 60 Anos do Golpe”

https://youtu.be/Z7SGmXsa2T0?t=860

Manifestação de DIVA SANTANA
Diretora do Grupo Tortura Nunca Mais Bahia,
irmã de Dinaelza Santana Coqueiro e cunhada
de Vandick Reidener Pereira Coqueiro, ambos
desaparecidos políticos.
Foi Conselheira da Comissão Especial sobre
Mortos e Desaparecidos Políticos,
órgão extinto pelo governo Bolsonaro.

https://www.viomundo.com.br/politica/ao-vivo-barao-de-itarare-promove-live-sobre-os-60-anos-do-golpe-e-o-papel-da-midia.html

Zé Maria

https://www.redebrasilatual.com.br/wp-content/uploads/2019/05/PINT1223.jpg

O Ministério da Justiça poderia realizar um Ato de Recriação
da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos,
conforme Recomendação do Ministério Público Federal (MPF).

E o Ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania poderia
convidar os Movimentos Democráticos Populares para um
Almoço de Confraternização e Solidariedade aos Familiares
dos Mortos e Desaparecidos Políticos durante a Ditadura Militar.

https://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/ministerio-da-justica-da-parecer-favoravel-a-recriacao-da-comissao-sobre-mortos-e-desaparecidos-politicos/

https://agenciabrasil.ebc.com.br/justica/noticia/2024-03/mpf-recomenda-reinstalacao-da-comissao-de-mortos-e-desaparecidos

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Zé Maria

Não farão nada, absolutamente nada.

Orivaldo Guimarães de Paula Filho

Não é possível combater o fascismo com a conciliação. O fascismo tem que ser combatido com ações enérgicas e confrontando suas ideias. Não é possível conversar com fascistas, mas parece que o Governo Lula ainda não entendeu ou não quer entender isso.

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