VÍDEO: ABI relembra os 60 anos do comício da Central da Brasil e do golpe de 1964

Tempo de leitura: 3 min

 

Evento na ABI relembra os 60 anos do Comício da Central e do Golpe de 1964 com exposição

Ato acontece no dia 13 de março no Centro do Rio e contará com o lançamento da mostra “Rio 64 – a capital do golpe”, com diversas imagens marcantes do período

ABI

O Rio Memórias e a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) realizam evento no dia 13 de março, quarta-feira, às 16h, sobre os 60 anos do Comício da Central e do Golpe de 64, na sede da ABI, no Centro do Rio.

No ato, será lançada a exposição “Rio 64 – a capital do golpe”, que traz momentos importantes do golpe civil-militar.

O Rio Memórias e a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) realizam evento no dia 13 de março, quarta-feira, às 16h, sobre os 60 anos do Comício da Central e do Golpe de 64, na sede da ABI, no Centro do Rio. No ato, será lançada a exposição “Rio 64 – a capital do golpe”, que traz momentos importantes do golpe civil-militar.

O evento da ABI contará com as presenças da viúva do presidente João Goulart, dona Maria Thereza, das filhas e netas, e de Gabriel do Vale, cantor e neto do poeta João do Vale, além de outras personalidades.

Relembrar para nunca mais repetir

A exposição “Rio 64 – a capital do golpe”, que fica em cartaz até o dia 13 de abril, relembra os principais acontecimentos que culminaram no golpe na madrugada do dia 01 de abril e o contexto cultural e intelectual da época.

Simultaneamente à inauguração da exposição física, será lançada a versão virtual no site Rio Memórias (www.riomemorias.com.br), onde os visitantes poderão acessar na íntegra as memórias apresentadas na exposição física, além de outros acontecimentos.

A curadoria da exposição é assinada por Heloisa Starling, escritora, historiadora, professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e coordenadora do Projeto República, e Danilo Marques, doutor em história pela UFMG e pesquisador do Projeto República.

Serviço

Ato 60 anos do Comício da Central

Data e horário: dia 13 de março, quarta-feira, às 16h

Local: Sede ABI – Rua Araújo Porto Alegre, 71, 9º andar, Centro, Rio de Janeiro – RJ

Entrada: livre

Exposição “Rio 64 – a capital do golpe”

Temporada: de 13 de março até 13 de abril

Dias e horário de visitação: de segunda a sexta, das 10h às 17h

Local: Sede ABI – Rua Araújo Porto Alegre, 71, 9º andar, Centro, Rio de Janeiro – RJ

Entrada: livre

Em Memória aos 60 anos do Comício da Central do Brasil

Nessa quarta-feira, 13/03, às 16h00
Na ABI

Junto com sindicatos, partidos de esquerda e trabalhadores do campo e da cidade, os estudantes tiveram presença marcante no comício da Central do Brasil, no dia 13 de março de 1964.

A força da UNE se fez presente naquele ato e continuou mobilizada, mesmo depois do golpe, na clandestinidade, reunindo multidões em passeatas e desafiando a ditadura que se instalou no Brasil depois do golpe de 64.

Agora, 60 anos depois, a UNE está novamente junto aos movimentos sociais e políticos na defesa da democracia e da soberania do nosso país. A UNE e os movimentos de estudantes secundaristas estarão juntos com a ABI no ato Em Memória aos 60 anos do Comício da Central, nesta Quarta-Feira (13/03), às 16h00, à Rua Araujo Porto Alegre, 71, Centro do Rio.

Leia também

VÍDEO: O que Diva Santana, Beatriz Kushnir e Nilmário Miranda falaram sobre a mídia e os 60 anos do golpe

Jeferson Miola: Como agirão governo, PGR e judiciário diante da celebração dos 60 anos do golpe pelo Clube Militar?


Siga-nos no


Comentários

Clique aqui para ler e comentar

Zé Maria

República Federativa do Brasil
Câmara dos Deputados

COMISSÃO EXTERNA DESTINADA A ESCLARECER EM QUE CIRCUNSTÂNCIAS OCORREU A MORTE [ou o Assassinato] DO EX-PRESIDENTE JOÃO GOULART, EM 6 DE DEZEMBRO DE 1976, NA PROVÍNCIA DE CORRIENTES, NA ARGENTINA.

RELATÓRIO FINAL

Excerto da Conclusão:

“João Goulart morreu em 6 de dezembro de 1976, na cidade de Mercedes, Argentina, país governado por uma ditadura militar.
Seu corpo, colocado às pressas em um caixão, descalço, em traje de dormir,
não foi autopsiado, nem no país em que faleceu, nem no Brasil, país em que
foi enterrado, e que também vivia sob o jugo de uma ditadura.
Ambos os regimes seriam os mais interessados em esclarecer a morte do
ex-presidente, se ela decorresse de causas naturais.
Até porque, à época, os assassinatos políticos proliferavam na América
do Sul – e, em particular, na própria Argentina.

A ‘Operação Condor’ já se tornava visível. Uma bomba explode no carro
e mata o general Carlos Prats, comandante em chefe do Exército chileno
sob o governo Allende, e sua esposa, Sofía Cuthbert, em setembro de 1974,
dois anos antes da morte do ex-presidente brasileiro.

Em setembro de 1976, já próximo à morte de João Goulart, é assassinado,
em Washington, o ministro do Interior e da Defesa de Salvador Allende,
Orlando Letelier.
Temos, ainda, a incriminar os agentes da ‘Operação Condor’,
os assassinatos do general Juan José Torres, ex-governante boliviano,
que apareceu morto com um tiro na nuca, do ex-presidente da Câmara
dos Deputados, Héctor Gutiérrez Ruiz, e do ex-senador Zelmar Michelini,
uruguaios, os três mortos em Buenos Aires, Argentina, os três, em 1976,
ano da morte de João Goulart, repetimos.

E esses exemplos são, apenas, de tragédias visíveis, pela própria visibilidade
das vítimas. Mas a coordenação repressiva era muito mais ampla.
O Prêmio Nobel da Paz, Adolfo Pérez Esquivel, quando prestativamente
recebeu membros desta Comissão na Argentina, declarou que, ao ser detido
em São Paulo, no ano de 1975, no DOPS, onde o encapuzaram e interrogaram
a noite toda, eram-lhe mostrados, sob o capuz, informes da polícia
argentina, da polícia chilena, tornando-se explícito, por iniciativa dos
próprios agentes da repressão, que ele era vítima de uma ‘Operação
Continental’.

Nossos trabalhos foram marcados pelo surgimento e acúmulo de fatos
novos, alguns descobertos pela própria Comissão, outros descobertos
nas demais instâncias em que se desenvolviam e desenvolvem
investigações sobre a ‘Operação Condor’.

Mês a mês aparecem, nos países do Cone Sul, novas informações, pelo
aprofundamento da pesquisa nos arquivos já conhecidos, ou se descobrem
novos arquivos, até recentemente desconhecidos.

De outra parte, é cada vez mais clara a participação de ‘órgãos de
informação estadunidenses’ na articulação dos aparelhos repressivos
da América do Sul – e, também no país do norte, documentos
governamentais reservados vão sendo lentamente desclassificados,
abrindo campo para a análise, necessariamente longa e cuidadosa,
do que neles se contém.

Um único exemplo basta para indicar o muito que ainda há por fazer.
Somente em 2001, muitos meses após a instalação desta Comissão
Externa, foi publicado, em nosso país, um trabalho acadêmico em que
se explora um arquivo de documentos oficiais, procedentes de órgãos
do governo brasileiro envolvidos com a repressão às organizações da
esquerda armada.

Trata-se do já citado livro do historiador Carlos Fico, “Como Eles Agiam:
Os Subterrâneos da Ditadura Militar: Espionagem e Polícia Política”,
publicado pela Editora Record [*].

Ora, trabalhos como esse são indispensáveis para bem compreender
as circunstâncias da morte de João Goulart.

Todas as descobertas recentes têm indicado que seu falecimento não pode
ser analisado separadamente da conjuntura repressiva de meados da
década de 1970.

Interessa a esta Comissão acentuar que as pesquisas mais gerais sobre
a ‘Operação Condor’ não ficarão completas enquanto a morte do
ex-presidente não for corretamente situada no interior do processo
repressivo.

Não se trata apenas, como já foi esclarecido, de investigar os poucos anos
em que a ‘Operação Condor’ se desenrolou com maior desenvoltura.

É importante que ela seja incluída no processo histórico que começou com
o golpe de Estado contra o governo João Goulart em 1964 – e que se mostre
como dirigentes políticos sul-americanos foram mortos na década de 1970
em função de um projeto político, para impedir o retorno de lideranças
populares afastadas por uma sucessão de golpes nos anos anteriores.

Ademais, a análise não pode ficar apenas no nível factual, das ações
repressivas em sentido estrito.

O golpe de Estado de 1964, no Brasil, constitui momento importante,
talvez o mais importante, da implantação de um novo projeto social, econômico e político para a América do Sul, uma verdadeira mudança
estrutural na história do continente.

A violência com que tal projeto foi implantado, aqui e nos países vizinhos,
já deixa entrever o grau de exclusão social nele contido e o tipo de
recurso [violento] necessário para impô-lo ao nosso povo.

[*] https://books.google.com.br/books/about/Como_eles_agiam.html?hl=pt-BR&id=m5fW_Fk7mhMC&redir_esc=y
https://dokumen.pub/como-eles-agiam-os-subterraneos-da-ditadura-militar-espionagem-e-policia-politica-8501059846.html
https://www.estantevirtual.com.br/sebomafalda/carlos-fico-como-eles-agiam-os-subterraneos-da-ditadura-militar-4001563133

Íntegra:
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=106119&filename=REL%201/2001%20CEXGOULA

.

Zé Maria

Documentário

“Terra Revolta: João Pinheiro Neto
e a Reforma Agrária no Brasil”

Direção: Caio Bortolotti & Bárbara Goulart

https://youtu.be/AVGWRpNCDVg

.

Zé Maria

https://img.travessa.com.br/livro/GR/c1/c1287392-b511-4a91-88c4-6420a13e4412.jpg

Livro: “O Passado em Disputa: Memórias Políticas Sobre João Goulart”

Autora: Bárbara Goulart, Neta de Jango.

https://www.torturanuncamais-rj.org.br/lancamento-do-livro-o-passado-em-disputa-de-barbara-goulart

.

Deixe seu comentário

Leia também