Ignacio Delgado: É hora de intensificar as ações contra o golpe

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Não vai ter golpe RJ-001

POSSIBILIDADES DE RECUPERAÇÃO E A PRESSA DOS GOLPISTAS

por Ignacio Godinho Delgado, em sua página no Facebook 

Em janeiro a indústria conheceu variação positiva de 0,4%, que atingiu todas as categorias do setor.

Segundo o IEDI, contribuíram para isso o viés exportador de alguns segmentos e a elevação do salário mínimo. Evidenciam-se, pois, os efeitos benéficos do ajuste cambial para o desempenho da indústria.

Se for considerada a performance positiva das exportações e da balança comercial no ano, será possível vislumbrar um cenário de recuperação mais rápido do que o cogitado pelos “analistas de mercado”?

Naturalmente contribuiria para isso a contenção das operações de sabotagem do Comandante Moro, e seu destacamento de procuradores e delegados da Lava Jato, que atingem a cadeia de petróleo e gás (4% do PIB) e a construção pesada. Acordos de leniência já.

Entende-se a pressa dos golpistas. Desde o final de 2014 eles encontram-se empenhados numa estratégia de esgotamento das bases de operação de seus adversários (no caso o Brasil e a ordem democrática), por via da contaminação da economia pela crise política, com a disseminação do pessimismo e da incerteza. Num quadro de recuperação, verão ruir um dos componentes fundamentais de seu discurso.

É hora, pois, de acentuar as ações contra o golpe. Não se trata de defender simplesmente o governo Dilma, nem abdicar da crítica. Deserção no combate ao golpe, todavia, é apenas deserção. Pode apaziguar o espírito de alguns, mas seu efeito prático para a luta dos trabalhadores é nenhum ou negativo.

Trata-se de defender as regras do jogo e a ordem democrática. É dentro dela que os interesses dos trabalhadores poderão ser garantidos e, eventualmente, efetuadas correções no rumo do governo.

Fora isso, mirem-se na Argentina de Macri, se Dilma for derrubada.

Dois Macris no continente não é uma situação que diz respeito (negativamente) apenas aos trabalhadores e setores populares do Brasil e da Argentina. É uma mudança radical de cenário geopolítico, que favorece a incorporação passiva da América do Sul à órbita de influência dos EUA, nos últimos anos minada pelas ações dos governos progressistas em diversos países da região.

Clareza e firmeza de propósitos.

Em defesa da democracia.

Não ao golpe.

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