Holofote: SBPC cobra punição a responsáveis por ataques de grupos de extrema direita à USP, Unifesp e UFPR

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A professora Melina Fachin, filha do ministro do STF, Edson Fachin, foi vítima de agressões verbais e uma cusparada no campus da Universidade Federal do Paraná. Foto: Reprodução redes sociais

SBPC cobra punição para responsáveis por ataques de extrema direita em invasão à USP, Unifesp e UFPR

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A SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência) divulgou nota em que repudia os ataques da extrema direita durante as invasões aos campi da USP (Universidade de São Paulo), Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e UFPR (Universidade Federal do Paraná).

A entidade, com 80 anos de existência em defesa da Ciência, cobra apuração rigorosa e a punição dos responsáveis pelos atos violentos contra estudantes, professores e funcionários das três Universidades.

“Repudiamos o ataque sofrido pela Profa. Dra. Melina Facchin na UFPR, pelos estudantes e trabalhadores na FFLCH/USP e na UNIFESP. Verificamos que foram várias ações violentas e provocadoras que grupos de ultradireita, ligados a vereadores e deputados estaduais que vêm produzindo não só ameaças como agressões físicas”, diz trecho da nota.

E acrescenta: “Como se não bastasse, houve também situações junto à UNIFESSPA, UFRGS e UFMT. Chama-nos a atenção que todos esses atos tenham ocorrido nos dias subsequentes ao julgamento e condenação dos réus que praticaram crimes contra a Constituição Federal pela tentativa de golpe contra a Democracia de nosso país”.

A entidade classifica a violência praticada pela extrema direita durante as invasões aos campi como ataques à democracia. “As universidades públicas brasileiras são territórios de livre pensamento e organização, que sempre estiveram na fronteira da produção de conhecimento, da autonomia e da soberania nacional e sempre lutaram contra todas as formas de autoritarismos.”

Confira seguir a íntegra da nota divulgada pela SBPC.

“A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), entidade que reúne a ciência brasileira há 8 décadas e que lutou pela democratização e redemocratização de nosso país, vem a público manifestar o seu repúdio em relação aos atos recentemente ocorridos em espaços de importantes universidades públicas, como a UFPR, USP e UNIFESP. São instituições que, ao lado de outras universidades e institutos de pesquisa, vêm desenvolvendo ensino e pesquisas de excelência, que atuam para a formação e o desenvolvimento científico e econômico, além de serem agentes da transformação social.

Repudiamos o ataque sofrido pela Profa. Dra. Melina Facchin na UFPR, pelos estudantes e trabalhadores na FFLCH/USP e na UNIFESP. Verificamos que foram várias ações violentas e provocadoras que grupos de ultradireita, ligados a vereadores e deputados estaduais que vêm produzindo não só ameaças como agressões físicas. Como se não bastasse, houve também situações junto à UNIFESSPA, UFRGS e UFMT. Chama-nos a atenção que todos esses atos tenham ocorrido nos dias subsequentes ao julgamento e condenação dos réus que praticaram crimes contra a Constituição Federal pela tentativa de golpe contra a Democracia de nosso país.

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As universidades públicas brasileiras são territórios de livre pensamento e organização, que sempre estiveram na fronteira da produção de conhecimento, da autonomia e da soberania nacional e sempre lutaram contra todas as formas de autoritarismos. Estes episódios são ataques à democracia e simbolizam o quanto é importante para a nossa nação que as universidades continuem a sua atuação na construção de um país mais justo, equânime e que seja protegido pelo Estado Brasileiro.

Neste sentido, nos solidarizamos com todas as instituições, os professores, técnicos e estudantes atacados e solicitamos a apuração rigorosa e punição dos autores dos crimes de violação do direito constitucional à Educação Pública e à Ciência.

São Paulo, 17 de setembro de 2025

Diretoria da SBPC”.

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