Governador do Ceará relaxa isolamento, mas volta atrás depois de Jereissati falar em “explosão” de casos

Tempo de leitura: 2 min
Foto O Povo

Da Redação

O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), flexibilizou o decreto de isolamento social que havia assinado, mas voltou atrás depois de receber críticas de aliados.

Ainda assim, de acordo com o diário O Povo, de Fortaleza, houve aumento de movimento na capital cearense, especialmente no terminal rodoviário e diante dos bancos.

Um mês depois do primeiro caso confirmado, o Ceará tinha 976 infectados e 26 mortos no domingo. Dados oficiais dizem que casos já foram constatados em 34 municípios.

Fortaleza pode se tornar um dos hotspots do Brasil. Tem hoje 872 casos confirmados.

As mudanças pretendidas pelo governador permitiriam a abertura de parte da indústria, do comércio de materiais de higiene e construção e a volta das feiras livres.

Horas depois, Camilo voltou atrás.

“Diante da argumentação feita pelo nosso Comitê de Saúde, demonstrando preocupação com as flexibilizações de funcionamento colocadas pelo Governo do Estado nesse último decreto que entraria em vigor nesta segunda-feira (6), decidi revogar imediatamente o mesmo, e publicar um novo decreto, mantendo todas as proibições dos decretos anteriores, e com o mesmo prazo de validade de 15 dias. Se houve um erro nessa proposta de flexibilização, que seja imediatamente corrigido”.

O prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT), bem como o secretário da Saúde, Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho, o Dr. Cabeto, teriam se manifestado contra a decisão de Camilo.

O senador Tasso Jereissati, do PSDB, hoje muito próximo da família Gomes, que comanda o Ceará, foi às redes sociais com uma advertência:

Gostaria de externar meu profundo desacordo com o Decreto do governador Camilo Santana que flexibilizou as regras de isolamento social recomendadas pelos órgãos de saúde, que têm sido adotadas por todo o mundo, principalmente neste momento em que a epidemia sai dos bairros de classe média e alta de Fortaleza e entra na periferia.

Justamente aqueles que estão mais vulneráveis e que não têm condições de usar hospitais particulares.

Do jeito que está, o número de contaminações vai explodir e o sistema de saúde do Ceará não terá condições de receber e dar o tratamento adequado à população.

Além do mais, agora que a epidemia está entrando no interior do nosso Estado, essa medida não poderia ser mais inoportuna, porque vai atingir, exatamente, a população mais vulnerável do estado do Ceará.

É lamentável.


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Comentários

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Zé Maria

Tão dando poleiro pra Tucano.

    Morvan

    Ele é assessorado pelos Ferreira Gomes. Precisa de mais?

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