Freixo publica balanço: clã Bolsonaro usou mais de R$ 1,6 milhão em dinheiro vivo em transações

Da Redação

A ex-senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-PA) usou o twitter para reproduzir uma reportagem da TV Globo que tratou do uso de dinheiro vivo pelos irmãos Eduardo e Carlos Bolsonaro para a compra de imóveis.

“De onde será, hein? Será das rachadinhas?”, ela perguntou.

Nos últimos dias, novas revelações foram feitas sobre o uso de dinheiro vivo pela família em diversas transações.

O vereador Carlos Bolsonaro, por exemplo, aos 20 anos de idade, em 2003, quando estava no primeiro mandato de vereador, pagou R$ 150 mil “em moeda corrente do país, contada e achada certa”, de acordo com documento oficial.

Em outra transação suspeita, Carlos pagou apenas R$ 70 mil por um apartamento em Copacabana avaliado em R$ 230 mil pela Prefeitura para efeito de cobrança de impostos.

Em 2016, o irmão Eduardo Bolsonaro deu R$ 100 mil em dinheiro vivo na compra de um apartamento em Botafogo; em 2011, antes mesmo de se tornar deputado federal, ele já tinha dado R$ 50 mil na compra de imóvel em Copacabana.

O deputado federal Marcelo Freixo (Psol-RJ) acrescentou outras instâncias em que o clã Bolsonaro usou dinheiro vivo em compras, totalizando mais de R$ 1,5 milhão.

Esse valor não é incompatível com o esquema do rachadão que está sendo investigado pelo Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro.

Através dele, a família desviaria dinheiro público do salário de assessores parlamentares para enriquecimento pessoal, através de esquema turbinado pelo laranja Fabrício Queiroz.

Os assessores fantasmas utilizados no esquema são, em sua maioria, aparentados do próprio clã.

Queiroz depositou R$ 89 mil na conta bancária da primeira dama Michelle Bolsonaro e fazia pagamentos na boca do caixa das mensalidades escolares e do seguro de saúde da família do ex-deputado estadual e agora senador Flávio Bolsonaro.