Filha de Queiroz repassava 77% do que recebia de Jair Bolsonaro ao pai

Tempo de leitura: 2 min
Nathalia (direita) com Bruna Marquezine, foto redes sociais

Da Redação

Personal trainer no Rio de Janeiro, Nathália Queiroz era empregada do gabinete do deputado federal Jair Bolsonaro em Brasília.

A funcionária fantasma recolheu R$ 150.539,41 em dinheiro público da Câmara dos Deputados enquanto atendia celebridades no Rio.

Do total, ela repassou 77% à conta bancária do pai, Fabrício Queiroz, acusado de organizar o esquema de rachadinhas no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

Através do emprego de parentes e amigos, o clã Bolsonaro é acusado de enriquecer com o desvio de salários de assessores fantasmas, dentre os quais familiares do assassino de aluguel Adriano Magalhães da Nóbrega.

Ele foi fuzilado pela Polícia Militar da Bahia em fevereiro deste ano, quando estava foragido.

Investigações posteriores revelaram que Adriano teve contato indireto com Márcia, a esposa de Queiroz.

Fabrício e a mulher estão em prisão domiciliar.

Primeiro, Nathália foi funcionária fantasma da própria Alerj, entre dezembro de 2007 e dezembro de 2016. Repassou 82% dos salários recebidos como assessora de Flávio ao pai.

Em dezembro de 2016, “promovida” a assessora de Jair Bolsonaro em Brasília, ela continuou as transferências para a conta de Queiroz, mesmo morando no Rio de Janeiro.

Segundo o Ministério Público Estadual, mais de 35% dos repasses feitos a Fabrício Queiroz no esquema vieram da filha.

A data do fim dos repasses coincide com a denúncia feita por Paulo Marinho, ex-aliado de Jair Bolsonaro.

Foi em outubro de 2018, segundo Marinho, que vazou para Flávio Bolsonaro a existência de uma investigação sobre o clã na Polícia Federal.

O último repasse de Nathália, de acordo com a quebra de sigilo bancário, foi em 21 de setembro de 2018.

Nathália recebeu os salários da Câmara em outubro e  novembro, mas não repetiu os repasses que vinha fazendo ao pai, de acordo com a Folha de S. Paulo.


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Zé Maria

O cerco está se fechando. O Mourão já enquadrou o Jair Bolsonaro.

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