por Luiz Carlos Azenha
A presidente Dilma não é estatista, nem privatista.
Não deu guinada à direita, como dizem os críticos à esquerda.
Segue a mesma lógica do governo do ex-presidente Lula: gera “uma dialética positiva, virtuosa”, ao colocar o Estado em alguns setores da economia não apenas como fiscalizador, regulador e indutor, mas como “produtor”.
São opiniões do ex-ministro Luiz Dulci, que recentemente lançou o livro Um Salto para o Futuro com um balanço da política econômica dos dois mandatos de Lula.
Dulci diz que Dilma, como Lula, não é antiempresarial, nem tem preconceito em relação a setores econômicos, mas que ela não acredita em Estado mínimo, o que é um “erro grave mesmo do ponto-de-vista de uma economia capitalista”.
Ele lembra que o Estado é forte nos Estados Unidos, onde as compras governamentais são decisivas para dar rumos à economia — lembrei ao ex-ministro, também, que os subsídios à agricultura controlados a partir de Washington equivalem a uma política agrícola.
Dulci lembrou que, durante a crise de 2008, se o Estado brasileiro não tivesse o controle da Petrobras, do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal o país teria enfrentado dificuldades econômicas muito mais graves que as que enfrentou.
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Ele também rebate os críticos que dizem que Dilma adotou um neoliberalismo light ao propor concessões para portos, aeroportos e rodovias. “O Estado não está transferindo propriedade, fixa margens de lucro e tem o papel de fiscalizar e supervisionar” as concessões, argumenta. Por isso, não equivalem às privatizações clássicas dos tucanos.
Clique abaixo para ouvir os trechos finais da entrevista.
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