Doria vai pra Miami, Covas tem aumento de 46% e velhinhos ficam sem passe livre nos ônibus, trens e metrô de SP

Tempo de leitura: 2 min
Reprodução

Idec critica retirada de gratuidade a idosos no transporte de São Paulo

Medida foi publicada pela prefeitura e governo do Estado e valerá para usuários entre 60 e 65 anos em ônibus, trens e metrô.

Do IDEC

Em uma ação conjunta, feita de forma equivocada e sem debate público, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, e o governador do Estado, João Doria, determinaram hoje (23/12) a suspensão das gratuidades para idosos entre 60 e 65 anos em ônibus, trens e metrô na capital, além dos ônibus intermunicipais da Grande São Paulo.

A mudança deverá ocorrer a partir de 1º de janeiro de 2021.

O Idec critica fortemente a medida, que trará impactos muito negativos para a população já penalizada pela pandemia e para a mobilidade da cidade como um todo.

No caso da Prefeitura, a suspensão foi obtida por meio de projeto de lei na Câmara Municipal, proposto e aprovado às pressas na terça-feira (22) e sancionado na quarta (23).

Já o governo do Estado publicou, na quarta-feira (23), um decreto que suspendeu a regulamentação da lei estadual que estabelecia o benefício.

A suspensão não vale para idosos acima de 65 anos porque a gratuidade está garantida pelo Estatuto do Idoso, uma lei federal.

Em São Paulo, esse limite havia sido dominuído para 60, após os protestos contra o aumento da tarifa ocorridos 2013.

Segundo Rafael Calábria, especialista de mobilidade urbana do Idec e membro do Conselho Municipal de Transporte e Trânsito de São Paulo (CMTT), uma medida como essa deveria ter sido debatida melhor com a sociedade.

“Da forma como ocorreu foi um total desrespeito ao direito do usuário. Tínhamos uma reunião do Conselho agendada ontem (22), onde a prefeitura poderia ter levado o assunto para discussão, mas o encontro foi suspenso por problemas de segurança digital”, conta.

Outro problema levantado por ele é a falta de embasamento sobre uma eventual economia com o subsídio, que a prefeitura paga às empresas de transporte para bancar as gratuidades.

Isso porque a maior parte dos idosos não passa na catraca, apenas mostra o RG para o motorista e o cobrador, portanto não está inseridos nos cálculos do sistema.

“Além disso, a remuneração dos novos contratos de ônibus já não paga mais as empresas por passageiro, ela se dá pelos custos da operação. Então não importa para o governo se o passageiro é gratuito ou não”, diz.

Assim, o Idec entende que o único resultado que se pode esperar é a perda ainda maior de usuários do transporte público, indo na contramão do que a cidade precisa.

“Isso já vem ocorrendo pelo alto valor da tarifa, pela má qualidade do transporte e, agora, pelo medo da pandemia”, explica Calábria.

Ele ressalta ainda o impacto social cruel que a suspensão do benefício trará.

“Vivemos um momento de grave crise econômica e sanitária, com alta taxa de desemprego, aumento do valor de itens da cesta básica. Imagina o impacto que essa mudança terá na vida de um idoso da periferia. É muita irresponsabilidade”, pondera.

PS do Viomundo: O governador João Doria só não está em Miami porque o vice Rodrigo Garcia testou positivo para coronavírus e as férias do mandatário foram canceladas


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Comentários

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Gelmar

Paulista é jumento ao cubo.
Vota PSDB e continua sempre a mesma coisa.
Quem votou PSDB foi enganado, mas como é o PSDB tá tudo certo.

a.ali

ué, ñ querim NOVIDADES, leia-se boulos, né ? preferiram o DE SEMPRE, desde o avô…agora, andem à pé que faz bem à saúde! é o mt. obgdo. do covas pelos votos recebidos dos otários…envelheceram e ñ aprenderam, até porque venceram o receio da pandemia e foram votar nele qdo. o salafrario começou a apelar, agora, RALEM-SE pra ñ escrever um palavrão!!!

Zé Maria

2021 será um ano de mais lutas por emprego, direitos, saúde e vacina para todos

Direção Nacional da CUT analisou o ano que se encerra, fez um balanço das lutas
e elencou as prioridades para o ano que vem, entre elas ‘Vacinas Já’ e para todos

Revoga o Teto
Para a CUT, outro ponto prioritário da luta em 2021 será enfrentar
a agenda econômica unitária da direita neoliberal e bolsonarista.

Essa agenda enxerga na tragédia brasileira uma oportunidade
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além da reforma Administrativa que vai destruir os serviços públicos.

A CUT destaca que tudo isso está “sustentado no mito da austeridade e
do ajuste fiscal para atender os interesses de “investidores” em detrimento
do povo”.

Para dar conta dos desafios apontados para o próximo ano, a CUT definiu
três linhas de ação combinadas que envolvem a organização sindical,
a unidade das forças democrático-populares e pelo menos dez planos
de luta que incluem a defesa de vacinas para todos, a defesa do SUS,
recursos para testagem e vacinação em massa, luta por empregos e
garantia de direitos trabalhistas. A defesa das estatais e dos serviços públicos,
contra as privatizações, a [luta contra a] reforma Administrativa e
o teto de gastos está no horizonte.
Uma greve geral dos servidores públicos das três esferas não está descartada.

Íntegra em:
https://www.condsef.org.br/noticias/cut-faz-balanco-2020-aponta-prioridades-luta-proximo-ano

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