Dilma diz que Temer lidera governo de “homens velhos, ricos e brancos” e adota temas populares nas redes

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O clube do Rio que barrou babás e os animais estupradores 

Da Redação

“Eu jamais pensei que assistiria alguém ameaçar o Bolsa Família e as conquistas na área de educação. Nunca pensei que num país com essa diversidade pudessem extinguir o Ministério da Cultura. Não é um capricho nosso querer que sejamos representadas no primeiro escalão do governo, porque não é possível deixar que ocorra estupro coletivo ou segregação de babás”.

A frase foi dita ontem pela presidenta afastada Dilma Rousseff a uma multidão de mulheres que participou da Marcha das Mulheres pela Democracia e Cultura contra o Golpe no Rio de Janeiro.

Ela se referia a dois temas muito populares nas redes sociais: à proibição do uso do banheiro das sócias por babás, no Country Club do Rio de Janeiro, e ao estupro coletivo de uma adolescente por um bando de marmanjos na mesma cidade.

“Essa cultura do estupro contra as mulheres e da exclusão social é algo que nós sabemos que tem que ser combatido por todos os movimentos, mas também pelos governos. É lamentável que ao escolher uma secretária das mulheres ela se manifeste contra o aborto em caso de estupro, previsto em lei. É uma conquista ainda pequena das mulheres, mas é uma conquista. Um agente público, homem ou mulher, mas sobretudo uma mulher, não pode achar que as suas convicções pessoais se sobreponham à lei”, afirmou Dilma.

É uma referência a Fátima Pelaes, indicada pelo governo Temer para a Secretaria de Políticas para Mulheres. A ex-deputada diz que, depois que “encontrou Jesus”, não levanta mais bandeiras contrárias “aos valores bíblicos”.

Porém, depois da nomeação, ela divulgou a seguinte nota: “Sempre trabalhei de forma democrática para defender a ampliação dos direitos das mulheres. Em respeito à minha história de vida, o meu posicionamento sobre a descriminalização do aborto não vai afetar o debate de qualquer questão a frente da Secretaria de Políticas Públicas para Mulheres. A mulher vítima de estupro, que optar pela interrupção da gravidez, deve ter total apoio do Estado, direito hoje já garantido por lei. Trabalharei, incansavelmente, para combater qualquer tipo de violência contra a mulher”.

Em seu discurso, Dilma também falou sobre o impeachment a partir de um ponto-de-vista feminista:

“No início eles queriam que eu renunciasse, para tirar o incômodo que é a minha presença. Eu não cometi nenhum crime de corrupção, não desviei dinheiro público, não tenho conta na Suíça, então era melhor que eu renunciasse para evitar o incômodo de tirar uma pessoa inocente. As mulheres resistem, seguram uma barra feia e seguram o bonde. A minha vida inteira eu lutei contra a ditadura nesse país. E agora eu tenho a honra de lutar pela democracia nesse país. Eu sei que sou um grande incomodo, porque, como eu sou mulher, eles confundem as coisas. Eles falam que mulher é frágil, mas, se a gente fosse frágil, a gente não criava filho, não segurava trabalhar e cuidar das crianças, não conseguiríamos ter um trabalho decente, nos formar nas universidades, somos a maioria em vários cursos. E se a gente fosse tão frágil, eu não seria a primeira mulher presidente”.

Apesar do bom discurso da mandatária, a inépcia de sua assessoria pode reduzir o impacto da fala. As publicações de Dilma são feitas exclusivamente na plataforma do Facebook e um vídeo de baixa qualidade técnica, com cerca de 40 minutos de duração, nem sempre obtém a reprodução de vídeos editados, com os melhores momentos, que podem circular do twitter ao You Tube, do Vimeo ao whats app.

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Comentários

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FrancoAtirador

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Desesperada com Popularidade da Presidente,

Mídia Jabá do Michel Jaburu Ataca Dilma Vana
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Nota da Assessoria de Imprensa
da Presidente da República Eleita:
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SOBRE AS NOVAS CALÚNIAS NA IMPRENSA
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“São mentirosas e infundadas as informações veiculadas pela imprensa neste sábado, 4 de junho, noticiando que a Presidenta Dilma Rousseff teria pedido pessoalmente ao empresário Marcelo Odebrecht a doação de R$ 12 milhões para a campanha da reeleição presidencial em 2014.

A base desta calúnia seria a suposta delação feita pelo empresário ao Ministério Público Federal.

Mais uma vez são veiculadas informações de maneira seletiva, arbitrária e sem amparo factual.

A Presidenta da República Dilma Rousseff reitera:
JAMAIS intercedeu pessoalmente junto a qualquer pessoa ou empresário buscando benefícios financeiros para si ou para qualquer pessoa.

A ofensiva de setores da mídia com o objetivo de atacar
a honra pessoal da Presidenta Dilma Rousseff
não irá prosperar. Está fundada numa calúnia.

Cabe aos acusadores provarem as várias denúncias, vazadas
de maneira seletiva, covardemente trazidas por veículos
da imprensa que não têm compromisso com a VERDADE.

A Presidenta Dilma Rousseff anuncia que irá tomar as medidas judiciais cabíveis para reparar os danos provocados pelas infâmias lançadas contra si.

Ela se mantém firme porque sabe que não há nada que possa incriminá-la.

Sua trajetória política mostra seu sincero compromisso com as práticas republicanas, o combate à corrupção e a defesa da democracia brasileira.
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Assessoria de Imprensa da Presidência da República do Brasil
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    FrancoAtirador

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    https://www.facebook.com/DilmaRousseff/posts/1133269290059994
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    FrancoAtirador

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    NOTA DA BANCADA DO PT NO SENADO

    De novo, um veículo da mídia brasileira repete a baixeza ética de submeter-se à difamação para causar impacto perante a opinião pública, com a divulgação de informações mentirosas, sem seguir o princípio basilar de se ouvir a parte acusada.

    As intenções de tal prática merecem ser condenadas enfaticamente, não apenas por denotarem o atraso ético de uma imprensa subdesenvolvida, mas também pelo atentado contra os mais elementares princípios democráticos.

    A presidenta afastada Dilma Rousseff foi alvo da revista Istoé desta semana por sórdida reportagem que se lhe atribui uma única frase, supostamente dita pelo empresário Marcelo Odebrecht, em suposta delação obtida no âmbito da operação Lava Jato.

    A ilação criminosa – sem qualquer elemento comprobatório – ocorre em meio à perda de controle do governo interino de Michel Temer e do grupo de parlamentares que o sustenta quanto às consequências do golpe que articularam contra a titular da Presidência da República, eleita soberanamente pelo voto de mais de 54 milhões de brasileiros.

    O desgoverno dos golpistas mostrou à Nação, em suas primeiras três semanas, a falta de escrúpulos com que pretendem governar o Brasil.

    E é nesse contexto que se dá essa nova demonstração de abandono total de civilidade e de desrespeito às instituições, conquistadas com muito esforço nas últimas décadas.

    Os usurpadores que tomaram o Poder Executivo vêm recebendo crescentes e contundentes sinais de protesto da sociedade, em reação espontânea contra seus atos espúrios.

    Sem a legitimidade do voto popular, golpistas pretendem impor aos brasileiros a extinção de programas sociais e a falência dos sistemas de Saúde e Educação públicas com a nefasta intenção de privatizar serviços básicos que o estado, segundo a Constituição, deve oferecer à população.

    A falta de escrúpulos, associada à ação deletéria da imprensa marrom, expõe o medo dos golpistas de perderem ainda mais o apoio dos senadores, neste momento conturbado da nossa história republicana.

    Os golpistas temem, sobretudo, a reação das ruas aos seus propósitos inconfessáveis.

    Por essas razões, as senadoras e os senadores do Partido dos Trabalhadores, em nome de todas as demais senadoras e senadores de outros partidos que dizem não ao impeachment pretendido de Dilma Rousseff, vêm a público repudiar essa nova investida imoral e criminosa.

    Brasília, 04 de junho de 2016
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    http://www.ptnosenado.org.br/site/noticias/ultimas/item/54381-para-evitar-falencia-revista-adere-aos-golpistas-com-ilacoes-criminosas-contra-dilma
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FrancoAtirador

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TRAGICOMÉDIA DO SÉCULO [PASSADO] NO 3º MILLENIUM
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Agora, convenhamos que o Michel Jaburu montou um Ministério
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que está resgatando os Governos braZileiros do Século Passado:
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Na Área de Direitos Humanos volta ao Tempo da Ditadura Militar.
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No Campo Econômico é como o do Governo Fernando Henrique.
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E em Matéria de Corrupção Política é Igualzinho ao do José Sarney.
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Mas a Tragicomédia Histórica Aberrante
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é a Mídia Empresarial Jabáculê Carcomida
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chamar de ‘Novo’ esse Governo Decrépito.
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JB

Ser rico ou branco ou homem ou velho, em si, não desabona ninguém.

O problema é que são uns criminosos, traidores, parasitas e incompetentes.

O governo golpista é uma pantomima; uma ditadura travestida de democracia. Ditadura 2.0.

É o “Sharpismo”.

    FrancoAtirador

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    Mas há uma Seqüência Lógica nos 4 Qualificativos:
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    São Homens e Brancos, tiveram mais Oportunidades,

    de Berço, para Ocupar Cargos Importantes, de Mando,

    facilitando-lhes a Prática da Exploração do Trabalho

    e a Corrupção, o que os possibilitou chegar à Velhice

    Milionários e Super-Phoderosos, até para dar Golpes,

    caso o Poder Econômico fosse Ameaçado pela Política.
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    .

    JB

    Ah sim, evidentemente.

Julio Silveira

Tudo bem que a Dilma tenha direito a retornar a seu cargo usurpado sob muita articulação criminosa. Situação que certamente ficará por isso mesmo. Mas daí a ela a ela vir bater no peito e criticar elementos que até já fizeram parte de seu governo, medíocre por sinal, tenham a santa paciência. A Dilma foi golpeada, a gente entende sua ira, mas ela que não venha com hipocrisia por que a dor do golpe dói muito mais em nós que a elegemos, para vê-la se rebaixando para a Globo, a Folha, e toda essa corja de usurpadores que hoje tripudiam dela, da constituição e do povo, sem parcimônia.

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