Diante do silêncio de depoente, Ranfolde diz ter indícios de que empresa lavou dinheiro de propina da Precisa usando padarias

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Da Redação

Um emaranhado de empresas que aparentemente serviam como “ônibus” para lavar dinheiro.

Foi o que o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) apresentou hoje na CPI da Pandemia, diante do silêncio quase completo da testemunha, Danilo Trento, que obteve um habeas corpus do STF para não se autoincriminar.

Trento, que confirmou ser o diretor institucional da Precisa Medicamentos, é dono de uma série de empresas, uma das quais baseada nos Estados Unidos.

Através destas empresas, foram feitas várias transferências suspeitas de dinheiro depois que a Precisa fechou contrato com o Ministério da Saúde com caução dada por um banco de fachada, o FIB Bank.

R$ 9 milhões foram transferidos, por exemplo, para quatro padarias.

As empresas ligadas a Trento também fizeram compras suspeitas, como a de um Rolex de luxo, R$ 78 mil, em joalheria de Curitiba.

O senador Randolfe disse não ter dúvidas de que o papel de Trento na compra da Covaxin era o de lavar o dinheiro da propina.

Em 25 de fevereiro deste ano, o contrato para comprar 20 milhões de doses da Covaxin foi anunciado pelo Ministério da Saúde, em valor superior a R$ 1,6 bilhão.

Ele previa o pagamento adiantado de U$ 45 milhões através de uma offshore em Cingapura.

O senador Omar Aziz (PSD-AM) levantou a hipótese de que a offshore denunciada por Randolfe faria a ponte com a de Cingapura.

O deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e seu irmão, que é funcionário de carreira do Ministério da Saúde, denunciaram que o contrato foi acertado depois da promessa de propina de 1 dólar a dose.

Randolfe afirmou hoje que, diferentemente do que dizem senadores governistas na CPI, a Precisa Medicamentos fechou contratos, sim, com o governo federal, contratos que foram adiante mesmo com a empresa sob suspeita.

Por exemplo, um de R$ 15 milhões, para a venda de preservativos, tendo como garantidor… o FIB Bank.


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