Democratas morrem de medo de perder, mesmo com pesquisas indicando uma possível lavada de Biden

Tempo de leitura: 2 min
Eleitores fazem fila antecipada nos EUA. Via Fotos Públicas

Da Redação

Os democratas estão extremamente nervosos. É que em 2016 o New York Times chegou a publicar que Hillary Clinton tinha 85% de chances de vencer dias antes da surpreendente vitória de Donald Trump.

As explicações? Os eleitores de Trump se negam a ser entrevistados por pesquisadores. Eles aparecem para votar de surpresa, mesmo quando dizem anteriormente que não pretendem votar — o voto não é obrigatório nos Estados Unidos. Trump é o preferido dos eleitores de última hora.

De qualquer maneira, já descontando os erros que as pesquisas cometeram em 2016, o New York Times escreveu nesta terça-feira, a uma semana da eleição, que o democrata Joe Biden já teria garantido 280 votos no Colégio Eleitoral, dez a mais que o necessário.

Curiosamente, Biden fez uma aparição na Georgia, um estado que os democratas não ganham desde 1992. Explicação?

Foi reforçar a campanha dos dois candidatos do partido que têm chances de vencer e mudar a equação no Senado, onde hoje a maioria é republicana.

O estado decisivo para Donald Trump é a Pensilvânia, onde ele está consistentemente atrás nas pesquisas.

Sem conquistar um de três estados em jogo — Pensilvânia, Michigan ou Winconsin — Trump não tem chance de vencer.

Até a primeira dama Melania fez uma aparição na Pensilvânia, pedindo votos para o marido.

Enquanto isso, secretamente, os democratas sonham grande: despacharam o ex-presidente Barack Obama para a Flórida, sonham em vencer no Arizona e até no Texas!

Se isso acontecer, Biden poderia passar dos 300 votos no Colégio Eleitoral e vencer a eleição com maioria na Câmara e no Senado.

O sonho democrata pode estar em andamento: mais da metade dos eleitores já votaram nos Estados Unidos. Supõe-se que sejam majoritariamente apoiadores de Biden, que foram convocados por ele para fazer isso.

Votaram pelo correio ou em estados que abrem as urnas antecipadamente para os que não poderão comparecer no 3 de novembro.

22% dos que já votaram têm menos de 40 anos de idade e nesta faixa Joe Biden tem a preferência de 56% a 37%.

Isso é indício de que os jovens pretendem comparecer em massa, o que beneficia o democrata. Barack Obama garantiu sua primeira eleição com o entusiasmo dos mais jovens, que arrefeceu em 2012 mas também foi importante para a reeleição.

Os ataques de Trump contra a vice democrata Kamala Harris podem refletir isso: para se reeleger, ele precisa mover em massa os homens brancos que completaram o ensino médio, seu maior bloco de apoiadores.

Eles respondem como ninguém à campanha com tinturas racistas, machistas e misóginas do presidente.

Em 2016, como a antipática Hillary Clinton era a adversária, Trump conseguiu mobilizar este bloco em massa.

Este ano, no entanto, é diferente: a epidemia de coronavírus deve atingir o pico nos Estados Unidos justamente em torno do dia da eleição.

O eleitorado de homens brancos mais velhos, crucial para a vitória de Trump em 2016, foi justamente o mais atingido pela pandemia.


Siga-nos no


Comentários

Clique aqui para ler e comentar

Nenhum comentário ainda, seja o primeiro!

Deixe seu comentário

Leia também