Juiz Damasceno: Atuação popular contra urnas conservadoras

Tempo de leitura: 7 min

Juiz Damasceno.

por Conceição Lemes

O juiz João Batista Damasceno , do Rio de Janeiro, é um magistrado que age rigorosamente dentro da Constituição mas pensa fora da caixa. É um juiz progressista.

Doutor em Ciência Política e membro da Associação Juízes para a Democracia (AJD), Damasceno é defensor intransigente dos direitos humanos, dos movimentos sociais e populares, da liberdade de expressão.

Observador atento do cenário político nacional, ele, em entrevista ao Viomundo, faz uma avaliação das eleições do último domingo.

Damasceno trata da menor adesão dos jovens de 16 a 18 anos, redução da bancada feminina na Câmara dos Deputados, do crescimento da “bancada da bala”,  do “tiro no pé” das  jornadas de junho (que ele próprio defendeu) e o que fazer, agora, para enfrentar o conservadorismo que emergiu das urnas.

Vale a pena ler a sua entrevista na íntegra.

Viomundo — Que balanço faz dos votos nulos, brancos e abstenções em relação à eleição de 2010?

João Batista Damasceno – A variação não é significativa. Desde as eleições de 1994, eu analiso os índices de abstenção desde as eleições de 1994. Em todas, ele girou em torno de 20%. Os votos brancos costumam ficar entre 3 e 5% e os nulos no dobro disto.

De modo que, nesta eleição, não houve surpresa quanto às abstenções, votos nulos e brancos, ainda que os índices sejam um pouco superiores aos dos demais anos. Mas nada estatisticamente significativo. Apenas pontua que não foi uma eleição com baixo índice de abstenção, votos nulos ou brancos, como a de 2002, quando o presidente Lula se elegeu pela primeira vez.  Aquela eleição, parece, mexeu positivamente com o eleitorado. Foi uma eleição na qual a esperança se confrontou com o medo e venceu.

Viomundo – O que mais o surpreendeu nesta eleição?

João Batista Damasceno — A vitória da presidenta Dilma em Minas Gerais é algo surpreendente. Trata-se do Estado que foi governado por Aécio Neves, seu adversário neste segundo turno, e onde por mais de um século a família dele compõe a elite política.

Mas, ao mesmo tempo em que a presidenta Dilma ganhou a eleição em Minas e o PT elegeu o governador Fernando Pimentel, no primeiro turno, o candidato do PSDB Antônio Anastasia se elegeu para o Senado. Anastasia foi vice-governador de Aécio e foi quem administrou, de fato, o Estado naquele período.

Outra surpresa para mim foi o baixo desempenho da presidenta Dilma na cidade do Rio de Janeiro. Ela ganhou no estado do Rio, mas ficou em terceiro lugar na capital, atrás de Aécio e Marina.  O candidato a governador pelo seu partido, o senador Lindberg Faria, ficou em 5º lugar na capital carioca.

Viomundo — Na eleição passada, mais de 2 milhões de jovens entre 16 e 18 anos se habilitaram para votar. Este ano a adesão foi bem menor, não é?  

João Batista Damasceno – Sim. O Brasil tem cerca de 10 milhões de jovens na faixa etária de 16 a 18 anos. Na eleição de 2010, foram 2.391.352 os jovens de 16 a 18 anos se inscreveram para votar. Na época, foi permitida a inscrição eleitoral somente de quem completasse 16 anos até o dia 30 de junho daquele ano.

Para a eleição deste ano se inscreveram apenas 1.638.751 jovens nesta faixa etária, ainda que tenham sido permitidas as inscrições de quem completasse 16 anos até o dia da eleição. Houve acentuada queda no número de eleitores jovens com voto facultativo.

Viomundo — Quais as possíveis causas para esse desinteresse? 

João Batista Damasceno — A democracia representativa tem importância. Mas, as manifestações de 2013 demonstraram que a sociedade não quer que a vida política se limite à representação. Há um desejo, ainda que muito difuso, de participação direta naquilo que nos é comum.

A menor adesão de jovens eleitores e o desinteresse pelas questões políticas são a expressão de que a sociedade não se sente representada no parlamento. E nem mesmo nos cargos executivos.

No parlamento, são poucos os negros, poucas as mulheres, nenhum índio, poucos operários etc… Significativos setores da sociedade não têm qualquer motivo para olhar para o parlamento e se ver representado nele.

As eleições são ditadas pelo poder econômico. No Rio de Janeiro, tem uma delegada de polícia que concorreu a eleições anteriores sem sucesso. Nesta eleição, foi agressiva a sua propaganda. Por onde se andava era possível ver placas suas. Foi uma campanha cara. Resultado: foi eleita.

Costumamos falar de fraude eleitoral. Quando o voto era de papel, havia dezenas de meios de fraudar o processo. Mas, a pior das fraudes é a infidelidade eleitoral. Candidatos são eleitos com uma proposta e depois fazem o contrário. São muitos os casos na história recente do Brasil.

Viomundo — Nas manifestações de junho de 2013, os jovens foram às ruas, queixando-se dos políticos, inclusive. Só que na hora de exercerem a cidadania para mudar as coisas, eles não comparecem como deveriam. Não é um paradoxo?

João Batista Damasceno — Não é paradoxal. Há um desejo generalizado de mudança. O mal estar é difuso. Mas, as vias apontadas não merecem credibilidade. É muito interessante que aqueles que se abstêm e rejeitam os candidatos não se abstêm da política. Fala-se mal dos políticos e das opções que tomam quando decidem, mas a questão política permeia as nossas relações sociais.

No dia da eleição, único no qual o povo pode se manifestar sem maiores constrangimentos, é possível ver o burburinho e a agitação que o processo provoca.

Viomundo — Em São Paulo, a “bancada da bala” cresceu na Assembleia Legislativa. Entre os eleitos, estão coronel Telhada, o coronel Camilo e o delegado Olim. Já na Câmara Federal, a “bancada da bala” foi reforçada pela eleição do Capitão Augusto e do filho do Bolsonaro. Afinal, quem o senhor colocaria na “bancada da bala”?

João Batista Damasceno — Eu excluiria todos os candidatos que colocam em suas pautas a fraternidade, a solução pacífica dos conflitos, o reforço dos laços de sociabilidade, o que ri de satisfação com a interação popular, o que ri por dentro e de si mesmo.

A “bancada da bala” tanto pode conter o pessoal mais truculento e explícito quanto  aqueles que defendem os meios truculentos de implementar políticas públicas.

No Rio de Janeiro, não se elegeu nenhum candidato daqueles que falam no propaganda eleitoral gratuita que “bandido bom é bandido morto”, como já se elegeu em eleições passadas.

Mas, dentre os mais votados estão candidatos defensores da política de segurança militarizada e das UPPs, vinculados ao jogo ilegal, às forças de segurança, defensores da pena de morte, da redução da menoridade penal, apresentadores de programas de telecomunicação do tipo mundo cão, criminalizadores da sociedade e ligados a grupos acusados de violação aos direitos humanos. Eu incluiria todos na “bancada da bala”

Viomundo — O que significa esse crescimento?

João Batista Damasceno — Se um governo eleito com base popular apresenta como solução para os problemas sociais uma política de segurança militarizada, é  muito mais fácil para a população acostumada a ouvir este tipo na mídia achar que essa é a solução.

E ninguém é melhor que os profissionais da segurança ou vinculados a ela para implementar este tipo de política. Assim, se é para militarizar a política, a “bancada da bala” é a mais eficiente para fazê-lo.

Viomundo – Na conversa que tivemos antes pelo telefone, o senhor disse alguns eleitos não integram a “bancada da bala”, mas a tangenciam. Quem, por exemplo? Por quê?

João Batista Damasceno — Quando o senador Lindberg foi eleito prefeito em Nova Iguaçu, houve uma redução nos homicídios no município, onde fui juiz por 15 anos.

A redução foi tão acentuada que influenciou os índices do Estado. Numa entrevista, eu declarei que

“A violência na Baixada Fluminense tem natureza política desde as primeiras ocupações pelos colonizadores. Os grupos denominados esquadrões eram, na verdade, o braço armado dos usurpadores do poder. A relevante queda no índice de homicídios em Nova Iguaçu, no ano de 2007, talvez não possa ser creditada, unicamente, ao trabalho realizado pelo GGI, que tem reunido agentes dos mais diversos setores públicos (autoridades municipais, polícia civil, polícia militar, promotores, juízes etc…), bem como expressivos membros da sociedade civil. Talvez decorra da falta de apoio institucional (político e econômico) aos executores da violência”.

A “bancada da bala” também é composta por quem defende soluções violentas, mesmo que materialmente não se esteja pessoalmente envolvido com os atos violentos e violadores da dignidade da pessoa humana.

Viomundo — Como ficou a participação das mulheres em relação às eleições anteriores? O que diria sobre o perfil das eleitas?

João Batista Damasceno — Este é um outro problema. A bancada feminina na Câmara federal diminuiu. Tinha 45 parlamentares e agora ficará com 44. Além disso, foram eleitas algumas mulheres tão conservadoras que seus posicionamentos não se identificam com a questão de gênero.

Viomundo — O Congresso melhorou ou piorou em relação ao anterior?

João Batista Damasceno – Piorou, sem dúvida. Parece-me o mais conservador dos últimos 50 anos. Mesmo durante a ditadura empresarial-militar e com a cassação dos congressistas nacionalistas, trabalhistas, socialistas e comunistas, havia uma bancada progressista, chamada de autênticos. Até os liberais eram liberais por convicção e preparados para a defesa de seus princípios. Nesta eleição, os setores mais conservadores e tacanhos conseguiram emplacar candidatos com visões muito estreitas sobre o papel do parlamento e das instituições.

Para se ter uma ideia do avanço das forças conservadoras o deputado federal Jair Bolsonaro foi o mais votado no Rio de Janeiro, seu filho Flávio Bolsonaro o 2º mais votado para deputado estadual e o Levy Fidelix, candidato à presidência que em 2010 tivera 57.960 votos, nesta teve 446.878.

Viomundo — Esse é o perfil de parlamentares que o senhor esperava com as jornadas de junho? 

João Batista Damasceno — As jornadas de junho foram um tiro no pé. O desejo de mudança irrefletido pode nos propiciar a mudança para o que é pior.

Veja que uma das pautas era a rejeição da PEC 37 e o fim da impunidade. A PEC 37 era a que esclarecia que MP não tem poderes investigatórios e que lhe compete o controle da atividade policial. Quem há de investigar é a polícia. Rejeitada a PEC, a pedido dos manifestantes, o MP os investigou.

No Rio de Janeiro, foi constituída uma comissão presidida pelo MP chamada de CEIV, Comissão Especial para Investigação dos atos de Vandalismo.

Se o que se pedia era o fim da impunidade, o Estado cuidou de punir os que se manifestaram e se chegou a ter prisões decretadas para que as pessoas não viessem no futuro a cometer crime. Tratou-se de prisão antecedente ao fato criminoso. Um exercício de futurologia bizarro.

Viomundo —  Diante de um quadro, aparentemente, tão negativo, o que fazer?

João Batista Damasceno — A organização popular e a busca da ampliação dos mecanismos de participação são os meios mais adequados de contrapor ao conservadorismo que vamos experimentar na próxima legislatura.

A democracia representativa se caracteriza pela atribuição de mandato aos representantes. O mandato não é uma carta branca que atribua poderes para tudo. Não há poder ilimitado. A Constituição existe para assegurar até mesmo os direitos das minorias diante dos desejos momentâneos da maioria.

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Léo

Já que estamos falando de um jurista. Hoje resolvi enviar algumas perguntas para o TSE: como são feitas as pesquisas? Que dados devemos fornecer?
Responderam: Institutos de pesquisas são obrigadas a fornecer o nome da empresa que pediu a amostragem, ficando a cargo de partidos e suas agremiações fiscalizar. Ou seja, você pode fazer uma pesquisa tendenciosa e de caráter obscuro em redutos específicos. Caso tentem fiscalizar terão os dados parecidos com os das pesquisas e se questionar na justiça, dificilmente conseguira impedir a divulgação dos resultados afinal as pesquisas são muito similares.

Matheus

A “onda reacionária”: de onde vêm?

Segundo o DIAP, temos agora o Congresso Nacional mais “conservador” desde 1964 (http://migre.me/m9KyL). O conservadorismo, porém, é um eufemismo carinhoso. O predomínio conservador é regra desde sempre no Legislativo brasileiro, em todos os níveis. O que presenciamos é um Congresso Nacional absolutamente dominado por mafiosos, fascistas e tudo o que há de pior na política brasileira.

Entre os principais grupos que cresceram, está a chamada “bancada evangélica”, formada por sacerdotes das igrejas neopentecostais, associados ao fanatismo religioso e ao projeto de uma ditadura teocrática ao estilo iraniano. A “bancada da bala”, formada por militares e policiais ligados ao corporativismo extremista dessas instituições e ao surrado discurso policialesco e militarista que prega o genocídio como política de Estado. Temos ainda a “bancada ruralista”, formadas por proprietários, sócios e ex-gerentes de latifúndios e de empresas do agronegócio.

Muitos já se apressam a procurar culpados. Os governistas, que são conservadores envergonhados, vão direto na onda de protestos ocorridos no ano passado. Só que no caso dos governistas esse monte de acusações vêm desde o início: foram eles que fortaleceram a direita fascista, ao se aliarem a eles para perseguir ativistas e reprimir protestos e greves. Vamos refletir com um pouco mais de serenidade. Quem gosta de sensacionalismo, de busca de culpados e de condenações sumárias, recomendo parar de ler por aqui.

Essa eleição foi a mais cara da história brasileira, e talvez da história humana. Já faz algum tempo que as campanhas eleitorais no Brasil perdem apenas para as dos Estados Unidos no preço oficial (sem contar o financiamento ilegal). O que há em comum é o poderoso lobbie que se insinua logo nas eleições, com o financiamento milionário dos candidatos preferidos das empreiteiras, bancos, mineradoras e agronegócio. Sendo assim, os candidatos que são escolhidos para representar as megaempresas tem uma vantagem enorme: com muito mais recursos financeiros, podem contratar mais e melhores serviços de propaganda eleitoral, o que lhes dá uma vantagem enorme. Os candidatos financiados por empresas concentram 99% dos recursos financeiros das campanhas.

Outro fator importante é que já tínhamos um conservadorismo político forte e encastelado no poder desde sempre. Esses grupos familiares, empresariais e corporativos nunca deixaram o poder de fato, e sempre tiveram presença e poder de decisão e veto muito fortes. Eles escreveram legislações que os beneficiam em tudo. A legislação eleitoral brasileira, na repartição do tempo de propaganda da televisão e do fundo partidário beneficia os partidos com maior representação na Câmara dos Deputados. O enorme número de cargos comissionados permitem que sejam empregados inúmeros partidários de quem já está no poder. É por isso que o gigantesco PMDB não sairá tão cedo de cena. Mas é necessário que seja combatido sem tréguas desde já.

A mídia televisiva, a única que consegue realmente atingir quase todos os brasileiros, é controlada por meia dúzia de famílias e igrejas. Um caso de oligopólio ou concorrência monopolista, na qual se destaca a hegemonia da família Marinho, filhote da ditadura militar de extrema-direita que governou o país por 21 anos com base no terror e na corrupção. Além da televisão, o rádio e impressa são altamente concentrados em poucas mãos, em grande parte daqueles que também controlam a televisão (a chamada “propriedade cruzada”, onde o mesmo indivíduo, família, empresa ou igreja é dona de televisão, rádio e imprensa). Os grupos de mídia estão estreitamente associados ao empresariado (que no mínimo são anunciantes), a igrejas e a clãs políticos.

As igrejas peopentecostais tem dezenas de milhões de adeptos, e uma boa parte deles submete a sua opinião política ao sacerdote “pastor”. Já foram verificados verdadeiros currais eleitorais, onde um tipo muito sutil de coação moral se mistura com troca de favores entre o político e os sacerdotes e entre esses e os eleitores. A pregação religiosa muitas vezes se mistura à propaganda político-eleitoral e sem dúvida se articula como lobbie nos Legislativos. Ditam a escolha de algumas candidaturas, mas também a rejeição em razão da adesão a pautas libertárias.

Finalmente, temos o corporativismo policial e militar, que tem três vantagens. Primeiro, os próprios profissionais e suas famílias, que formam um nicho eleitoral difuso, mas muito amplo: são mais de 600 mil policiais civis, militares, federais e rodoviários e guardas municipais, e 370 mil militares das Forças Armadas, além dos seus familiares. Segundo, são instituições onde a doutrinação se impõe de forma crua e brutal, com direito a tortura física e psicológica. E não há movimento “quartel sem partido” ou “delegacia sem partido” para denunciar doutrinação ideológica fascistóide dentro desses órgãos públicos. Terceiro, são órgãos coercitivos do Estado, e quando seus membros tomam partido utilizam a força pública como instrumento partidário. E como a doutrinação ideológica conservadora (quando não nazifascista) rola solta, sem limites nem oposições internas ou externas, é forçoso que a partidarização desses órgãos torna a violência policial um instrumento partidário. Daí para a formação de currais eleitorais baseados na intimidação e compra de votos, como nos territórios de “milícias” cariocas, é um passo.

E mesmo com toda essa organização articulada, vale ainda um empurrãozinho com truques sujos na internet (difusão de boatos e discursos de ódio) e coeficientes eleitorais e coligações, pondo um Tiririca para puxar um “voto engraçadinho” que elege fascistas. E repito: mesmo com toda essa base organizacional na sociedade e no Estado, ainda assim precisam dos truques sujos na internet e manipulação das regras eleitorais.

Daí é fácil entender porque a agenda conservadora, autoritária e neoliberal continuará hegemônica, e a esquerda permanecerá minoritária por um bom tempo, ainda que tenha foco na reivindicação por justiça social (redistribuição de renda, direitos trabalhistas, serviços públicos, tributação progressiva, inclusão de minorias sexuais e étnicas, enfim, tudo que promova a maior igualdade social). Pois é justiça social o que objetivamente interessa à grande maioria da sociedade, exceto pela ínfima minoria rica. Suas bases organizacionais se resumem aos próprios partidos e a uma fração das associações sindicais, estudantis e de minorias sexuais e étnicas, e por isso é que é forte entre os setores mais organizados e instruídos das classes trabalhadores e mais rebeldes das classes médias tradicionais. O financiamento é reduzido e a fragmentação é intensa. E daí vêm o fenômeno trágico de que àqueles a quem mais interessa a promoção da justiça social não costumam ser os primeiros a ouvir falar dela.

No entanto, é bom lembrar: ainda assim, os interesses econômicos e políticos representados pela direita é que são minoritários. É um truque de ilusionismo a direita se apresentar como representante de uma “maioria” heterossexual, cristã e honesta em oposição a homossexuais, ateus e vagabundos. A razão é simples: a promoção dos direitos das “minorias” oprimidas não prejudica realmente as “maiorias”. A pauta da direita interessa sobretudo à minoria mais rica da população, daí a necessidade de iludir constantemente, voltando contra as classes trabalhadoras os seus próprios preconceitos.

Estamos sob a ofensiva de uma espécie de “santa aliança” reacionária, pretendendo barrar todas as possibilidades de avanços na cidadania que foram pautados em junho/2013 e de preferência fazer recuar os direitos que vinham sendo conquistados desde 1988, especialmente no governo Lula. E essa “santa aliança” tem um aliado não declarado: as fragilidades da própria esquerda brasileira, enfraquecida pela dissociação cada vez mais radical entre o pragmatismo e os princípios.

Fonte: https://matheusb2.wordpress.com/2014/10/09/a-onda-reacionaria-de-onde-vem/

Wildner Arcanjo

Assistimos nesta semana ao nascimento de um casal de traíras políticos (Marina e Eduardo) e de uma candidata presidenciável coxinha (Luciana). Realmente, a nossa esquerda consegue ser pior do que a nossa direita. Ao menos a direita, entreguista por gênese, defende o seu plano com unhas e dentes, e o canhão se for preciso. A nossa esquerda se esconde por trás de um pseudo princípio intelecto/político/doutrinário, simplesmente evocando, quando “conveniente” a neutralidade. O Mundo e a História da Humanidade mostra que não existe espaço em cima do muro quando o que está em jogo é o futuro de uma Nação. O correto é optar pelo lado e depois tentar, no campo das idéias, mudar o rumo do plano optado. O PSOL está tomando o mesmo caminho político do PV, PSB, PSDB e tantos outros partidos que, cosciente ou inconscientemente guinaram à direita. Não tem mais moral para atacar o PT. Tornaram se pior do que o que pregavam como rumo político do PT. Ao menos o PT não joga contra o povo.

Urbano

O que ainda salva a Justiça brasileira são os inúmeros servidores de excelente condição moral, a exemplo do Juiz Damasceno. Em contrapartida o que há ainda de besouro plasmado na pelota e de vil, o mar de lama, não há carteira de OAB que chegue.

FrancoAtirador

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PSB RACHADO

Qui, 09/10/2014 – 06:41 Atualizado – 09:00
Carta Capital, via GGN

Erundina: apoio do PSB a Aécio é “incoerente” e “vexatório”

Partido que lançou Marina Silva decidiu, por maioria de votos,
ficar ao lado do tucano no segundo turno

Por Rodrigo Martins

Reeleita pelo estado de São Paulo com 177,2 mil votos,
a deputada federal Luiza Erundina defendia a liberação dos votos
dos militantes e eleitores do PSB no segundo turno das eleições.

Em entrevista a CartaCapital, a parlamentar avalia que a decisão dificulta a situação dos governadores Camilo Capiberibe e Ricardo Coutinho, que disputam o segundo turno das eleições estaduais no Amapá e na Paraíba, respectivamente, com o apoio do PT.

Além disso, ela considera a posição do PSB “vexatória” e “incoerente”
com o que a legenda pregou ao longo da campanha.

Erundina e o deputado Glauber Braga, do Rio de Janeiro,
decidiram se retirar da reunião.

“Saímos no momento em que eles começaram a redigir a carta de apoio a Aécio.
Respeitamos a decisão da maioria, mas não queríamos referendar essa posição”, comentou.

Além de Erundina, votaram pela neutralidade a senadora Lídice da Mata (BA), o senador Antônio Carlos Valadares (SE), Katia Born, o secretário de Juventude Bruno da Mata, o presidente do partido Roberto Amaral e o secretário da Área Sindical, Joílson Cardoso.

O senador João Capiberibe (AP) votou pelo apoio a Dilma.

(http://jornalggn.com.br/noticia/erundina-considera-vexatorio-apoio-do-psb-a-aecio)
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Aline C Pavia

A eleição está perdida, por omissão do partido, erro de estratégia de Lula e incompetência de Dilma.

Desisti da militância virtual ontem e sinceramente estou querendo que a “maioria” da população se dane.

Que Aécio seja eleito e todos os seus eleitores sejam os primeiros a ficarem sem emprego, falidos, sem água, sem escola, devolvendo apês e carros para o banco credor e testemunhando a guerra civil que se instalará neste país.

E se isso se concretizar podem ter certeza que farão de tudo para Lula não voltar em 2018. Inclusive tirá-lo do circuito. Presidentes foram depostos e assassinados e aviões foram derrubados por muito menos do que 15 trilhões de dólares de pré-sal.

Não sei quando retorno a visitar o blog, se é que retorno. Que Deus nos ajude.

    FrancoAtirador

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    Calma, caríssima Aline.

    Era previsto que, se ocorresse 2º Turno nesta Eleição,

    iria e vai ser a Barra Mais Pesada de todos os Tempos.

    COMETA G.A.F.E.* e TRÔLHAS TUCANALHAS querem isto:

    Que a Militância Petista desanime para ser tratorada.

    Perseverança até o último voto na última urna dia 26!

    É o que recomenda o Espírito de Luta por Futuro Melhor.

    Recém hoje começa a Campanha Eleitoral em Rádio e TV.

    Vamos persistir, sim, Aline, até a a Vitória Final!

    Vê que o Maduro ganhou do Imaturo com 50,78% dos votos.

    Um Abraço Camarada e Libertário.

    DILMA VANA = PT = 13 !

    EM TODOS OS TURNOS !

    HASTA LA VICTORIA !

    SIEMPRE !
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    Wildner Arcanjo

    Aline votando no PT? Esta é nova…

FrancoAtirador

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Luciana Genro pede para eleitor do PSOL não votar em Aécio (PSDB)

SÃO PAULO — O PSOL, Partido da ex-Presidenciável Luciana Genro,
decidiu na tarde desta quarta-feira não declarar apoio a candidatos
que disputam o segundo turno das eleições presidenciais, mas

RECOMENDAR A SEUS ELEITORES O VETO AO CANDIDATO DO PSDB, AÉCIO NEVES.

Luciana teve 1,6 milhão de votos no primeiro turno
e a Legenda do PSOL elegeu cinco deputados federais,
dois a mais do que na eleição passada.

Em nota oficial, o partido afirma que está em

“Oposição Frontal ao Projeto do PSDB e Aliados de Direita”.

– Não quero, a partir de uma manifestação individual minha, atropelar ou minimizar a decisão do partido, que eu considero muito correta.
A melhor opção foi decidir dizer não ao Aécio, sem se alinhar com nenhuma candidatura, garantindo que continuaremos na oposição, independentemente de quem vença – disse ex-candidata, sugerindo aos militantes do partido o voto em nulo, em branco ou
em DILMA (PT=13).

Em nota oficial, o PSOL argumenta que o veto a Aécio
seria uma crítica ao PSDB e aliados, “representantes mais diretos
dos interesses da classe dominante e do imperialismo na América Latina”.

“O jeito tucano de governar, baseado na defesa das elites econômicas
e nas privatizações, com a corrupção daí decorrente,
significa um verdadeiro retrocesso”, escreveu o partido.

Fonte: Resumo PB
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    FrancoAtirador

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    MARINGONI (PSOL-SP) DECLARA VOTO EM DILMA VANA (PT=13)

    O Jornalista, Professor e ex-Candidato do PSOL ao Governo de São Paulo,

    Gilberto Maringoni, abriu o voto à reeleição da Presidente Dilma Rousseff,

    por considerar que “uma vitória de Aécio Neves [PSDB]
    seria uma derrota aos tímidos avanços da era petista.
    Seria uma derrota histórica para a esquerda brasileira.”

    “O segundo turno é a oportunidade de se votar no menos pior.
    Votarei em Dilma [PT=13]. Menos por suas qualidades
    do que pelos defeitos corrosivos das correntes
    que sustentam seus oponentes [tucanos].”

    Íntegra do Voto Aberto de Maringoni (PSOL-SP)
    com a devida Fundamentação à Esquerda do PT:

    (http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/Gilberto-Maringoni-Vou-votar-contra-Aecio/4/31955)
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FrancoAtirador

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Sem a Desconcentração do Poder do COMETA G.A.F.E.*,

Não adianta se iludir com maquinações utópicas.
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    FrancoAtirador

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    Se o PSDB ganhar esta Eleição, a Constituição Cidadã

    vai terminar de ser Rasgada, via Congresso Nacional.
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    FrancoAtirador

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    Creio que esqueceram ou sequer presenciaram

    o que o Governo do PSDB fez de 1994 a 2002.
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