
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira 17 elevar a taxa Selic para 7,50% ao ano. A decisão foi tomada por seis votos a favor da elevação de 0,25 ponto, contra dois votos pela manutenção da taxa em 7,25% ao ano.
A decisão do Copom não tem viés de alta ou de baixa, um aparentemente sinal do Banco Central de que a elevação ocorreu, mas que novos aumentos vão depender da conjuntura. A próxima reunião do Copom está marcada para os dias 28 e 29 de maio.
Segundo nota divulgada pelo Banco Central, o Copom avalia que “o nível elevado da inflação e a dispersão de aumentos de preços, entre outros fatores, contribuem para que a inflação mostre resistência”. Assim, diz a nota, é necessária uma “resposta da política monetária.”
O Copom pondera, entretanto, que “incertezas internas e, principalmente, externas” podem provocar um esfriamento da economia e, assim, “recomendam que a política monetária seja administrada com cautela”. É uma indicação de que, como afirmaram diversos economistas ao longo dos últimos dias, uma dose alta de aumento poderia esfriar demais a economia.
Segundo o BC, votaram a favor da alta o presidente do banco, Alexandre Tombini, e Altamir Lopes, Anthero de Moraes Meirelles, Carlos Hamilton Vasconcelos Araújo, Luiz Edson Feltrim e Sidnei Corrêa Marques. Votaram pela manutenção da taxa Selic em 7,25% ao ano Aldo Luiz Mendes e Luiz Awazu Pereira da Silva.
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Nota da Central Única dos Trabalhadores:
Banco Central cede aos banqueiros ignorando alto custo social e econômico
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O Banco Central cedeu às pressões dos especuladores e de parte da mídia que defende os interesses dos bancos, seus principais patrocinadores, e aumentou em 0,25% a taxa básica dos juros.
A decisão atendeu aos conservadores e especuladores, únicos que vão ganhar com isso, e contrariou um dos pilares da política econômica do governo que é a geração de emprego e distribuição de renda.
Para um país que enfrenta o desafio de voltar a crescer de maneira robusta, aumentar a taxa de juros significa apostar no não investimento produtivo.
Para o especulador o que interessa é o lucro pessoal e não o desenvolvimento do país, nem que para isso tenham que inventar fenômenos como o tomate assassino.
São Paulo, 17 de abril de 2013
Direção Executiva da CUT – Central Única dos Trabalhadores
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