Como a “rainbow coalition” implodiu nos Estados Unidos

Tempo de leitura: 2 min

por Luiz Carlos Azenha

Dizem que o Brasil não inventou nada, só a jabuticaba. Com certeza não foi inventada no Brasil a chamada “rainbow coalition”, a chamada coalizão arco-íris, que pretendia aglutinar distintas forças progressistas para aumentar a capacidade eleitoral do todo. Essa coalizão foi inventada nos Estados Unidos, nos anos 80, parcialmente em reação às políticas sociais de Ronald Reagan. Era uma aglutinação de ativistas de distintas causas: feministas, defensores da causa gay, ambientalistas, movimento negro, sindicalistas, religiosos progressistas…

Era uma força não apenas eleitoral, mas de militância direta,  não necessariamente ligada a partidos políticos. Grupos organizados de pressão, que atuavam diretamente junto ao Parlamento, aglutinando militantes e intelectuais. Uma força política fragmentada, mais poderosa no lobby do que na ação de massa — que requer uma capacidade de mobilização e de negociação política ampla e propostas conjuntas que tenham tração. Explico: é muito mais fácil aglutinar pessoas em torno do direito de voto da mulher do que em defesa do aborto, por exemplo. A primeira questão pode ser facilmente identificada como causa praticamente universal e direito fundamental. A segunda questão, por exigir um debate muito mais aprofundado e detalhado, repleto de nuances, requer um trabalho político cuidadoso, repleto de armadilhas, especialmente em período eleitoral.

A coalizão arco-íris obteve vitórias aqui ou ali, nos Estados Unidos. Mas entrou em refluxo por diversas causas: a especialização dos grupos de pressão voltados para o lobby parlamentar contribuiu para afastar os diferentes grupos de um projeto político comum; a falta de articulação entre os militantes contribuiu para o sectarismo, ou seja, eu só aceito defender as cotas para os negros se você defender a adoção de filhos por casais homossexuais. Em vez de defender primeiro as ideias com as quais poderiam conquistar maior tração política, ou seja, fortalecendo o conjunto, a rainbow coalition se enfraqueceu pelo sectarismo e por priorizar a parte sobre o todo.

Nos Estados Unidos, o sucesso eleitoral de Ronald Reagan, em 1980, nasceu de uma articulação da direita religiosa — católicos, evangélicos, grupos judaicos — com a base não tradicional do Partido Republicano (a vertente tradicional do partido, composta pelos conservadores fiscais que eram liberais nos costumes, foi chutada para escanteio em nome da nova aliança). A esquerda passou a ser tachada não apenas de totalitária, mas de moralmente decadente. Ser “liberal”, então, tornou-se o equivalente a ser criminoso. Os integrantes da American Civil Liberties Union, ACLU, fizeram o papel dos “comunistas de carteirinha” (card-carrying liberal).

No Brasil, a tal coalizão progressista se articulou primeiro na campanha das diretas e, eleitoralmente, na primeira campanha de Lula, em 1989. Agora, aparentemente, vemos o nascimento no Brasil da articulação entre os neocons e a direita religiosa.

Essa reflexão se faz necessária neste momento eleitoral porque vejo algumas pessoas bem intencionadas, que se dizem progressistas, incorrer no mesmo erro que levou à implosão da coalizão dos Estados Unidos, a que assisti como espectador privilegiado — eu era correspondente em Nova York, então. Essas pessoas, agora, demonstram incapacidade de se articular com o todo em cima de interesses conjuntos e optam por travar a disputa em questões que não são nem consensuais, nem prioritárias.  Esse tipo de comportamento é muito comum nos radicais de teclado, sem experiência ou maturidade política, engajados em messianismo eletrônico.

Quem investe na política fragmentária, fragmento será.


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Comentários

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A Louzada

Falta entre os segmentos da sociedade entender que se luta por específicos e por gerais e que se concentar nos específicos nos leva a perder o foco e entregar o geral para um grupo cujo compromisso é manter privilégios. A birutice de hoje em torno do aborto é a mesma que se fazia em torno do divórcio quando isso era um tabu religioso: os católicos (e lembremos que, na época, os evangélcios, como massa, não existiam ou eram irrelevantes) pressionavam os políticos mais ou menos ostensivamente. E digo birutice porque parece que todo o pacto republicano estará ameaçado se o aborto vier a ser discriminalizado – em espacial em um país onde se pratica o aborto em todas as classes sociais, pelas mais diversas razões, sob as mais diversas condições de segurança. Decido meu voto procurando analisar que marcas o governo que termina deixará para o sucessor e se tais marcas apontam para uma tendência progressiva de melhoria das condições de vida da população. Por isso já tinha meu voto definido há meses e não o mudo para o segundo turno. Eu quero o modelo de governo e as perspectivas futuras que ele abre à nação. Questões como o aborto, entre outras, são específicos que terão seu momento, mas não podem ser postas como balizadores das políticas gerais.

Hans Bintje

Você está errado, Azenha. A "rainbow coalition" entrou em colapso por absoluta incapacidade de diálogo e não pela diversidade de interesses que representava.

Vou citar o exemplo da Holanda ( http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttex… ):

"Em essência, o Conselho Socioeconômico (Sociaal-Economische Raad, SER) e todas as outras instituições e organizações ligadas a ele têm a mesma raiz que o sistema brasileiro criado por Getúlio Vargas: o corporativismo, internacionalmente muito popular nos anos de 1930, especialmente nos círculos católicos, mas que obteve um maior respaldo depois da crise de 1929. Contudo, é evidente que a idéia de 'pacificar' capital e trabalho teve na Holanda um efeito diferente do que no Brasil.

Como diz o famoso cientista político holandês Arend Lijphart (1968, 1977), somos um país segmentado em denominações e ideologias – católicos, protestantes, liberais e social-democratas –, cada uma com instituições próprias, como escolas e universidades (aliás todas elas financiadas pelo governo), assistência médica, sindicatos, corais, associações de rádio-difusão e televisão (com exceção dos calvinistas 'autênticos') e até associações católicas e protestantes para criação de cabras.

O importante, porém, é que toda coluna, como são chamadas, tem suas próprias elites políticas e socioeconômicas, incluindo também líderes sindicais nos casos dos católicos e calvinistas, cujos sindicatos são rivais dos da social-democracia. Cada uma dessas elites defende os interesses de sua coluna, gerando muitos atritos e paixões inflamadas, mas todas elas sabem que sozinhas não têm força para dominar a política.

Há sempre a necessidade de montar gabinetes de coligação. Durante a guerra, por exemplo, importantes líderes dessas colunas foram presos pelos alemães e mantidos como reféns numa mansão, digamos, um campo de concentração de luxo. Lá foi montado praticamente todo o sistema institucional de reconstrução do pós-guerra, que tem o Conselho como uma de suas peças-chave. (…)

O sucesso desse modelo estaria, a meu ver, entranhado em nossa própria cultura, que em face das constantes ameaças da natureza internalizou a idéia de juntar esforços e assegurar a solidariedade. Essa idéia está presente em nossa memória coletiva – 'polderamos' para conseguir consenso, temos uma vergadercultuur, ou seja, uma 'cultura de reuniões'.

Isso pode ser eficaz, principalmente em momentos de crise, mas também há um lado negativo. São tantas as organizações que o verbo 'polderar' ganhou também uma conotação pejorativa, como a idéia de 'melaço' ou de que na Holanda 'tudo acontece cinqüenta anos mais tarde', que comentei na introdução – foi até mesmo inventada a palavra polderspeak para criticar a linguagem especial em que a clareza de expressão perde para os eufemismos nebulosos. O modelo em si também gera críticas, e não somente na opinião pública. O chamado circo de reuniões é complicado demais para resolver tantos problemas.

O presidente da Academia Real de Ciências, um historiador, saiu recentemente em defesa do Modelo, nossa tão antiga tradição. Mas vale lembrar que o termo é de 1996! Naquele ano, com toda a atenção internacional voltada para a concepção de consenso, um parlamentar cunhou, meio que por acaso, o conceito de Modelo Pôlder, que logo se tornou tão popular que ninguém hoje na Holanda se dá conta do quão recente ele é. Isso é prova da importância da metáfora do pôlder em nossa cultura, mas para o modelo é uma invenção post-hoc. No âmbito internacional, trata-se de um conceito de marketing da nossa identidade peculiar, junto com os moinhos e as tulipas, mais do que um 'segredo' embutido naquela concepção de consenso socioeconômico."

Bonifa

Fragmentação, caro Azenha. E miopia. Veja você que atacam o Tiririca com um desdém muito próprio das elites racistas. Com o mesmo racismo. Não entendem a maneira como o povão vê, como o povão percebe o Tiririca. Acreditam que o povão vê o Tiririca com a mesma ótica enviesada que eles, da classe média. Pensam que o Tiririca é um rebotalho que "faz qualquer coisa por dinheiro", como aqueles da classe média costumam fazer. Se um bando de intelectuais votasse no Tiririca, seria, sim, um voto Cacareco. Um voto de protesto. Mas o povão, caro Azenha, tem o Tiririca em alta conta. É, para o povão, aquela figura espertíssima que se finge de bobo para enganar os que se acham espertos.É a esperteza na dialética da volta, a inteligência que está voltando quando os que se julgam inteligentes ainda estão indo. É assim que o povo vê o Tiririca. Um autêntico replique moderno do eterno João Grilo ou Pedro Malazarte. Quando o povão vota no Tiririca, está votando mesmo, na real, de verdade, conscientemente. E agora a elite udenista, a mesma que lutou ferozmente para que o Jango não legitimasse o voto dos analfabetos, esta mesma elite quer fraudar a vontade popular, quer arrancar à força bruta o mandato que o povo deu ao Tiririca.

    GustavoEgito

    Não querem "cassar" o Tiririca; estão "à caça" do Protógenes!

Claudio

Azenha,

O Serra tirou os crentes da paulista para apoiar a passeata gay, como é que os evangélicos irão apoiá-lo?

Claudio

Azenha,

Tudo isso que vc falou pode ser verdade mas que o PNDH3 foi eleitoralmente inoportuno isso ninguém pode negar.

A Dilma sem o PNDH3 levaria essa eleição no primeiro turno, amigão.

E pensar que essa m… começou com o FHC.

    GustavoEgito

    ALÔ, planeta Terra chamando!

    O Azenha é francamente favorável ao PNDH3!

    Eu também sou, mas casamento e adoção gay, descriminação das drogas e "aborto pra viagem" não dá!

    Aborto só em 2 casos:
    1º – Risco de vida à mãe e ao feto, pois não se está matando, se está preservando a vida da mãe, que poderá futuramente dar a vida a mais bebês!
    2º – Estupro, pois a mãe foi alvo de violência brutal e precisa esquecê-la, para não correr o risco de virar doença mental.

    Não Matarás!
    Hoje sou Evangélico, mas no catecismo Católico eu aprendi que se mata não apenas parando o coração ou o cérebro, mas também pode-se matar uma pessoa ao tirar-lhe a dignidade, o amor-próprio, a esperança, etc.

    P.S.: Serra quer matar o Brasil Gigante, independente, que o Lula construiu!

Nilva

Acho que isto é um trabalho para as próximas eleições. Esta eles já levaram.
Demos muito mole. Agora é tarde. Eu desanimei. Se a Dilma perder, vou sair da política definitivamente.

Mauro Toshiuki

Realmente Azenha, questões que dividem mais que aglutinam às vezes se tornam centrais devido ao fato de esses setores entenderem que se não colocarem essas questões como sine qua non, suas chances de serem aprovadas será reduzida. Às vezes se valoriza mais o seu próprio interesse que o interesse de uma causa comum e se destr´poi toda uma causa, certas coisas podem parecer um direito, mas se estudado a fundo se revela duvidosa a afirmação. Para conseguirmos avançar na distribuição de rendas e na democracia econômica e social do Brasil! Dilma presidente do Brasil.E preciso tentarmos conevencer os sectários com propostas de harmonia e união e não com a mesma desconstrução e ódio proposta pelo PSDB. É preciso tentar conevencer os eleitores do pV com discurso construtivo e não com críticas ao seu discurso. Olha o que disse Ciro Gomes no site do Brasil Atual: "Esse é um dos caminhos, mas é preciso também compreender porque 20% dos brasileiros, tudo gente boa, da melhor intenção, tudo gente progressista, trabalhadora, amada, porque não veio conosco no primeiro turno. Por que foi com a Marina? O que a Marina interpretou?" Não é ofendendo eles e suas idéias que conseguiremos conquistá-los, mas tentando enetender suas motivações e convencendo-os da importância de levarmos o Brasil a uma melhor distribuição de renda e de oportunidades.

Jorge Stolfi

Fugindo do assunto um pouco, na verdade os brasileiros legítimos deram ao mundo muita coisa boa — como a mandioca, a rede de dormir, o protetor solar (de urucum) e o banho diário.

Na economia infelizmente nós tendemos a repetir os erros do primeiro mundo com uns 15-20 anos de atraso. Esse é o tempo que uma geração de acadêmicos leva para fazer doutorado no exterior, voltar ao Brasil, fazer carreira na política, e chegar ao poder. Foi assim, por exemplo, que no final dos anos 90 passou no Brasil a reprise do filme neoliberal da Thatcher e Reagan, que estreou "lá em cima" na década de 70.

Talvez isso também explique o sucesso de Lula: ele não fez doutorado em Cornell…

francisco.latorre

metafísica/fantasia. contra o mundo.. o real/concreto.

explica bem o fenômeno que foi personalizado em marina.

e une os vários uns que votaram verde.

vejam bem .. alguns votaram marina,, outros votaram verde.. outros votaram assembléia de deus.. também votaram direita envergonhada.. e votaram os decepcionados com a realpolitik. [ também os moraleiros.. a pior forma de fantasia metafísica.. e os fashion-politik. ]

realpolitik. essencial para o exercício do poder.. pra escapar  do inexorável destino das esquerdas metafísicas.. a derrota ou o fracasso. 

realpolitik rejeitada por príncipio/estratégia pelos construtores de mentes. pelas religiões [ incluo aí todas as fantasias desmobilizadoras. inclusive as laicas.. midiáticas. e os vários truques da biopolítica das mentes. esse lance skinner-goebbels que os usamerika espalharam pelo mundo. ].. historicamente instrumento de dominação/manipulação. zeladores da inconsciência.

que têm em comum esses vários uns?.. a metafísica.

o cultivo da fantasia.

a rejeição infantil da imperfeição da existência.

vítimas do mito da perfeição. platônicos/cristãos.

vejam.. cristianismo é fundação. não basta negá-lo pra estar livre. 

o fundamento nihilista cristão/platônico perpassa a sociedade.

a negação do real.. o mito do paraíso permanente. ou perdido. ou futuro.

e o paraíso.. o paraíso real.. é intermitente. 

agora é paraíso.. agora não é.

o mito paraíso permanente é nocivo. frustração certa. sem saída. 

no pico paraíso perde-se tempo tentando que permaneça pelo sempre sonhado/fantasiado.. e nunca encontrado.. eterno/tempo tempo/eterno.

no momento paraíso perdido.. o desespêro. paraíso sumiu.. não volta mais. tipo cão abandonado.

ao fim.. a vítima.. o crente do paraíso perfeito/permanente.. não curte o momento paraíso por querer eternizá-lo.

e curte profundamente a dor do paraíso perdido.. por temer que se eternize.

..

na política..

lástima que o psol.. a extra-esquerda fashion..  veio com um candidato ridículo como plínio. fosse outro talvez tomasse votos da falsa esquerda dita verde. fosse menos folclórico/viajante.. aí quem sabe?.. [ resta saber se hoje é possível alguma extra-esquerda que não seja folclórica/inviável.

o discurso metafísico enlouquecido de plínio só fez graça. um porcento. fato.

sobrou pro verdismo madeinusa. madeinusa. tem até câmara de comércio amerikana na história. incrível hulk.

o desmoralizante mesmo [ definitivo! ] na campanha verdosa foi que em nenhum.. nenhum!.. momento se falou do eucalipto brasil afora.. nem da monocultura.. o único discurso era sabotar o estado. contra belomonte. contra a transposição do são francisco [ que é engenheiria básica.. no nilo e no yang-tsé há transposições exitosas construídas há milênios. 

viés imperial-sabotador. bandeiroso.

..

o que têm em comum os que votaram 43?..

a metafísica.

cabe desconstruir a metafísica..

com o elogio do real/concreto.

números números números. fatos.

em vinte dias não dá pra resolver milênios de platonismo cristão.. [ ainda não inventaram a vacina fritznietzsche.. que você toma e extermina a metafísica.

argumentem os do argumento.

seduzam os da sedução.

provoquem os da provocação.

estamos decidindo o futuro do mundo. 

como sempre aliás.

mas há momentos decisivos.. como agora.

2010. limiar pra consolidar o que será esse século. que abre milênio.

é o brasil a novidade.. o centro do mundo.

organizando/liderando os excluídos da ordem mundial.

brasil/lula é pro mundo o que lula/pt é pros brasileiros.

a organização dos excluídos. pra ascender à primeira divisão.

..

a história.. o tempo.. está conosco. somos o futuro.

à luta.

..

    Eduardo Gross

    Bonito. Mas bem metafísico, escondido pelo verso livre. Olha só o fim do comentário: "O Brasil é a novidade.. o centro do mundo", e "a história… o tempo… está conosco… somos o futuro". Que há de mais metafísico do que isso? Ideais não são necessariamente metafísicos? As propostas aqui postas seriam meramente "físicas"? A utopia não é essencial para qualquer "luta"? Quem vai se empenhar pela "luta", se não tiver ideais? Bloch, se queres luta, Nietzsche se queres diagnóstico.

    francisco.latorre

    utopia é sempre.. por definição.. inalcançável.

    útil pra quem tá sem poder. tipo um remedinho. que não cura. mas alivia.

    imaginação é concreta. humana. cotidiana. e faz futuro.

    sou pela imaginação.

    "O Brasil é a novidade.. o centro do mundo", e "a história… o tempo… está conosco… somos o futuro".

    é fato. observação. sem fantasia.

    nada menos metafísico.

    dá pra pensar sim. e ter idéias. e observar o mundo. sem fantasia.

    com imaginação e otimismo. que são reais. humanos.

    quem fantasia agora são as direitas. impotentes.

    ..

Leonardo Câmara

Na veia!

E isto esta em ambos os lados dos grupos políticos do espectro político progressista. Seja nos desenvolvimentistas, seja nos verdes. Agora é hora de exercitar a democracia e o bom senso.

Se o partido verde está sendo honesto quando diz que quer dialogar – e parece que era isso que eles pretendiam na eleição, ganhar espaço – então vão procurar o lado que negocia e não o que trapaceia.

E o lado desenvolvimentista tem que ceder, tem que negociar. Teremos notícia da boa fé das pessoas em breve.

baarbaaraa

azenha, as reivindicações feministas nunca serão prioritárias. nunca. sempre desfavorecerão eleitoralmente aqueles que as abracem. por esta lógica estamos fadadas a ser cúmplices do retrocesso. o eterno segundo sexo. nigger of the world.

    Luiz Carlos Azenha

    Quais reivindicações? Salário igual pelo mesmo trabalho? Financiamento de pequenos negócios das mulheres? Creches?

    Gerson

    Licensa paternidade por exemplo, sou a favor.

    Em países alguns países os homens tem o direito de ajudar as mulheres cuidar do rescenascido.

    Ah… quem me dera esse privilégio !!

    Se for trigêmeos então…

    baarbaaraa

    Gerson, por favor se multiplique, e rápido, pois homens como você são absurdamente raros por estas bandas. abraço. Barbara

    Juliana Paiva

    Baarbaaraa,

    Como feminista acredito em todas as pautas citadas pelo Azenha e por vc. Porém, penso q o post do Azenha é fundamental pq nos lembra q não podemos neste momento ser coniventes com as distorções e dimensões que a questão do aborto tomou nessa campanha.
    Não podemos endossar que UMA pauta legítima sirva de moeda eleitoral para os tucanos mentirosos.
    E respondendo sua pergunta, se permite: quem levará a questão específica da legalização à frente será o Congresso – lembremos da importante faxina do dia 3…

    baarbaaraa

    Do jeito que você sintetiza, eu sou obrigada a concordar. Porém o artigo do Azenha me pareceu um pouco notícia da folha hoje: um texto que atira em várias direções, para um alvo indefinido, porém tem uma chamada maldosa: "feministas de uma nota só". Se era para se ater a isto, que fizesse uma crítica indo a fundo, dando nomes aos bois.

    baarbaaraa

    Estas que você citou, mais a descriminalização e legalização (via apoio do sistema de saúde) do aborto, e tantas outras, como por exemplo igualdade no tratamento de gênero desde a creche – oportunidades e deveres iguais desde a infância. Aliás, fala-se muito de regulação da mídia ultimamente. Colegas feministas e eu temos discutido muito a questão de um marco regulatório que coiba abusos da imagem da mulher também. Se não são as feministas do PT e de partidos de esquerda (I love Luísa Erundina), quem levará estas questões à frente?

francisco.latorre

verdismo fake.

o legítimo.

existe outro?..

não conheço.

quem souber de outro.. me apresente.

..

Regina

Precisamos aproveitar a oportunidade que temos para continuarmos melhorando este país. Basta olhar para os aliados de Serra e para o próprio para vermos o quanto cheios de ódio parecem ser. Serra parece hipócrita, tem cara de mentiroso, passa sempre a idéia de fazer projeções, ou seja, aquilo que ele é, acusa os outros de serem.
O Brasil precisa ficar atentos. Eles defendem exatamente a posição contrária à ascensão de brasileiros que passaram a ocupar os mesmos espaços das minirorias que representam. Isso para eles é um insulto!
Precisamos ficar atentos, nos unirmos e vencermos.

Thiago

Muito interessante sua abordagem e acredito que um pouco deste fenômeno vem acontecendo neste período, no entanto, vivemos em um outro momento político-econômico e sobretudo em outro país. Além disso, como sabemos, os fenômenos sociais não se replicam, por mais parecidos que sejam sempre afloram com novas formas e conteúdos.

Frugalista

Muito bom. O que importa agora e um projeto politico para o pais. Se fincar na questao do aborto (assunto muito polemico), nao se chega a lugar nenhum. Nao se trata de se curvar aos setores conservadores, mas negociar com todos os setores da sociedade brasileira, que ainda e muito conservadora.

Fernando

Pessoal,

Chegamos na frente e não ganhamos e entramos em desespero, sem analisar os erros e possibilidades que o adversário esta nos dando.

Hj estão falando que em uma reunião da campanha do Candidato do Mal foi recomendado um texto da TFP e até ir para o site da TFP.

"…Os protestantes acabaram com as ordens religiosas. Confiscaram, saquearam, fecharam. Algumas se mantiveram na aparência, mas com um ar de mero pensionato. O estado religioso desapareceu nas seitas protestantes. Toda a hierarquia eclesiástica começou a sofrer uma corrosão, cujo termo último é o progressismo em nossos dias…" – Plinio Correa de Oliveira – fundador idolatrado da TFP…

A TFP é contra as religiões evangélicas, ela chama de Seitas todas religiões protestantes, não considera elas como igrejas. O Serra (Candidato do Mal) divulga material de anti evangélicos.

    francisco.latorre

    taí algo pra divulgar.

    serra o anti-evangélico.

    serra tfp.

    ..

    francisco p neto

    Mas Fernando, o povão sabe disso?
    Pergunte para qualquer jovem o que é TFP. E digo mais, gente da minha faixa etária não sabia e não sabe o que é isso.
    Estava tão bom… mas o Serra e a ultra direita conseguiram ressuscitar o Drácula.

a Lesma Lerda

A pergunta que não quer calar:
Já vi todo tipo de analise do voto nestas eleições: a questão de classe social; a questão regional (são Paulo x nordeste), até a questão racial freqüenta os debates. Mas ninguém disse nada da curiosíssima questão do gênero; sendo nosso país reconhecidamente machista porque o voto na futura presidente é, estatisticamente, matematicamente um voto masculino???? Na proporção de 53% a 48%, com as mulheres como maioria do colégio eleitoral. Ou não se pode falar do machismo como dado essencial da cultura..feminina? Ou não se pode falar do gritante reacionarismo e direitismo da mulher brasileira??? Isso ainda é tabu? Alguém pode me dizer?

    Carina

    Culpar a vítima, ô tática ultrapassada…

yeda lima

Azenha
Tenho pensado muito sobre o que é ser progressista e tenho muitas dúvidas a respeito do que se abriga sob o guarda-chuva denominado forças progressistas. Contraditoriamente, talvez elas funcionem melhor em tempos de bonança do que durante as tempestades. Talvez não funcionem.
O que me parece é que a face da direita é mais clara pois os disfarces são facilmente removíveis, já a fisionomia dos que se colocam como progressistas ou fica escondida por detrás de camadas e camadas de cores diversas ou vai-se constituindo como uma colagem. E não sei a que atribuir essa falta de contorno definido.
O que me parece é que a direita se identifica com o rosto que tem e o exibe com orgulho – o modelo está dado e é confortável – e nós, os progressistas de diferentes matizes, na busca de um modelo pós-moderno que contemple tudo e todos, pelejamos pela inclusão de detalhes que reflitam nossas bandeiras e acabamos por não nos reconhecer no todo construído. E, como dizem por aí, o diabo mora nos detalhes.

Rodrigo Ferrari

A meu ver sua reflexão é interessante, embora diga respeito especificamente à realidade americana. Não sei é pertinente ao Brasil.

    Marcos C. Campos

    Muito pertinente, sim. O fato é que precisamos apaziguar os religiosos que pensam que todo o programa do PT e suas alianças são contrários ao que prega a Bíblia. Não é bem assim.

    Setores de vanguarda que são minorias estão sendo USADOS pela direita para jogar os religiosos contra o PT, contra Lula e agora contra Dilma, principalmente através de BOATOS.

    Rodrigo Ferrari

    A realidade dos Estados Unidos é diferente da brasileira. Assim como agora Dilma está sendo perseguida por supostamente ser anticristo, Garotinho foi rechaçado por grande parcela do eleitorado, em 2002, pelo fato de ser evangélico. O fato de ser o Azenha quem fez a análise não a torna infalível. Acho a leitura dele interessante, mas gostaria de entender como uma análise sobre a política norte-americana (onde o fundamentalismo protestante tem fortes raízes históricas na formação do país, desde o puritanismo, no século 17, até o pentecostalismo, no início do século 20) pode ser pertinente à realidade brasileira, onde, apesar de o catolicismo ser historicamente (ainda) a religião dominante, encontramos uma religiosidade bastante marcada pelo sincretismo. Não podemos ser simplistas a ponto de aceitar como válido tudo o que nos dizem. Estou apenas questionando um ponto de vista. Acredito, inclusive, que estamos inflando essa questão religiosa. Sinceramente, conheci, nos últimos dias, muita gente que dizia votar em Marina, pelo simples fato de achá-la uma pessoa íntegra e com ideias sinceras. Para nós, petistas (às vezes fundamentalistas), em geral é complicado aceitar que os reles mortais vejam qualidades em nossos adversários. O fato é que, de todos os meus amigos e conhecidos que votaram em Marina, nenhum é religioso praticante. Nenhum. Eu sei que o mundo não se resume a meu entorno. Mas duvido que alguém tenha condições de provar que Marina roubou votos de Dilma por ser evangélica e contrária ao aborto, ao passo que Dilma foi rechaçada pelos cristãos por ter cara de ateia e aborteira. Não há como saber o real peso que a religião teve na decisão do eleitorado, pelo simples fato de o voto ser secreto. É preciso parar de tratar os eleitores como criaturas ingênuas e manipuláveis, sempre que o resultado não sai da maneira como esperávamos. Se Dilma tivesse sido eleita no primeiro turno, ninguém estaria a se queixar das posições retrógradas de padres e pastores (posições estas que eles defendem há séculos). Agora que as coisas não correram como queríamos, é correto ficarmos menosprezando a capacidade de julgamento da população? Vamos e venhamos: o PT discutiu política neste primeiro turno? Votei em Dilma, pela afinidade que tenho com as propostas do Governo Lula. Muita gente não votou, porém, por achar que faltavam propostas concretas na campanha de Dilma para questões como corrupção, meio ambiente etc. Dilma não tem de se preocupar com religião. Tem de apresentar uma proposta que entusiasme os brasileiros. Se ser ateu tirasse votos, FHC não teria sido eleito presidente duas vezes (ele sim gaguejou em público ao responder se acreditava em Deus). Se a religião fosse infalível, o povo do Nordeste odiaria Lula, por conta da campanha difamatória que o bispo Dom Cápio moveu contra o governo, por conta da transposição do rio São Francisco. São exemplos que contradizem tudo o que estamos discutindo, e portanto devem ser levados em conta. Uma análise séria não pode se ater apenas a argumentos que reforçam nosso ponto de vista. Toda hipótese precisa ser testada e comprovada.

    Bury

    Veja (ops!) como são as coisas… As questões estão aí, às claras; a eleição pôs tudo em evidência; o discurso religioso é de uso corrente do candidato que chegou em segundo e do da que veio em terceiro (esta, inclusive, uma praticante); governador eleito membro da Opus Dei, padres que chamam de "nosso futuro presidente" candidatos em pleno altar, entidades conservadoras fazendo jogo sujo, evangélicos vomitando intolerância (não importa se com ou sem a anuência da cúpula), emails que citam Deus e Jesus e fazem pessoas mudar seu voto, assuntos importantes como o aborto jogados gratuitamente ao léu por motivos eleitoreiros – e tem gente que ainda acha que tudo isso não seja "pertinente ao Brasil". O analfabetismo funcional anda em alta por aqui mesmo…

Marcelo de Matos

“Tucanos pedem FHC no segundo turno”, é a manchete da Veja Online. “Principais líderes, entre eles Aécio Neves, defendem o uso dos dados positivos do governo do PSDB. Aborto também deve ser explorado no segundo turno”. Há um estranho no ninho tucano: Jackson Lago, do PDT, que após a derrota resolveu sair do armário. Além dele, “A candidata ao governo do DF, Weslian Roriz, também está no evento. Chegou sem o marido, Joaquim Roriz, e garantiu que os votos de Serra também são dela. Weslian, que disputa o segundo turno com Agnelo Queiroz (PT), disse estar indecisa sobre a participação em debates: “Não gosto de resolver as coisas de última hora”.

Rodolfo Machado

Enquanto isso, Azenha, as forças anti patrióticas defendem sem nenhum escrúpulo, e de forma coesa, o seu ideário:
http://ultimosegundo.ig.com.br/eleicoes/aecio+pro

Aécio propõe a defesa das privatizações de FHC na campanha tucana
Senador eleito por MG participa de encontro para discutir os rumos da candidatura Serra no segundo turno

O senador eleito Aécio Neves (PSDB-MG) propôs hoje que a campanha do presidenciável tucano José Serra faça a defesa do processo de privatizações implementado, sobretudo, no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso. O assunto é tido como um dos pontos fracos dos tucanos, segundo a campanha de Dilma Rousseff (PT). “Querem falar de privatizações? Vamos falar dela. Querem condenar as privatizações? Estão de alguma forma dizendo a cada cidadão brasileiro que pegue o celular que está no seu bolso, que está na sua bolsa, e o jogue na lata de lixo mais próxima”, afirmou Aécio.

    Marcos C. Campos

    Estão colocando as manguinhas de fora porque ganharam em MG, SP, PR e SC e outros.
    A questão das privatizações pode ser bem explorada pelo PT se quizer e derrubar o PSDB como foi Lula x Alckmin.

    Heitor Rodrigues

    No duro, no duro, os tucanos sabem que o legado de FHC é um tiro de escopeta na cabeça dêles mesmo. Aécio pode ter viajado na mesma maionese em que escorregaram os petistas triunfalistas, crentes em vitória no primeiro turno, entre os quais estive. Porém, uma eventual vitória de Serra agora, enterrará o projeto aecista, de comandar a oposição à Dilma, e projetar-se como alternativa de poder pela reafirmação da hegemonia paulista, o que êle certamente não deseja.

    De outro lado, FHC defende a própria biografia mas também, como outros tucanos em fim de carreira, um projeto de poder de longo prazo, quando cobra de Serra a explicitação do projeto neoliberal tucano na campanha, a despeito dos cuidados do candidato tucano com sua própria sobrevivência política. A única saída para os oposicionistas sobreviventes ao primeiro turno, entre os quais não se inclui Serra, é deixar o barco correr, reconstruir a própria identidade política e reaproximarem-se da população.

    Serra sequer tem apoio entre os novos ricos do Brasil. Quem gosta de dinheiro, despreza ideologias. E o projeto neoliberal é alienado frente à realidade brasileira atual, sendo prejudicial aos interesses e expectativas dos novos atores da cena econômica, trabalhadores e pequenos e médios empresários emergentes. Os imperialistas sabem que Lula e o PT não representam qualquer ameaça aos seus interesses de longo prazo. É certo que estão perdendo, ou perderão alguma coisa, no caso do pré-sal e que tais. Mas, nada definitivo. No curto prazo, os perdedores são os políticos direitistas derrotados e os meios de comunicação de massa, inconformados com a perda da relevância do papel que desempenharam até então, e a decorrente perda de receitas de seus proprietários.

    Não há nada de estranho na postura de Aécio Neves e dos próceres tucanos sem interesse pessoal pelas vagas em disputa nestas eleições. A Aécio, interessa o fracasso de José Serra para que não atrapalhe os seus planos futuros. Ao ex-presidente FHC, bem como à sua claque, boa parte dela encastelada no tôpo das filiais nacionais das empresas estrangeiras, pouco importa o destino pessoal de Serra.

    francisco.latorre

    aécio é aquele que diziam ser melhor que serra..

    e que no máximo é menos pior.

    ..

    apesar que aécio é mineiro..

    sabe-se lá o que pretende com a sugestão..

    salvar serra?.. ou enterrá-lo de vez/..

    ..

Marcelo Mendonça

Azenha, tu disse tudo. Acho que o momento é de união sobre a causa maior, que é educar esse povo e ascendê-lo à economia ativa. Essas questões espinhentas como o aborto são pra um país desenvolvido, onde o tema é abordado pela maioria em mais de uma perspectiva.

@stelles_13

Concordo plenamente, Azenha, eleição não é plebiscito, se queremos governar e transformar, temos que ter um projeto de coalisão que atenda os interesses da maioria, e a maioria do país ainda não defende certas questões desse nível, essas pessoas devem abrir mão de suas causas pra manter as conquistas prioritárias, depois continuamos travando os temas de cada um.

Perfeita colocação, espero que sirva de reflexão aos "camelôs do ativismo", que são pessoas que se estivessem dentro dos partidos, estariam melhor situadas pra esse tipo de comportamento.

Ivo F Mathias

Nao e hora para bom mocismo. Bom mocismo e legal em filme e na literatura. A turma do Serra sabe muito bem o que quer, o pre-sal e os 300 bi da reserva. Vao sim vender petrobras, Banco do Brasil e o que restou e nos ficaremos chupando dedo falando que caimos mas caimos de pe. A turma do Serra sabe muito bem o que esta em jogo e nao tem escrupulos em usar um problema de saude publica para alcancar o objetivo deles. Que se dane a IDIOTA da empregadinha violentada pelo filho do patrao ou pelo mesmo, que use uma agulha de tricot e uma colher, se morrer tudo bem e um voto a menos para o Lula.
Podemos nao gostar do Stalin, ele foi tudo o que dizem e talvez mais alguma coisa, mas sem ele, o mundo hoje seria louro de olhos azuis e falando alemao,

    Marcos C. Campos

    Calma , rapaz , podemos vencer sem ir tão longe …

    Paulo Gomes

    Ivo, Parabéns pelo comentário!

    Nada sutil, mas é demolidor contra qualquer cruzada demagógico conservadora.

    Firme na batalha!

    Paulo Gomes

    francisco.latorre

    joelhaço.

    ..

    Morvan

    E nós, Ivo, (eu, por exemplo, negroide com cara de caucasoide) seríamos mera estatística. Estatísticas da "Solução Final"…
    Não posso dizer "Viva Stalin"; no máximo, viva a Rússia. Mas muito bem pontuado.

    Morvan, Usuário Linux #433640

Babu

Penso que nesse 2 turno o programa da Dilma deverá focar nas realizações do governo Lula, comparar com o governo do PSDB/ FHC, mostrar que direito a vida é distribuir renda, gerar empregos, tirar milhões da miséria. Não entrar nessa loucura desses radicais conservadores limitados, senão a campanha só fica respondendo esses assuntos que dão " pano para manga" e o que é essencial ser destacado ficará em segundo plano.

    Bonifa

    Responder ao Serra, dar satisfações a tucano? Nem pensar! Vamos atacar na frente oriental e surpreendê-los por trás. Daquí que eles se virem para se defender, babau!

Marcelo de Matos

Muito boa a charge do Nani. Vale a pena ver: http://www.nanihumor.com/2010/10/correndo-atras-d

ricardo silveira

Muito boa sua reflexão, temos que ter bom senso em eleger prioridades, não adianta sair sozinho na frente porque não vai chegar a lugar nenhum. Como disse Saramago: não tenhamos pressa, mas não percamos tempo.

Rodolfo machado

É isso ai, Azenha, imagine se o Brizola tivesse vivo, uma tropa de choque progressista tipo Brizola, Ciro e Requião contra o PIG, mas como você mesmo disse, a questões que não são nem consensuais, nem prioritárias, como aborto e outras, mas bastou o Requião fazer uma brincadeira no Twitter em cima da foto do Ronalducho como Serra e o FHC, dizendo assim:

"Este Ronaldo precisa parar de andar com travestis. Toma jeito menino!!!".
http://noticias.terra.com.br/eleicoes/2010/notici

Bastou isso e a patrulha do politicamente correto crucificou o cara, ai ele se enche e vai cuidar da própria vida, quando podia estar ai ajudando na campanha da Dilma, outro que encheu o saco do Requião foi o Carlos Minc, agora, quem vocês preferem num debate com o Pig, Requião ou Minc, ou Ciro?
Deixa estas questões para depois, agora é impedir que as forças anti patrióticas voltem ao poder.

    Carina

    Não é prioritária pra quem, cara-pálida? Ah é, pra vc que não tem útero. O segundo sexo é menos importante, não é prioridade. Somos cidadãs de 2ª categoria…

    Rodolfo Machado

    Veja, minha cara Carina, nada tenho contra que se discuta a questão do aborto, nem considero as mulheres menos importantes, não sei onde você leu isso no meu texto, o Azenha propôs uma discussão sobre estratégia de campanha, outra coisa, esse negocio de chamar ou outros de cara pálida é uma tremenda falta de educação, mas é como o Azenha esta tentando demonstrar, parece que tem gente que prefere que o Serra ganhe, estes temas levarão um tempo para serem aceitos pela sociedade, com muita discussão, mas o poder das forças retrogradas não pode ser subestimado numa campanha eleitoral, o que eu quero é que a Dilma ganhe, alias, ela é mãe e avó, sabia?

    baarbaaraa

    Carina, que bom ler seu comentário. Tô justo problematizando a questão lá no escreva lola.

Marcelo de Matos

(continuação) 2) O blog do Fernando Rodrigues destaca: “Participantes da reunião de cúpula da campanha de José Serra, em Brasília, receberam um panfleto com instruções sobre como propagar uma campanha anti-Dilma na internet. Num dos trechos, recomenda aos militantes visitarem o site do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, um dos fundadores da TFP, uma das mais conservadoras agremiações do país. O panfleto basicamente se refere ao PNDH-3 (Programa Nacional de Direitos Humanos), lançado pelo governo Lula no final do ano passado. Eis um dos trechos do panfleto divulgado na reunião tucana: “O PNDH-3 é um projeto de lei que tem por objetivo implantar em nossas leis a legalização do aborto, acabar com o direito da propriedade privada, limitar a liberdade religiosa, perseguir cristãos, legalizar a prostituição (e onde fica a dignidade dessas mulheres?), manipular e controlar os meios de comunicação, acabar com a liberdade de imprensa, taxas sobre fortunas o que afastará investimentos, dentre outros. É um decreto preparatório para um regime ditatorial”.

Marcelo de Matos

Dois instantâneos da reunião no ninho tucano: 1) O UOL informa: “Membros e aliados do PSDB se reúnem em Brasília nesta quarta-feira (6) para aproveitar, no segundo turno, o que líderes tucanos chamam de “onda” contra a adversária do presidenciável José Serra, a petista Dilma Rousseff. “A onda é contra o PT, contra a Dilma, que está precisando se explicar e está com dificuldade. A gente não pode perder essa onda, essa oportunidade”, avaliou o presidente nacional do DEM, o deputado federal Rodrigo Maia, em referência às denúncias de tráfico de influência na Casa Civil e à opinião da petista sobre o aborto. Ainda nesta linha, o coordenador de campanha de Serra, o senador Sérgio Guerra (PSDB-PE), disse que quem tem que explicar sobre o apoio ou não à legalização do aborto é Dilma Rousseff. “O Serra já disse que é contra o aborto. Antes eu não sei se o PSDB era ou não, mas agora é”, falou Guerra. “Quem tem que explicar isso não é o PSDB, é uma ministra que disse quatro coisas a respeito do assunto e que normalmente não fala a verdade”. (continua)

ZePovinho

Você é um cientista político em pele de grande repórter,Azenha.

    Bonifa

    O termo cientista político anda muito em baixa. O Azenha é muito mais do que isso.

Marinilda Carvalho

Concordo totalmente. temos que argumentar com gentileza com os que estão a um passo do "neoconionismo", ou eles optam logo pelo outro lado. Mas também entendo quem esteja perdendo a cabeça. Está difícil, o PIG e os blogueiros limpinhos ensinaram muito golpe baixo (aprenderam com Rush Limbaugh, Michelle Malkin, Glenn Beck!), e boa parte dessa turma indecisa anda rude pra caramba.

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