Bolsonaro dobra aposta, pede impeachment de Alexandre de Moraes, e coloca Forças Armadas em choque direto com o Supremo Tribunal Federal

Tempo de leitura: 2 min
Foto: Marcos Corrêa/PR

Da Redação

O presidente da República, Jair Bolsonaro, dobrou sua aposta contra o Supremo Tribunal Federal às vésperas de manifestações antagônicas previstas para o 7 de setembro.

Num calhamaço de mais de 100 páginas (ler abaixo), o ocupante do Planalto pediu ao Senado o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF, relator do inquérito das fake news.

Horas antes, Moraes havia determinado busca e apreensão em endereços de dez apoiadores do presidente, inclusive do cantor Sérgio Reis e do deputado federal Otoni de Paula.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, já sugeriu que o pedido não terá futuro na Casa.

O STF emitiu nota repudiando a decisão de Bolsonaro (ver abaixo), dizendo que Moraes conta com o apoio do plenário da Corte.

Analistas políticos, inclusive este site, acreditam que Bolsonaro, enfrentando altas taxas de desemprego, inflação e impopularidade, pretende antecipar sua tentativa de golpe — alguma manobra que coloque as Forças Armadas frontalmente contra o Congresso e o STF, resultando no adiamento das eleições de 2022.

Publicamente, tanto o ministro da Defesa quanto comandantes militares da ativa e da reserva tem dito que o STF tem invadido atribuições de outros poderes.

Embora Bolsonaro se comporte com ambiguidade em relação ao tema, apoiadores dele falam abertamente em intervenção militar.

Ações do Congresso, como a CPI da Pandemia, podem incriminar aliados próximos do presidente, inclusive o ex-ministro Eduardo Pazuello, que é general da ativa. Depois que deixou o Ministério da Saúde, ele foi transferido para um alto cargo no governo.

O comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Junior, insinuou em entrevista que os militares teriam traçado em torno de Pazuello o limite da CPI.


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Comentários

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Zé Maria

Empático LULA X Bolsonaro Genocida
https://pbs.twimg.com/media/E9QEl59X0AQvobQ?format=jpg
“Agenda operacional de cada um [dos candidatos]”
https://twitter.com/TarsoGenro/status/1428772038043389960

Zé Maria

Pela 1ª vez, Mais da Metade dos Brasileiros
REJEITA Militares no Governo e na Política

De abril para agosto, Grupo que acha
participação dos Fardados nestas áreas
Ruim para o País sobe de 45% para 52%.

https://static.poder360.com.br/2021/08/pd-militares-16ago2021.jpg
.
O PoderData traz os recortes da pesquisa por sexo, idade, região, escolaridade e renda. Eis os principais estratos.

Quem mais avalia como positivo o envolvimento de militares na política:
– mulheres (37%);
– pessoas de 25 a 44 anos (39%);
– moradores da região Norte (46%);
– os que estudaram até o ensino superior (38%).
– os que recebem+ de 10 SM (46%) e quem não possui renda fixa (46%).

Os que dizem ser NEGATIVA a participação de militares na política são:
– homens (58%);
– pessoas de 16 a 24 anos (62%);
– moradores da região Nordeste (60%);
– os que estudaram até o ensino médio (54%) e
– todos os assalariados da seguinte forma:
Até 2 SM (60%);
De 2 SM a 5 SM (50%);
De 5 SM a 10 SM (65%).

https://static.poder360.com.br/2021/08/pd-militares-governo-18-ago-2021-estratificacao.png

Ed

A BOBAGEM NEFASTA DA “NATURALIZAÇÃO” DO IMPEACHMENT DO PRESIDENTE.
A sustentação de uma mera crença subjetiva se sobrepondo a prejuízos graves, reais e urgentes.
Nas democracias parlamentaristas, o chefe-de-governo (primeiro ministro) pode ser “deposto” por meros motivos políticos (perda de apoio) e/ou relacionados a desempenho, mesmo que não haja crimes.
Isto é “naturalizado” pelo próprio sistema e, embora não desejável, não significa necessariamente prejuízos a suas instituições e ao país, mas frequentemente reajustes ao bom caminho do interesse nacional.
No Brasil, e de resto nos regimes presidencialistas (como nos EUA que historicamente papagueamos sem maiores avaliações ao nosso caso), o presidente “não pode” ser reavaliado institucionalmente por seu desempenho ou mesmo sua relação política com as demais instituições (Congresso, Judiciário, forças sócio-econômicas, etc.), mas apenas pelos chamados “crimes de responsabilidade”.
Ora, se em países desenvolvidos, o chefe de governo pode sê-lo, não só por tais crimes (“responsabilidade”), como também crimes comuns (até ético-morais de uma mera mentira à nação), perda de apoio ou desempenho incondizente com os desejos e necessidades do país, porque no nosso país há uma preocupação subjetiva de “naturalização” com um presidente que CLARAMENTE comete, farta e conjuntamente, TODOS estes atos?
A pretensa preocupação com tal suposta “naturalização” se sobrepõe aos enormes e graves PREJUÍZOS à nação?
Danos econômicos, ambientais, culturais, aparelhamento e destruição de instituições, desmoralização internacional, submissão a interesses estrangeiros, dilapidação e entrega de patrimônio público, apoio e regularização de crimes e bandidos (garimpo, grilagem, madeiras, todas ILEGAIS, praticadas por bandidos que atiram até em agentes federais), descapacitação energética, destruição universitária, de pesquisa e desenvolvimento, desmoralização das FFAA, utilização e aparelhamento público e criminoso para proteção de crimes até familiares, 1682 mentiras públicas em 2020 (ONG inglesa), uso pessoal e familiar irregular de dinheiro e benefícios, ocultação de dados e informações de interesse público, indícios claros de corrupção, situação crítica de trabalhadores e aposentados, descaso público com saúde e mortes de centenas de milhares de cidadãos multiplicadas em suas famílias …
QUE MAIS é necessário para “naturalizar” um impeachment deste desequilibrado que nada faz além de presepadas eleitoreiras (jet-skis, motos, cavalos, helicópteros…) e conflitos nacionais e internacionais com todos?
O máximo que poder-se-ia temer é que, sabendo da “qualidade” institucional que temos em geral nos Poderes, podemos sim termos um uso indevido do recurso, como o incrível e vergonhoso impeachment de Dilma e o farsesco do (nefasto) Collor.
Mas a culpa será sempre do sofá? Do instituto que está lá para ser usado quando necessário e justificado?!
Ou dos que nele “sentam”, para destituir SEM razão e NÃO destituir COM razão? Deixando o país nas mãos impróprias e com graves prejuízos, como os de Temer e Bolsonaro?
Medo de golpe? Prisão e ostracismo a quem o tentar! Seja imediato ou em alguns meses (ex.Bolívia).
Está na hora de amadurecermos DEFINITIVAMENTE nossa democracia!
Esse é um assunto que não deve voltar a ser sequer discutido.
Este sim são os perigos a naturalizar ou não naturalizar!
Ora, se usarmos a balança da racionalidade e do interesse da sociedade brasileira e não crenças e suposições subjetivas, não há um minuto à perder (já perdemos muitos meses, com enormes prejuízos!).
Seja por cassação (TSE, eleição irregular), por impeachment (>100 pedidos na gaveta da Câmara!) ou até uma improvável renúncia, a necessidade nacional é o término desta calamidade de desgoverno.
Já!

abelardo

errei ao citar o ministro Luís Roberto Barroso em lugar do ministro Alexandre de Moraes, que é o nome correto.

abelardo

Avalio que finalmente Bolsonaro fez a coisa certa, ou seja, confessou que é a principal liderança que incita e promove o ódio contra o STF e os ministros que corajosamente não se intimidam com bravatas e cara feia de delinquentes subversivos. Penso que ao assinar isoladamente o absurdo pedido de impeachment do ministro Luís Roberto Barroso, Jair Messias Bolsonaro cravou sua confissão de culpa de modo oficial e sem a possibilidade de voltar atrás, desdizer e desmentir como seu costume. Desta vez, porém, o tiro saiu pela culatra e o alucinado e reincidente governante não terá como esconder a sua efetiva participação e culpabilidade nas tramas e atos de terrorismo digital e incitamento a balbúrdia e violencia contra autoridades públicas dos três poderes.

Zé Maria

O Derradeiro e Desesperado Contraponto como
o Último Recurso de um Presidente Morto-Vivo
no Estertor de um Governo que se foi antes do fim.

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