Asia Times Online: Estados Unidos negociam com o talibã

Tempo de leitura: 5 min

Os EUA iniciaram conversações com os Talibã, mas…

13/9/2010, Syed Saleem Shahzad, Asia Times Online

Syed Saleem Shahzad é jornalista, chefe da sucursal de Asia Times Online no Paquistão. Recebe e-mails em [email protected]

ISLAMABAD. O presidente Barack Obama dos EUA prometeu iniciar a retirada das tropas do Afeganistão em julho de 2011 e, como parte do traçado geral dessa estratégia, os EUA, pela primeira vez, iniciaram negociações sérias com os Talibã.

Os exércitos do Paquistão e da Arábia Saudita estão atuando como mediadores para facilitar as conversações – como disse a Asia Times Online um alto funcionário da segurança do Paquistão, diretamente envolvido nesse processo de negociação.

Segundo esse funcionário, o exército do Paquistão já fez contato com altos comandantes Talibã, inclusive com Sirajuddin Haqqani. As informações são passadas aos sauditas que, por sua vez, as repassam aos norte-americanos.

Nesse estágio ainda não houve contato direto com o líder Mullah Omar dos Talibã; Omar, caracteristicamente, jamais se envolve pessoalmente nesse tipo de conversações; os contatos são feitos por seus assessores próximos.

Mas o mesmo alto funcionário da segurança paquistanesa sugeriu que, dessa vez, e diferente do que fez nos últimos nove anos desde o levante dos Talibã e o início das operações de antiguerrilha comandadas pelos EUA no Afeganistão, Mullah Omar mostrou atitude mais positiva e flexível.

Antes, os Talibãs exigiam que todas as tropas estrangeiras deixassem o país – atualmente, são cerca de 150 mil soldados – antes de que se iniciasse qualquer tipo de conversações de paz. Por iniciativa sua, o presidente afegão Hamid Karzai já estabeleceu um Alto Conselho de Paz, para facilitar as conversações com os líderes Talibã.

As conversações iniciais cobriram duas principais áreas – a questão dos cerca de 60 paquistaneses que continuam prisioneiros dos EUA em Guantanamo e a al-Qaeda.

“Uma delegação de funcionários paquistaneses visitará em breve a prisão da baía de Guantanamo, para entrevistar pessoalmente os prisioneiros paquistaneses. [A libertação desses prisioneiros] será tomada como gesto de boa-vontade dos norte-americanos, e preparará o cenário para negociações entre Washington e os Talibã” – disse a esse jornal o funcionário paquistanês.

Outro elemento discutido nas conversações é a exigência dos EUA de manter presença militar no norte do Afeganistão e a proposta de, em troca, entregarem aos Talibã o controle do sul do país. Os Talibã não concordam com essa barganha: querem a completa retirada dos EUA. Esse ainda é o principal ponto de desacordo entre as partes.

O fator al-Qaeda

A al-Qaeda continua a ser outro dos principais problemas. Os EUA não têm interesse em negociar com o grupo e querem separar declarada e especificamente os Talibã e a al-Qaeda.

Os EUA sempre insistiram em que qualquer governo dos Talibã que se venha a estabelecer teria de responsabilizar-se por expulsar a al-Qaeda do Afeganistão. Os Talibã concordam, mas exigem que a al-Qaeda seja tratada “honradamente”. A presença de Osama bin Laden e de sua al-Qaeda no Afeganistão é o motivo oficial de os EUA terem invado o país no final de 2001, como retaliação pelos ataques contra os EUA em 11/9/2001.

Por sua vez, a al-Qaeda, armada agora com novos aliados, tem agenda própria, que não considera quaisquer negociações de paz entre os Talibã e Washington; nenhuma paz entre EUA e os Talibã, que venha a ser acertada, implicará anuência da al-Qaeda.

O comandante do exército paquistanês, general Ashfaq Parvez Kiani, conhece perfeitamente as dificuldades dessa questão. O exército não quer varrer para baixo do tapete questões não resolvidas, e planeja discutir detalhadamente todos os problemas, de modo que, quando se iniciarem conversações mais detalhadas com os Talibã, os principais pontos de atrito estejam equacionados e resolvidos.

Os militares paquistaneses estabeleceram um sistema reservado de comunicações, pelo qual mantêm contato com os líderes Talibã. Depois, minutas do que tenha sido discutido são partilhadas simultaneamente com Washington e Riad. Nesse processo, a Arábia Saudita desempenha papel central.

Com vistas a discutir o problema da al-Qaeda – que tem potencial para fazer descarrilar todos os esforços de paz –, Kiani esteve recentemente em Riad, onde passou cinco dias em reuniões com o Rei Abdullah, o chefe da Inteligência dos sauditas  príncipe Muqrin bin Abdul Aziz e outros funcionários. O tema central foi como reabilitar bin Laden e outros cidadãos sauditas, além de garantir status de refugiados para outros membros da al-Qaeda (nos anos 1990s, Bin Laden teve cassada sua cidadania saudita).

O diretor geral do serviço secreto paquistanês (ISI) tenente-general Ahmad Shuja Pasha, foi mandado a Washington discutir uma proposta de a al-Qaeda ser ‘transferida’ do Afeganistão para a Arábia Saudita.

A luta da al-Qaeda entra agora em fase decisiva, na qual já não precisa da proteção e do apoio dos Talibã – diferente do que se via em 2002, quando a al-Qaeda estava muito enfraquecida, como resultado dos ataques dos EUA, e reduzida a poucos milhares de membros numa espécie de milícia de farrapos. Havia também perdido alto número de líderes na “guerra ao terror”, assassinados ou presos pelo Paquistão a partir de 2002.

Desde então, a organização cresceu novamente, do Cáucaso às áreas tribais do Paquistão, da Índia ao Iraque e Somália.

No Afeganistão, o sudoeste está sob controle do clã de Kandahar do Mullah Omar; e o sudeste está completamente sob controle de comandantes pró-al-Qaeda como Qari Ziaur Rahman e Sirajuddin Haqqani. Suas forças somam milhares de não-pashtuns  associados ao grupo Jundallah anti-Irã e a poderosa Brigada 314 de Ilyas Kashmiri. Recebem apoio também do grupo Laskhar-e-Jhangvi e também – importante – do grupo Tehrik-e-Taliban de pashtun paquistaneses (Talibã Paquistanês).

Recentemente, a al-Qaeda enviou combatentes chechenos e uzbeques, das áreas tribais do Paquistão para as repúblicas da Ásia Central e para a Rússia. No mais recente ataque, na 5ª-feira, 18 pessoas foram mortas e houve mais de uma centena de feridos num ataque de homem-bomba em Vladikavkaz capital da Ossétia do Norte.

Sob a estrutura de comando do grupo Laskhar al-Zil, um exército clandestino que reúne vários subgrupos ligados à al-Qaeda, a al-Qaeda está reafirmando-se no Iraque, no Iêmen e na Somália, ao mesmo tempo em que se prepara para abrir novo front regular na Índia.

Segundo contatos que esse jornal mantém no campo dos militantes, a al-Qaeda não se opõe a que os Talibã firmem alguma espécie de acordo com Washington que prepare o caminho para uma retirada dos soldados dos EUA do Afeganistão. Se acontecer, a al-Qaeda simplesmente deixará o Afeganistão e reunirá suas operações no Paquistão e na Índia. A al-Qaeda já está em plena escalada de ataques no Paquistão, como meio para criar espaços também ali.

Nas últimas semanas, grupos ligados à al-Qaeda, como o de Tariq Afridi, firmaram acordo com o senhor-da-guerra local Mangal Bagh, com o objetivo de atacar cidades maiores na província do Khyber Pakhtoonkhwa, incluindo Kohat e a capital Peshawar.

O comandante Badr Mansoor foi encarregado de aumentar as atividades em cidades próximas das áreas tribais, como Dera Ismail Khan, Bannu e Lucky Marwat. Sabir Mehsud do grupo Lashkar-e-Jhangvi foi encarregado de aumentar atividades nos principais centros urbanos de Islamabad, Lahore, Karachi e Quetta; e o comandante Bin Yameen já recebeu ordens para mobilizar quadros no Vale do Swat.

Enquanto prossegue, ainda nos movimentos iniciais, o diálogo Talibã-Washington, a al-Qaeda já está em campo há bastante tempo, construindo uma infra-estrutura mediante a qual espera demonstrar que ela – não algum Estado, algum exército ou os Talibã – é o verdadeiro player a ser considerado no jogo que se inicia.


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Comentários

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Valcir Barsanulfo

Os YANKES, já perderam no Iraque pela 2ª vez, e saem de cabeça baixa aos poucos, e agora se rendem ao Talebãs. Esses invasores gostam de apanhar.

Lucas Cardoso

Na verdade, não sei o que é pior. Os soldados estadunidenses explodindo o país ou o Talibã fundamentalista no controle de novo. Ah, Afeganistão, quando não são opressores estrangeiros, são opressores internos. Tomara que o povo consiga fugir enquanto há tempo, porque se o Talibã já era ruim antes, imagina agora, apoiado pelos EUA.

Sinceramente, gostaria que houvesse uma "terceira via" pro Oriente Médio.

José Manoel

Azenha: fora de pauta!!!!!! O que o genocida do Bush veio fazer em São Paulo?????? Faturar algum????? Deveria estar sendo julgado no Tribunal Internacional de Haia!!!! E a direita brasileira insiste em ouvir um canalha desses!!!!!!

Jose Carlos Ritton

Quando esta guerra começou eu falava que seria um "novo Vietnã" para o EUA.
Não deu outra, mataram… mataram e com toda a covardia característica dos senhores da guerra americanos – diga de passagem, os fabricantes de armamentos e os poderosos tipo Bill Clinton – saquearam e agora querem um acordo; não exatamente para sairem "honrosamente" mas sim visualizando a possibilidade de manter um domínio econômico e financeiro. Como acontecerá mais explicitamente no Iraque.
Vejam notícias sobre venda de armas a um tapamar nunca antes realizado à Arábia Saudita, é preocupante porque "saem mas continuam no lugar".

ZePovinho

Lógico que eles negociam!!Foram os EUA quem criaram esses grupos de terroristas para justificar uma guerra contra o terror que só serve aos fins geopolíticos americanos.Vejam aí como a CIa fornecia armas para radicais islâmicos e recebia massivas quantidades de heroína em troca.Esse droga,naturalmente,gerava receita para financiar golpes de Estado em outras partes do mundo :

9/11 ANALYSIS: From Ronald Reagan and the Soviet-Afghan War to George W Bush and September 11, 2001

by Michel Chossudovsky

"….The ISI operating virtually as an affiliate of the CIA, played a central role in channeling support to Islamic paramilitary groups in Afghanistan and subsequently in the Muslim republics of the former Soviet Union.

Acting on behalf of the CIA, the ISI was also involved in the recruitment and training of the Mujahideen. In the ten year period from 1982 to 1992, some 35,000 Muslims from 43 Islamic countries were recruited to fight in the Afghan jihad. The madrassas in Pakistan, financed by Saudi charities, were also set up with US support with a view to "inculcating Islamic values". "The camps became virtual universities for future Islamic radicalism," (Ahmed Rashid, The Taliban). Guerilla training under CIA-ISI auspices included targeted assassinations and car bomb attacks.

"Weapons' shipments "were sent by the Pakistani army and the ISI to rebel camps in the North West Frontier Province near the Afghanistan border. The governor of the province is Lieutenant General Fazle Haq, who [according to Alfred McCoy] . allowed "hundreds of heroin refineries to set up in his province." Beginning around 1982, Pakistani army trucks carrying CIA weapons from Karachi often pick up heroin in Haq’s province and return loaded with heroin. They are protected from police search by ISI papers."(1982-1989: US Turns Blind Eye to BCCI and Pakistani Government Involvement in Heroin Trade See also McCoy, 2003, p. 477) . http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va

Paulo Roberto

Reabilitar a Al qaeda, Bin Laden. Na verdade tem que reabilitar a moral americana diante de um provável fracasso. Essa conversa toda, visa, na verdade, a retirada americana do Afeganistão sem o cumprimento de suas metas mínimas, que era a erradicação do taliban e a prisão de Bin Laden. Muito cômico. É o que dar não acreditar nos russos. Os russos pelo menos encararam os taliban de frente, e sairam corridos de lá, coisa que em nenhum momento os americanos fizeram. Chegaram a tal ponto a terceirizarem assassinatos de lideres taliban, pagando rios de dinheiro para quem o fizessem. Bombardeiro, tomahok, Droner, etc, está provado que não ganha guerra. Ganhar guerra é substituir um soldado pelo outro e é nessa hora que os americanos entragam o ouro. Parecem tatus em bunker ou dentro de tanques, morrem de medo de encarar um verdadeiro soldado taliban. Seria natural então esperar uma "saida" americana para 2011. Quero ver eles esconderem a próxima derrota americana do seu povo.

Baixada Carioca

Alguém sabe nos dizer se Obama andou ligando pro Lula nas últimas semanas?

    Cesar

    Com certeza …

Cesar

e depois o LULLA está errado em conversar com Irã, Venezuela, China etc ….
O Lulla é o cara, e não adiante, a onda vermelha somente iniciou, vejam a onda em 2012, nas Prefeituras …. só vai dar PT, se preparem, quem viver verá ….. adeus, psdb.dem.pp.pig ….adeus

GeorgeLuckas

talibã ou regime direitista de karzai, se atender aos interesses dos americanos está tudo bem, só não vale fazer muita amizade com os russos…afinal os EUA não querem que putin e medvedev se metam com os dutos que vem e virão do mar cáspio…e não se enganem, os russos não querem petróleo, querem influência, a que perderam pouco depois do fim da URSS…

os americanos não são bestas…já patrocinaram regimes autoritários e ditaduras antes e não tem vergonha de fazer de novo…por pior que seja o talibã, se deixar de ajudar descaradamente a al-qaeda e apoiar os states e os seus interesses na ásia menor, vai permanecer no poder…

agora…pode até parecer loucura…mas me pergunto como estão os chineses… porque, veja bem, eles tem provincias muçulmanas no sudoeste que adorariam se libertar e poderiam ser estimuladas com uma derrota fragorosa dos americanos

é tudo interesse…para pensar

Marduk

Sempre aparece algum jerico achando que a al-Qaeda é criação da CIA e dos sionistas (seja lá o que eles entendam o que seja isto), o Taleban foi apenas produto dos EUA, o que é uma meia verdade, pois agrupamentos ultra-radicas já estavam em gestação no Afeganistão antes da ocupação soviética, o nazismo foi produzido por cristãos e iluministas… No mais tudo produto de voluntarismo e muita ignorância. Algo semelhante a idolatria de Lampião, que por vezes pipoca no Viomundo, considerado "bandido social", termo esdrúxulo, mas com pedigree de conceito sociológico, embora não mostrem provas e argumentos sobre sua radicalidade revolucionária, a não ser que pilhagens e estupros sejam exemplos de resistência proletária… e mais constrangedor ainda, não explicam porque Lampião, sujeito tão revolucionário, lutou contra a Coluna Prestes…

andrecsantos

Qual o sentido da guerra no Afeganistão?

Sugiro Leitura do texto… http://fanfraria.wordpress.com/2010/06/14/guerra-

Guilherme

Taí a motivação dos EUA para invadir o Afeganistão: estabelecer um domínio no norte, para pressionar Rússia, China, e Ia, e ficar d eolho das jazidas e transporte de gás.

pereira

O Paquistão tem bomba atômica, se osama binlad pegar essas bombas,a ir a culpa será do Irã?

Gerson Carneiro

Essa é para coroar o assunto trazido pelo texto:

Na revista Época nº 641 de 30/08/2010 na página 116 há uma reportagem tratando da junção dos super-heróis muçulmanos de quadrinhos, chamados "99", com os super-heróis americanos da Liga da Justiça. O criador dos super- heróis muçulmanos, o psicólogo kwaitiano Naif Al-Muawa declara: "Essa série basicamente adota a visão do presidente Barack Obama no mundo real e a tranfere para o mundo da ficção". E a série foi recomendada pelo próprio presidente Barack Obama.

Seo Serra nunca mais vai ler gibi e rasgará e queimará toda a sua coleção da Liga da Justiça, se tiver.
Viu seo Serra? O amor é algo universal. E envolve "carinhos e abraços".

Fernando vaz

Apenas uma correção…
Quem disse que foi a al-Qaeda responsável pelos ataques em 11/09.
Procura a verdade e observará que os únicos terroristas no EUA em setembro de 2001 era o George Walker Bush e sua turma de iluminates.]
Pesquise e informe-se e tomara conhecimento da verdadeiras mentiras.

Joaquim Aragão

Realmente, um novo Vietnã se aproxima, e será uma derrota pior e mais perigosa para os Estados Unidos. Claro, os cartéis americanos que lucram com a guerra (setores de armamento, do petróleo e financeiro) colocarão toda a culpa da derrota no Obama, como fizeram os nazistas e os militares de direita na Alemanha, com a república de Weimar, à qual colocaram a culpa da derrota alemã na Primeira Guerra (Lenda do Punhal, segundo a qual os social-democratas teriam apunhalado pelas costas os Herócios soldados alemães, acarretando a derrota militar).

Joaquim Aragão

Realmente, um novo Vietnã se aproxima, e será uma derrota pior e mais perigosa para os Estados Unidos. Claro, os cartéis americanos que lucram com a guerra (setores de armamento, do petróleo e financeiro) colocarão toda a culpa da derrota no Obama, como fizeram os nazistas e os militares de direita na Alemanha, com a república de Weimar, à qual colocaram a culpa da derrota alemã na Primeira Guerra (Lenda do Punhal, segundo a qual os social-democratas teriam apunhalado pelas costas os Herócios soldados alemães, acarretando a derrota militar).
O cenário que emerge dái não é nada promissor: de um lado os islamistas radicais bestializando a sociedade nos paises mulsumanos e continuando a beligerar contra as potencias ocidentais. De outro lado, os cartéis americanos buscando novas guerras e novos inimigos, puxando o reacionarismo da sociedade americana e obrigando os outros paises ao alinhamento incondicional (ultimatos prontamente seguidos pelas elites conservadoras na Europa, Japão e América Latina). No meio, Israel e o Irã preparando um conflito nuclear.
Onde ficará a China? Como os conflitos se alastrarão à ìndia e à Rússia? Onde ficarão os paises árabes produtores de petróleo? O que sobrará para os países que não queiram se alinhar, como a América Latina com governos reformistas?

Isso é o que resulta de dois séculos de políticas catastróficas do Ocidente com relação ao Oriente Médio, desde a colonização no século XIX, ao apoio condicional aos sionistas militaristas e agressivos (eu respeito o Estado de Israel e tenho máximo carinho com o povo judeu) e a corrupção politica dos emirados árabes para assegurar o fornecimento do petróleo…

Marco A. Rodrigues

Ei xará, não diga do ocidente e da civilização.
O que se aprende nos livros e escola como ocidente e civilização é tudo mentira.
Veja só, o "ocidente e a civilização" tem como seus mais exemplos, os bush e tony blair, dois bandidos da mais alta periculosidade para a humanidade, são piores ainda que a al-qaeda, bin-laden, chacal, todos os traficantes colombianos e mexicanos juntos.
os bush e blair são a personificação maior do mal.

    Marcos

    O ocidente pode não ser uma maravilha, mas tem alguns princípios que os países islâmicos não tem. Pelo menos para 50% da população. Estou falando das mulheres, é claro.
    Espero que seus argumentos não envolvam um desfiles de ditadores, se bem que o seus "livros de escola" já disse algo a seu respeito. Sugiro então que pratique um pouco do seu conselho e leia aqui mesmo uma reportagem do Azenha:
    http://www.viomundo.com.br/arquivo/do-outro-mundo

Marcos

Uma pena não te saido como no Vietnã, morte a America

Gerson Carneiro

O morenin então tá cheio de carinhos e abraços com os barbudin?
Viu seo Serra? O amor é algo universal.

    rafaela buonarrotti

    O que entemos por civilização (urbanização, representação política e religiosa, trocas "comerciais", língua(S) oficial(IS), etc etc, surgiu, na verdade, PRIMEIRO, no Oriente. O Ocidente (esta tal construção traduzida em Europa e seu mundo colonizado) copiou muito daqueles povos: mesopotâmios, egípcios, chineses, indianos. Desde a expansão romana na antiguidade, passando por portugueses, espanhóis, ingleses e mais recentemente estadunidenses, se apropriam E MUITO da cultura oriental.

    Gerson Carneiro

    Dê essa aula para o seo Serra. Pelo jeito o Jênio andou faltando às aulas e agora parece cursar um intensivão com o sr. Roberto Abdenur.

    Azaghal

    Minha cara,vamos por partes: É mais acertado afirmar que existiram processos civilizatórios paralelos em várias partes do mundo, Ásia, África, Europa, com pontos de contato e tensões, certamente… existem trocas e difusão cultural, assim como invenções próprias de cada sociedade. A visão de que os romanos foram meros copiadores já está há bom tempo desacreditada, basta pesquisar materias escritos por historiadores sérios, nacionais e estrangeiros, e não se fiar só nos livros didáticos e manuais stalinistas. Sei que é complicado e leva tempo, todavia é mais honesto intelectualmente, do que destilar ressentimento e meias verdades… Tanto "ocidentais" quanto "orientais" construíram sistemas de dominação e oprimiram os seus povos, assim como inventaram arte, religião, filosofia e possibilidades de resistência à opressão. Tanto Ocidente e Oriente são construções em cima de eventos históricos, geográficos, culturais, não existe inocência em nenhum lado. Leia realmente o Edward Said, com atenção, cuidado com os resuminhos de quinta categoria que são ventilados em certos blogs e centros acadêmicos.

    Gerson Carneiro

    Maravilha.

Marcos

Inacreditável! Tudo isso por culpa daquele canalha do Bush.
Uma grande derrota do ocidente e da civilização.

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