Ângela Carrato: A cobiça da Amazônia e o duplo padrão da mídia corporativa

Tempo de leitura: 7 min
‘O que é a COP’, evento promovido pelo Governo do Pará no centro de convenções que vai sediar a Cúpula da Amazônia. Foto: Bruno Cecim/ Agência Pará

A cobiça da Amazônia

Por Ângela Carrato*

Belém se transforma, amanhã e depois, na capital mundial do meio ambiente. É que nesses dias, ela sediará a Cúpula dos Chefes de Estado dos Países Amazônicos.

Mas desde o fim de semana já se encontram lá representantes de centenas de etnias indígenas, quilombolas, povos da floresta (ribeirinhos, pescadores artesanais e agricultores familiares), além de ONGs nacionais e internacionais.

A convite do presidente Lula devem estar presentes os dirigentes dos oito países que possuem o bioma em seu território.

O objetivo é definir políticas públicas para o desenvolvimento sustentável da região.

Mesmo o Brasil possuindo 63% da floresta em território nacional, Lula tem clareza de que os temas amazônicos não podem ser resolvidos apenas por um país. Daí os presidentes da Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela terem sido convidados.

Igualmente convidados foram os representantes do Congo, República Democrática do Congo e Indonésia (países com florestas tropicais), São Vicente e Granadinas (país que ocupa a presidência da CELAC) e a França (pela Guiana Francesa).

Alemanha e a Noruega também foram convidados por serem os principais doadores do Fundo Amazônia, além do presidente da COP28 e de representantes de bancos de fomento, como BNDES, BID e NBR (Banco dos BRICS).

Sabe-se, no entanto, que o presidente francês, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro alemão, Olaf Scholz, não vão comparecer.

A ausência deles constitui uma oposição velada da Comunidade Europeia às posições de Lula, que tem cobrado dos países desenvolvidos reparação pelos danos causados ao meio ambiente.

No que depender de Lula, esta cúpula dará início a um tempo novo para a Amazônia, com investimentos em infraestrutura e a possibilidade de aliar preservação com exploração de petróleo na Margem Equatorial.

Será o momento, também, para países e instituições internacionais mostrarem, de forma efetiva, que têm compromisso com a região, para além da mera retórica.

A cúpula se reveste ainda de outro aspecto fundamental. Deixar claro que o compromisso com a preservação da Amazônia não pode significar transformá-la num “santuário”, que perpetue as péssimas condições para quem vive lá.

Até porque sob o rótulo de defesa da Amazônia, que é essencial, acobertam-se interesses inconfessáveis de ONGs, grupos econômicos e países imperialistas.

Exatamente por isso, Brasil e demais países amazônicos podem se preparar para uma dura campanha internacional, cujo objetivo será tentar desmoralizá-los e transformá-los em inimigos do meio ambiente.

Campanha cujo objetivo, nada novo, é buscar, sob o pretexto de que a Amazônia é patrimônio mundial, internacionalizar o seu controle.

Bolsonaro, com sua política de destruição, deu grande contribuição para aqueles, ambientalistas ou supostos ambientalistas, que defendem que organizações internacionais ou mesmo países desenvolvidos cuidariam melhor da região do que os seus legítimos donos.

Logo eles que, nos últimos séculos, destruíram todas as florestas originárias em seus territórios.

Para esses, Lula deixou claro a dívida histórica dos países ricos para com os danos ambientais no planeta.

Em discurso diante da Torre Eiffel, em Paris, no evento “Power Our Planet”, em junho, Lula cobrou que as nações ricas financiem países em desenvolvimento que detém reservas florestais como uma forma de pagar esta “dívida histórica”.

Ele disse ainda que a Amazônia é um território soberano do Brasil, jogando um balde de água fria nos que sonham com a sua internacionalização.

A mídia corporativa brasileira, que desde sempre ecoa os interesses imperialistas dos Estados Unidos e de países europeus, não deu a devida cobertura ao discurso do presidente brasileiro.

Discurso no qual ele enfatizou, para uma das maiores multidões já reunidas na capital francesa, que “quem poluiu o planeta nesses últimos 200 anos foram aqueles que fizeram a revolução industrial. E por isso têm que pagar a dívida histórica que têm com o planeta”, defendendo que os países desenvolvidos se responsabilizem pelo financiamento da manutenção de florestas em países pobres.

Na mesma oportunidade, Lula reafirmou seu compromisso com o desmatamento zero na Amazônia até 2030 e convidou os presentes a conhecer a região, que sediará a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP-30), em novembro de 2025, também em Belém.

Para quem tem dúvidas sobre o lado da mídia corporativa brasileira neste processo, basta observar as manchetes da sexta-feira (4/8) dos jornais O Globo, Folha de S. Paulo e Estado de S. Paulo.

Depois de passar pano para Bolsonaro e a destruição que patrocinou ao longo de quatro anos na Amazônia, esses veículos noticiaram com destaque que o desmatamento na região reduziu nesses primeiros seis meses do governo Lula, mas o do Cerrado aumentou.

Como a maioria das pessoas se fixa apenas no que dizem as manchetes, o estrago estava feito.

Será mera “coincidência” essas manchetes às vésperas da Cúpula Amazônica?

Eu não acredito em coincidências.

Só veículos da mídia independente divulgaram a explicação da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, sobre o assunto.

De acordo com ela, “há uma diferença de legislação em relação aos biomas. Enquanto na Amazônia, a Reserva Legal – percentual de vegetação nativa a ser preservada em cada propriedade – é de 80%, no cerrado é de apenas 20%”.

Ao não esclarecer para o público esses aspectos, a mídia corporativa brasileira contribui para confundir e, obviamente, desacreditar a luta que o terceiro governo Lula empreende contra o desmatamento.

O tipo de cobertura que a mídia corporativa está fazendo e a que fará nesta cúpula vai ser importante para indicar os seus reais compromissos.

Quem se recorda, por exemplo, de que na Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), em Brasília, no início do ano, a mídia corporativa ignorou as suas importantes atividades, discussões e decisões e deteve-se exclusivamente nas criticas à presença do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e à recepção que Lula lhe conferiu?

Será que a mídia corporativa brasileira fará esse papelão novamente?

Outra “coincidência”: o Jornal Nacional, na edição da última terça-feira (1/8), anunciou o lançamento, por sua afiliada, Grupo Rede Amazônica, de um canal internacional, em parceria com a agência de notícias inglesa Reuters.

Com o nome de Amazon Agency, o canal terá conteúdo exclusivo e voltado apenas para o público internacional.

Como a Amazônia é pouco conhecida no próprio Brasil, exatamente por falta de cobertura da mídia sediada no eixo Rio-São Paulo, qual motivo para direcionar esta agência apenas ao público estrangeiro?

É importante não perder de vista que a Reuters, um dos gigantes da comunicação no mundo, criada em 1851, serviu, desde o começo, aos interesses imperialistas ingleses.

Basta lembrar o papel que teve na cobertura da Conferência de Berlim (1884/1885), aquela em que os países europeus partilharam entre si o controle da África.

Basta lembrar também o papel da Reuters na difusão dos “valores ocidentais” em detrimento das culturas e realidades dos diferentes povos e países da América Latina, Ásia e África.

Que Amazônia esta agência estará mostrando para o mundo?

Mais uma “coincidência” que merece atenção é o fato da “preocupação” com o meio ambiente ter sido redobrada pelos países imperialistas logo depois que a Petrobras anunciou a descoberta de um novo pré-sal, distante 500 km da voz do rio Amazonas, a chamada margem equatorial.

Estima-se que a reserva chegue a 30 bilhões de barris, levando o Brasil de oitavo a quarto produtor de petróleo do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, Arábia Saudita e Rússia.

Até então, esse petróleo vinha sendo explorado com exclusividade por empresas multinacionais na vizinha Guiana, colônia francesa em pleno século XXI, e a mídia internacional e a brasileira sempre se mantiveram caladas.

Bastou a Petrobras anunciar a descoberta deste novo pré-sal, para a gritaria ter início.

Haja hipocrisia, por parte desta mídia. Como explicar que exploração por multinacionais é aceitável e pela Petrobras, que descobriu e possui a tecnologia mais avançada em se tratando de petróleo em águas profundas, não é?

No momento em que a preocupação com a mudança climática assume aspectos urgentes e dramáticos, é visível que os países que possuem total responsabilidade por esta situação pretendam jogar a conta nos ombros dos países do Sul global e, no limite, os impedirem de desenvolver e garantir qualidade de vida para suas populações.

Não é possível esquecer que o golpe que derrubou Dilma Rousseff, em 2016, teve como objetivo entregar o pré-sal para as multinacionais, destruir a Petrobras e submeter o país aos interesses imperialistas. E isso nunca foi dito por essa mídia.

Apropriar-se do petróleo alheio e de recursos minerais sempre esteve na raiz dos inúmeros golpes que os Estados Unidos, Inglaterra e França patrocinaram.

Para tanto, se antes se valiam de argumentos como “defesa da democracia” e “dos direitos humanos”, agora se valem da suposta defesa do meio ambiente.

O que acontece no momento em ex-colônias francesas na África ocidental, como o Níger, ilustra a postura neocolonialista da “democrática” França. A revolta que derrubou o governo pró-interesses franceses naquele país, tem tudo a ver com o meio ambiente, mais precisamente com a exploração de urânio, do qual o Niger é o maior produtor mundial.

Perto de 95% da renda do urânio daquele país sempre foi parar nas mãos de empresas francesas, restando aos nigerenses fome e miséria.

O Níger é o oitavo país mais pobre do mundo.

Também nesse caso, a mídia internacional, que se mostra tão preocupada com o meio ambiente, nunca viu nada de errado.

Será que é possível desvincular a qualidade de vida da maioria das populações da defesa do meio ambiente?

Será que pessoas pobres e miseráveis têm como preservar o meio ambiente?

Por tudo isso, mesmo a questão ambiental sendo uma urgência, ela também pode servir como elemento chave nas guerras de tipo novo (guerras híbridas) dos países imperialistas (Estados Unidos, Inglaterra e França, para ficar apenas nos casos clássicos) contra as nações emergentes.

Para quem, como alguns colunistas da mídia corporativa, consideraram as declarações de Lula em Paris estapafúrdias e fora de propósito, ele, na realidade, demonstrou enxergar longe.

Se as denúncias internacionais de que Bolsonaro estava destruindo a Amazônia foram de muita valia para a sua derrota nas eleições de 2022, elas tinham objetivo extra que poucos se deram conta: desacreditar o país como responsável pelo cuidado com a floresta.

Nesse processo, por exemplo, nunca as agências de notícia internacionais ou veículos de grande repercussão como o jornal The New York Times se deram ao trabalho de mostrar como, há décadas, empresas multinacionais ligadas à mineração e à exploração de madeira atuavam – e continuam atuando – de forma ilegal na Amazônia.

É possível acreditar que simples garimpeiros ou madeireiros possuam aviões e construam campos de pouso ilegais na região?

Como gigantes farmacêuticos e de produtos de beleza conseguem ingredientes presentes apenas na biodiversidade amazônica?

Onde estão as matérias investigativas dando nomes aos verdadeiros responsáveis por esses roubos?

Lula está coberto de razão ao patrocinar esta cúpula, a quarta em mais de cinco décadas de vigência do Tratado Amazônico.

Está coberto de razão ao anunciar que o Brasil terá um canal internacional de comunicação, para ter voz no mundo.

Passou da hora, como ele mesmo disse, em seu podcast semanal das terças-feiras, de em viagens ao exterior, não encontrar nenhuma notícia do Brasil na mídia internacional.

O detalhe importante é que Lula fez o anúncio do novo canal na véspera desta cúpula, sem vincular uma coisa à outra. Já o JN, na mesma noite, anunciou o lançamento do canal internacional em parceria com a Reuters, sem mencionar o que o presidente havia dito.

Como os assuntos são afins e havia declaração do próprio Lula, o silêncio sobre esta fala não pode ser atribuído ao esquecimento de repórteres ou editores.

Ao liderar os que defendem o meio ambiente, mas não abrem mão do desenvolvimento sustentável, Lula desagrada aos que se acham donos do mundo.

Quem ainda tinha dúvidas de que o governo Lula passaria a ser atacado por suas posições nesta área, não precisa ter mais.

*Ângela Carrato é jornalista e professora do Departamento de Comunicação Social da UFMG.

Leia também:

Ângela Carrato: Quem disse que as metas da Cúpula da Amazônia eram desmate zero e suspensão do petróleo na região? Mídia corporativa faz o jogo dos países do Norte global

Contag convida: Que tal revisitar o documentário Nos Caminhos de Margarida? Veja-o aqui


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Comentários

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Zé Maria

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“Lula recebeu nesta semana a golpista peruana Dilma Boluarte,que em
9 meses de gestão reprimiu pesadamente movimentos populares.
O resultado foram quase 70 mortes.

Até agora não vi ‘mervais’, ‘mírians’ e demais colunistas e influenciadores
indignados como na visita de Nicolás Maduro.”

https://twitter.com/Maringoni50/status/1690070703628840960
Professor GILBERTO MARINGONI
Doutor em História Social pela FFLCH/USP –
Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
da Universidade de São Paulo.
Graduado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP.
Jornalista e Cartunista.
https://www.ufabc.edu.br/ensino/docentes/gilberto-maringoni-de-oliveira

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Zé Maria

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“Em registro a todas as manifestações por minha indicação para
a presidência do IBGE, e, nesta terça-feira, 8, minha nomeação:

É uma grande honra receber o chamado do presidente @LulaOficial
para contribuir com o governo de seu terceiro mandato, por meio
do IBGE (@ibgecomunica), instituição revestida de papel estratégico
para o desenvolvimento do Brasil, e que acumula quase 90 anos de
excelente atuação realizada por competente e consistente corpo
de servidores públicos.

Estou feliz em poder me somar e colaborar diretamente, assumindo missão de enorme responsabilidade junto à ministra @simonetebetbr, nos marcos
de um novo quadrante da história do nosso país. Sob o comando da ministra, o planejamento assume centralidade ante um novo Brasil, que emerge
desafiado pelo inédito potencial da Era Digital.

Nesta nova dimensão, as informações e a soberania dos dados
se transformam em ativos incomparáveis, pela sua singularidade
para impulsionar o futuro desta e das próximas gerações do Brasil.

É neste marco temporal que eu agradeço sinceramente
aos que acompanham a minha trajetória de envolvimento
permanente nas lutas democráticas e transformadoras
da sociedade brasileira.

Os estudos e pesquisas proporcionaram-me oportunidades
de conhecer de perto todas as regiões do país, em especial
as áreas mais dependentes de políticas voltadas à superação
do subdesenvolvimento e dependência externa, combate à fome,
pobreza, desigualdade, desemprego, violência e iletramento.

O resultado desse sistemático empenho, lavrado ao longo de
vasto tempo, se apresentou em diversos projetos e experiências
que se entrelaçaram em um esforço fundamental para o
desenvolvimento de políticas de geração de emprego e renda,
combate à miséria e às iniquidades socioeconômicas e regionais
do país.

Sabidamente, o enfrentamento da pobreza e da desigualdade
é uma das principais missões do nosso presidente Lula,
estendendo essa tarefa ao seu governo e equipe.

A todos esses, sob o norte estabelecido pelo Presidente da República,
eu agradeço o apoio generoso e estímulo, e ofereço, desde logo,
o melhor que posso contribuir.

Cabem agradecimentos a tod@s que fazem da atividade política,
e que atuam à frente das Instituições da República, o espaço de
legitimação da vida pública em prol de interesses maiores da
sociedade e do país.

Nessa senda de imensa relevância, agradeço também ao Congresso
Nacional, em nome dos presidentes @rodrigopacheco e @ArthurLira_;
ao Poder Judiciário, em nome da presidenta do @STF_oficial, ministra
Rosa Weber e ao conjunto dos responsáveis pelas unidades federativas,
bem como às iniciativas internacionais de protagonismo emblemático
para o nosso país em sua inserção soberana no contexto global, como
sobressai particularmente o BRICs, o que faço em nome da presidenta
do NDB, @dilmabr.

Em vista da minha trajetória de militante que sempre confiou na vida
democrática e no papel insubstituível dos partidos políticos para a
construção do futuro com desenvolvimento, justiça e equidade,
agradeço ao Partido dos Trabalhadores, em nome da presidenta @gleisi.

E, na condição de homem público, convocado a exercer papel relevante,
assumindo a direção de uma verdadeira e paradigmática INSTITUIÇÃO
DE ESTADO, devoto um especial agradecimento aos que sonham com
um Brasil amplamente democrático, desenvolvido, soberano, sustentável
e justo.

Entusiasma-me a tarefa de estar à frente de honrosa e desafiadora missão,
para que juntos possamos conhecer ainda mais todos os dados do nosso
Brasil, traduzindo e transformando-os em políticas públicas cujos resultados
apontem soluções dos desafios de curto, médio e longo prazo.

Do idealizador do IBGE, o advogado e estatístico Mário de Freitas,
duas frases especiais a me inspirar:

“Faça o Brasil a estatística que deve ter
e a estatística fará o Brasil como deve ser”
e
“Conhecemos para prevermos,
e prevemos para provermos”.

Abraço fraterno e solidário. Seguimos juntos.

A data e local da posse serão divulgados em breve. Até lá!”

MARCIO POCHMANN
Presidente do IBGE
Governo Lula (2023-2026)
https://twitter.com/MarcioPochmann/status/1688918929975185410

.

Zé Maria

Pesquisa foi realizada no âmbito da investigação “Mercenários Digitais”
busca rastrear o negócio da desinformação na América Latina.

[Reportagem: Naomi Matsui e Gabriela Varella | Agência Pública]

O projeto é feito em uma aliança entre o UOL, a Agência Pública,
outros 21 veículos latino-americanos e quatro organizações especializadas
em investigação digital, sob a liderança do Centro Latinoamericano
de Investigação Jornalística (Clip).

A lista tem 70 políticos, 37 empresas privadas, 32 empresários,
21 integrantes ou que fizeram parte da administração pública,
oito empresas públicas ou órgãos do governo, dois partidos
e dois movimentos políticos.
Há ainda 142 pessoas, que vão desde juízes a influenciadores digitais
e jornalistas como Alexandre Garcia, Alessandro Loiola, Rodrigo Constantino
e Guilherme Fiúza. 

De Cada Cinco Propagadores de Notícias Falsas no Brasil, Um Pertence
à Classe Política [a Maioria de Direita e Extrema-Direita].

O PL, partido ao qual o ex-presidente Jair Bolsonaro é filiado, abriga
quase metade dos políticos identificados. 

49% dos Políticos Propagadores de Notícias Falsas São do PL

O Partido Liberal (PL), que incorporou grande parte dos Congressistas ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, é a sigla com mais políticos
identificados pela Pesquisa e investigados pelas duas Cortes (TSE e STF).

O PL tem 34 dos 70 políticos que fazem parte do levantamento. 

Jair Bolsonaro foi punido pelo TSE, em junho de 2023, por questionar
a confiabilidade das urnas eletrônicas e se tornou inelegível por oito anos.
O processo foi iniciado por uma reunião com embaixadores no Palácio
do Planalto onde ele questionou a credibilidade do sistema eleitoral
sem provas.
Além disso, ele também é investigado por ataques aos ministros do STF.

Já os filhos dele, Carlos, Eduardo e Flávio, também tiveram conteúdo removido.
Carlos e Flávio Bolsonaro compartilharam postagens que afirmavam
que Lula bebia álcool antes de atos de campanha, por exemplo, sem provas.
Flávio e Eduardo também foram multados em R$ 30 mil por compartilhar
conteúdo que associava o presidente a drogas e ao aborto. 

Além do Clã Bolsonaro, ex-Integrantes do Governo Anterior [2019-2022]
que usaram a popularidade do cargo para se eleger ao Congresso Nacional,
pelo PL, também figuram na lista, como a ex-ministra Damares Alves,eleita Senadora; e o ex-Diretor-Geral da Abin, Alexandre Ramagem, além de outros ex-Ministros como Mário Frias, Ricardo Salles e Eduardo Pazuello,
[todos esses eleitos Deputados Federais pelo Partido de Jair Bolsonaro].

Há também Deputados Aliados Antigos do ex-Presidente Não Reeleito:

Carla Zambelli, Bia Kicis, Carlos Jordy e Filipe Barros, que se reelegeram. 

Os outros políticos penalizados por multa fazem parte de
Republicanos (6), PTB (5), União Brasil (4), PT (4), Podemos (3), MDB (3), Progressistas (2), Democracia Cristã (2).
Avante, Novo, PCdoB, PSB, PSD e PSC aparecem com um nome cada um.

LULA É O PRINCIPAL ALVO DE DESINFORMAÇÃO/MENTIRA NA INTERNET

Nos últimos quatro anos, o presidente Lula foi o maior foco de
desinformação nas redes sociais.

O petista foi atacado por 112 pessoas e empresas, de acordo com
levantamento exclusivo do UOL, que considerou decisões do STF
(Supremo Tribunal Federal), do TSE (Tribunal Superior Eleitoral)
e do relatório final da CPI da Covid (2021). 
.
.

Zé Maria

.
.
“Um de cada cinco propagadores de fake news é político
e o PL de Bolsonaro tem quase metade dos mentirosos
e o maior número de investigados, incluindo a família
do genocida e os parlamentares mais extremistas.

É o que revela importante investigação ‘Mercenários Digitais’,
do Uol/Agência Pública, outros 18 veículos latino-americanos
e quatro organizações.

De longe, o presidente Lula é o maior alvo das mentiras bolsonaristas [*]
e depois é o STF.

É preciso divulgar esse trabalho e expor os mentirosos!”

GLEISI HOFFMANN
Deputada Federal pelo Paraná / Brasil
Presidente Nacional do
Partido dos Trabalhadores (PT)
https://twitter.com/Gleisi/status/1688909439485751296
.
.
*[O Grupo GEF** não fica longe dos Bolsonaristas,
quando se trata de publicar Meias Verdades ou
Mentiras Inteiras Contra o Presidente Lula e o PT]

**GEF = Globo, Estadão, Folha.
.
.

Ibsen

É exatamente por tudo isso que perco a esperança. Porque, como antes, o Lula não está promovendo as mudanças estruturais para que o novo pré-sal não seja entregue ao capital internacional, para que a Amazônia não passe ao controle internacional e para que a Amazônia e o Brasil não sejam rifados ao poder imperial.
Se em pouco menos de 10 anos tudo que o governo Lula fez foi destruído, com a nova legislações aprovada, um legislativo vendido a seus próprios interesses e aos interesses neoliberais e um ministério público paralisado bastará um próximo presidente liberal para, em um ano, desmantelar todas as conquistas.
O que o Lula não enxerga, e não entendo como, é que sem mudanças estruturais não há conquistas perenes. Tudo se perderá como grãos de areia ao vento.

Maria Antonia Cardoso (Morena)

É isso mesmo. O grande sonho dos estadunidenses e europeus é transformar o Brasil e América Latina naquilo que transformaram África. E estão muito furiosos porque África está se libertando e caminhando com China e Russia e Brasil e América Latina tendem a seguir o mesmo caminho. O que será muito bom.

Zé Maria

Boas Perguntas:

“É possível acreditar que simples garimpeiros ou madeireiros
possuam aviões e construam campos de pouso ilegais na região?

Como gigantes farmacêuticos e de produtos de beleza conseguem
ingredientes presentes apenas na biodiversidade amazônica?

Onde estão as matérias investigativas dando nomes aos verdadeiros
responsáveis por esses roubos?”
.
.
Dá para acrescentar
mais uma ou duas:

“Quem vai investigar se o Ouro
que é Vendido na Faria Lima,
em São Paulo, vem do Garimpo
ilegal na Região da Amazônia?

“E os Móveis Vendidos no Sul-Sudeste
seriam Fabricados com a Madeira Extraída
ilegalmente da Floresta Amazônica?”
.
.

Zé Maria

Só por Curiosidade

As “Fontes Ocultas” da Globo em Brasília
são os Operadores da Bolsa de Valores
ou os Diretores dos Bancos Privados?

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Zé Maria

Cara!

Os Repórteres da Globo em Brasília estão sendo Escalados pelos
Herdeiros Bilionários do Roberto Marinho para queimar Ministros
e Presidentes de Estatais, inclusive de Bancos Públicos, com o
nítido objetivo de substituí-los por Políticos Neoliberais de Partidos
de Oposição indicados pelo Mercado Financeiro. Isso é um Acinte!

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