Altamiro Borges: Situação de Carla Zambelli se complica na Justiça Eleitoral

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Pelo visto @Zambelli2210 não é fã das charges do ilustrador Nando Motta. A deputada bolsonarista bloqueou o ilustrador, impedindo-a de segui-la e de ver os seus tweets. Nando respondeu com a arte acima que publicou em seu perfil (facebook.com/desenhosdonando),

Zambelli se complica na Justiça Eleitoral

Por Altamiro Borges, em seu blog

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) não está enfrentando apenas problemas de saúde. Ela sofre também com graves transtornos políticos.

Nos últimos dias, ela foi multada em R$ 30 mil por difundir fake news contra a democracia brasileira, foi xingada de “traidora” pelos próprios bolsonaristas e, no pior dos casos, foi acusada de fraude na prestação de contas da eleição do ano passado e pode até ser cassada. A denúncia é gravíssima!

Segundo postagem exclusiva no site Metrópoles de sexta-feira (26), “a prestação de contas entregue à Justiça Eleitoral tem indícios graves de fraude que, em última instância, podem levá-la a responder a processo criminal e até à perda do mandato. Documentos entregues pela deputada para comprovar serviços prestados a ela na corrida eleitoral do ano passado incluem o nome de um comerciante do interior paulista que afirma jamais ter trabalhado na campanha. Além disso, a assinatura dele que aparece nos papéis foi flagrantemente falsificada”.

PERDA DE MANDATO E INELEGÍVEL

Ainda de acordo com a matéria, o empresário Roberto Habermann, de Ribeirão Preto (SP), “ficou espantado ao saber que aparece na prestação de contas da deputada. Apoiador declarado de Jair Bolsonaro, ele garante não ter atuado na campanha de Zambelli e nega que seja dele a assinatura que consta do documento entregue por ela à Justiça Federal para ‘comprovar’ a relação. É uma fraude grosseira. A assinatura não é nem sequer parecida com a de Habermann… ‘Nunca trabalhei para essa moça, nunca participei de nenhuma carreata, bandeiraço, nada. Não tenho nenhum vínculo’, disse Habermann à coluna”.

Ouvido pelo site, Sidney Sá das Neves, presidente da Comissão de Direito Eleitoral da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), explicou que a denúncia pode resultar em pedido de investigação “por uso de informações falsas. A depender da apuração, Zambelli pode ser processada e, depois, enquadrada em artigo do Código Eleitoral que prevê pena de até cinco anos de prisão para quem insere em documentos públicos declaração falsa para fins eleitorais. Se condenada, ela pode perder o mandato e ficar inelegível”.

MULTA DO TSE POR DIFUNDIR FAKE NEWS

Além da denúncia de fraude, a deputada Carla Zambelli já havia sofrido uma derrota na semana passada com a decisão do TSE de multá-la em R$ 30 mil por difusão de fake news.

Segundo matéria do site UOL, a ação contra a bolsonarista foi protocolada pela Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV) “por propagar vídeo descontextualizado em suas redes sociais que sugeria que as urnas eletrônicas estariam sendo manipuladas no Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção de Itapeva para favorecer a eleição de Lula”.

O vídeo postado pela deputada no Youtube em setembro de 2022 e reproduzido no Twitter e Kwai mostrava o procedimento de carga e lacração de urnas no sindicato.

O local, entretanto, havia sido requisitado pela Justiça Eleitoral na preparação das urnas para as eleições de 2022.

“O TSE decidiu por unanimidade multar a deputada em R$ 30 mil, pois o vídeo continha informações falsas que poderiam induzir o eleitor a crer que teria ocorrido fraude no processo eleitoral. Também foi determinada a remoção imediata do conteúdo das redes sociais”.

CHAMADA DE “TRAÍRA” PELOS PRÓPRIOS BOLSONARISTAS

Além das dores de cabeça com a Justiça, Carla Zambelli tem tido desentendimentos cada vez mais duros com os seus próprios cupinchas da extrema-direita.

Parece que os seguidores fanatizados de Jair Bolsonaro já não botam tanta fé na egocêntrica parlamentar.

Segundo notinha do site UOL, ela teve que “desistir de convocar apoiadores para um ato em defesa de Deltan Dallagnol (Podemos-PR) após ser chamada de traidora por bolsonaristas.

Zambelli foi criticada por apoiar um ato organizado pelo Movimento Brasil Livre (MBL) a favor do deputado cassado Deltan Dallagnol.

O movimento não foi combinado com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que desautorizou a participação de aliados. Nas redes sociais, bolsonaristas tacharam Zambelli de ‘traíra’”.

Em vídeo patético, Carla Zambelli jurou que desconhecia a ordem do “capetão” por estar de licença médica.

“As pessoas sabem que sou fiel. Não preciso ficar provando isso todos os dias. Se o presidente acha que não devemos ir para as ruas, não vamos para as ruas… Estão me chamando de traidora, mas sei que não sou. Se ele [Bolsonaro] falou para não ir, não vamos… Não desistam do Deltan. Ver tanta gente esquecer dele, o cara que prendeu o Lula. Fico pensando quando for comigo. O que vocês vão fazer?”, choramingou nas redes sociais.

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